Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 20 de junho de 2023
ÉTICA, CRIME E CASTIGO
Tu pisavas nos astros, distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão
Composição: Orestes Barbosa / Silvio Caldas.
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Envolvimento de militares obriga Exército a conviver com o fantasma do golpismo
Publicado em 20 de junho de 2023 por Tribuna da Internet
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Altamiro Borges: Bolsonaro faz novos agrados aos militares - PCdoB
Charge do Nani (nanihumor.com)
Bruno Boghossian
Folha
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Onde já se viu golpe por escrito? - 19/06/2023 - Dora Kramer - Folha
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terça-feira, 20 de junho de 2023
Dora Kramer - Delírio tropical
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Folha de S. Paulo
Por ação golpista ou omissão, Bolsonaro é cúmplice na trama da sedição
Onde já se viu golpe de Estado por escrito? Estamos vendo agora que a polícia encontra provas da existência de uma conspiração no entorno do então presidente Jair Bolsonaro para tentar anular o resultado da eleição de 2022.
É uma minuta ali, um projeto passo a passo de sublevação aqui, e o que temos são manuais de ataques à legalidade. Dada a falta de cerimônia dos conspiradores e o receio nenhum de deixar rastros, é de se concluir que não contavam com a hipótese de punição, uma vez descobertos.
Pelo teor dos roteiros até agora conhecidos, eles se imaginavam como inventores de uma nova ordem institucional. Aquela pela qual abateriam a democracia alegadamente mantendo-se nos limites das "quatro linhas" da Constituição, sem dar bandeira de que se tratava de um motim.
Caminhavam num universo paralelo. Na minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres propunha-se uma delirante intervenção predial na sede do Tribunal Superior Eleitoral.
No plano registrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, previam-se a nomeação de um "interventor" autorizado a suspender "atos inconstitucionais" de tribunais superiores, remoção de juízes inimigos, fixação de data para novas eleições e até decretação de estado de sítio.
Sem apoio no Alto Comando das Forças Armadas, no Congresso, na maioria da opinião pública, na quase totalidade dos veículos de comunicação e no Judiciário, mais provável que acabassem todos presos.
Bolsonaro ficou em silêncio ante os apelos para que deflagrasse o processo, o que não o livra de responsabilidade. Ao contrário. Poderia ter cortado aquele mal pela raiz, mas não o fez. Nenhum gesto ou palavra de condenação à conspirata.
Assim, o ex-chefe da nação se torna cúmplice dos artífices da trama. Por ação golpista ou por omissão ante a trama da sedição.
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GREG NEWS | PASSE LIVRE
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HBO Brasil
19 de jun. de 2023
Confira o 8º episódio da sétima temporada do Greg News, com Gregorio Duvivier! Toda sexta, às 23h, você assiste a um novo episódio na HBO Brasil.
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Música | Teresa Cristina - Coração Leviano (Paulinho da Viola)
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Bolsonaro diz que não é coveiro para comentar previsão de mortes por coronavírus
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Band Jornalismo
21 de abr. de 2020
Na última segunda-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro disse que indicará um nome para compor o novo Ministério da Saúde e se negou a comentar o número de mortes por coronavírus.
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Ana Francisca e Olga em Chocolate com Pimenta. (Foto: reprodução)
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Ana Francisca confronta Olga
“Quero te cumprimentar pela rapidez. Fez o Danilo saber que dei um abraço no Miguel”, vai disparar Ana ao se encontrar com Olga. “Olha, se fica abraçando uns e outros por aí, que culpa eu tenho?”, rebate a vilã, cínica. “Quer me separar do Danilo, mas não vai conseguir”, avisa a mocinha.
Mais cedo, Ana havia visitado Graça (Nívea Stelmann), que enfrenta um parto de risco, e visto a mulher chorar por não ter recebido a visita de Olga, que era sua melhor amiga. A mocinha, então, faz questão de lembrar disso. “E sabe por quê, Olga? Não tem coração. Nem foi visitar uma amiga, como a Graça, que está doente, de cama”, vai disparar a loira.
“Eu não sou enfermeira para visitar doentes”, reage a megera. “Por isso nunca conseguirá ser feliz. Não tem coração e quem não tem coração, não conhece a felicidade, Olga”, diz Ana, que vai embora. “Vamos ver quem ri por último”, falará Olga para si mesma.
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Nas entrelinhas: Abulia de Bolsonaro frustra seus aliados
Publicado em 20/06/2023 - 06:28 Luiz Carlos Azedo
Brasília, Comunicação, Eleições, Governo, Justiça, Literatura, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Presídios, Religião, Segurança, Violência
O ex-presidente parece conformado com a sua própria situação política, diante da iminente condenação pelo TSE por atentar contra a realização das eleições presidenciais do ano passado
Os livros mais lidos nas bibliotecas das cadeias brasileiras são clássicos da literatura. O campeão é Crime e Castigo, do escritor russo Fiodor Dostoiévski (1821-1881), por motivos óbvios. Fazem parte desse ranking Incidente em Antares, do gaúcho Érico Veríssimo (1905-1975); Sagarana e Grande Sertão: Veredas, do mineiro Guimarães Rosa (1908-1967); e Dom Casmurro, do carioca Machado de Assis (1839-1908), considerado um clássico da literatura universal. A razão é simples: com base na legislação penal, cada livro resenhado vale por quatro dias de cadeia. Apesar de um certo oportunismo, muitos presos acabam adquirindo o saudável hábito da leitura.
Poderia haver preferência pelos livros de autoajuda. Sem preconceito, Poder do Hábito (Charles Duhigg) ajudaria a recuperar estelionatários, traficantes, homofóbicos, racistas e até homicidas, concomitante ao cumprimento das penas, é claro. Esse livro explica a formação dos hábitos e comportamentos e como mudá-los. Há outros: Hábitos Atômicos (James Clear), pequeno manual para transformação de hábitos; Mude seus horários, mude sua vida (Suhas Kshirsagar), ajuda a sintonizar o relógio biológico com os afazeres do dia a dia; e Pequenas Atitudes, Grandes Mudanças (Caroline R. Arnold), decisões que criam novas rotinas.
Mas a preferência nas cadeias por Crime e Castigo, e não por livros de autoajuda, tem explicação: o sentimento de culpa. O protagonista é Raskólnikov, um ex-aluno brilhante, que por razões econômicas não pode mais estudar e tenta se manter em São Petersburgo. Quando o seu desespero aumenta, surge a ideia de matar a velha agiota Alyona Ivanovna, que lhe aluga um quarto e ameaça colocá-lo para fora, se não lhe pagar o que deve.
Seus pertences mais valiosos foram entregues como pagamentos de suas dívidas. Não sobrou nada. O que fazer? Raskólnikov dividia os indivíduos em ordinários e extraordinários, numa tentativa de explicar a quebra das regras em prol do avanço humano. Seguindo esse preceito, Raskólnikov planeja e executa o crime. Flagrado pela sobrinha da vítima, comete mais um assassinato. Rouba joias, mas não chega a se beneficiar disso; com medo de ser descoberto, as esconde.
Para ele, não houve crime, não matou um ser humano, matou um “princípio”. No entanto, aos poucos, cai numa ciranda de culpa e insanidade. O gatilho é um maluco inocente, em busca de notoriedade e realização, que assume o crime. Até então insuspeito, Raskólnikov é tomado de remorsos, influenciado pela descrição da ressurreição de Lázaro no Novo Testamento. Acaba por confessar o crime. O peso da própria consciência e as suspeitas de parentes foram insuportáveis. Não era uma daquelas pessoas que julgava extraordinárias, porque seriam capazes de tudo sem culpa alguma. Graças à confissão, ao arrependimento e à falta de antecedentes criminais, porém, sua pena é reduzida a oito anos em uma cadeia na Sibéria.
Conformismo
Curiosamente, Recordações da Casa dos Mortos, o livro de Dostoiévski que fala da cadeia, não faz o mesmo sucesso nos presídios. Seria como falar de corda em casa de enforcado. Ele havia passado quatro anos encarcerado na Sibéria, dos 10 em que esteve no exílio. Como os prisioneiros eram proibidos de escrever memórias e relatos, Dostoiévski disfarçou a obra como ficção, dizendo-a ser o diário de um homem preso por assassinar a esposa em crise de ciúmes.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão inconformados com a sua abulia, isto é, a falta de interesse pela sua própria situação política, diante da iminente condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por atentar contra a realização das eleições presidenciais do ano passado. Segundo eles, o ex-presidente deveria esbravejar e mobilizar seus apoiadores. Grosso modo, a abulia se traduz pela falta de atividade e a ausência de respostas emocionais.
Quando uma pessoa sofre de abulia, perde a vontade de agir, é tomada por indecisão e sentimento de impotência. Sente apatia e indiferença por questões que antes lhe costumavam proporcionar satisfação. Na psicologia, a abulia pode ser um sintoma de doenças mentais, como a depressão, a esquizofrenia, o transtorno bipolar e a distimia.
Relator do processo de Bolsonaro, o ministro Benedito Gonçalves já tem apoio da maioria dos colegas do TSE à tese de que é preciso levar em conta, no julgamento, as “circunstâncias relevantes ao contexto dos fatos, reveladas em outros procedimentos policiais, investigativos ou jurisdicionais ou, ainda, que sejam de conhecimento público e notório”. Entre eles, estão as revelações constantes no relatório da Polícia Federal sobre o celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que preparava um golpe militar. Ninguém ainda sabe qual o verdadeiro envolvimento de Bolsonaro nos fatos, mas ele sabe. Puro Dostoiévski.
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Ética Capa comum – 5 novembro 2018
Edição Português por Adolfo Sánchez Vázquez (Autor)
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Clássico de Adolfo Sánchez Vázquez sobre ética volta com nova capa. Neste volume, Adolfo Sánchez Vázquez introduz o leitor aos problemas fundamentais da Ética. Por meio de linguagem clara e acessível, com rigor teórico e observando as exigências de fundamentação e investigação sistemática, Sánchez Vázquez examina os fatores sociais que contribuem para a prática da Moral. Mostra também que a Moral é uma forma de comportamento humano que se concretiza apenas quando as pessoas vivem em sociedade: a Moral existe necessariamente para cumprir uma função social. Ao mesmo tempo que assume corajosamente posições pessoais, analisa criticamente opiniões díspares, evitando o dogmatismo que transforma a Ética em um conjunto de normas, Vázquez delineia o conceito de uma nova Moral, que esteja de acordo com as necessidades e possibilidades presentes e contribua para levar o homem a uma moral verdadeiramente universal. “Pensador inspirado e inspirador, Adolfo Sanchez Vazquez trilhou de modo não dogmático várias das fontes do materialismo histórico-dialético e persiste com vigor como imprescindível para as nossas atuais e futuras contemporaneidades.” – Mario Sergio Cortella.
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Envolvimento de militares obriga Exército a conviver com o fantasma do golpismo
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Crime e Castigo Capa comum – 29 novembro 2022
por Fiódor Dostoiévski (Autor)
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Escrito entre 1865 e 1866, Crime e Castigo conta a história de Raskólnikov, um jovem que vai morar em São Petersburgo para estudar Direito. Por causa de dificuldades financeiras, ele é forçado a desistir dos estudos e passa seus dias em um quartinho apertado, que aluga de uma locatária idosa, sobrevivendo apenas com o pouco dinheiro que recebe de sua mãe.
Sua realidade muda quando ele planeja o assassinato de uma usurária. Descrente de Deus e de qualquer tipo de justiça divina, Raskólnikov se vê à mercê da própria consciência, de seu livre arbítrio e das consequências que dele decorrem. Pouco a pouco, o sentimento de culpa o consome cada vez mais.
Cruel e pessimista, o romance russo retrata o niilismo, a indiferença, a fé (e a falta dela), o desespero e a frieza humana. Considerada uma das obras mais importantes de Dostoiévski, a narrativa de Crime e Castigo é extremamente detalhista e trabalha com perfeição o desenvolvimento psicológico e filosófico de seus personagens.
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Envolvimento de militares obriga Exército a conviver com o fantasma do golpismo
Bruno Boghossian
Folha
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Chão de Estrelas
Silvio Caldas
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Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do Sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
Mas a Lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros, distraída
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão
Composição: Orestes Barbosa / Silvio Caldas.
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