domingo, 20 de junho de 2021

Milhares voltam às ruas por vacina e impeachment de Bolsonaro

*** Brasil chega a 500.868 mortes por Covid-19 ***
*** Luiz Carlos Azedo Jornalista, colunista do Correio Braziliense Nas entrelinhas: Poderes da radicalização Publicado em 20/06/2021 - 08:03 Luiz Carlos AzedoCiência, Congresso, Economia, Eleiçoes, Ética, Governo, Justiça, Militares, Partidos, Política, Política, Religião, Saúde, Segurança, Trabalho, Violência O poder não existe apenas no Estado e na figura de Bolsonaro. Também está disseminado na sociedade, por meio de um “micropoder” que se irradia, inclusive na família A polarização política em curso no país, protagonizada pelo presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se deslocou do terreno das instituições políticas para a sociedade, antes mesmo de se iniciar o processo eleitoral propriamente dito, quando isso seria mais natural. É uma questão que merece atenção redobrada, porque diz respeito à convivência entre as pessoas, às vezes, em seu próprio ambiente familiar, o que gera um clima de intolerância e ódio muito perigoso na vida social. Tradicionalmente, toda ou qualquer análise política parte da ideia de que o seu locus privilegiado é o Estado, onde se exerce o poder. Manter ou conquistar o poder é a chave para a polarização política. Numa democracia representativa, entre uma eleição e outra, essa disputa ocorre no âmbito da relação entre os partidos e as instituições; entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; na relação entre os entes federados – governadores e prefeitos; e no âmbito do Congresso Nacional: Câmara e Senado. Ocorre que uma polarização protagonizada por uma força extremista antissistêmica instalada no Poder, como é caso do governo Bolsonaro, de características bonapartistas, obviamente, rompe o equilíbrio da disputa nesses terrenos e atrai a sociedade para uma polarização antecipada, na qual se confrontam forças a favor e contra a ordem democrática vigente. É ao que estamos assistindo agora. Uma das dificuldades para análise desse quadro é que a situação foge aos paradigmas da política clássica, como em Maquiavel, Thomas Hobbes e Stuart Mill. Embora o presidente Jair Bolsonaro use e abuse da sua autoridade formal, sua atuação é no sentido de desconstruir a ordem democrática criada pela Constituição de 1988 e compatibilizar o regime político com sua mentalidade saudosista do regime militar. O poder faz de sua política antissistêmica uma coisa assombrosa, que pode nos levar a um desastre muitas vezes maior do que a crise sanitária, cujo protagonismo, diga-se de passagem, Bolsonaro disputa com o próprio vírus da covid-19. O poder não existe apenas no Estado e na figura soberana de Bolsonaro. Também está disseminado na sociedade, por meio de um “micropoder” que se irradia e se exerce em todos os lugares, inclusive na família. A junção dessas duas forças, o poder do presidente da República sobre a vida da sociedade e o poder das pessoas que o apoiam nos locais onde vivem e trabalham, faz do bolsonarismo um movimento agressivo, organizado e resiliente, com o qual a política tradicional não sabe ainda lidar, nem mesmo a esquerda enraizada nos movimentos sociais. O filósofo francês Michel Foucault, ao ampliar a lógica hobbesiana (todos abdicariam de sua liberdade em favor da paz civil), nos ajuda a compreender o fenômeno desse “micropoder”, que se exerce pela violência psicossocial, às vezes também fisicamente, das corporações sobre os trabalhadores; do patriarcado sobre as mulheres; das milícias sobre as comunidades; dos brancos sobre os negros (racismo estrutural) etc. Família e religião Na sua abordagem sobre o poder exercido fora do Estado, Foucault construiu até um conceito que tem tudo a ver com o momento que estamos vivendo: o “biopoder”. Classificar a homossexualidade como “perversão”, negar a eficácia das vacinas e do distanciamento social, disseminar o uso da cloroquina como placebo são manifestações desse “biopoder”, tanto quanto reduzir o sexo à reprodução e à saúde. Um dos méritos da CPI da Covid do Senado está sendo, por exemplo, deslocar o eixo da discussão sobre a crise sanitária para o terreno da política, desnudando a forma autoritária e irresponsável como a população está sendo tratada pelo atual governo e ao mesmo tempo a forma como esse “micropoder” é mobilizado por Bolsonaro. Outro aspecto desse processo é a base popular que apoia Bolsonaro, desde a sua campanha eleitoral em 2018. O eixo de sua atuação é a defesa da família unicelular patriarcal, ameaçada pela mudança dos costumes e hoje até minoritária, embora sua própria família seja multicelular, como a maioria. Boa parte de sua resiliência eleitoral deriva daí, por isso mesmo está ancorada numa narrativa religiosa, machista e homofóbica, na qual a ideia de liberdade foi associada à justiça por conta própria e à posse indiscriminada de armas. A crise econômica e o grande número de mortes na pandemia erodiram parte dessa base, até porque o desemprego e a morte de provedores são fatores desestruturadores das famílias, principalmente de baixa renda, porém, a narrativa pátria, família e liberdade mantém- se eficaz para lançar à luta política e radicalizar os seus elementos mais conservadores e reacionários. *** *** https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-poderes-da-radicalizacao/ *** *** *** Luiz Sérgio Henriques* - América Latina, revolução e democracia ***
*** O Estado de S. Paulo A dialética democrática desconhece a dominação bruta de um grupo sobre os demais O Brasil dos nossos dias não é propriamente o ponto de observação mais adequado para avaliar processos políticos latino-americanos, tão surpreendentes e imprevisíveis quanto os que nós mesmos temos experimentado na carne. O redemoinho nos é comum e arrasta todos, fazendo, em geral, os raciocínios ficarem turvados pelas paixões da hora. No País oficial as avaliações obedecem a um automatismo indigente. Diante do protagonismo de qualquer setor da esquerda latino-americana, em si tão diversa e fragmentada, as vozes dos nossos governantes se limitam a lamentar a “perda” de tal ou qual nação vizinha para a causa das “liberdades”, como se os antolhos da guerra fria devessem nos envesgar indefinidamente. Sintomáticos o uso e o abuso da palavra “comunismo”, como se se tratasse de escolher “modos de produção” a cada rodada eleitoral, e não, mais singela e concretamente, barrar os nacionalismos autoritários de vertentes às vezes opostas que nos ameaçam. Os representantes do País não oficial nem sempre estão atentos ao que se passa fora das nossas fronteiras, ainda que os eventos pipoquem ao redor. Proverbiais, a respeito de temas externos, o silêncio e a desatenção de forças moderadas ou de centro, pouco afeitas a tratar do “nexo nacional-internacional” como questão de primeira ordem. Partidos desse campo não costumam ter “política externa” e, uma vez no governo, em regra são pouco inovadores. Forças e partidos de esquerda parecem ter, no código genético, a vocação internacionalista, o hábito de discutir os ares e as revoluções do mundo, embora, nesta parte do espectro, narrativas e paradigmas também se renovem com lentidão. Comprovam-no a força que teve o mito da revolução cubana ou, mais recentemente, a capacidade de atração despertada pelas malfadadas experiências do “socialismo do século 21”, muito especialmente o chavismo e o madurismo. Despertam relativamente menos atenção as análises que destacam o fato de que, mesmo em realidades tão desiguais, a vontade de mudança social já não se traduz em movimentos de força ou ações de violência revolucionária. Para esse tipo de análise, a questão democrática passou de uma vez por todas ao centro do palco. O chileno Norbert Lechner, ainda nos anos 80 do século passado, expressou numa fórmula sintética – de la revolución a la democracia – este novo ponto de partida analítico e, também, esta espécie de tomada de posição moral sobre a mudança: ou ela se vale permanentemente dos procedimentos da democracia política ou está condenada a gerar recorrentes realidades autoritárias. Que o diga, por exemplo, a Nicarágua desse desastroso Ortega. Agitações aparentemente sem fim, como na Colômbia, saídas por meio de uma Constituinte, como no Chile, eleições com vitorioso improvável, como no Peru, são indicações claras de que, ao rechaçar a ideia revolucionária e escolher a outra, não se idealizam cenários sem conflito. Em todas essas situações ficam expostos simultaneamente o drama latino-americano e, numa refração particular, a crise contemporânea da democracia. Vive-se a crise, ou se tentam saídas provisórias, em meio à ruína da política, à desconfiança nas suas formas, à sensação disseminada entre os representados de que, no fundo, seria melhor tirar de circulação seus representantes e exercer diretamente o poder. Há já duas décadas se fazia ouvir na Argentina o estridente, mas improdutivo, que se vayan todos, canto de sereia da antipolítica e da democracia “direta”, que os aventureiros da extrema direita veem como o caminho real para suas estripulias e os desatinados da extrema esquerda confundem com o apelo revolucionário. Se os parâmetros estão dados pela boa novidade da política democrática, as melhores esperanças – e a advertência mais severa, que também vale para o Peru de Pedro Castillo – surgem com o processo chileno. Ali a Convenção Constituinte tem natureza bastante diversa da representada pelo truque chavista de concentração de poderes e estatização da sociedade civil. Pode-se vislumbrar, com moderado otimismo, a remodelação do sistema partidário segundo as diferenciações que ora fervilham na vida social. Há temas “transversais”, relativos às questões ambientais ou de gênero, que estão destinados a se projetar vigorosamente no conjunto da esfera política, enriquecendo a concepção de democracia representativa. A velhice dos partidos e das instituições estará garantida se não os absorverem e metabolizarem com generosidade. Contudo a advertência acima mencionada é igualmente poderosa. De toda essa movimentação não se pode excluir nenhuma força, nem mesmo quando, como no Chile, a direita tradicional não se sai bem nas urnas. A dialética democrática, ao requerer a legitimação recíproca de contendores leais às instituições e, consequentemente, a alternância no poder, desconhece a dominação bruta de um grupo sobre os demais. De tal dialética só se autoexcluem os violentos – e estes, desde que o mundo é mundo, são filhos problemáticos de todas as famílias políticas. *Tradutor e ensaísta, é um dos organizadores das ‘Obras’ de Gramsci no Brasil *** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/06/luiz-sergio-henriques-america-latina.html#more *** ***
*** Deus lhe pague Chico Buarque *** *** Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí" Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir Um crime pra comentar e um samba pra distrair Deus lhe pague Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi Deus lhe pague Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair Deus lhe pague Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir E pelo grito demente que nos ajuda a fugir Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague Fonte: Musixmatch Compositores: Buarque Chico *** *** https://www.google.com/search?q=Deus+lhe+pague+Letra&rlz=1C1AVFC_enBR950BR951&oq=Deus+lhe+pague+Letra&aqs=chrome..69i57j0i22i30l6.8087j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 *** *** ***
*** *** JN, Globo, 19/06/2021. Milhares de pessoas foram para as ruas em todos os estados e no Distrito Federal neste dia que o Brasil atingiu a trágica marca de meio milhão de mortos pela Covid. Em 25 capitais e outras 116 cidades brasileiras, pediram vacina para todos e o impeachment de Bolsonaro. Os atos convocados por movimentos sociais e estudantis marcaram o sábado no país. Muita gente foi para as ruas. Partidos políticos e sindicatos de trabalhadores também apoiaram as manifestações. Em várias cidades, era possível notar a preocupação com as medidas sanitárias. Os manifestantes, na grande maioria, estavam de máscara. Mas, apesar dos pedidos dos organizadores, houve aglomerações. Em Brasília, a concentração foi em frente à Biblioteca Nacional, depois seguiu em passeata pela Esplanada dos Ministérios. Uma grande faixa verde e amarela puxava os manifestantes até o Congresso Nacional. O ato defendia vacina para todos, educação pública, auxílio emergencial de R$ 600 e demarcação de terras indígenas. O tempo todo, os organizadores repetiam, pelo carro de som, a necessidade de respeitar o distanciamento e o uso da máscara. No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas do centro também em defesa da vacinação, do pagamento do auxílio emergencial e do aumento nos gastos com educação. Cercado de fãs, o escritor, compositor e cantor Chico Buarque aproveitou a passeata para comemorar o aniversário de 77 anos. Manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro. Em Belém, além da vacina, manifestantes protestaram contra o desemprego e a fome. Com música e cartazes contra Bolsonaro, as pessoas seguiram até a Praça da República. Um enorme boneco representando o coronavírus chamava a atenção. No Recife, mesmo debaixo de chuva, também houve ato público. Para tentar evitar aglomeração, organizadores improvisaram um tipo de fila indiana. Nas ruas de Maceió, o ato fechou uma pista de uma das principais avenidas. Manifestantes carregavam a bandeira do Brasil e pediam a saída do presidente Jair Bolsonaro. Em Vitória , muita gente nas ruas pedindo vacina para todos. Ao ritmo dos tambores, manifestantes gritavam palavras de ordem pelo impeachment de Bolsonaro. Na capital mineira, uma enorme faixa pedia “vacina no braço, comida no prato”. Manifestantes aplaudiram profissionais de saúde que participaram do ato. Nas camisetas, o protesto contra o presidente e o apelo por mais vacina. A bandeira do Brasil tremulava em Porto Alegre. Manifestantes caminhavam pelas ruas do centro e recebiam apoio de quem estava em casa, das janelas. Um grupo de artistas fez uma performance no meio da rua para homenagear as vítimas da Covid e pedir vacina para todos. Em Fortaleza, as pessoas se reuniram no bairro Benfica. Pediam vacina para todos, mais verba na Educação e medidas de combate à fome. Em outro ponto da cidade, uma carreata marcou o sábado de protesto. Na capital baiana, em mensagens nas roupas, nos cartazes e até na máscara, manifestantes pediam a saída de Bolsonaro. Em Natal, os organizadores distribuíram máscaras e álcool em gel durante a passeata pelo centro. Em Manaus, manifestantes se reuniram na Praça da Saudade. A capital, que em janeiro sofreu com a crise da falta de oxigênio, neste sábado pediu vacina para todos. Em São Paulo, o protesto ocupou nove quarteirões da Avenida Paulista. O deputado federal Orlando Silva, do PC do B, Guilherme Boulos, do PSOL, e Fernando Haddad, do PT, discursaram. Centenas de ciclistas também participaram do protesto. Os manifestantes soltaram balões em homenagem às mais de 500 mil vítimas da Covid-19 e responsabilizaram o governo Bolsonaro pelas 500 mil mortes. A Paulista ficou fechada nos dois sentidos. No começo da noite, sinalizadores iluminaram a avenida. Em seguida, os manifestantes saíram em passeata em direção ao centro. As manifestações foram pacíficas em todo o Brasil. Nas capitais, não houve registro de conflito. Só em São Paulo, na parte final do protesto, alguns vândalos jogaram pedras e quebraram a fachada de um banco no centro da cidade. Jornal Nacional *** *** https://www.youtube.com/watch?v=5Y0ijLcoUvw *** *** *** 1968 ***
*** *** 1968: da Passeata dos 100 Mil ao AI-5 *** *** https://www.youtube.com/watch?v=f5LdwiBN04s *** *** *** ***
*** Bezerra Da Silva - Defunto Caguete *** *** https://www.youtube.com/watch?v=9LZZ6dbyZmw *** *** ***
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*** JN: Editorial sobre as 500 mil mortes pela Covid 19/06/2021 21h33 Atualizado há 18 horas *** Em agosto de 2020, quando o Brasil ultrapassou o registro escandaloso de 100 mil mortes pela Covid, o Jornal Nacional se manifestou sobre essa tragédia num editorial. Parecia que o país tinha superado um limite inalcançável, 100 mil mortos. Neste sábado (19), são 500 mil. Meio milhão de vidas brasileiras perdidas. O sentimento é de horror e de uma solidariedade incondicional às famílias dessas vítimas. São milhões de cidadãos enlutados. Hoje, é evidente que foram muitos - e muito graves - os erros cometidos. Eles estão documentados por entrevistas, declarações, atitudes, manifestações. A aposta insistente e teimosa em remédios sem eficácia, o estímulo frequente a aglomerações, a postura negacionista e inconsequente de não usar máscaras e, o pior, a recusa em assinar contratos para a compra de vacinas a tempo de evitar ainda mais vítimas fatais. No editorial que marcou as 100 mil mortes, nós dissemos que era preciso apurar de quem é a culpa. Dissemos textualmente que esse momento chegaria. Desde o início de maio, o Senado está investigando responsabilidades. Haverá consequências. E a mais básica será a de ter levado ao povo brasileiro o conhecimento sobre como e por que se chegou até aqui. Quando todos nós olharmos para trás, quando nos perguntarem o que fizemos para ajudar a evitar essa tragédia, cada um de nós terá a sua resposta. A esmagadora maioria vai poder dizer, com honestidade e com orgulho, que fez de tudo, fez a sua parte e mais um pouco. Nós, do Jornalismo da Globo, estamos há um ano e meio, com base na ciência, cumprindo o nosso dever de informar, sem meias palavras. Muitas vezes nós pagamos um preço por isso, com incompreensões de grupos que são minoritários, mas barulhentos. Não importa. Nós seguimos em frente, sem concessões. E seguiremos em frente, sem concessões. Porque tudo tem vários ângulos e todos devem ser sempre acolhidos para discussão. Mas há exceções. Quando estão em perigo coisas tão importantes como o direito à saúde, por exemplo. Ou o direito de viver numa democracia. Em casos assim, não há dois lados. E é esse o norte que o Jornalismo da Globo continuará a seguir. *** ***https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/06/19/jn-editorial-sobre-as-500-mil-mortes-pela-covid.ghtml *** *** https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2021/06/milhares-voltam-as-ruas-por-vacina-e.html

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