Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
"Duplamente ingênuo,
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Ingênuo | Pixinguinha
19.611 visualizações23 de abr. de 2019
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Brasil Toca
17,3 mil inscritos
Música "Ingênuo", de Pixinguinha, é interpretada no programa por Leandro Tigrão, Nailor Proveta, Léo Maximo, Izaías Bueno, Israel Bueno, Getúlio Ribeiro e Allan Gaia.
A série teve direção e produção musical de Marquinho Mendonça e Swami Jr e mixagens de Alberto Ranellucci.
... por acreditar em Bolsonaro e por aceitar ser ministro, dando a seus adversários um argumento plausível, mesmo que não verdadeiro."
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Mau Costume
Bucy Moreira
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Você que vive por aí
Sempre com a velha mania de me dá me dá me dá
Eu acho bom você se controlar
Esse costume me apoquenta
E pra não me zangar
Tome um conselho, rapagão atleta
Ainda mais sendo poeta
Ter razão a esmolar
Quando me pede alguma coisa me aborrece
Veja se você me esquece para eu me alegrar
Você precisa dar jeito na vida
Bate-papo não é comida pra lhe sustentar
Você só vive em minha casa e da vizinha
Numa conversa mesquinha que só faz amofinar
Alguém contando para o delegado
Que você se desocupa pra incomodar
No xilindró você terá o resultado
Desse velho mau costume
Pede aqui, pede acolá
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“Nunca vi um presidente do Senado fazer o que Rodrigo Pacheco fez”, diz Tebet
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou estar incomodada com discussão em promulgação da PEC dos Precatórios
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Isabela Filardida CNN
Em São Paulo
08/12/2021 às 22:00 | Atualizado 08/12/2021 às 22:03
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Em conversa com o analista da CNN, Caio Junqueira, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse estar muito incomodada com a discussão que teve com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na sessão de promulgação da PEC dos Precatórios que ocorreu nesta quarta-feira (8).
“Nunca vi um presidente do Senado fazer o que Rodrigo Pacheco fez, abrir espaço para discussão em uma promulgação em cadeia nacional de televisão”, afirmou.
Tebet também disse que o Governo não tinha votos para aprovar a PEC no Senado, e que ajudou a convencer quem era contra por causa de um acordo para que Pacheco não desvinculasse o espaço fiscal, para que ele fosse para a seguridade social e para o Auxílio Brasil.
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Segundo ela, o senador concordou em promulgar a PEC sem desmembrar, mas sentiu que Arthur Lira estava um pouco “intransigente” em relação a esse acordo no Senado.
Ela chegou a falar a Pacheco que daria um cheque em branco para “fatiar”, desde que o acordo fosse cumprido e o espaço fiscal fosse para a seguridade.
No entanto, nesta quarta (8), Rodrigo Pacheco afirmou que Câmara e Senado não mudaram e que ele tem o direito de promulgar, o que quebra o acordo deles.
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A senadora afirmou a Caio Junqueira que Pacheco foi indelicado e que “não foi um acordo de Plenário, foi um acordo de uma reunião de líderes em que o senador se comprometeu”
Tebet acredita que essa situação gerou uma “saia-justa”, e que é provável que a Câmara faça o que o Senado quer e não dê espaço fiscal para o pagamento de emendas.
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Senado
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
Merval Pereira - Triângulo nada amoroso
O Globo
Um roteirista de criatividade mediana poderia imaginar uma disputa entre o ex-presidente preso e o seu juiz algoz, e estaria de bom tamanho, compatível com as voltas que o mundo dá. Mas acrescentar a essa trama um terceiro personagem, o atual presidente da República, eleito por ter se tornado o símbolo do combate à corrupção petista, transformado ele mesmo em alvo de investigações as mais variadas de corrupção, aí já é preciso ser muito criativo.
Predomina na eleição presidencial brasileira não mais a simples polarização. Um triângulo amoroso com marido, mulher e amante é mais comum que esse triângulo de ódio e ressentimento que formam o ex-presidente Lula, o atual presidente Bolsonaro e o ex-juiz Sergio Moro.
Cada um deles é contra os dois outros com a mesma intensidade. Lula foi condenado à cadeia por Sergio Moro, depois considerado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou soltar Lula para alegria de Bolsonaro, que o considera um candidato mais fácil de bater se a polarização entre extremos se mantiver.
Moro, que havia entrado na história muito antes de maneira independente, acabou aceitando o casamento com Bolsonaro dizendo que acreditou em seus propósitos. Duplamente ingênuo, por acreditar em Bolsonaro e por aceitar ser ministro, dando a seus adversários um argumento plausível, mesmo que não verdadeiro. Lula e seus apaniguados acusam-no de tê-lo prendido para evitar que vencesse as eleições de 2018, favorecendo Bolsonaro.
Da mesma maneira, uma vitória de Lula no ano que vem poderá ser atribuída ao Supremo, que o teria recolocado no tabuleiro eleitoral apenas para impedir a reeleição de Bolsonaro. Moro ressurgiu do fundo de sua cova cavada pelo conluio de políticos, empresários, ministros, “com Supremo, com tudo”, como previu Romero Jucá, e desponta como o candidato viável de uma terceira via, nem Lula, nem Bolsonaro.
A exemplo do que aconteceu em 2018, os favoritos nas pesquisas eleitorais são os três mais rejeitados pelos eleitores, por razões diversas. Misturam-se aqui várias transgressões, à escolha do freguês. As acusações contra Moro e os promotores de Curitiba foram baseadas em conversas furtadas dos celulares de diversas autoridades, provas ilegais que não deveriam existir na vida real, pois não estão nos autos. Em tempos de interpretações jurídicas heterodoxas, tais provas foram citadas por diversos ministros do Supremo, mas não foram usadas “oficialmente”.
Um julgamento que se limitava a um dos processos, o do triplex no Guarujá, abriu as portas para uma série de anulações e prescrições e, como efeito colateral previsível, ajudou a soltar vários condenados na Lava-Jato, que hoje circulam por aí alegando terem sido inocentados, o mesmo argumento que Lula usa para apresentar-se aos eleitores.
A Segunda Turma do Supremo, onde os resultados são quase sempre 3 a 1 para o mesmo time, é considerada o paraíso dos condenados, embora esse epíteto irrite Suas Excelências. Agora mesmo o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o último político ainda preso, ganhou um refresco com a anulação de uma de suas condenações pelo juiz da Lava-Jato do Rio, Marcelo Bretas. O Supremo apressou-se em dizer que o processo foi apenas transferido de jurisdição e que caberá ao juiz competente decidir se aproveita as provas já existentes. Exatamente o que diziam depois do julgamento do triplex do Guarujá, e deu no que deu.
O problema dessas idas e vindas do Judiciário, ao sabor dos ventos políticos, é que os bilhões de reais recuperados de ladrões confessos não são virtuais e já estão nos cofres da União. Terão de ser devolvidos?
As pesquisas divulgadas até hoje mostram a posição de Sergio Moro consolidada como terceira via, ultrapassando Ciro Gomes e estabilizado em dois dígitos. Para quem foi apresentado como pré-candidato há menos de um mês, é boa demonstração de força. Mostra também que Lula está firme em sua posição e que Bolsonaro, embora tenha caído, se mantém no patamar de 20%.
No primeiro turno, Moro não tem por onde crescer, a não ser em cima do eleitorado de Bolsonaro. O voto útil do eleitorado antipetista será em Bolsonaro se, no fim das contas, ele for o único capaz de ir para o segundo turno contra Lula.
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Chico Buarque - Mil Perdões (Com Letra na Descrição) - Legendas -1984
3.486 visualizações29 de abr. de 2016
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JC Pasquini
70,9 mil inscritos
MIL PERDÕES - CHICO BUARQUE - 1984
"Te perdoo
Por fazeres mil perguntas,
Que em vidas que andam juntas,
Ninguém faz.
Te perdoo
Por pedires perdão,
Por me amares demais,
Te perdoo
Te perdoo por ligares,
Pra todos os lugares
De onde eu vim.
Te perdoo
Por ergueres a mão,
Por bateres em mim,
Te perdoo
Quando anseio pelo instante de sair,
E rodar exuberante,
E me perder de ti.
Te perdoo
Por quereres me ver,
Aprendendo a mentir...
Te perdoo
Por contares minhas horas,
Nas minhas demoras por aí...
Te perdoo
Te perdoo porque choras,
Quando eu choro de rir...
Te perdoo
Por te trair."
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Julgamentos morais são mesmo coisa rara em eleições.
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
William Waack - O justiceiro e o injustiçado
O Estado de S. Paulo.
Sérgio Moro e o ex-presidente Lula esperam vencer o julgamento moral
O ex-juiz Sérgio Moro e o ex-presidente Lula estão prontinhos para se enfrentar num segundo turno das eleições. Já se tratam como adversários prováveis e sugerem um duelo clássico: quem terá maior competência política para fazer prevalecer a própria narrativa e bloquear a do adversário, a essência da política.
Grosso modo ambos brigam por assumir os mesmos atributos aos olhos do eleitorado. Consideram-se vítimas de injustiças praticadas por poderosos que ousaram desafiar. Admitem que erros políticos ou de conduta pessoal no passado empalidecem diante dos objetivos que queriam alcançar.
A Lula sobra o cinismo que o surrado animal político consolidou em mais de meio século de atividade política, numa riquíssima trajetória na qual trafegou da defesa de convicções rumo à busca de oportunidades (de todo tipo). A Moro falta a importante ferramenta política da arte da dissimulação, mas sobra a convicção (pois entendeu bem Maquiavel) que em política é impossível realizar princípios, mesmo os do Direito.
O que cada um apregoa como mérito e virtude é exatamente o que o outro afirma ser vileza e vício. Ambos pedem que o eleitor faça um julgamento moral.
Fala a “verdade” quem diz “eu prendi os facínoras e fui traído” (Moro) ou quem afirma “os facínoras não me deixaram ganhar as últimas eleições” (Lula)? Isto nada tem a ver com qual dos dois é o detentor da veracidade objetiva dos fatos recentes.
Na política fatos são a percepção que as pessoas têm dos acontecimentos, algo que nem sempre combina com o que se poderia considerar “elementos objetivos irrefutáveis”. O ambiente caótico das redes sociais tornou essa lição ainda mais importante – aliás, adversários políticos hoje sequer se entendem sobre o que seriam os fatos a serem discutidos.
O hipotético confronto Lula-moro num segundo turno por enquanto fascina apenas a ínfima parcela de quem acompanha profissionalmente a política. Para quem duvida, na mais recente lista de buscas frequentes no Brasil em 2021 divulgada pelo Google (um confiável indicador de interesse do público) não figura nas principais categorias qualquer acontecimento ou nome ligado diretamente à política.
Estão lá no alto o medo da covid-19, a emoção com mortes súbitas de figuras queridas e o horror ligado a crimes. Além de como arranjar um emprego e ser feliz na relação. “Justiceiro” (Moro) e “Injustiçado” (Lula) talvez só fizessem sucesso se estivessem num dos vários reality shows que dominam totalmente a lista dos programas favoritos na TV.
Julgamentos morais são mesmo coisa rara em eleições.
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