segunda-feira, 10 de maio de 2021

Por que 2021 não é 1964:

Bolsonaro, golpe e eleições Não há, nem de longe, clima para um golpe bolsonarista – mas está mais claro, hoje, que as eleições do ano que vem correm risco de não serem respeitadas Por Sérgio Praça Publicado em: 31/03/2021 às 20h32 Alterado em: 31/03/2021 às 21h21 access_time Tempo de leitura: 2 min ***
Exército brasileiro Exército brasileiro (Rafaela Biazi/Unsplash) *** De modo inédito depois de 1988, as Forças Armadas voltaram a participar ativamente da política eleitoral em 2018 ao apoiarem Jair Bolsonaro. Segundo o projeto Varieties of Democracy (VDEM), que mede centenas de aspectos sobre regimes políticos e qualidade da democracia, o PSLdo então candidato é um dos cinco partidos mais antidemocráticos do mundo. Deve essa proeza ao ex-capitão e sua retórica na campanha. O artigo “Walking the Talk: How to Identify Anti-Pluralist Parties”, de Anna Lührmann, Juraj Medzihorsky e Staffan Lindberg, traz a análise completa. O projeto VDEM também mostra que o envolvimento militar na política atingiu seu pico, na América do Sul, no fim dos anos setenta, declinando desde então com uma leve subida a partir de 2012. (A variável selecionada no banco de dados para acessar esta informação é “Military Dimension Index”). Setores relevantes das Forças Armadas ignoraram o componente antidemocrático da candidatura de Bolsonaro – e a tendência de as corporações se distanciarem da política partidária – em 2018. Pagam agora o preço. Além de serem fiadores do fracasso do combate à pandemia, estão às voltas com o que parece ter sido uma esquisitíssima tentativa de Bolsonaro criar condições para um autogolpe. Ansioso para ser chamado de “comandante-chefe”, honra constitucional que generais dificilmente expressariam a um capitão, o presidente fez uma atrapalhada mudança no ministério e nos comandantes da Aeronáutica, Exército e Marinha. Por ora, o resultado não é dos piores. A chance de um golpe bolsonarista dar certo sem apoio de maioria parlamentar e empresarial tende a zero. O presidente ficou parecendo mais janista do que castellista. Está claro que, por enquanto, a maioria dos militares prefere democracia a uma ditadura sob Bolsonaro. A questão relevante para 2022 é: continuarão preferindo democracia se Lula (PT) disputar e vencer? Não será ano que vem que as Forças Armadas irão reparar o erro de voltarem à política em 2018. (Este artigo expressa a opinião do autor, não representando necessariamente a opinião institucional da FGV.) *** *** https://exame.com/blog/sergio-praca/por-que-2021-nao-e-1964-bolsonaro-golpe-e-eleicoes/ *** *** *** Roda Viva | Contardo Calligaris | 13/02/2017 92.182 visualizações•Transmitido ao vivo em 13 de fev. de 2017 Roda Viva recebe Contardo Calligaris, psicanalista e escritor. A bancada de entrevistadores é composta por Teté Ribeiro, editora da revista Serafina do jornal Folha de S.Paulo; Marília Neustein, repórter do jornal o Estado de S.Paulo; Robinson Borges, editor de cultura do jornal Valor Econômico; Tati Bernardi, escritora e roteirista; e Ana Weiss, editora do site São Paulo Review. https://www.youtube.com/watch?v=mA7B1Q6voXI *** ***
*** 2021 não é 1964 31 de março, 2021 0 Visualizações REDAÇÃO O Estado de SPaulo Amon Barros*, Professor nos cursos de graduação e do mestrado e doutorado em Administração de Empresas da FGV-EAESP No dia em que o Golpe de 1964 comemora mais um aniversário, o Brasil se vê novamente às voltas com os militares nas manchetes dos cadernos de política – que sempre frequentaram mais do que seria esperado. Com o governo que apoiam fracassando diante de todos os desafios enfrentados, salvo fazer gestos para a torcida, talvez os militares vejam duas saídas. Uma, aprofundar seu comprometimento com esse malogrado projeto de país e, com isso, continuar suportando um governo para 15% de apoiadores fanáticos, que não se atenta aos desafios ambientais, como a preservação dos biomas, sociais, como o combate à fome, ou de lisura, enfraquecendo instituições de controle e fortalecendo o papel do centrão. Alternativamente, poderiam optar por desembarcar gradativamente, negando sua responsabilidade sobre a ascensão do Tenente Bolsonaro ao posto de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas. De toda maneira, não parece que um golpe à 1964 ou um autogolpe sejam opções viáveis. Em 1964 o “movimento [de tanques]” que desembocou no fim do governo constitucional contava com apoio nas elites do país. Empresariado, fazendeiros, boa parte da mídia escrita e falada e porções das classes média-alta urbana apoiaram a aventura golpista. Adicionalmente, a derrubada do governo constitucional aconteceu no contexto da Guerra Fria, quando rupturas eram aceitas se fossem justificadas pelo medo do fantasma do comunismo – que aparece para quem quer acreditar nele e justificar paranoias. O golpe de 1964, que prometeu eleições rápidas, jogou o país numa longa ditadura e teve consequências de longo prazo. Dificultou a emergência de elites políticas comprometidas com o povo e com a democracia, porque matou e perseguiu opositores. Centralizou decisões, inclusive econômicas, limitando o espaço para a emergência de soluções criativas para os problemas brasileiros. Inevitavelmente criou canais de comunicação enviesados e que tornavam o Estado refém de uma visão de mundo e com dificuldade de incorporar novas perspectivas. Contribuiu, ainda, de forma decisiva para o aprofundamento das desigualdades econômica e política no Brasil. Atualmente, a falta de apoio entre as elites empresariais, grupos de mídia e a perspectiva de uma reação negativa externa, aumentam os riscos de qualquer aventura. Mesmo as elites empresariais que temem vocalizar os limites das políticas econômicas prometidas, assinaram uma carta evidenciando preocupações. Esses grupos, que se radicalizaram em seu Guedismo millenialista nos últimos 15 anos, se importam menos com a democracia do que deveriam, mas temem que uma ruptura influencie negativamente os mercados, especialmente num ambiente globalizado. Ademais, o governo atual não tem quadros técnicos aptos a centralizar decisões adequadas para desafios do século XX, quem dirá do XXI. Ainda que mantenham o titular do Ministério da Economia numa cúpula de cristal, sem querer acreditar nos seus desacertos, boa parte das pessoas de negócios já viu que o governo faz água. Na crise, mostrou sua incompetência e incapacidade de mudar de ideia. Mesmo quando milhares de brasileiros morrem diariamente de uma doença para qual há vacina, cuja compra foi rejeitada e produção sabotada. Assim, parece que depois das primeiras manifestações de minimizar a doença e as mortes, um número crescente de empresários assiste embasbacado ao óbito de milhares de brasileiros. Ou, trabalhadores e consumidores, se isso os fizer entender melhor. Um golpe num país tão fraturado, para manter um presidente impopular, que trabalhou ativamente para jogar no caos, não parece ser um movimento estratégico. Além disso, em 1964 os militares contavam com uma sociedade civil menos plural, sofisticada e participativa. Hoje, o único golpe que o Brasil merece, seria de sorte. Talvez, uma vacina que possa ser produzida em largas quantidades localmente, como a prometida pelo Butantan. Por sua vez, o inimigo interno é, primeiramente, o vírus, em seguida os que sabotaram os esforços para combatê-lo, minimizando a importância de vacinas e desorganizando as iniciativas de mitigação e diminuindo a efetividade de ações de conscientização. A única mobilização das Forças Armadas atualmente deveria ser para acelerar os esforços de vacinação dos brasileiros, de forma a tentar reduzir essa tragédia na qual o governo Bolsonaro jogou o Brasil. A política deve ser deixada para os civis. *Esse texto não representa a opinião da FGV – EAESP * Amon Narciso de Barros amon.barros@fgv.br Amon Narciso de Barros Professor na FGV EAESP nos cursos de graduação e do Mestrado e Doutorado em Administração. Eleito division chair track do Critical Management Studies (CMS), Academy of Management (2018-2023). Foi "Visiting Fellow" na University of Birmingham (2016). Doutor (2013) e mestre (2009) em administração pelo CEPEAD/UFMG, tendo ficado seis meses na Lancaster University Management School. Atualmente pesquisa a construção do saber administrativo, história da Administração, a atuação de empresas na sociedade civil, direitos humanos e administração e abordagens críticas em gestão de forma mais geral. Editor-associado das revistas Qualitative Research in Organizations and Management (QROM), Revista de Administração de Empresas (RAE) e Administração Pública e Gestão Social (APGS). Foi, Secretário-Geral da Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais (2014-2016) e líder do tema 'História, memória e organizações' no EnAnpad (01/2015 - 01/2018/). CURRÍCULO LATTES PROGRAMAS MINISTRADOS Mestrado Acadêmico em Administração de Empresas (CMAE) Doutorado em Administração de Empresas (CDAE) *** *** https://eaesp.fgv.br/professor/amon-narciso-barros *** *** *** *** https://www.sincovaga.com.br/2021-nao-e-1964/ *** ***
*** Veleiro MV Desafio *** *** https://ciaecoblog.com/2016/03/08/amazonia-a-bordo-do-veleiro-mv-desafio/ *** *** Veleiro Heitor Villa-Lobos Ouvir Veleiro Velas no mar vão deixando passar A tarde anil e outras ondas vem levar ah Sempre existe na mágoa doce murmúrio dum triste amor Ah ah ah Quanta tristeza,ondas do mar Neste vai-e-vem sem me levar Pois sempre eu fiz,muita tensão Em não pisar teu coração Longe no céu vai a onda a jogar Tudo o que é meu dentro do mar Vem me esperar ah Lua,lua branquinha Lua crescente vem devagar Quanta tristeza,ondas do mar Neste vai-e-vem sem me levar Pois sempre eu fiz,muita tensão Em não pisar teu coração Longe no céu vai a onda a jogar Tudo o que é meu dentro do mar Vem me esperar ah Lua,lua branquinha Lua crescente vem devagar Composição: Heitor Villa-Lobos. *** *** https://www.letras.mus.br/heitor-villa-lobos/1351661/#radio:heitor-villa-lobos *** ***
*** *** Bidú Sayão - "Veleiro" - Heitor Villa-Lobos ***
"Veleiro" de "Floresta do Amazonas" Compositor: Heitor Villa-Lobos Soprano: Bidú Sayão Symphony of the Air Director: Heitor Villa-Lobos 1959 *** *** https://www.youtube.com/watch?v=H1q8rfBShdg *** ***

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