Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
TURMA DO ESTÁCIO
Valente morre mais cedo
Valente antecipa o seu próprio fim
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Geraldo Pereira — Escurinha (gravação original de 1952)
11.897 visualizações10 de ago. de 2017
Choro e Poesia
13,6 mil inscritos
"Escurinha", clássico do samba, surge aqui na gravação original feita em 1952 por um de seus autores, Geraldo Pereira, que no fim da vida se revelaria um bom cantor, além do ótimo compositor que sempre foi.
"Escurinha" é fruto da parceria de Geraldo Pereira e Arnaldo Passos.
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Claquete Musical - ABI - Homenagem ao Compositor Geraldo Pereira
129 visualizaçõesTransmitido ao vivo em 21 de abr. de 2021
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Associação Brasileira de Imprensa
3,78 mil inscritos
Claquete Musical - ABI - Homenagem ao Compositor Geraldo Pereira, com:
Luis Pimentel - jornalista e escritor, um dos autores do livro "Um Escurinho Direitinho, Vida e Obra de Geraldo Pereira" (Luís F. Vieira, Luis Pimentel, Suetônio Valença),
Valmir Araújo Santos, Professor de História e Filosofia, sobrinho-neto do Compositor.
Alexandre Palma, Cineasta, que atualmente dirige um filme sobre o Compositor.
Pedro Miranda, Cantor e compositor.
Claquete Musical faz uma homenagem hoje ao compositor mineiro Geraldo Pereira (1918 -1955), a partir das 19h30, com um bate-papo entre o apresentador do programa, jornalista e produtor cultural Paulo Figueiredo; o jornalista e escritor Luis Pimentel, um dos autores do livro Um Escurinho Direitinho, Vida e Obra de Geraldo Pereira (Luís F. Vieira, Luis Pimentel e Suetônio Valença); Alexandre Palma, cineasta, que produz um filme sobre o compositor; e Valmir Araújo Santos, professor de Historia e Filosofia e sobrinho neto de Geraldo Pereira que desenvolve um museu virtual para o tio.
A partir das 10hs de hoje, o documentário O Rei do Samba de José Sette, será exibido no canal da Associação Brasileira de Imprensa do YouTube onde também será realizado o encontro do Claquete Musical. O filme apresenta trajetória de Geraldo Pereira, um dos maiores compositores do Brasil. São dele os clássicos como Falsa Baiana ( Baiana que entra no samba e só fica parada/Não samba, não dança, não bole nem nada/Não sabe deixar a mocidade louca), Sem Compromisso (Você só dança com ele/E diz que é sem compromisso/É bom acabar com isso/Não sou nenhum pai-joão/Quem trouxe você fui eu/Não faça papel de louca/Prá não haver bate-boca dentro do salão), Escurinho, Acertei no Milhar (Etelvina, Acertei no milhar/Ganhei 500 contos/Não vou mais trabalhar) e Bolinha de Papel.
Geraldo Pereira
Mineiro de Juiz de Fora, de origem bastante humilde, Geraldo nasceu em 23 de abril de 1955, dia de São Jorge. Após deixar sua cidade, foi morar no Rio de janeiro, no Morro da Mangueira, onde trabalhou como motorista de caminhão da empresa de limpeza urbana do Rio e, a exemplo de Cartola, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, seus companheiros de rodadas de samba, ganhou a admiração de gigantes da MPB, como Chico Buarque, João Gilberto, Roberto Silva, Ciro Nogueira, Moreira da Silva, Zeca Pagodinho, dentre muitos outros que se encantaram com seu estilo de samba sincopado e melodias sofisticadas.
O compositor tinha uma vida boêmia e desregrada, por isso faleceu jovem, em 1955, aos 37 anos, pouco tempo depois de levar um violento soco, durante uma briga com o lendário malandro da Lapa Madame Satã, o que levantou especulações de que essa teria sido a causa da sua morte. Na verdade, pelos depoimentos de amigos, e do próprio Madame Satã, o artista já estava com a saúde bastante debilitada e, mesmo assim, continuava sua vida de bebedeira pelas madrugadas do Rio de Janeiro. Este, provavelmente, foi o motivo da sua morte, alguns dias depois de ser internado.
Leia mais, em: http://www.abi.org.br/o-rei-do-samba-...
O filme, fornece muitas informações sobre a vida do grande compositor. Vale a pena conferir.
https://youtu.be/7wg4aqtOEpg
Dicas do programa.
Livro No Tempo de Geraldo Pereira - Professor Araújo
https://amzn.to/2QROHhG
Rádio Batuta
Eu Também tô aí 100 anos de Geraldo Pereira.
https://radiobatuta.com.br/documentar...
Centro de Artes Geraldo Pereira
https://www.atados.com.br/ong/centro-...
*** *** https://www.youtube.com/watch?v=2akVPsZulWE *** ***
Na Subida Do Morro
Os Originais do Samba
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Letra
Na subida do morro é diferente
O movimento é geral no sobe desce, sobe gente
O movimento é diferente, o cumprimento é diferente
Alô como vai, como é que é
Alô como vai, como é que é
Como em toda jogada e jurisdição
Tem sempre o cara que quer ser o bom
Mas nossa rapaziada é bem destacada
Não dá confiança pra esse bobão
Esse é o tipo atrasado por fora das grandes
Jogadas desatualizado geral
E ainda diz que é valente
Que bate faz e acontece, no meio de tanta gente
Ele está antecipando o seu próprio fim
Ele está antecipando o seu próprio fim
Existe um ditado antigo
Do tempo do cativeiro
É um ditado explicado
Que finaliza com esses dizeres
Valente morre mais cedo
Valente antecipa o seu próprio fim
Composição de José Roberto/Lele
Colaboração e revisão: Thales RamosAdenice FreitasCompartilhar no Facebook
Mau Costume
Bucy Moreira
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Ouvir:
Você que vive por aí
Sempre com a velha mania de me dá me dá me dá
Eu acho bom você se controlar
Esse costume me apoquenta
E pra não me zangar
Tome um conselho, rapagão atleta
Ainda mais sendo poeta
Ter razão a esmolar
Quando me pede alguma coisa me aborrece
Veja se você me esquece para eu me alegrar
Você precisa dar jeito na vida
Bate-papo não é comida pra lhe sustentar
Você só vive em minha casa e da vizinha
Numa conversa mesquinha que só faz amofinar
Alguém contando para o delegado
Que você se desocupa pra incomodar
No xilindró você terá o resultado
Desse velho mau costume
Pede aqui, pede acolá
Sabe de quem é a composição? Envie pra gente.
Enviada por Camila. Viu algum erro? Envie uma revisão.
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Mais ouvidas de Bucy Moreira
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Foi em sonho - Francisco Alves e Mário Reis
66 visualizações18 de jun. de 2017
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Gilberto Inácio Gonçalves
4,16 mil inscritos
Foi em sonho, samba de Bucy Moreira com Francisco Alves e Mário Reis acompanhados pela Orquestra Copacabana em disco Odeon 10905 B (matriz 4424). Gravado em 01.04.1932.
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Sílvio Caldas - NA FLORESTA - Cartola e Sílvio Caldas - Gravação de 13 de julho de 1932
5.130 visualizações3 de mar. de 2013
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Na Floresta
Cartola
Ouvir:
Na floresta dei-te um ninho
E mostrei-te um bom caminho
Mas quando a mulher não tem brio, dizem que
É malhar em ferro frio
Tudo que fiz por você
Não quisestes entender
O meu conselho
E a minha opinião
Algum dia vais ver
Como é triste sofrer
E de joelhos
Vens a me pedir perdão
Composição: Cartola / Silvio Caldas.
luciano hortencio
202 mil inscritos
Sílvio Caldas - NA FLORESTA - Cartola e Sílvio Caldas.
Parceria Sílvio Caldas-Cartola, em gravação Victor de 13 de julho de 1932, só lançada em outubro de 33 (33712-A, matriz 65546), demora esta que se deu por atritos entre Sílvio e Francisco Alves. O Rei da Voz encaixou a melodia original de Cartola em outro samba, "Foi um sonho", de Bucy Moreira, descartando os versos, e Sílvio fez outra melodia para a letra, gravando-o. Chico não gostou e quase impediu o lançamento do disco, mas foi convencido por Sílvio a recuar
Música neste vídeo
Saiba mais
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Música
Na Floresta
Artista
Cartola
Álbum
Nas Vozes de
Licenciado para o YouTube por
[Merlin] Nikita Music (em nome de Instituto Cultural Cravo Albin) e 3 associações de direitos musicais
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Luís Soberano
Luís Soberano (Ednésio Luís da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20/01/1920, e faleceu na mesma cidade em 30/07/1981. Filho de alagoanos foi criado no bairro do Estácio, onde desde pequeno cantava nas festas da escola. Mais tarde começou a tocar pandeiro em rodas de amigos, tornando-se excelente malabarista.
Frequentou várias escolas de samba, fixando-se na Paz e Amor, de Bento Ribeiro. Com o jornalista Júlio Pires, começou a freqüentar os pontos de músicos e compositores da Praça Tiradentes. Conheceu ali Germano Augusto, Kid Pepe, Portelo Júnior, Milton Passos, Jaime Vogeler, Buci Moreira, Augusto Calheiros, integrantes da “turma do copo”.
Por essa época, já era requisitado para tocar em bailes e festivais. Com os companheiros da “turma do copo” resolveu alugar os fundos de uma igreja, na Estrada do Macaco, em Vila Valqueire, onde organizou uma quermesse com espetáculos semanais, nos quais se apresentava com o seu pessoal e outros artistas. Passando a trabalhar como pandeirista, foi contratado pelas rádios Transmissora, Educadora, Tupi e Nacional.
Em 1940 começou a trabalhar com Napoleão Tavares, participando de espetáculos em quase todos os cassinos do Rio de Janeiro. Viajou para São Paulo SP com o Trio de Ouro e tornou-se sério concorrente de Russo do Pandeiro.
Em 1941 teve pela primeira vez uma composição sua gravada, o samba Não sinto saudade (com Orlando M. Braga e Vasco Gomes), interpretado pelo Quarteto de Bronze, na Victor. No final de 1944, o português Manuel Monteiro gravou na Victor o samba Tudo pode acontecer (com Romeu Gentil e Antônio dos Santos). No ano seguinte, ingressou na Orquestra de Fon-Fon.
Para o Carnaval de 1948, lançou dois grandes sucessos, o samba Não me diga adeus (com Paquito e João Correia da Silva), gravado por Araci de Almeida, na Odeon, e o samba Enlouqueci (com Valdomiro Braga e João Sales), gravado por Linda Batista na Victor. No ano seguinte, o Trio de Ouro gravou na Odeon o samba Salve a princesa Isabel (com Paquito). No final do ano, Dircinha Batista gravou, na Odeon, o samba Quem já sofreu, e Araci de Almeida lançou com sucesso, pela Odeon, o samba Na beira da praia (ambos com Felisberto Martins).
Viajou para o exterior com a Orquestra de Fon-Fon. Várias de suas composições foram gravadas por outros intérpretes, inclusive Paquetá (com Fernando Pais de Oliveira) e os pontos de macumba Xangô, Oxum, Jerônimo com Ganja, Zumba e São Benedito é preto, por Zezé Gonzaga, na década de 1970. Não me diga adeus e Enlouqueci tiveram numerosas regravações no mundo todo.
Obra
Não me diga adeus (c/Paquito e João Correia da Silva), samba, 1947; Não sinto saudade (c/Orlando M. Braga e Vasco Gomes), samba, 1941; Tudo pode acontecer (c/Romeu Gentil e Antônio dos Santos), samba, 1944.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
às 11/04/2010 09:16:00 PM Nenhum comentário:
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Marcadores: luis soberano, paquito
Natureza bela
No ano de 1936, a Unidos da Tijuca trouxe pela primeira vez carros alegóricos que ilustravam o enredo. Antes, as singelas alegorias enalteciam coisas que não tinham nada a ver com o tema apresentado pelas agremiações.
A Tijuca fez essa inovação e virou notícia nos jornais. Além disso, o título de campeã de 1936 iria para a escola que tivesse a melhor harmonia. A Unidos da Tijuca já estava com a faca e o queijo na mão.
Daí, a evolução da escola na passarela foi tão, mas tão perfeita, que a escola levantou pela única vez o caneco com o enredo "Sonhos delirantes". O samba cantado na avenida não era um legítimo samba-enredo, pois não explorava o tema em nada. Mas os pesquisadores cismam em afirmar que este foi o "primeiro samba-enredo gravado em disco", pelo cantor Gilberto Alves. E é verdade, apesar de não ser um "samba-enredo verdadeiro".
"Natureza bela", é uma obra-prima competente, que soa bem no ouvido de qualquer sambista e tem uma melodia leve como uma pluma. Existem duas versões desse samba: a de 1948 e a de 1960, ambas feitas pelo boêmio de voz grave, Gilberto Alves.
Título da música: Natureza bela!... / Gênero musical: Samba / Intérprete(s): Alves, Gilberto / Compositor(es): Martins, Felisberto - Mesquita, Henrique / Gravadora Odeon / NÚmero do Álbum: 12771 / Data de Gravação: 00/1941 / Data de lançamento: 00/1947 / Lado: lado A / Rotações: Disco 78 rpm
Natureza bela!... (samba-enredo, 1936) - Felisberto Martins e Henrique Mesquita (Enredo: Sonhos delirantes / Samba cantado: Natureza bela)
Natureza bela do meu Brasil
Queira ouvir esta canção febril
Sem você, não tenho (bis)
As noites de luar pra cantar
Uma linda canção ao nosso Brasil
É um sambista apaixonado
Quem lhe pede, natureza
As noites de luar
Que vive bem perto de você
Mas sem lhe ver
Eu vejo as águas correndo
E sinto meu coração palpitar, ô ô
E o meu pinho gemendo
Vem minha saudade matar...
Fonte: O site dos Sambas-Enredo
às 11/04/2010 06:36:00 PM Nenhum comentário:
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Marcadores: felisberto martins, gilberto alves, henrique mesquita
Henrique Mesquita
Henrique Mesquita (Henrique de Oliveira Mesquita - circa 1900 - 11/10/1963, Rio de Janeiro, RJ), compositor, foi autor do primeiro samba-enredo gravado, Natureza bela, em parceria com Felisberto Martins.
Em 1936, o samba Natureza bela, com Felisberto Martins, foi utilizado no desfile de carnaval pela Escola de Samba Unidos da Tijuca.
Em 1941, foi lançada por Gilberto Alves pela Odeon aquela que seria sua mais famosa composição, o samba Natureza bela!..., parceria com Felisberto Martins, e que seria considerado o primeiro samba-enredo a ser gravado, embora não fosse tecnicamente um samba-enredo e fosse utilizado seis anos antes pela escola de samba Unidos da Tijuca. No mesmo ano, teve o samba Caminhar sem destino, com Felisberto Martins, gravado por Odete Amaral na Odeon.
Em 1943, dois sambas feitos com Felisberto Martins, foram gravados na Odeon: Vejo-te em sonho por Edmundo Silva, irmão de Orlando Silva, e Ela zomba de mim, por Gilberto Alves. Para o carnaval de 1944, teve lançado na Odeon o samba Ela zomba de mim, com Felisberto Martins, na voz de Gilberto Alves.
Em 1958, no LP Praça Onze não morreu lançado pela RGE com a particpação de diversos artistas teve os sambas Natureza bela, e Partiu para onde não sei, ambos com Felisberto Martins, gravados pela Escola de Samba Unidos da Tijuca.
Em 1959, sua composição Natureza bela, com Felisberto Martins, foi regravada por Gilberto Alves no LP Gilberto Alves e o samba da gravadora Copacabana. Em 1963, o samba Ela sorriu foi gravado por Jamelão no LP Sambas para todo gosto lançado pela Continental.
Em 1983, Natureza bela foi regravado no LP Trocando em miúdos a tristeza do Jeca lançado pelo Zimbo Trio pela gravadora Copacabana. Teve a música Batuque gravada na Kuarup pelo grupo Nosso Choro em 2005.
Obra
Batuque, Caminhar sem destino (c/ Felisberto Martins), Ela sorriu, Ela zombou de mim (c/ Felisberto Martins), Natureza bela (c/ Felisberto Martins), Partiu, para onde não sei (c/ Felisberto Martins), Vejo-te em sonho (c/ Felisberto Martins).
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
às 11/04/2010 06:12:00 PM Nenhum comentário:
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Edmundo Silva
Edmundo Silva (Edmundo Garcia da Silva, circa 1910, Rio de Janeiro, RJ), cantor, era irmão do cantor Orlando Silva, de quem foi grande incentivador da carreira artística. Sua trajetória artística, entretanto, não foi adiante.
Começou cantando na Rádio Cajuti. Contratado pela Odeon gravou seu primeiro disco em 1939, quando seu irmão Orlando já era um ídolo nacional, interpretando com acompanhamento da Orquestra Odeon a marcha Linda espanhola, de Ciro de Souza e Felisberto Martins, e o samba Amor, de Bide e Marçal.
No mesmo ano, gravou mais dois discos pela Victor interpretando com acompanhamento de orquestra a marcha Formosa argentina, de Wilson Batista e Germano Augusto, e o frevo-canção Jangadinha do amor e o maracatu Ou...já vou, dos Irmãos Valença, e com acompanhamento de regional, o samba A respeito de amor, de Wilson Batista e Arnô Canegal.
Em 1940, gravou em dueto com Marília Batista, com acompanhamento de regional, o samba No samburá da baiana, de Moacir Bernardino e J. Portela, e a batucada Vai andar, de Roberto Martins e Mário Rossi.
Em janeiro de 1941, gravou, ainda na Victor, a marcha Quem não tem cão, de J. Diaferia e Morfeu, e o samba Isquindô, de Getúlio Marinho e Antenor Borges. Em disco lançado em janeiro do ano seguinte, interpretou com acompanhamento de Fon-Fon e sua orquestra o samba Jurema, de Peterpan e Felisberto Martins, e a marcha Quadrilha carnavalesca, de Dunga e Cristóvão de Alencar.
Em 1942, registrou, com acompanhamento do conjunto Odeon, os sambas Lar, doce lar, de Cristóvão de Alencar e Dunga (Valdemar de Abreu), e A carta, de Roberto Martins. Para o carnaval de 1943, gravou com acompanhamento do conjunto regional Odeon, os sambas Felicidade que passou, de Valdemar Silva e Edgard Freitas, e Vejo-te em sonho, de Felisberto Martins e Henrique Mesquita. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional os sambas Ironia da sorte, de Cristóvão de Alencar, Zezinho e Alcebíades Nogueira, e Encontro de amor, de Felisberto Martins e Ari Monteiro.
Para o carnaval de 1944, lançou a marcha Alô indu!, de Pedro Camargo, Roberto Roberti e Sá Róris, e o samba Trabalha, de Roberto Roberti e Pedro Camargo, com acompanhamento da orquestra Odeon. De curta carreira, gravou nove discos pelas gravadoras Odeon e Victor interpretando composições de autores como Felisberto Martins, Cristóvão de Alencar, Wilson Batista, Valdemar de Abreu, Getúlio Marinho e outros.
Discografia
(1943) Felicidade que passou/Vejo-te em sonho, Odeon, 78; (1943) Ironia da sorte/Encontro de amor, Odeon, 78; (1942) Lar, doce lar/A carta, Odeon, 78; (1941) Jurema/Quadrilha carnavalesca, Odeon, 78, (1941) Quem não tem cão/Isquindô, Victor, 78; (1940) No samburá da baiana/Vai andar, Victor, 78; (1939) Linda espanhola/Amor, Odeon, 78; (1939) Formosa argentina/A respeito de amor, Victor, 78; (1939) Jangadinha do amor/Ou...já vou, Victor, 78.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
às 11/04/2010 05:52:00 PM Nenhum comentário:
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Marcadores: edmundo silva, orlando silva
Arnô Canegal
Arnô Canegal (Arnaud Canegal), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/1/1915, e faleceu na mesma cidade em 21/3/1986. Trabalhou desde criança como encadernador em uma gráfica e a partir dos 15 anos freqüentou os morros da Mangueira e São Carlos, reunindo-se com os sambistas locais.
Nessa época começou a compor, estreando em disco com a marchinha carnavalesca O gato e o rato, gravada por Odete Amaral na Victor em 1939. No ano seguinte, o samba Gargalhei (com Augusto Garcez e Henrique de Almeida) fez grande sucesso no carnaval, sendo gravado por Carlos Galhardo.
A partir de 1941 viajou ao Uruguai e Argentina como ritmista da orquestra do maestro Fon-Fon e participou de diversas excursões com Zacarias e sua Orquestra. Apresentou-se ainda nos espetáculos montados no Cassino da Urca, como ritmista da escola de samba de Herivelto Martins e seu Trio de Ouro.
Em 1942 trabalhou no filme inacabado de Orson Welles: Jangada. Foram também grandes sucessos suas composições Não põe a mão (com Mutt e Buci Moreira), gravada em 1951 pelos Titulares do Ritmo, na Odeon, e Se alguém disse, na voz de Newton Teixeira.
Entre seus intérpretes mais conhecidos figuram Orlando Silva, Trio de Ouro, Francisco Alves, Risadinha, Ciro Monteiro, Dircinha Batista e Linda Batista.
Obra
Aquele bilhetinho (c/Nelson Cavaquinho e Augusto Garcez), samba, 1945; Gargalhei (c/Augusto Garcez e Henrique de Almeida), samba, 1940; A jurupoca piou (c/Ari Cordovil), samba, 1956; Não põe a mão (c/Mutt e Buci Moreira), samba, 1951.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha.
às 11/04/2010 05:07:00 PM Nenhum comentário:
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Trio TBT
Trio TBT - Trio vocal criado no começo da década de 1930 por Abner Trajano e sua irmã Abdaná, e pelo cantor e compositor Jaime Brito.
Contratado pela Odeon, o trio gravou o primeiro disco em dezembro de 1931 com os sambas Deixa estar, de Eurico Campos, e Na roda da malandragem, de João Bastos Filho.
No mesmo ano, gravou as marchas Puxa, puxa o cordão, de I. Kolman, e Tenha cuidado, de Eurico Campos, e os sambas Conselho de um santo, de Paulo Barros e Guimarães Filho, e Coitada, de Eurípedes Capelan e Bide (Alcebíades Barcelos).
No ano seguinte, o trio foi contratado pela Victor e gravou logo dois discos com quatro sambas. Dois deles de autoria de José Luiz de Morais, o aclamado Caninha: Quando der uma hora! e Não há nada. Os outros dois eram Ao romper da madrugada, de Francisco Rodrigues de Melo, e Para amar e não sofrer, de Mário Travassos de Araújo. Em seguida, o trio gravou os sambas É a dor que nos maltrata, de Helena Menezes Silva, e Ri melhor quem ri por último, de Donga.
Também em 1932, o trio gravou com o Grupo da Guarda Velha os sambas Ai que dor, de Heitor dos Prazeres, e Como eu te amei, de André Filho. Nesse ano, o trio apresentou-se em festival realizado no Cine Eldorado, no Rio de Janeiro, juntamente com Almirante, o Grupo da Guarda Velha, Lamartine Babo, e Carmen Miranda, a fim de promover as músicas de carnaval da gravadora Victor.
Ainda em 1932, fizeram sucesso com o samba Como eu te amei, de André Filho. O trio teve curta duração gravando apenas sete discos pelas gravadoras Odeon e Victor.
Por volta de 2000, a gravação da marcha Puxa, puxa o cordão, de I. Kolman, foi relançada pelo selo Revivendo no CD Carnaval sua História - Sua glória - volume 8. Em 2003, foi relançada a gravação do samba Conselho de um santo, de Paulo Barros e Guimarães Filho, no CD Carnaval - Sua História, sua glória - volume 21, do selo Revivendo.
Discografia
(1932) Quando der uma hora!/Não há nada - Victor – 78 rpm; (1932) Ao romper da madrugada/Para amar e não sofrer - Victor – 78 rpm; (1932) É a dor que nos maltrata/Ri melhor quem ri por último - Victor – 78 rpm; (1932) Ai que dor/Como eu te amei - Victor – 78 rpm; (1931) Deixa estar/Na roda da malandragem - Odeon – 78 rpm; (1931) Puxa, puxa o cordão/Conselho de um santo - Odeon – 78 rpm; (1931) Tenha cuidado/Coitada - Odeon – 78 rpm.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
às 11/04/2010 04:52:00 PM Nenhum comentário:
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Don Pedrito
Don Pedrito (corrido mexicano, 1949) - Djalma Esteves e Célio Monteiro - Intéprete: Os Trigêmeos Vocalistas, que foi organizado em 1937, na cidade de São Paulo SP, pelos irmãos Armando Carezzato (São Paulo 1917—), e os gêmeos Raul Carezzato (São Paulo 1921—) e Humberto Carezzato.
Em 1949 fizeram sucesso com a gravação da rumba El Cumbanchero (Rafael Hernández) e o corrido mexicano Don Pedrito (Djalma Esteves e Célio Monteiro), em discos Odeon.
Título da música: Don Pedrito / Gênero musical: Corrido mexicano / Intérprete(s): Trigêmeos Vocalistas / Compositor(es): Monteiro, Célio - Esteves, Djalma / Gravadora: Odeon / Número do Álbum: 12958 / Data de Gravação: 12/05/1949 / Data de Lançamento: 11/1949 / Lado: lado A / Rotações: Disco 78 rpm.
às 11/04/2010 04:17:00 PM Nenhum comentário:
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Marcadores: djalma esteves, don pedrito, trigemeos vocalistas
Djalma Esteves
Djalma Esteves (Circa de 1910, Rio de Janeiro, RJ), compositor, foi parceiro de Vicente Paiva, Afonso Teixeira, Felisberto Martins e Milton de Oliveira, entre outros.
Em 1934, teve suas primeiras obras gravadas, o samba Sinos de Natal (com Vicente Paiva), lançado por Aurora Miranda na Odeon, e a marcha Solta o balão, com Sátiro de Melo, por Cirene Fagundes, também na Odeon. Em 1935, outras duas parcerias com Vicente Paiva foram gravadas por Aurora: a marcha Linda primavera e o samba A turma chorou.
Em 1936, Moreira da Silva gravou na Columbia o samba Adeus...vou partir, com Moreira da Silva. Em 1937, duas de suas rumbas foram gravadas por Carmen Miranda na Odeon, Dance rumba, com Buci Moreira, e Em tudo, menos em ti, com Osvaldo Santiago. Nesse ano, J. B. de Carvalho gravou na Victor a batucada Foste embora, com Carlos Almeida e Raul Resende, enquanto José Lemos registrou a marcha Até a lua gostou, com Milton de Oliveira e Raul Resende.
Em 1938, teve duas músicas gravadas por Linda Batista em dupla com Fernando Álvares no primeiro disco da cantora na Odeon, as rumbas Chimarrão e Churrasco, esta última, parceria com Augusto Garcez. No mesmo ano, Patrício Teixeira lançou pela Victor os sambas Chorar é desabafar, com Milton de Oliveira e J. Andrade, e Magoado, com Milton de Oliveira e Raul Resende. Ainda neste ano, Fernando Alvarez gravou na Victor o samba Pensei em ti, com Augusto Garcez. Em 1938, duas de suas marchas foram gravadas na Columbia pelo cantor Joaquim Pimentel: Olha a onda, com Raul Resende, e Eu tive uma morena, com Nelson de Castro.
Em 1939, o samba-batuque No tronco da amendoeira foi gravado com sucesso por Patrício Teixeira na Victor em disco que trazia também o samba Foste louca, com Milton de Oliveira. A rumba-canção Luar do Rio, com Miguel Baúso, foi registrado pelas Irmãs Medina na Odeon. Nesse ano, os sambas Em sonhos eu te beijei, com Milton de Oliveira, e Quando o meu amor morreu, com J. B. de Carvalho e Milton de Oliveira, foram gravados na Odeon por J. B. de Carvalho. Também pela Odeon, Moreira da Silva lançou a batucada Adeus orgia, adeus, com Felisberto Martins. Ainda nesse ano, o samba Maior prazer, com Buci Moreira, foi gravado na Columbia pela cantora Carmen Barbosa, e a marcha Linda mexicana, com Edgard Freitas e David Nasser, foi lançada, também na Columbia, por Francisco Alves.
Em 1940, fez com E. Freitas e F. Santos o samba Casinha amarela que Moreira da Silva gravou na Odeon. No mesmo ano, Nicodemos Resende gravou na Odeon o samba A mulher é assim, e a marcha Linda holandesa, ambas com Luis Siciliano, e Patrício Teixeira registrou na Victor o samba Ao lado da linda Mangueira, com Milton de Oliveira. Também em 1940, Moreira da Silva gravou na Victor os sambas Deusa da Vila, com David Nasser, e Assim termina um grande amor, com Moreira da Silva e Miguel Baúso.
Em 1941, Nicodemos Resende gravou na Odeon a marcha Mulher bonita, com Antenor Borges e Afonso Teixeira, e a marcha-rancho Camponesa, com Luiz Siciliano e Henrique Gomes, enquanto Patrício Teixeira lançou pela Victor o samba Fui eu, com Milton de Oliveira. Outra parceria com Milton de Oliveira foi gravada no mesmo ano por Osvaldo Novarro na Victor, o samba Não sei. Também em 1941, teve dois sambas gravados na Victor por Ciro Monteiro: Se eu lhe perder, com Luiz Siciliano e Afonso Teixeira, e Criança louca, com Afonso Teixeira. O samba Quem é que está com a razão, com Estanislau Silva e Augusto Garcez, foi lançado por Ciro Monteiro em 1942, pela gravadora Victor, mesmo ano em que Arnaldo Amaral registrou na Columbia a marcha Vingança do padeiro, com Antenor Borges e Estanislau Silva, enquanto Patrício Teixeira, também na Victor fazia o registro do samba Vem me ouvir, com Luiz Siciliano e Henrique Gomes.
Em 1947, a rumba Escandalosa, com Moacir Silva, foi gravada na Odeon por Araci de Almeida com o Trio Madrigal e os Vocalistas Tropicais. Essa rumba foi sucesso nesse mesmo ano na voz de Emilinha Borba em gravação que consolidou a carreira da cantora. Ainda em 1947, Heleninha Costa gravou na Continental o samba Amanhece e anoitece, com Ciro Monteiro e Antônio Fernandes. Dois anos depois, os Trigêmeos Vocalistas gravaram na Odeon o corrido Don Pedrito, com Célio Monteiro. Ainda em 1949, Moreira da Silva gravou pelo selo Star o samba Helena querida, com Vitor Lima.
Em 1951, o mambo Apimentadinha, com U. Martelli, e a marcha Vem italiana, com Célio Monteiro e Fonseca Filho, foram gravadas na Odeon pelos Trigêmios Vocalistas. Embora de discreta repercussão pessoal, como compositor teve mais de trinta composições gravadas no período da "Era de ouro" da música popular brasileira.
Obra
A mulher é assim (c/ Luis Siciliano), A turma chorou (c/ Vicente Paiva), Adeus orgia, adeus (c/ Felisberto Martins), Adeus...vou partir (c/ Moreira da Silva), Amanhece e anoitece (c/ Cyro Monteiro e Antônio Fernandes), Ao lado da linda Mangueira (c/ Milton de Oliveira), Assim termina um grande amor (c/ Moreira da Silva e Miguel Baúso), Até a lua gostou (c/ Milton de Oliveira e Raul Resende), Camponesa (c/ Luiz Siciliano e Henrique Gomes), Casinha amarela (c/ E. Treitas e F. Santos), Chimarrão, Chorar é desabafar (c/ Milton de Oliveira e J. Andrade), Churrasco (c/ Augusto Garcez), Criança louca (c/ Afonso Teixeira), Dance rumba (c/ Bucy Moreira), Deusa da Vila (c/ David Nasser), Don Pedrito (c/ Célio Monteiro), Em sonhos eu te beijei (c/ Milton de Oliveira), Em tudo, menos em ti (c/ Osvaldo Santiago), Escandalosa (c/ Moacir Silva), Foste embora (c/ Carlos Almeida e Raul Resende), Foste louca (c/ Milton de Oliveira), Helena querida (c/ Vitor Lima), Linda holandesa (c/ Luis Siciliano), Linda mexicana (c/ Edgard Freitas e David Nasser), Linda primavera (c/ Vicente Paiva), Magoado (c/ Milton de Oliveira e Raul Resende), Maior prazer (c/ Buci Moreira), Mulher bonita (c/ Antenor Borges e Afonso Teixeira), Não sei (c/ Milton de Oliveira), No tronco da amendoeira (c/ Milton de Oliveira), Pensei em ti (c/ Augusto Garcez), Quando o meu amor morreu (c/ J. B. de Carvalho e Milton de Oliveira), Quem é que está com a razão (c/ Estanislau Silva e Augusto Garcez), Se eu lhe perder (c/ Luiz Siciliano e Afonso Teixeira), Sinos de Natal (c/ Vicente Paiva), Solta o balão (c/ Sátiro de Melo), Vem me ouvir (c/ Luiz Siciliano e Henrique Gomes), Vingança do padeiro (c/ Antenor Borges e Estanislau Silva).
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira;
*** *** https://cifrantiga3.blogspot.com/2010_11_04_archive.html *** ***
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Turma do Estácio
A Turma do Estácio era um grupo de sambistas que frequentava rodas de samba a partir do final da década de 1920, na cidade do Rio de Janeiro, e é tido como o berço do samba carioca por excelência, aquele pelo qual se conhece atualmente e celebrado não só no Rio de Janeiro, como também em diversas partes do Brasil e até mesmo do mundo.[1][2]
Na Pavuna
Gravação de 1929 por Almirante (samba composto por Homero Dornelas). Sucesso no carnaval de 1930.
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O que será de mim
Gravação de 1931 por Francisco Alves e Mário Reis (samba composto por Ismael Silva, Nilson Bastos e Francisco Alves)).
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Agora é Cinza
Gravação de 1933 por Mario Reis (samba composto por Bide e Marçal). Samba campeão do carnval de 34.
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Este samba feito firmou-se rapidamente como o samba carioca e marcaria a história deste gênero por injetar uma cadência diferenciada do samba baiano levado ao Rio de Janeiro pelas tias baianas e do estilo um tanto amaxixado surgido a partir da gravação de "Pelo Telefone" (registrada por Donga). A turma do Estácio impôs um samba mais ritmado, formado por instrumentos como surdos, tamborins e cuícas, aos quais se juntavam pandeiros e chocalhos.[2]
Em 1928, Ismael Silva, Bide, Mestre Marçal, Bucy Moreira, Baiaco, Brancura, Mano Rubem e Mano Edgar fundariam no Morro de São Carlos a Deixa Falar, considerada a primeira escola de samba brasileira.[3] Este grupo costumava frequentar e fazer rodas de samba nos botequins Apolo e Cumpadre, na subida do Morro de São Carlos. Estas rodas atraíram gente de todas várias partes do Rio, entre sambistas de Benfica, Madureira, Providência e Gamboa, costumavam avançara a madrugada e muitas vezes não eram toleradas pela polícia.[4]
Dentre alguns dos sambistas frequentadores da Turma do Estácio, mas oriundos de outros morros cariocas, estavam futuros bambas como Cartola, Carlos Cachaça e posteriormente Nelson Cavaquinho e Geraldo Pereira, Paulo da Portela, Alcides Malandro Histórico, Manacéia, Chico Santana, Molequinho, Aniceto do Império Serrano. Estes sambistas seriam responsáveis por criar e difundir o samba-de-morro.[5]
Referências
↑ Da Cidade Nova ao Estácio: A possível primeira crise do samba - PUC-Rio
↑ a b Transformação do Samba Carioca no Século XX [ligação inativa] - Carlos Sandroni - Ministério das Relações Exteriores do Brasil
↑ Verbete Samba - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
↑ "Os malandros ficavam nos bares mas o samba comia solto mesmo era nas casas de cômodo das redondezas. Ficava sempre um na porta tomando conta para avisar quando a polícia chegasse”, conta Wagner Costa Santos, de 41 anos, presidente da associação de moradores do Morro de São Carlos." - O Berço do Samba
↑ MARCONDES, Marcos Antônio. Enciclopédia da música brasileira - erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998 - ISBN 85-7161-031-2.
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Na Subida do Morro
Geraldo Pereira
Na subida do morro[Geraldo Pereira (*)]
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***
Na Subida Do Morro
Moreira da Silva
***
Na subida do morro me contaram
Que você bateu na minha nega
Isso não é direito
Bater numa mulher que não é sua
Deixou a nega quase crua
No meio da rua
A nega quase que virou presunto
Eu não gostei daquele assunto
Hoje venho resolvido
Vou lhe mandar para a cidade de pé junto
Vou lhe tornar em um defunto
Você mesmo sabe
Que eu já fui um malandro malvado
Somente estou regenerado
Cheio de malícia
Dei trabalho a polícia
Pra cachorro
Dei até no dono do morro
Mas nunca abusei
De uma mulher que fosse de um amigo
Agora me zanguei consigo
Hoje venho animado
A lhe deixar todo cortado
Vou dar-lhe o castigo
Meto-lhe o aço no abdômen
Tiro fora o seu umbigo
Vocês não se afobem
Que o homem dessa vez não vai morrer
Se ele voltar dou pra valer
Vocês botem terra nesse sangue
Não é guerra
É brincadeira
Vou desguiando na carreira
A “justa” já vem
E vocês digam que estou me aprontando
Enquanto eu vou me desguiando
Vocês vão ao distrito
Ao delegado, se desculpando
Foi um malandro apaixonado
Que acabou se suicidando
(*)Segundo Moreira da Silva, o samba foi comprado de Geraldo Pereira,
o verdadeiro e único autor, por um conto e trezentos.
Ouvir "Na Subida do Morro"
na Amazon Music Unlimited (ad)
*** *** https://www.letras.com.br/geraldo-pereira/na-subida-do-morro *** ***
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04.09.2006
notaGeraldo Pereira: na subida do morro
geraldo pereiraExistem sambistas conhecidos por seu lirismo e delicadeza das palavras, como Cartola. Outros pela inovação, como Baden Powell e seus afrosambas. Há ainda os contestadores, sendo Zé Kéti um dos principais representantes. Mas, na categoria “malandro” – daqueles que daria medo se topasse na rua – ninguém bate Geraldo Pereira. Dono de uma malandragem até dizer chega, de origem suburbana, tipo mal-encarado, Geraldo fez os sambas mais sensacionais da primeira metade do século 20 e que, até hoje, são regravados por muita gente boa.
Na obra do Geraldo não há espaço pro amor romântico, pras belezas da cidade maravilhosa ou pro brilho da lua. Ele é objetivo, preciso e mordaz. Uma das suas músicas mais significativas é “Sem Compromisso” (gravada magistralmente por João Gilberto), em que ele descreve um ataque de ciúme que qualquer cidadão de bem já teve ao ver sua amada dançando – e dançando feliz – com outro cara:
“Você só dança com ele, diz que é sem compromisso. É bom acabar com isso, não sou nenhum pai João. Quem trouxe você fui eu, não faça papel de louca, pra não haver bate-boca dentro do salão”.
Acredito que ele queria ser romântico, só não nasceu com essa habilidade. Em “Bolinha de papel” até que ele começa direitinho:
“Só tenho medo da falseta, mas adoro a Julieta como adoro a Papai do Céu. Quero seu amor, minha santinha, mas só não quero que me faça de bolinha de papel”.
Mas aí, caso a Julieta não ceda aos seus apelos, ele esquece o romantismo e apela pruma coisa que as mulheres – e os homens também, claro – adoram:
“Tiro você do emprego, dou-lhe amor e sossego. Vou ao banco e tiro tudo pra você gastar. Posso, ó Julieta, lhe mostrar a caderneta se você duvidar”.
E ele arriscou ser romântico novamente em “Escurinha”. Mais uma vez, Geraldo dá “bons motivos” pra ser aceito:
“Escurinha, tu tens que ser minha de qualquer maneira. Te dou meu boteco, te dou meu barraco que eu tenho no morro de Mangueira”.
Sensacional!
Ele podia tirar tudo da caderneta pela mulher que ama, dar o boteco, o barraco, mas, se a mulher pisar na bola, o romantismo se evaporava. E “pisar na bola” significava simplesmente ir ao baile sem avisa-lo!, como na letra de “Acabou a sopa”:
“Essa não é a primeira vez que você me aborrece e depois, com cara de santa, me aparece pedindo perdão. Sem me pedir foi ao baile, isso não se faz. Eu vou lhe mandar embora para nunca mais”.
De todas as suas músicas, a mais representativa do “Geraldo Pereira’s way of life” é “Na Subida do Morro”. Por ter sido vendida ao Moreira da Silva, por ser um samba de breque malandríssimo, mas principalmente pela letra, que vale a pena ser colocada na íntegra:
Na subida do morro me contaram
Que você bateu na minha nega
Isso não é direito
Bater numa mulher
Que não é sua
Deixou a nega quase crua
No meio da rua
A nega quase que virou presunto
Eu não gostei daquele assunto
Hoje venho resolvido
Vou lhe mandar para a cidade
De pé junto
Vou lhe tornar em um defunto
Você mesmo sabe
Que eu já fui um malandro malvado
Somente estou regenerado
Cheio de malícia
Dei trabalho à polícia
Pra cachorro
Dei até no dono do morro
Mas nunca abusei
De uma mulher
Que fosse de um amigo
Agora me zanguei consigo
Hoje venho animado
A lhe deixar todo cortado
Vou dar-lhe um castigo
Meto-lhe o aço no abdômen
E tiro fora o seu umbigo
Vocês não se afobem
Que o homem dessa vez
Não vai morrer
Se ele voltar dou pra valer
Vocês botem terra nesse sangue
Não é guerra, é brincadeira
Vou desguiando na carreira
A justa já vem
E vocês digam
Que estou me aprontando
Enquanto eu vou me desguiando
Vocês vão ao distrito
Ao delerusca se desculpando
Foi um malandro apaixonado
Que acabou se suicidando.
Um cara desse não podia ter um fim mais coerente. Segundo dizem, ele teria morrido após uma briga, em frente aos arcos da Lapa, com o lendário Madame Satã. Teria tomado um soco e, ao cair, batido a cabeça no meio-fio. No hospital, pouco antes de morrer, ele disse ao grande sambista Cyro Monteiro, que gravou suas principais músicas, que estava preparando uma outra letra pra “Escurinho”, na qual o personagem da música se regeneraria (a letra original é: “Escurinho era um escuro direitinho, que agora está com uma mania de brigão. Parece praga de madrinha ou macumba de alguma escurinha que lhe fez ingratidão”). Mas um escurinho morreu antes de regenerar o outro.
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2 comentários
Adri
20.09.2006 ÀS 02:01
Parabéns pelo texto!
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Drica <* *>
21.09.2006 ÀS 07:27
Caracas, do nada resolvi entrar aqui pra ver seu blog e seu ultimo texto estah perfeito, amei. Parabens! bejitosss da Drica <* *>
*** *** https://brunohoffmann.wordpress.com/2006/09/04/na-subida-do-morro/ *** ***
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