Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 12 de dezembro de 2021
“Monarco de todos os tempos”
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Música | Monarco - Dolores e suas desilusões / Coração em desalinho
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Pexeiro Grã-fino
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Eterna Chama - Peixeiro Granfino com Dona Ivone Lara
432 visualizações31 de out. de 2016
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Moacir Simpatia
270 mil inscritos
Candeia Eterna Chama 1998
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“…que o novo sempre vem🎶…”
Da Luz da Cor do Sol 🌞
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Portela, Passado de Glória
Velha Guarda da Portela
Portela, eu às vezes meditando, quase acabo até chorando
Que nem posso me lembrar
Teus livros têm tantas páginas belas
Se for falar da Portela, hoje não vou terminar
A Mangueira de Cartola, velhos tempos do apogeu
O Estácio de Ismael, dizendo que o samba era seu
Em Oswaldo Cruz, bem perto de Madureira
Todos só falavam Paulo Benjamin de Oliveira
Paulo e Claudionor quando chegavam
Na roda de samba abafavam
Todos corriam para ver
Pra ver, se não me falha a memória
No livro da nossa história tem conquistas a valer
Juro que não posso me lembrar
Compositor: Monarco
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Cavaleiro da Esperança - Paulo da Portela e Monarco
282 visualizações17 de jun. de 2017
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Consulado da Portela SP
1,01 mil inscritos
As imagens, letras e áudios contidas neste material são meramente ilustrativas e serão utilizadas em ações culturais, sem fins lucrativos. Os direitos são reservados aos seus autores/compositores. Caso alguém se sinta prejudicado por esse material, poderá entrar em contato com o Consulado da Portela de São Paulo e solicitar sua remoção, que se dará imediata.
domingo, 12 de dezembro de 2021
Morre o símbolo maior da Portela e do samba
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Líder da Velha Guarda da Portela e personagem único da escola teve oito décadas de dedicação à música
João Máximo / O Globo
Monarco nasceu, cresceu e passou toda a vida no meio do samba. De menino a desfilar no bloco Primavera a “puxador de corda”, figurante, compositor, cantor, diretor de harmonia, agregador e personagem único na história da Portela, a mais vitoriosa das escolas cariocas, foram oito décadas de íntima, constante e apaixonada dedicação ao samba.
Nascido no subúrbio de Cavalcanti, em 17 de agosto de 1933, ganhou em criança o apelido que o acompanharia por toda a vida. Passou parte da infância em Nova Iguaçu e mudou-se para Oswaldo Cruz, onde, atraído pelo samba, descobriu a Portela. Tinha então 16 anos. Embora seu primeiro samba tenha sido feito aos 12, só então sua carreira de compositor começou. Segundo dizia, guiado pela arte da ala dos compositores, à frente da qual brilhava Paulo da Portela.
Paulo foi o primeiro ídolo de Monarco. Mas o convívio entre os dois durou pouco, pois Paulo trocou a Portela pela Lira do Amor, de Bento Ribeiro, inconformado com a atitude do portelense Manuel Bambambã ao proibir que dois ilustres mangueirenses, Cartola e Heitor dos Prazeres, visitassem a Portela.
Com isso, o samba que Monarco queria ter feito com Paulo da Portela não aconteceu. Ou melhor, aconteceu pela metade. E postumamente. Para uma primeira parte em que Paulo falava de uma macarronada na casa de um certo Chocolate, Monarco fez a segunda: “... o pessoal da Portela vai cantar partido-alto/vai ter pagode até o dia amanhecer/e os versos de improviso/serão em homenagem a você”. Você, no caso, Chocolate.
O samba só seria gravado, pelo próprio Monarco, em 1976, quando o futuro líder da Velha Guarda dava início, com um atraso reclamado por críticos e historiadores da música popular, sua vida profissional. O samba passava então por um dos muitos renascimentos que se seguiram a cada uma das mortes proclamadas em nome da moda do momento.
Até então, e desde que se mudara para Oswaldo Cruz, Monarco vivera de várias ocupações: camelô, feirante, vendedor de peixe, guardador de carro, funcionário faz-tudo da Associação Brasileira de Imprensa, onde escovou muita mesa de bilhar para Villa-Lobos jogar. E onde surpreendeu o presidente Herbert Moses que, ao sair do elevedor ao lado de visitantes de cerimônia, deparou-se com Monarco sambando... com uma vassoura.
Monarco sempre gostou de contar histórias como estas, vividas longe do samba. Fazia-o, porém, de modo só seu: ilustrando cada episódio com um samba que ele mesmo cantava com voz inconfundível. Voz que o jornalista Juarez Barroso, um dos primeiros a escrever sobre as qualidades do guardador de carros do jornal onde trabalhava, definiu como “ampla, áspera, ágil, de extrovertido lamento”, ao que se pode acrescentar que era uma voz densa, sem enfeites, dos melhores cantores negros, sobretudo do samba.
Monarco sabia usar com perfeição seu timbre e sua emissão, embora fizesse tudo espontaneamente, sem adornos técnicos. Em primeiro lugar, cantando seus próprios sambas. Em segundo –– e é pena que não o tenha gravado em disco –– interpretando obras de outros sambistas, perfeitas para seu modo de cantar. Foi ele o primeiro e até agora único a se dedicar à obra de Noel Rosa com os impropriamente chamados “compositores do morro” (Canuto, Manuel Ferreira, Ernani Silva, Lauro dos Santos, Zé Pretinho), nas primeiras parcerias inter-raciais da história do samba. Ismael Silva e Cartola também fazem parte desse grupo de parceiros de Noel, mas não precisaram de Monarco para serem revividos.
Na Portela, sempre teve posição de destaque. A escola jamais desfilou com samba-enredo seu. Não que ele não tentasse. Chegou a mudar-se para a Unidos do Jacarezinho, inconformado por ter seu samba arbitrariamente excluído da disputa para o carnaval de 1967. Mas logo voltou à Portela, onde vários outros sambas seus foram sucessos de quadra, de meio de ano, de ensaios ou mesmo de “esquenta”, como “Passado de glória”, cantado pela escola na área de concentração, minutos antes do desfile: “Teu livro tem tanta página bela/Se eu for falar da Portela, hoje não vou terminar”.
Seu primeiro samba a sair do ineditismo, “Vida de rainha”, gravado em 1956 por Risadinha, tinha primeira parte de Alvaiade e segundo dele, Monarco: “Eu não guardo ódio ou rancor/Só porque nosso amor chegou ao fim/Foi melhor assim.” E seu último disco, “Monarco de todos os tempos”, foi lançado 2018. Segundo o próprio Monarco, “feito num mar de alegrias”, nem por isso deixa de falar de amor que não deu certo, dos temas favoritos do compositor: “A chama do nosso amor, em meu peito já não arde”, diz um dos inéditos do repertório, música e letra de Monarco. O arranjador do disco e parceiro em seis sambas é o filho Mauro Diniz, também compositor e companheiro musical do pai por mais de 40 anos: “Mauro sabe para onde eu vou, conhece os caminhos, descobre o acorde certo, é mais que um parceiro”.
O cantor e o compositor também se destacou como líder. Em especial, da Velha Guarda. Pouco a pouco, os primeiros integrantes do grupo foram desaparecendo. Monarco ficou por último para lembrar que mal tinha chegado aos 40 quando percebeu que a idade realmente pesava na aceitação do sambista pelo pessoal mais jovem da escola. Foi então que juntou seu talento e sua energia a figuras lendárias de sua escola –– Manacéia, Mijinha, Lonato, Ventura, Chico Santana, Casquinha, Alvaiade, Picolino, Argemiro, Colombo, Rufino, Candinho, Waldir 59 –– para com eles criar as raízes do que seria a Velha Guarda da Portela. Ao mesmo tempo, fez-se amigo e, algumas vezes, parceiro de gente mais moça, como Wilson Moreira e Paulinho da Viola, este, materializador e padrinho da guarda que mantinha firme e atuante o velho sambista.
Este líder –– inteligente, elegante, querido por todos –– acabou se tornando exemplo. Todas as grandes escolas de samba da cidade em que Monarco viveu têm hoje a sua Velha Guarda.
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Velha Guarda Portela Cd Completo 1970 JrBelo
4.726 visualizações8 de fev. de 2015
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Levanta Cedo - A VELHA GUARDA DA PORTELA
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Vaidade De Um Sambista - A VELHA GUARDA DA PORTELA
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Pexeiro Grã-fino
Candeia
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Peixeiro granfino
Vai na cozinha
Chamar mamãe, menino
E diz a ela
Que tem sardinha
Tem peixe-galo e cavalinha,
Peixeiro granfino
Tem xaréu
Tem xerelete, sardinha e tainha
Um bom siri pra muqueca
Pescado por mano zeca
Salsa, pimenta de cheiro
Faz um bom tempero, azeite de dendê
Vai depressa correndo, menino
Chamar mamãe
Chegou o peixeiro granfino
Composição: Candeia.
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G1 - Globo
Cassiano, compositor da música 'Primavera', morre aos 77 anos | Rio de
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MÚSICA
Filho de Tim Maia descobre disco em espanhol gravado pelo cantor
Disco foi gravado por Tim Maia em 1970 em homenagem ao amigo Cassiano. ‘Yo te amo’ está nas plataformas digitais e tem nove faixas
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 02/06/2021 06:00
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(crédito: Paola Antony/CB/D.A Press)
(crédito: Paola Antony/CB/D.A Press)
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Tim Maia, morto aos 55 anos, em março de 1998, vítima de falência múltipla dos órgãos, deixou um imenso vácuo no universo da MPB, muita saudade entre os fãs e também um valioso acervo. Aos poucos, preciosidades escondidas no baú de relíquias começam a se tornar públicas. A descoberta vem sendo feita por Carmelo Maia, filho e administrador do legado deixado pelo cantor e compositor carioca.
Chegou recentemente às plataformas digitais Yo te amo, álbum que traz nove faixas, com versões em espanhol de sucessos, como Azul color del mar, Coroné Antônio Bento, Primavera, a faixa título e canções menos conhecidas, entre as quais Cristina, Fuiste tu e Risas. O disco foi gravado em 1970, quando Tim, em plena forma, brilhava com vozeirão e suingue impressionantes — principais características do seu canto.
Segundo Carmelo, faltou-lhe ar ao ouvir as fitas encontradas, por estarem naquele ambiente as falas, o jeitão, a respiração, os erros de gravação. O material recebeu tratamento especial, sendo restaurado e remasterizado pelo engenheiro de som André Dias, que precisou usar soluções de engenharia muito específicas, com alto nível de complexidade, para reconstruir e restaurar partes perdidas e danificadas do conteúdo.
“Foram meses restaurando trecho a trecho de cada música. A manipulação era alta, complexa, para reconstruir a estrutura harmônica e distribuição especial, para que cada detalhe e toda a magia dos arranjos e de performance fossem percebidos”, explica Dias, que utilizou tecnologia alemã para limpar ruídos. “Propositalmente, foram deixados no disco partes de conversas que vazaram das fitas”, acrescenta.
Yo te amo, que homenageia Cassiano, parceiro e amigo de Tim Maia, morto recentemente, foi gravado no estúdio Vitória Régia, e conta com a participação de Fininho (baixo elétrico), Luiz Meio Quilo (guitarra), Cabeçote (vibrafone), Célio (piano e órgão), Mesquita, Doria, Cinara e Soninha Terremoto (backing vocal). Tim tocou violão, bateria, percussão, além de ser autor dos arranjos.
Em apenas 18 anos de carreira, oficialmente, Sebastião Rodrigues Maia, nascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, tornou-se um dos personagens de maior representatividade da moderna MPB. Com o nome artístico de Tim Maia, lançou 26 discos, sendo 23 de estúdio (incluindo Yo te amo) e três gravados ao vivo. Responsável pela introdução do funk e do soul no país, emplacou incontáveis sucesso, entre os quais Do Leme ao Pontal, Gostava tanto de você, Me dê motivos, Não quero dinheiro, O descobridor dos sete mares e Vale tudo. Teve músicas gravadas por nomes estelares como o amigo Roberto Carlos, Elis Regina e Marisa Monte.
» Entrevista / Carmelo Maia
Como era a relação com seu pai?
Com o Sebastião, uma relação normal entre pai e filho, cobrava estudos, estudei em colégio de freiras e, quando pôde, foi me buscar. Era um show à parte, parava o trânsito na Tijuca, era o momento dele comigo. Me amou da maneira dele. Quando descia no aeroporto Santos Dumont de madrugada, evidentemente todos estavam dormindo, a campainha era sua voz. Todos sabiam que meu pai havia chegado. Com a voz do trovão, não deixava uma alma descansar.
A partir de que idade você passou a acompanhar o trabalho de Tim Maia?
Desde os 18 anos, quando comecei a fazer os borderôs dos show do Canecão.
O que consta do acervo do Tim, que está sob sua administração?
Tudo o que foi dele um dia está comigo. Desde suas marmitas, quando era somente o “Tião Marmiteiro”, o cordão da foto do disco de 1970, blusas dos shows, fitas masters. Enfim, um grande acervo.
Quando garimpou o material do álbum que está sendo lançado?
Eu estava digitalizando parte do acervo, priorizei as fitas que estavam oxidando.
Qual foi sua reação ao descobri-lo?
Quando abriu os primeiros acordes, com um grave e idioma diferentes, foi um misto de alegria e confusão na cabeça, pois eu sabia que ele tinha resgatado seus sonhos ou projetos deixados na década de 1970. Costumo dizer que meu pai foi um cometa que passou, não deu para acompanhar, hoje ainda é muito à frente de sua época. Assim como levou os discos da fase Racional e nenhuma gravadora abraçou, não foi diferente com o álbum em espanhol. Deixou guardados por anos e mais tarde retomou com outra voz.
Havia mais músicas do que estas incluídas no Yo te amo?
No quesito organização, tudo dele não existe um padrão. Já encontrei música inédita na mesma master com outras canções que não tinham relações. O trabalho é de garimpo mesmo. Escutar uma a uma.
Como avalia o trabalho do engenheiro de som André Dias, no restauro do material?
Para trabalhar comigo, só posso estar munido dos melhores do mercado. Afinal, prestarei contas quando eu subir! Ninguém chega ao sucesso sozinho. André era um dos nomes cotados por mim pela sua especialidade em restaurar material analógico e delicado. Minha exigência foi para que não editasse, não fizesse recortes, que preservasse todos os erros de gravações, todo o ambiente criado pelo meu pai. Se tivesse esporro, deixasse. Registros que jamais teremos e de uma riqueza que só o gordinho mais simpático do Brasil sabia fazer.
Na sua análise, que importância teve Cassiano (morto em 7 de maio passado, vítima da
covid-19) para a obra de Tim?
Cassiano foi de extrema importância e influência musical para o meu pai. Afinal, estamos diante de dois gênios, tiveram muitas coisas em comum, autores de clássicos das músicas românticas com temperos condimentados à “la black music”, amigos, negros e dois malucos-beleza. Tínhamos um encontro pré-agendado após a vacinação dele, mas Deus não quis.
SERVIÇO
Yo te amo
Álbum inédito de Tim Maia com nove músicas em
espanhol. Lançamento nas plataformas digitais.
Tags
cultura gravação música Tim Maia
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Cassiano, compositor da música 'Primavera', morre aos 77 anos
Autor da faixa conhecida na voz de Tim Maia, ele estava internado havia um mês no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
Por G1 Rio
07/05/2021 19h43 Atualizado há 7 meses
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Capa do álbum 'Apresentamos nosso Cassiano', de Cassiano — Foto: Reprodução
Capa do álbum 'Apresentamos nosso Cassiano', de Cassiano — Foto: Reprodução
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O cantor e compositor Genival Cassiano dos Santos, o Cassiano, morreu nesta sexta-feira (7) aos 77 anos no Rio. Ele estava internado desde o fim do mês passado no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte. A morte foi confirmada às 16h30.
(CORREÇÃO: o G1 errou ao informar que a causa da morte de Cassiano foi Covid-19. Na verdade, ele não morreu devido à doença, e a causa da morte não foi divulgada. A reportagem foi corrigida às 21h50.)
Trajetória
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Cassiano veio para o Rio de Janeiro em 1960 — Foto: Reprodução
Cassiano veio para o Rio de Janeiro em 1960 — Foto: Reprodução
Genival Cassiano veio da Paraíba para o Rio em 1960. Era fã de João Gilberto e começou em um trio de Bossa Nova. Ele foi criador de um estilo vocal conhecido como Brazilian Soul, mas Cassiano gravou poucos discos como cantor.
Cassiano compôs diversos sucessos da música brasileira, os principais gravados pelo Tim Maia, como "Primavera" e "Eu amo você". Suas músicas também foram gravadas por Marisa Monte, Djavan, Ivete Sangalo.
Entre seus maiores sucessos estão "A lua e eu", da trilha sonora da novela O Grito (TV Globo, 1975 / 1976) e "Coleção" que virou sucesso nacional ao ser propagada em 1977 na trilha de outra novela da TV Globo, Locomotivas.
Assista abaixo o vídeo sobre Cassiano e a Black Rio na coluna de Nelson Motta no Jornal da Globo.
Música black de Genival Cassiano ainda influencia muitos artistas
Música black de Genival Cassiano ainda influencia muitos artistas
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O Assunto
Horror no Jacarezinho
21:00 / 24:10
RIO DE JANEIRO
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Cassiano - A Lua e Eu - 1975
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OpcaoFmWebTV
17,6 mil inscritos
Video original da época. Uma raridade. Aproveitem.
Confiram também esta música em nossa Web Rádio.
www.radioopcaofm.com.br
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