Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 15 de junho de 2021
Crise hídrica: risco de apagão?
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Consumidor vai pagar uma Eletrobras para o governo privatizar a Eletrobras
Por Míriam Leitão
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15/06/2021 • 09:54
Nadia Sussman
Para privatizar a Eletrobras, o governo está aceitando todo o tipo de jabuti. Mas desta vez eles exageraram. A Câmara aprovou e o Senado está consolidando uma visão totalmente errada.
Conta de luz vai subir de novo, com reajuste de mais de 20% da bandeira tarifária
Conversei com uma fonte ontem para me explicar quanto vai custar ao consumidor. Segundo ele, seria como se o consumidor tivesse que pagar uma Eletrobras para o governo vender a Eletrobras.
Seria esta conta: 41 bilhões dos jabutis, 10 bilhões de obrigações políticas e sobre isso incidem 16 bilhões de ICMS e PIS/Cofins. Esses R$ 67 bilhões irão para a nossa conta de luz para vender a Eletrobras. Não faz sentido econômico algum, distorce o mercado e manda a conta para a população. E distorce porque tem jabuti que cria reserva de mercado para as pequenas centrais hidrelétricas que estão perdendo a competição para solar e eólica. Tem jabuti que manda construir termelétrica a gás onde não tem gás nem gasoduto.
E por falar em conta alta de luz, a outra MP, que o governo prepara, para lidar com a crise hídrica, elevará também o custo da energia. O governo deveria ver o que funcionou e não funcionou no apagão de 2001. Uma coisa que deu certo foi a decisão compartilhada, o diálogo entre as partes do governo que têm poder sobre o assunto. O governo está preferindo centralizar poder. Surgiu uma ideia boa dos grandes consumidores de energia que é dar uma redução para quem usa energia fora do pico, o que seria um alívio. Mas só faz sentido se valer também para o consumidor residencial e não apenas as grandes indústrias.
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Sistema Cantareira: Vista da Represa do Jaguari, em Jacareí, em foto de 2 de junho de 2021. — Foto: LUIS LIMA JR/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Entenda por que está chovendo menos no Brasil e se há risco de nova crise hídrica em SP
Além da falta de água nas torneiras de casa, da conta de luz mais cara e do risco de apagão, a seca pode ter impactos significativos na economia brasileira, de acordo com pesquisador. Três fenômenos explicam a redução de chuvas em todo o Brasil; entenda. Sabesp diz que demanda por água na região metropolitana é menor do que em 2014.
Por Bárbara Muniz Vieira, G1 SP — São Paulo
14/06/2021 05h56 Atualizado há um dia
Sistema Cantareira: Vista da Represa do Jaguari, em Jacareí, em foto de 2 de junho de 2021. — Foto: LUIS LIMA JR/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Sistema Cantareira: Vista da Represa do Jaguari, em Jacareí, em foto de 2 de junho de 2021. — Foto: LUIS LIMA JR/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Cinco estados brasileiros, entre eles São Paulo, enfrentam o que já é considerada a pior seca em 91 anos, de acordo com um comitê de órgãos do governo federal, que emitiu pela primeira vez na história um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro. Mas por que tem chovido menos?
De acordo com especialistas, três fenômenos explicam a falta de chuvas no Brasil:
O desmatamento da Amazônia;
O aquecimento global causado por queima de combustíveis fósseis;
O fenômeno natural La Niña
Além da falta de água nas torneiras de casa, da conta de luz mais cara e do risco de apagão, a seca pode ter impactos significativos na economia brasileira, de acordo com o cientista Paulo Artaxo, doutor em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da Amazônia há 37 anos.
“Estamos em uma trajetória que está colocando em xeque a economia brasileira. A economia quase que exclusivamente baseada em carne e soja pode não ser mais viável em 10 anos. Qual é o futuro do Brasil que queremos? O futuro como exportadores de carne e soja está comprometido. Queremos um país com riscos de vulnerabilidade tão fortes, que pode quebrar com uma seca? Além disso, se os países não pararem de queimar combustível fóssil, o Brasil está perdido”, afirma.
O déficit de chuvas atual já é considerado severo, segundo Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), que representa o comitê de órgãos do governo federal. O alerta emitido vale para os estados que se localizam na bacia do Rio Paraná: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
No caso de São Paulo, o paulistano ainda tem fresco na memória o que foi o desabastecimento de água na capital de 2014 a 2015. No final de maio de 2014, quando houve crise hídrica, o volume do Sistema Cantareira atingiu 3,6% de sua capacidade, e a Sabesp passou a operar bombeando água do chamado volume morto.
No vídeo abaixo, veja quando o governo emitiu alerta de crise hídrica para cinco estados:
Governo emite alerta para crise hídrica em cinco estados
Governo emite alerta para crise hídrica em cinco estados
Crise hídrica: governo poderá acionar mais usinas termelétricas sem contrato
Trata-se de uma reserva com 480 bilhões de litros de água situada abaixo das comportas das represas do Cantareira. Até então, essa água nunca tinha sido usada para atender a população.
Em outubro do mesmo ano, o volume do Cantareira chegou a 3,6%.
Só o Cantareira abastece, por dia, cerca de 7,5 milhões de pessoas, ou 46% da população da Região Metropolitana de São Paulo, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão que regulamenta o setor.
Começo de ano seco
No primeiro trimestre deste ano, o volume de chuva na região que abastece o Sistema Cantareira foi o mais baixo desde o final da crise hídrica, em 2016, e ficou abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2013.
As chuvas de verão são importantes para garantir a recarga dos mananciais e, assim, haver água suficiente para atravessar os meses mais secos do ano.
Por isso é preocupante que tenha chovido pouco nos primeiros meses de 2021, de acordo com análise de Pedro Luiz Côrtes, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).
Há risco de haver nova seca e crise de abastecimento em 2022, já que teremos uma redução das chuvas com o início do período de estiagem. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nega haver possibilidade de desabastecimento.
Neste domingo (13), o Cantareira operava com 46,6% de sua capacidade, menos de dez pontos percentuais do que foi registrado no mesmo dia de junho de 2013, pré-crise hídrica.
Entenda os fenômenos que afetam o volume de chuvas:
Desmatamento na Amazônia
Sim, o desmatamento da Amazônia é uma das causas para chover menos na região central do Brasil, inclusive no estado de São Paulo. Uma das provas disso aconteceu em agosto de 2019, quando uma chuva preta caiu na capital paulista e o dia "virou noite".
Na época, o Climatempo disse que a fumaça proveniente de queimadas na região amazônica, dos estados do Acre e Rondônia e da Bolívia, chegou a São Paulo pela ação dos ventos, o que causou a chuva preta e a escuridão na capital.
Esses ventos que muitas vezes trazem chuva para São Paulo vêm da região equatorial do Oceano Atlântico e são chamados de ventos alísios.
Eles trazem a umidade do oceano no sentido leste a oeste e, chegando na Amazônia, essa umidade se precipita em forma de chuva. Essa chuva hidrata o solo e é absorvida pelas raízes mais profundas das grandes árvores, que são essenciais nesse processo.
As árvores drenam a umidade e por meio da transpiração, devolvem a umidade para o ar, de forma que o ciclo de umidade e chuva vai se repetindo levada pelos ventos, de acordo com Cortês, da USP.
“A soja ou a pastagem, por exemplo, não têm raízes profundas e não conseguem desempenhar o mesmo papel. Com a intensificação do desmatamento, a floresta corre o risco de entrar em um ciclo em que perde a capacidade de manutenção da umidade atmosférica e esse processo pode tornar-se irreversível”, explica.
Depois de passarem pela Amazônia e se “recarregarem” com a umidade da floresta, os ventos seguem o caminho em direção à Cordilheira dos Andes. Ao se encontrarem com a formação rochosa do local, “fazem a curva” em direção à região central do Brasil, chegando ao Sudeste e Sul.
Por onde passam, esses ventos, se forem úmidos, trazem chuva – daí o nome popular de rios voadores para o que os cientistas chamam de Ventos de Zona de Convergência do Atlântico Sul.
Porém, com cada vez menos árvores na Amazônia, há cada vez menos umidade para os ventos “transportarem” e cada vez menos chuva no Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Mesmo que a floresta seja restaurada, demora-se anos para que as árvores criem raízes profundas para desempenhar o mesmo papel das que vem sendo devastadas. Uma plantação de soja não desempenha o mesmo papel da floresta nativa.
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Infográfico simplificado mostra importância de floresta amazônica para chuvas no Brasil central — Foto: G1
Infográfico simplificado mostra importância de floresta amazônica para chuvas no Brasil central — Foto: G1
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A situação é preocupante. A taxa anual de desmatamento da Amazônia, calculada via monitoramento de satélite pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (taxa Prodes), voltou a crescer a partir de 2015, saltando para mais de 11 mil quilômetros quadrados em 2020.
“O que tem acontecido é que os ventos continuam soprando, mas geram menor quantidade de chuvas na região central e isso tem afetado reservatórios como Serra da Mesa, Furnas, Emborcação e Itumbiara. São reservatórios que estão com níveis baixos e isso não é uma situação sazonal ou eventual, isso já vem acontecendo nos últimos 8 a 10 anos”, afirma Côrtes.
Prejuízo
Um estudo publicado em maio deste ano na prestigiada revista científica Nature Communications por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e outras fez um cálculo usando as áreas desmatadas no sul da Amazônia para saber o quanto isso reduziu a precipitação de chuvas e quanto trouxe de prejuízo.
Trata-se da região que mais sofreu com a expansão agrícola e madeireira no país e que concentra a maior parte das terras cultiváveis e de pastagens da região.
O estudo demonstrou que o avanço do desmatamento da Amazônia é economicamente prejudicial para a agricultura da região, já que a prática reduz o volume anual de chuvas, essencial para as plantações. O prejuízo chega a U$ 1 bilhão por ano.
Segundo os pesquisadores, essa redução avança de tal modo que, em breve, se nada for feito, poderá inviabilizar o lucrativo sistema de dupla safra hoje praticado na região.
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Desmatamento na Amazônia atingiu em 2020 o maior índice dos últimos 12 anos — Foto: Getty Images via BBC
Desmatamento na Amazônia atingiu em 2020 o maior índice dos últimos 12 anos — Foto: Getty Images via BBC
Aquecimento global
O aumento global da temperatura e a alteração global no ciclo hidrológico está impactando o Brasil fortemente, reduzindo as chuvas principalmente no Nordeste brasileiro e na região central, segundo Artaxo.
“Essas não são projeções para o futuro, é o que já está acontecendo hoje. Todos os modelos climáticos mostram que o aumento da temperatura reduz a precipitação no Brasil central. E o que estamos observando é que essa seca na maior parte do país é uma combinação de todos esses impactos juntos”, afirma o professor.
Uma das previsões mais óbvias do aquecimento global é que em algumas áreas continentais, em particular o Nordeste brasileiro e a região central, vão se tornar mais secas, de acordo com Artaxo.
“A própria vazão do rio São Francisco diminuiu significativamente. Regiões do Nordeste brasileiro que eram áreas semiáridas já estão se tornando áridas. Não é previsão para o futuro, isso já está acontecendo agora”, afirma.
Atualmente o aquecimento global é causado principalmente por emissões da queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural.
Calcula-se que 83% de todos os gases de efeito estufa lançados na atmosfera vêm da queima de combustível fóssil e 17% das emissões globais vêm de desmatamento de florestas tropicais. O Brasil é de longe o maior emissor de gases de efeito estufa por causa do desmatamento, de acordo com o pesquisador.
“Os gases de efeito estufa já aumentaram em 1,4 grau a temperatura no Brasil central e estamos indo na trajetória de ter um aumento de temperatura de 3 a 4 graus. Isso vai reduzir significativamente a chuva e vai dificultar a produtividade agrícola.”
Para frear esse processo, segundo o professor, é preciso fazer muito mais do que economizar água.
“O que tem de fazer são duas coisas: parar o desmatamento da Amazônia e fazer pressão nos países desenvolvidos para que eles reduzam a emissão de gases de efeito estufa com a queima de combustíveis fósseis. Sem isso a gente vai ficar enxugando gelo", afirma Artaxo.
"É perigoso entrar nesse argumento de economizar água. Nós vamos ter de economizar água nos próximos 50 anos? Mesmo que pararmos de desmatar a Amazônia hoje, se os países desenvolvidos não pararem de queimar combustíveis fósseis, o Brasil vai continuar a se tornar cada vez mais seco."
La Niña
Um fenômeno natural responsável por chover menos na Região Sul do Brasil é o La Niña. A última vez que ele chegou ao país foi no segundo semestre de 2020 e durou até o começo de maio de 2021, provocando uma estiagem severa no Sul, que atingiu também o estado de São Paulo.
O La Niña é um fenômeno que, ao contrário do El Niño, diminui a temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental. Mas, assim como o El Niño, gera uma série de mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura no planeta.
O que acontece é que o La Niña muda o padrão de ventos na região equatorial, que se tornam mais ou menos intensos, e isso muda a chegada das frentes frias da região sul em direção a São Paulo.
Assim, o fenômeno reduz as chuvas na porção Sul do Brasil, e isso pode ter repercussão em São Paulo dependendo de sua intensidade. Ao mesmo tempo, o La Niña leva mais chuva ao Norte e ao Nordeste. Em 2021, especificamente, isso já vem ocorrendo com intensidade maior no Norte, de acordo com Côrtes.
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Infográfico simplificado mostra os efeitos no clima causados pelo La Niña — Foto: G1
Infográfico simplificado mostra os efeitos no clima causados pelo La Niña — Foto: G1
Chuva em São Paulo
O G1 tem mostrado que tem chovido menos do que a série histórica na região metropolitana de São Paulo. Em abril, seis dos sete mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo tiveram déficit de chuvas. No Sistema Cantareira só choveu 10,8% do esperado no mês, um déficit de 89,2%.
Em maio, a situação se repetiu em seis dos sete mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo. A queda de chuvas chegou a 48% no Sistema Cantareira.
O déficit de chuvas na região metropolitana de São Paulo deve continuar nos próximos meses, que são tradicionalmente mais secos, e avançar inclusive para o verão, quando normalmente chove mais, de acordo com Côrtes.
"O prognóstico é ruim. Estamos em um período de estiagem que está ainda mais seco que o usual. Quando voltar o período de chuvas em outubro, o prognóstico é que haverá um novo La Niña, então novamente a região sul vai ser comprometida com menos chuvas. Tudo indica que teremos primavera e verão tão secos quanto no ano passado e começo deste ano, e novamente teremos dificuldade de recarga nos reservatórios”, diz Côrtes.
Esse cenário de estiagem permanece a até o segundo semestre do ano que vem, de acordo com o especialista. Na região central, em Goiás e Minas, o prognóstico é de redução da estiagem com a chegada do verão.
“Alguns reservatórios vão conseguir acumular água, mas não a ponto de reverter a situação. Se tivermos a entrada de um El Niño no ano que vem, logo após o término do La Niña, ele só vai fazer efeito no segundo semestre de 2022, trazendo chuvas”, afirma Côrtes.
Em nota, a Sabesp afirmou que modelos de previsão climáticas têm limitações e vêm apontando chuvas inferiores às médias. Por isso, a Companhia reforça a importância sobre uso consciente da água não só na estiagem, mas em qualquer época do ano, tema de campanhas permanentes da empresa.
De acordo com a Sabesp, "não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo, mas a Companhia reforça a necessidade do uso consciente da água."
"É importante destacar ainda que a demanda atualmente na RMSP é inferior à registrada antes da crise de 2014 (como resultado da mudança de hábitos pela população e das campanhas permanentes de uso consciente): 70 mil L/s no primeiro trimestre de 2013, ante 63 mil L/s no primeiro trimestre de 2021."
"A Sabesp vem realizando nos últimos anos ações que estão ampliando a segurança hídrica e tornando o sistema de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo mais resiliente, com destaque para:
• Integração do sistema, envolvendo 155 reservatórios e 10 áreas de interligações, o que permite transferências rotineiras entre regiões, conforme a necessidade operacional. A capacidade de transferência de água tratada foi ampliada em 300% desde 2014;
• Interligação Jaguari-Atibainha, que traz água da bacia do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira;
• Novo Sistema Produtor São Lourenço;
• Centro de Controle dos Mananciais (CCM), com sistemas automatizados para acompanhamento de níveis dos reservatórios e pluviometria e tomada de decisões."
"Estão em andamento atualmente:
• A interligação do rio Itapanhaú, principal obra para reforçar a segurança hídrica na RMSP, inicia operação no fim de 2021 transferindo 400 L/s desse rio para o Sistema Alto Tietê. Até julho de 2022, serão em média 2,0 mil L/s;
• As interligações Rio Grande-Taiaçupeba e a Guaió-Taiaçupeba serão reativadas em 2021 após terem suas estruturas modernizadas;
• Está ativa a campanha Cuide Bem da Água, Cuide Bem de Você, sobre uso consciente."
*** *** https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/06/14/por-que-esta-chovendo-menos-e-sao-paulo-pode-viver-nova-crise-hidrica.ghtml *** ***
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O Assunto
Crise hídrica: risco de apagão?
00:00 / 26:10
O Assunto #465: Crise hídrica - risco de apagão?
Exatos 20 anos depois de enfrentar um traumático racionamento de energia - uma resposta a um apagão de proporção nacional -, a situação dos reservatórios das hidrelétricas está no nível mais baixo em quase um século. As consequências podem afetar a inflação e o crescimento do PIB.
Por Renata Lo Prete
02/06/2021 03h13 Atualizado há 15 horas
Você pode ouvir O Assunto no G1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, na Amazon Music, no Hello You ou no sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga O Assunto, para ser avisado sempre que tiver novo episódio.
Há exatos 20 anos entrava em vigor o traumático racionamento de energia adotado em resposta a um apagão que derrubou a economia e o capital político do governo de Fernando Henrique Cardoso. Agora, com os reservatórios das hidrelétricas no nível mais baixo em quase um século, a tarifa já escalou para a bandeira mais cara (vermelha dois) e analistas se dividem entre os que enxergam perigo de blecautes, mas não de racionamento, e os que consideram ambos possíveis nos meses de seca que estão por vir. O próprio secretário do Tesouro, Bruno Funchal, admitiu que o governo teme os efeitos da conjuntura energética sobre inflação e crescimento. Neste episódio, Renata Lo Prete ouve Fernando Camargo, especialista em infraestrutura, para entender as origens da crise e seu desenrolar mais provável. “O que está acontecendo nos últimos anos, episódios de seca sem precedentes, já não surpreende. Era necessário, desde pelo menos 2014, que isso fosse reposto por outras capacidades não-dependentes do clima”, afirma ele. Participa também o jornalista Roberto Rockmann, coautor do recém-lançado “Curto-Circuito - Quando o País Quase Ficou às Escuras”, sobre 2001. Ele lembra que o governo previa alta de até 4,5% do PIB em 2001, pré-apagão, mas acabou colhendo a um terço disso.
O que você precisa saber:
Alerta federal: emergência hídrica para SP de junho a setembro
ANA: situação crítica de escassez hídrica em cinco estados
Bandeira vermelha: Aneel anuncia conta mais cara em junho
Termelétricas: governo compra energia mais cara na crise hídrica
PIB: resultado mostra recuperação forte; crise hídrica é ameaça
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Glauco Araújo, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Giovanni Reginato. Nesta semana colaborou também Ricardo Gallo. Apresentação: Renata Lo Prete.
— Foto: Comunicação/Globo
— Foto: Comunicação/Globo
O que são podcasts?
Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça.
Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia...
Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça - e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
*** *** https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2021/06/02/o-assunto-465-crise-hidrica-risco-de-apagao.ghtml *** ***
O Assunto #465: Crise hídrica - risco de apagão? - G1 - Globog1.globo.com › podcast › o-assunto › noticia › 2021/06/02
1 dia atrás — 00:00 / 26:11 ... Você pode ouvir O Assunto no G1, no GloboPlay, no Spotify, no Castbox, no Google ... em resposta a um apagão que derrubou a economia e o capital político do governo de Fernando Henrique Cardoso.
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Feriado de Corpus Christi: veja o que abre e o que fecha pelo país
Estados e capitais têm restrições diferentes no comércio por conta da pandemia.
Por G1
02/06/2021 15h31 Atualizado há 4 horas
Com estados e capitais em diferentes níveis de restrição causada pela pandemia de Covid, confira abaixo o que abre e fecha em todo o país no feriado de Corpus Christi, nesta quinta-feira (3).
Último feriado, Tiradentes registrou movimento intenso na Rua 13 de Maio, em Campinas — Foto: Alexandre de Jesus/EPTV
Último feriado, Tiradentes registrou movimento intenso na Rua 13 de Maio, em Campinas — Foto: Alexandre de Jesus/EPTV
Bancos
Os bancos não abrirão em todo o país no feriado de Corpus Christi (3/6). Na sexta-feira (4/6) o expediente é normal. As contas de consumo (água, energia, telefone etc.) e carnês com vencimento em 3 de junho poderão ser pagas, sem acréscimo, na sexta-feira (4).
"Normalmente, os tributos já vêm com datas ajustadas ao calendário de feriados nacionais, estaduais e municipais. Caso isso não tenha ocorrido no documento de arrecadação, a sugestão é antecipar o pagamento ou, no caso dos títulos que têm código de barras, agendar o pagamento nos caixas eletrônicos, internet banking e pelo atendimento telefônico dos bancos", ressalta a Febraban, a associação do setor.
Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser pagos via DDA (Débito Direto Autorizado).
Mercados
A bolsa de valores, a B3, opera normalmente na sexta-feira (4). Na quinta-feira (3), no entanto, não haverá negociação.
Agências do INSS
As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ficarão fechadas nos dias 3 e 4 de junho, devido ao feriado de Corpus Christi e ao ponto facultativo autorizado pela Portaria nº 6.146, de 1º de junho de 2021.
Em algumas cidades onde houve antecipação do feriado, as agências funcionarão normalmente apenas na quinta-feira, e estarão fechadas na sexta. É o caso, por exemplo, da capital paulista e cidades do grande ABC. Também funcionarão as agências de Vitória/ES, Divinópolis/MG, além das unidades dos Estados da Paraíba e Piauí.
O INSS afirma que está entrando em contato com segurados que possuem agendamento nas agências, inclusive perícia médica, para informar sobre o cancelamento e reagendar o atendimento.
Confira também as diferenças por localidade:
Acre
Veja a situação em Rio Branco.
Alagoas
Veja a situação em Maceió.
Amazonas
Veja a situação em Manaus.
Amapá
Veja a situação em Macapá.
Bahia
Veja a situação em Salvador.
Ceará
Veja a situação em Fortaleza.
Distrito Federal
Veja a situação em Brasília.
Espírito Santo
Veja a situação em Vitória.
Goiás
Veja a situação em Goiânia.
Maranhão
Veja a situação em São Luís.
Minas Gerais
Veja a situação no estado:
Belo Horizonte;
Montes Claros;
Sul de Minas;
Vale do Aço;
Zona da Mata.
Mato Grosso
Veja a situação em Campo Grande.
Mato Grosso do Sul
Veja a situação em Cuiabá e Várzea Grande.
Pará
Veja a situação no estado:
Região Metropolitana de Belém;
Santarém.
Paraíba
Veja a situação no estado:
João Pessoa;
Campina Grande.
Pernambuco
Veja a situação no estado:
Recife;
Petrolina.
Piauí
Veja a situação em Teresina.
Paraná
Veja a situação no estado:
Curitiba;
Foz do Iguaçu e Cascavel;
Maringá.
Rio de Janeiro
Veja a situação no estado:
Nova Friburgo;
Petrópolis;
Região dos Lagos;
Rio de Janeiro.
Rio Grande do Norte
Veja a situação em Natal.
Rio Grande do Sul
Veja a situação em Porto Alegre.
Roraima
Veja a situação em Boa Vista.
Rondônia
Veja a situação em Porto Velho.
Santa Catarina
Veja a situação em Florianópolis.
Sergipe
Veja a situação em Aracaju.
São Paulo
Veja a situação no estado:
Araçatuba;
Bauru e Marília;
Itapetininga;
Jundiaí;
Mogi das Cruzes;
Piracicaba e Limeira;
Ribeirão Preto e Franca;
Rio Preto;
Santos;
São José dos Campos;
São Paulo;
Sorocaba.
Tocantins
Veja a situação em Palmas.
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*** *** https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/06/02/feriado-corpus-christi-abre-fecha-brasil.ghtml *** ***
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Rafael Gonzaga
@rafaaagonz
·
23 h
Não sei se cês tão ligados, mas o gov cortou a verba do INPE e eles vão ter que desligar o computador que faz a previsão de chuvas pq não tem grana nem pra luz
Resultado: não vai dar pra saber a situação dos reservatórios pra planejar o uso de energia (+)
Rafael Gonzaga
@rafaaagonz
·
23 h
Nesse momento, cinco estados brasileiros enfrentam a pior seca dos últimos 91 anos - pela 1ª vez na história foi emitido um alerta de emergência hídrica para o período de junho/setembro.
O Bolsonaro é burro, mas não é bobo: se não tiver dados, não tem crise, né? (+)
Rafael Gonzaga
@rafaaagonz
·
23 h
O sucateamento dos órgãos de fiscalização e pesquisa estão acontecendo pq o Bolsonaro sabe o fracasso que é o governo dele. Na ditadura, a mídia era censurada pra não divulgar informações - hoje isso não é mais viável, então ele ataca diretamente a fonte das informações.
Rafael Gonzaga
@rafaaagonz
·
11 h
*está acontecendo
perdão fui alfabetizada em mandarim
segue lá no insta mores: http://instagram.com/rafaaagonz
*** *** https://twitter.com/rafaaagonz/status/1404594204605665284?s=21 *** ***
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COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
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Comissão de Minas e Energia - Crise hídrica - 15/06/2021
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Câmara dos Deputados
633 mil inscritos
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados discute a crise hídrica que atinge o País.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão do setor que monitora as condições de geração de energia no Brasil, divulgou uma nota técnica alertando para os níveis críticos de armazenamento, até o final do ano, dos reservatórios das usinas hidrelétricas que atendem os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste.
"O Brasil vive a maior crise hidrológica da história e pode ter problemas com o fornecimento de eletricidade com efeitos deletérios para a sociedade e para a economia nacional", afirma o deputado Christino Áureo (PP-RJ), um dos proponentes do debate. Ele lembra que a falta de água e o consequente acionamento de usinas térmicas deve aumentar o custo da energia para os consumidores.
Debatedores:
1) Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL - ANDRÉ PEPITONE DA NÓBREGA -Diretor-Geral
2) Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
- LUIZ CARLOS CIOCCHI -- Diretor Geral
- SINVAL ZAIDAN GAMA - Diretor de Operação
- ALEXANDRE NUNES ZUCARATO - Diretor de Planejamento
3) Empresa de Pesquisa Energética - EPE
THIAGO BARRAL - Presidente
4) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
- GILVAN SAMPAIO DE OLIVEIRA - Coordenador-Geral de Ciências da Terra
- IZABELLY CARVALHO DA COSTA - Chefe da Divisão de Previsão de Tempo e Clima
5) Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA
- CHRISTIANNE DIAS FERREIRA - Diretora Presidente
- OSCAR CORDEIRO NETTO - Diretor da Área de Regulação
- JOAQUIM GUEDES CORRÊA GONDIM FILHO - Superintendente de Operações e Eventos Críticos
- PATRICK THADEU THOMAS - Superintendente de Regulação
6) Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP
RODOLFO HENRIQUE DE SABOIA - Diretor-Geral
HELIO DA CUNHA BISAGGIO - Superintendente de Infraestrutura e Movimentação
7) Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico – FMASE
- MARCELO MORAES - Presidente
8) Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – ABRADEE - MARCOS MADUREIRA – Presidente
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*** *** https://www.youtube.com/watch?v=wEs03xG7Zvg *** ***
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