Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 13 de junho de 2023
OUSE SABER
O que quer dizer o lema Sapere aude?
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Pois assim é dito na Escritura: "Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado".
1 Pedro 2:6
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Primeiro Sorriso de Minas
http://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2021/05/primeiro-sorriso-de-minas.html
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JUIZ DE FORA (JF) começou no Morro da Boiada com a capelinha no hoje Bairro de Santo Antônio. É isso mesmo que nossas queridas professorinhas nos ensinaram?
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Sim, é verdade que a cidade de Juiz de Fora (conhecida também como JF) teve seu início no Morro da Boiada, onde uma capela foi construída no que hoje é o bairro de Santo Antônio. A capela em questão era dedicada a Santo Antônio e foi um dos primeiros marcos da formação da cidade.
Ao longo dos anos, Juiz de Fora cresceu e se desenvolveu, expandindo-se além do Morro da Boiada e do bairro de Santo Antônio. Tornou-se um importante centro econômico, cultural e educacional no estado de Minas Gerais, Brasil.
É comum que os professores ensinem sobre a história local, destacando eventos e marcos importantes, como a origem da cidade. Portanto, é provável que suas professoras tenham mencionado a capelinha no Morro da Boiada como parte da história de Juiz de Fora.
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MANUEL BANDEIRA – DECLARAÇÃO DE AMOR
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Juiz de Fora! Juiz de Fora!
Guardo entre as minhas recordações
Mais amoráveis, mais repousantes
Tuas manhãs!
Um fundo de chácara na Rua Direita
Coberto de trapuerabas.
Uma velha jabuticabeira cansada de doçura.
Tuas três horas da tarde…
Tuas noites de cineminha namorisqueiro…
Teu lindo parque senhorial mais segundo-reinado do que a própria Quinta da
Boa Vista…
Teus bondes sem pressa dando voltas vadias…
Juiz de Fora! Juiz de Fora!
Tu tão de dentro deste Brasil!
Tão docemente provinciana…
Primeiro sorriso de Minas Gerais!
Manuel Bandeira, Estrela da manhã
Fotos: Mauricioresgatandoopassado.blogspot.com.br
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Este é um artigo escrito por Cristovam Buarque, publicado no Correio Braziliense em 13 de junho de 2023. Buarque discute a situação da escravidão no Brasil, destacando o discurso feito por Joaquim Nabuco há 135 anos, quando ele declarou que não havia mais escravos no país. Buarque ressalta que, apesar da abolição formal, ainda existem condições de servidão e pobreza no Brasil.
O autor argumenta que a falta de acesso à educação de qualidade perpetua a escravidão moderna, pois priva as pessoas de oportunidades e as mantém presas à pobreza. Ele sugere que, além da Lei Áurea, deveria ter sido estabelecido um Sistema Único Nacional Público de Educação de Base em todo o país, visando proporcionar educação de qualidade para os filhos dos ex-escravos e dos ex-proprietários.
Buarque afirma que a desigualdade na qualidade das escolas mantém a última barreira da escravidão, perpetuando a divisão entre uma educação de qualidade para poucos e uma educação precária para muitos. Ele defende a implementação de um sistema educacional equitativo, com escolas bem estruturadas, professores bem remunerados e capacitados, e todas as crianças tendo acesso a uma educação integral de qualidade, independentemente de sua origem social.
O autor destaca a importância de um compromisso de longo prazo entre os brasileiros para alcançar uma segunda abolição, através da construção de um sistema educacional público unificado em todo o país. Ele ressalta que essa é a tarefa deixada por Nabuco e outros lutadores contra a escravidão, visando o progresso econômico e a justiça social no Brasil.
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terça-feira, 13 de junho de 2023
Cristovam Buarque* - E agora, Nabuco?
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Correio Braziliense
Faz 135 anos que o deputado pernambucano Joaquim Nabuco, da janela do Paço Imperial, gritou para a multidão reunida: "Não há mais escravos no Brasil"
Faz 135 anos que o deputado pernambucano Joaquim Nabuco, da janela do Paço Imperial, gritou para a multidão reunida: "Não há mais escravos no Brasil". Na sala ao lado, a princesa regente acabava de sancionar a Lei Áurea, aprovada na Câmara e no Senado, depois de 10 dias de debates parlamentares. Tudo indicava que chegaram ao fim os 350 anos do mais brutal sistema social adotado pela humanidade: a escravidão industrial que trouxe mais de 4 milhões de africanos, inclusive 800 mil mulheres, e produziu um número até hoje desconhecido de escravos nascidos no território brasileiro para serem vendidos, sujeitos a todo tipo de maus-tratos e exploração.
Eufóricos com a conquista do fim da escravidão, os abolicionistas não imaginavam que atravessaríamos do século 19 ao 20 e deste ao 21 com pessoas em condições servis. Não mais vendidas e compradas, porque os escravos estão disponíveis nas esquinas das cidades e se submetem a esses trabalhos como forma para subsistir. Nabuco e outros alertaram que, sem distribuição de terra e escolas, a abolição não estaria completa, mas dificilmente imaginariam o quadro de pobreza e a consequente escravidão que ainda temos, quase um século e meio depois daquele grito, desde a varanda do Paço.
Os escravos não vêm da África, não precisavam ser capturados, amarrados, transportados e vendidos, nem nascem com o carimbo de escravos. Eles são fabricados pela negação de escola com qualidade, que os joga na pobreza. Todos os libertados do trabalho servil, neste ano de 2023, são analfabetos ou têm baixíssimo nível educacional por falta de escola: sem matrículas, sem frequência, ou em tão ruins que podem ser consideradas escolas negreiras, que levam à escravidão, como faziam os navios da época.
A realidade seria completamente diferente se, além do art. 1º (É declarada extinta, desde a data desta lei, a escravidão no Brasil), a Lei Áurea, tão comemorada na tarde daquele domingo 13 de maio de 1888, tivesse mais um artigo: art. 2º — Fica estabelecido um Sistema Único Nacional Público de Educação de Base em todo o território brasileiro. Se, desde então, o Brasil tivesse iniciado a implantação desse sistema único para os filhos dos ex-escravos e dos seus ex-proprietários, nosso país não seria hoje território de desigualdade social extrema, racismo estrutural, baixa produtividade, violência urbana. Assumindo que a tarefa estava cumprida com o único artigo que decretava não existir mais escravos no Brasil, por mais de 100 anos a educação foi negada aos milhões de pobres, descendentes sociais dos escravos.
Quando — muito recentemente — colocamos nas leis a obrigatoriedade de oferecer vagas em escolas públicas para todos, mantivemos a última trincheira da escravidão: a desigualdade na qualidade das escolas, conforme a classe social e o endereço de cada criança. Nosso sistema educacional continua dividido entre escolas senzala para muitos e escolas casa grande para poucos com dinheiro ou sorte. Nos 135 anos desde a Abolição, essas escolas negreiras conduziram mais candidatos à escravidão do que os navios negreiros por 350 anos. E sem que um Castro Alves moderno cante o sofrimento de um analfabeto.
E sabemos que é preciso completar a lei dos abolicionistas lutando para que o Brasil tenha um sistema único nacional público de educação de base; com professores bem remunerados, bem formados, bem selecionados, comprometidos e avaliados, todos em uma mesma carreira federal, não importa em que cidade estiver ensinando; em escolas com prédios bonitos e confortáveis, com equipamentos modernos; todas crianças em horário integral, respeitando o itinerário escolhido pelo aluno: os filhos dos pobres na mesma escola que os filhos dos ricos. Um sistema com qualidade, entre os melhores do mundo, com escolas de absoluta equidade entre elas, capazes de oferecer a cada brasileiro o conhecimento necessário para caminhar no século 21, na busca da própria felicidade e na construção do Brasil melhor e mais belo, que todos desejamos.
Diferente da Lei Áurea, que depois de décadas de luta foi assinada e entrou em vigor com uma assinatura, a segunda abolição requer implantação ao longo de décadas, graças a um pacto entre os brasileiros, graças ao que Nabuco chamou de "instinto nacional" pelo progresso econômico e justiça social. Essa é a tarefa que Nabuco e todos os guerreiros contra a escravidão, desde Zumbi dos Palmares, nos deixaram: a construção de um sistema único nacional público de educação de base.
*Professor emérito da Universidade de Brasília (UnB)
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O Poeta Ensina a Ousar: ironia e didatismo
nas Epístolas de Horácio
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-AL6G2A/1/disserta__o_de__bruno_maciel.pdf
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Resumo do Resumo:
Este resumo resume um trabalho que propõe uma abordagem das Epístolas de Horácio, escritas no século I a.C., considerando todas as epístolas em conjunto, em contraste com a leitura separada geralmente adotada. O trabalho explora um jogo poético ambíguo entre ironia e didatismo, que serve como elemento unificador no corpus das epístolas. Três assuntos principais são analisados: a metapoeticidade dos poemas prosaicos do primeiro livro em contraste com o segundo livro, o poeta louco e a persona poética de Horácio. A ambivalência desse jogo poético nos leva a uma interação produtiva entre viver corretamente e escrever corretamente. O trabalho também inclui uma tradução das Epístolas.
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Summary of the Summary:
This summary provides an overview of a work that proposes an approach to Horace's Epistles, written in the 1st century BCE, considering all the epistles as a whole, as opposed to the usual separate reading. The work explores an ambiguous poetic game between irony and didacticism, which serves as a unifying element in the corpus of epistles. Three main subjects are analyzed: the metapoeticity of the prosaic poems in the first book contrasted with the second book, the mad poet, and Horace's poetic persona. The ambivalence of this poetic game leads to a productive interplay between living correctly and writing correctly. The work also includes a translation of the Epistles.
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LETR-AL6G2A/1/disserta__o_de__bruno_maciel.pdf
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Por que Santo Antônio é padroeiro de Juiz de Fora? Conheça a relação do santo casamenteiro com a 'Princesinha de Minas'
Nesta terça-feira (13) a cidade comemora o Dia de Santo Antônio. A data é feriado municipal e a Igreja Católica preparou uma programação de missas e outras celebrações.
Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
13/06/2023 11h10 Atualizado há 5 horas
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Versículo de Bom Dia
Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado. (1 Pedro 2:6)Somos escolhidos pelo Senhor desde o ventre da nossa mãe, somos prec
Nesta terça-feira (13) Juiz de Fora comemora o Dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade. A data é feriado municipal e a Igreja Católica preparou uma programação de missas e outras celebrações. Mas você sabe porque o santo, conhecido como casamenteiro, é o padroeiro da "Princesinha de Minas"?
A devoção da cidade a Santo Antônio teria sido trazida pelos portugueses quando Juiz de Fora era apenas uma vila.
Relatos históricos narram que o fazendeiro Antônio Vidal, em 1741, construiu uma capela com a invocação do santo. Por ter o nome homônimo ao de Santo Antônio, acredita-se que essa atitude foi uma homenagem ao santo.
“O arraial de Santo Antônio do Paraibuna se formou não só a partir da movimentação proveniente do Caminho Novo, mas também em virtude das manifestações de religiosidade das pessoas que sentiram a necessidade de construção de uma capela”, cita o documento produzido em homenagem ao Jubileu Áureo da Arquidiocese, “Juiz de Fora: Nossa História é de fé, Nossa Igreja tem arte”.
Em 1850, a então Vila de Santo Antônio do Paraibuna de Juiz de Fora teve a capela de Santo An-tônio elevada à categoria de paróquia e se tornou a matriz, no mesmo local onde hoje é a Catedral Metropolitana de Juiz de Fora.
História do santo
Santo Antônio, batizado no nascimento como Fernando de Bulhões, nasceu em uma família rica e nobre de Lisboa, em Portugal. Ainda jovem entrou para a ordem de Santo Agostinho e ordenado sacerdote.
A fama de Santo Antônio já era conhecida em Portugal pelo despojamento e santidade dele, mas foi quando se tornou frade fransciscano que Fernando assumiu o nome de Antônio, em homenagem ao Santo Antão.
Na Itália, conheceu pessoalmente São Francisco de Assis, que o autorizou a ensinar teologia aos frades franciscanos em Bolonha. Antônio se dedicou à pregação entre o povo em diversos lugares da Itália e do sul da França.
O santo morreu em 13 de junho de 1231 em Pádua, onde escolheu transcorrer a última fase da existência terrena. Santo Antônio foi canonizado em 30 de maio de 1232, menos de um ano após a própria morte. A santidade e os milagres operados em vida convenceram a Igreja a fazer tal operação.
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Por que Santo Antônio é padroeiro de Juiz de Fora?
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Zanin indicado ao STF, e jogadores punidos
Resumão Diário
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ITÁLIA
JUIZ DE FORA
LISBOA
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Conheça a relação do santo casamenteiro com a 'Princesinha de Minas'
Nesta terça-feira (13) a cidade comemora o Dia de Santo Antônio. A data é feriado municipal e a Igreja Católica preparou uma programação de missas e outras celebrações.
Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
13/06/2023 11h10 Atualizado há 2 horas
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AO VIVO: CPI Mista do 8 de janeiro - Votação de requerimentos - 13/06/2023
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Câmara dos Deputados
21.774 assistindo agora Transmissão iniciada há 4 horas #CâmaraDosDeputados #cpmi8dejaneiro
Deputados e senadores analisam e apreciam requerimentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar as invasões ocorridas às sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.
https://www.youtube.com/watch?v=WdVdktGYIsI
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Este texto, escrito por Luiz Carlos Azedo, aborda a situação política do governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O autor comenta que, embora Lula não goste de fazer mudanças em seu gabinete sob pressão política, ele terá que abrir mais espaço para os deputados do Centrão, um grupo político que busca benefícios em troca de apoio ao governo, a fim de manter a governabilidade.
O autor destaca que, apesar das dificuldades de governar em um Congresso conservador, Lula tem mantido a iniciativa política e mantido o foco no bem comum. Ele menciona algumas medidas polêmicas tomadas pelo governo, como as tentativas de negociação pela paz na guerra da Ucrânia e a promoção da indústria automobilística por meio de incentivos a carros populares movidos a carbono.
O texto também menciona a pesquisa Ipec, que mostra uma aprovação de 53% ao governo de Lula, e destaca a importância da aprovação da reforma tributária, que pode ter um impacto significativo na economia do país. O autor menciona o governo anterior, de Michel Temer, como um exemplo de um governo fraco, mas que conseguiu aprovar suas propostas no Congresso e melhorar a situação financeira do país.
O texto faz uma referência à segurança pública como um problema persistente no Brasil, mencionando a atuação do ex-ministro da Defesa Raul Jungmann e a ascensão de Jair Bolsonaro ao poder com o apoio de setores militares e policiais. O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, é mencionado como tendo a segurança pública como seu grande desafio.
Por fim, o texto aborda a disputa pelo cargo da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e menciona o prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro, como um importante apoiador de Lula, acusado de ter o apoio de milícias na região. O autor comenta que Lula não gosta de fazer mudanças em seu gabinete sob pressão política, mas que será necessário abrir mais espaço para os deputados do Centrão a fim de manter a governabilidade.
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Nas entrelinhas: Ninguém briga para participar de governo fraco
Publicado em 13/06/2023 - 06:57 Luiz Carlos Azedo
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Brasília, Cidades, Comunicação, Congresso, Economia, Eleições, Ética, Governo, Imposto, Justiça, Memória, Militares, Partidos, Política, Segurança, Violência
Lula não gosta de mexer em ministro sob pressão política. Mas terá que abrir mais espaço para os deputados do Centrão, para manter a governabilidade, é uma questão de tempo.
O título, tomei emprestado do Ilimar Franco, escolado repórter de política, a propósito da briga do União Brasil pelo cargo da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, cuja permanência no ministério subiu no telhado da Câmara. Lembrei-me de uma tese do jurista italiano Norberto Bobbio, ponto de referência para análises de conjuntura política. Todo governo, mesmo o pior, é a forma mais concentrada de poder. Quando nada funciona, as tarefas essenciais do Estado são mantidas: arrecadar, normatizar e coagir. Somente quando perde a capacidade de se manter financeiramente e garantir a ordem pública vira desgoverno.
É muito cedo para conclusões definitivas, mas Lula não faz um mau governo, no sentido de que perdera o foco no bem comum. Independentemente da areia movediça que é obrigado a atravessar ao se relacionar com um Congresso conservador, capaz, inclusive, de tomar decisões reacionárias. Lula vem mantendo a iniciativa política, ainda que algumas delas sejam muito polêmicas, como a obsessão de negociar a paz na guerra da Ucrânia ou a decisão de turbinar a indústria automobilística com incentivos para carros populares movidos a carbono.
Na semana passada, a pesquisa Ipec mostrou um governo com 53% de aprovação, o que se reflete na relação com os partidos do Centrão. A repercussão maior ainda está por vir, com a aproximação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Arthur Lira, que fizeram um pacto para aprovação da reforma tributária o quanto antes. Essa é a prioridade do país, pois avalia-se que a reforma pode ter um impacto de até 10% no PIB brasileiro, o que é uma expectativa muito otimista. Se for a metade disso, já será um sucesso absoluto, porque viabilizará com folga o novo arcabouço fiscal, cujo ponto fraco é a projeção de arrecadação com os parâmetros atuais.
Exemplificando a tese do Bobbio: o governo Temer foi um governo fraco, mas aprovou praticamente tudo o que quis no Congresso, recuperou o controle das finanças públicas e jogou a inflação para baixo. Seu calcanhar de aquiles foi a segurança pública, principalmente a crise nos presídios (Maranhão, Amazonas e Roraima) e a greve dos policiais militares no Espírito Santo. Para enfrentar a questão, Temer criou um ministério e escalou para o cargo o seu então ministro da Defesa, Raul Jungmann. A firmeza do então governador Paulo Hartung e a atuação do ministro foram fundamentais para domar a greve, além da presença do Exército, por meio de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Entretanto, o episódio foi uma espécie de ovo da serpente do que viria depois: um pacto entre setores militares e policiais para eleger Jair Bolsonaro e apoiar seu projeto saudosista de regime autoritário. A segurança pública continua sendo um grave problema, agora no colo do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). Sortudo, herdou do governo Temer a criação de sistema unificado de segurança pública, de gestão tripartite (União, estados e municípios), com R$ 4 bilhões em caixa, que não foram gastos durante o governo Bolsonaro, para investir na sua implantação. O ministro vem sendo testado desde o 8 de janeiro, porém, a questão da segurança pública é seu grande desafio: continua como dantes no quartel de Abrantes.
Belford Roxo no poder
É aí que a presença no governo da ministra Daniela Carneiro, cuja cabeça está sendo pedida pelo União Brasil, é uma grande contradição. Sem preconceito, o município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, não é um polo de atração turística. Antigo distrito de Nova Iguaçu, com 70km², se desenvolveu às margens da linha auxiliar da Central do Brasil, a antiga estrada de Ferro Rio D’Ouro. Sua origem é a antiga fazenda de Pedro Caldeira Brant, o conde de Iguaçu, filho do marquês de Barbacena. Vendida para para o comendador Manuel José Coelho da Rocha, no final do século XIX, entrou em decadência, por causa das epidemias.
A antiga Vila do Brejo mudou de nome para homenagear o engenheiro maranhense Francisco Teixeira Belford Roxo, parceiro de Paulo de Frontin. Seus antigos laranjais foram loteados e transformados em formigueiro humano, às margens da ferrovia. O complexo industrial da Bayer, instalado durante o governo Juscelino Kubitschek, porém, garante ao município uma arrecadação de R$ 8,2 bilhões, que contrasta com um IDH de 0,6 para uma renda per capita de R$ 16,7 mil. Por isso, tem uma Prefeitura muito cobiçada.
Waguinho Carneiro (Republicanos), prefeito de Belford Roxo, é marido e cabo eleitoral de Daniela. Teve um papel importante na eleição do presidente Lula, dividindo votos numa área que havia sido ocupada por Bolsonaro. É acusado de ter o apoio das milícias da Baixada Fluminense, violentíssimas. Ontem, o prefeito acusou o golpe e cobrou solidariedade de Lula: “A ministra Daniela é de um estado importante, o Rio de Janeiro, território totalmente bolsonarista, onde nós levamos a campanha do presidente Lula em toda a Baixada Fluminense, no interior, no Noroeste. Encorajamos muitas pessoas e pagamos um preço muito caro por isso”, disse Waguinho, ao acusar o União Brasil de golpe por tentar tirar Daniela do ministério e pôr no seu lugar o deputado Celso Sabino (PA), que apoiou Bolsonaro. O PT fluminense defende a aliança com Waguinho. Lula não gosta de mexer em ministro sob pressão política. Mas terá que abrir mais espaço para os deputados do Centrão, para manter a governabilidade, é só uma questão de tempo.
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Ricardo Galvão | Provoca | 23/05/2023
Provoca
Estreou em 23 de mai. de 2023 #Provoca #TVCultura
Nesta terça-feira (23), Marcelo Tas entrevista um dos cientistas mais importantes do mundo, segundo a revista Nature, o físico e engenheiro Ricardo Galvão. Atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Na edição, o cientista fala sobre o convite para dirigir a entidade, o aprendizado com picadas de abelhas, como vê a ciência hoje, e muito mais.
Galvão também comenta sobre as pressões que sofreu no período que dirigiu o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no governo Bolsonaro. “Do ministro Ricardo Salles, desde que ele assumiu. Sempre publicando que os dados do INPE estavam errados, que não eram suficientemente precisos para eles tomarem ações”, afirma.
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Volta Por Cima - Noite Ilustrada
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Volta Por Cima
Noite Ilustrada interpreta "Volta Por Cima" de Paulo Vanzolini
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Chorei, não procurei esconder
Todos viram, fingiram
Pena de mim, não precisava
Ali onde eu chorei
Qualquer um chorava
Dar a volta por cima que eu dei
Quero ver quem dava
Um homem de moral não fica no chão
Nem quer que mulher
Lhe venha dar a mão
Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima
2016 - Ano do Centenário do Samba e do Centenário do grande violonista Dilermando Reis
craquesdampb.blogspot.com.br
Música
MÚSICA
01 Lado A_Dona da Casa _ Bloco da Madrugada _ Volta por Cima _ etc
ARTISTA
Noite Ilustrada
ÁLBUM
Noite Ilustrada
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