Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quarta-feira, 26 de maio de 2021
O cerco se fecha
'Deixa eu colocar a máscara, estou dando mau exemplo', diz Bolsonaro no Equador
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O presidente Jair Bolsonaro participou da posse de Guillermo Lasso, novo chefe do executivo do Equador, na segunda, 24
Jair Bolsonaro de máscara no Equador (Foto: Franklin Jacome/Getty Images)
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Randolfe apresenta requerimento para convocação de Bolsonaro na CPI
Da Agência Senado | 26/05/2021, 13h07
Randolfe Rodrigues afirma que documentos e depoimentos mostram que presidente da República teve participação nos fatos investigados
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Saiba mais
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A CPI dia a dia
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou à CPI da Pandemia requerimento para convocação do presidente Jair Bolsonaro. A intenção do parlamentar é ouvi-lo como testemunha para que ele explique a atuação do governo na crise sanitária que levou à morte mais de 450 mil brasileiros. A iniciativa provocou a reação imediata dos governistas na reunião desta quarta-feira (26) da comissão de inquérito. O assunto é polêmico e divide opiniões no mundo jurídico.
Logo na abertura dos trabalhos, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) classificou o pedido de piada, o que causou revolta de Randofe, que se disse desrespeitado.
— Vale para um e não vale para outro? A defesa ensandecida do presidente está lhe deixando cego. Basta falar em Jair Bolsonaro que o senhor fica tenso, com os nervos à flor da pele. Ele não pode me destratar dessa forma — afirmou Randolfe.
O senador Marcos Rogério disse que estava se dirigindo ao presidente da comissão e acrescentou que não falaria das práticas de Randolfe no Amapá.
O presidente Omar Aziz (PSD-AM) interveio e pediu calma:
— Por favor, vou ter que cortar o som de vocês porque esse debate não é bom para ninguém. Nada aqui é piada, estamos tratando de 450 mil vidas que já se foram. Alguém é responsável ou corresponsável por isso, por favor.
Depois que a palavra foi garantida a Marcos Rogério, este lembrou que não assinou a CPI da Lava Toga, não por concordar com práticas da suprema corte, mas por respeitar a Constituição, que trata da separação de poderes. Segundo ele, sua decisão lhe rendeu muitas críticas, inclusive no estado dele, em Rondônia.
— Esse requerimento do senador Randolfe é uma afronta total à separação dos poderes. Apenas por esse aspecto, estou sustentando sua inconstitucionalidade. E fiz essa provocação em razão de ser algo inaceitável, para não dizer outra palavra — afirmou o parlamentar, para quem o pedido não passa de uma estratégia para impedir a convocação de governadores.
Requerimento
Em seu requerimento, o senador Randolfe Rodrigues lembrou que a CPI foi criada para apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia da covid-19. Segundo ele, a cada depoimento e a cada documento recebido, torna-se mais cristalino que o presidente da República teve participação direta ou indireta nos graves fatos questionados pela CPI.
"Para citar alguns exemplos emblemáticos: o combate às medidas preventivas, como o uso de máscaras e o distanciamento social; o estímulo ao uso indiscriminado de medicamentos sem eficácia comprovada e à tese da imunidade de rebanho; as omissões e falhas do governo federal que contribuíram para o colapso no fornecimento de oxigênio aos hospitais do Amazonas; as omissões na aquisição de insumos e medicamentos para as UTIs; as omissões em relação à proteção dos povos indígenas e quilombolas; e, principalmente, o boicote sistemático à imunização da população", enumerou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um requerimento para convocar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito da COVID-19. A solicitação foi formalizada na manhã desta quarta-feira (26/5).
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(foto: Youtube/Presidência do Equador)
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A crise política se aprofunda
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(foto: Carl de Souza/AFP)
Witzel acusa subprocuradora e diz que está sendo vítima de "uso político"
"Qual foi o ato ilícito que eu pratiquei?", questionou governador do Rio de Janeiro afastado em pronunciamento
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Por Octavio Guedes
Comentarista de política da GloboNews e eterno repórter. Participa do Estúdio I, Em Ponto e Edição das 10h
Convocado, Wilson Witzel vai bater em Bolsonaro, Aras e Lindora na CPI da Covid
Senadores aprovaram a convocação do ex-governador do Rio de Janeiro e de 9 governadores para serem ouvidos como testemunhas.
26/05/2021 12h52 Atualizado há 3 horas
Convocado nesta quarta-feira (26) por senadores para depor na CPI da Covid, o ex-governador do Rio Wilson Witzel (PSC-RJ) avisou ao blog que vai partir para o ataque:
"Eu tenho os indícios e a CPI poderá investigar não apenas Bolsonaro, mas Aras e Lindora [Araújo, coordenadora da Lava-Jato na PGR], com quebras de sigilos e aí verificar se houve crime de responsabilidade do trio, interferindo em um Estado Federado".
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O governador afastado do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), realiza um pronunciamento à imprensa na manhã desta sexta-feira, 28, no Palácio das Laranjeiras — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O governador afastado do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), realiza um pronunciamento à imprensa na manhã desta sexta-feira, 28, no Palácio das Laranjeiras — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
E completa:
"A decisão do Ministro Moraes sobre o [Ricardo] Salles [ministro do Meio-Ambiente], afastando Aras em razão de possível prevaricação, fica evidente que há indícios suficientes para a abertura de impeachment do trio".
Witzel se refere ao fato de Moraes não ter avisado previamente Aras sobre a operação da PF que teve Salles como alvo.
Conclusão
O blog já separou o dinheiro para pipoca.
*** *** https://g1.globo.com/politica/blog/octavio-guedes/post/2021/05/26/convocado-wilzon-witzel-vai-bater-em-bolsonaro-aras-e-lindora-na-cpi-da-covid.ghtm *** ***l
CPI DA COVID
Randolfe protocola requerimento para convocar Bolsonaro a depor na CPI
Chefe do Executivo é o principal alvo da comissão, que levanta informações que indicam que o governo federal se omitiu para conter a pandemia do novo coronavírus
Por Renato Souza
26/05/2021 10:45 - Atualizado em 26/05/2021 11:27
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No Equador, presidente Jair Bolsonaro participou da posse presidencial de Guillermo Lasso
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Youtube/Presidência do Equador
Youtube/Presidência do Equador
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um requerimento para convocar o presidente Jair Bolsonaro a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito da covid-19. A solicitação foi formalizada na manhã desta quarta-feira (26/5).
A tendência é de que a solicitação seja votada pelos integrantes da comissão ainda nesta quarta. Os senadores votaram ainda a convocação de governadores. Os senadores realizam uma reunião secreta para discutir o rumo das investigações.
Existe uma divergência entre os parlamentares, pois alguns integrantes acreditam que a CPI não pode convocar chefes de outros poderes, o que na prática impediria a convocação tanto dos governadores quanto dos prefeitos.
Durante a comissão relacionada ao ex-bicheiro Carlinhos Cachoeira, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, que estava no cargo à época, obteve decisão favorável no Supremo Tribunal Federal (STF) para não depor.
Em diversas manifestações públicas, o presidente Jair Bolsonaro criticou os integrantes da comissão e o andamento dos trabalhos. Ele ameaça, inclusive, baixar um decreto impedindo medidas restritivas nos estados, e usar as Forças Armadas para cumprir a determinação, o que criaria uma situação de instabilidade.
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*** *** https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/05/amp/4926997-randolfe-protocola-requerimento-para-convocar-bolsonaro-a-depor-na-cpi.html *** ***
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A crise política se aprofunda > O cerco se fecha: a República do Galeão e o suicídio de Vargas
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I PM “República do Galeão”:
uma abordagem histórica e jurídica
Péricles Aurélio Lima de Queiroz
Subprocurador-Geral de Justiça Militar
RESUMO: Este trabalho é um estudo técnico do Inquérito Policial
Militar conduzido na Aeronáutica, referente ao atentado da rua
Toneleros, ocorrido em 5 de Agosto de 1954, no qual morreu o Major
Aviador Rubens Florentino Vaz e ficou ferido o jornalista Carlos
Lacerda. Revela ainda a crise política do final do segundo Governo
Vargas; o Inquérito n. 71, autuado no Superior Tribunal Militar,
relacionado ao General Ângelo Mendes de Morais, por suposta
participação como mandante do crime; e as atuações do Ministério
Público Militar no acompanhamento do IPM e da Procuradoria-Geral
da Justiça Militar no STM. Por fim, expõe o andamento do Inquérito
consagrado como “República do Galeão”, ou IPM do Galeão.
PALAVRAS-CHAVES: Inquérito Policial Militar. Aeronáutica. IPM
“República do Galeão”. Atentado da Rua Toneleros. Agosto 1954.
Carlos Lacerda. Assassinato do Major Aviador Rubens Florentino
Vaz. Inquérito n. 71 no Superior Tribunal Militar. Ministério Público
Militar. Atuação da Procuradoria-Geral de Justiça Militar.
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Verbete
Detalhes
Nome: GALEÃO, República do
Nome Completo: GALEAO, REPUBLICA DO
Tipo: TEMATICO
Texto Completo:
GALEÃO, República do
Denominação pela qual ficou conhecida a Base Aérea do Galeão devido à sua atuação independente durante as investigações relativas ao atentado da Toneleros. Nesse atentado, ocorrido na madrugada de 5 de agosto de 1954, foi assassinado o major-aviador Rubens Vaz e ferido o jornalista Carlos Lacerda, um dos principais opositores do presidente Getúlio Vargas.
Inicialmente, as investigações estavam sendo efetuadas pela polícia civil e eram acompanhadas pelo coronel João Adil de Oliveira, designado pela Aeronáutica. No entanto, após o depoimento datado do dia 7 de agosto do motorista de táxi Nélson Raimundo de Sousa — que confessou ter transportado dois homens até o local do crime e revelou conhecer um deles, Climério Euribes de Almeida, membro da guarda pessoal de Vargas — o inquérito foi praticamente paralisado.
A inoperância policial provocou reações dentro da Aeronáutica, começando a surgir pressões para que as investigações deixassem a alçada da polícia civil e se transformassem num inquérito policial-militar (IPM). O fato de a vítima do atentado ser um oficial da Aeronáutica e de a arma utilizada pelo assassino ser um revólver calibre 45, de uso privativo das forças armadas, forneceu à Aeronáutica o amparo legal — através do artigo 115 do Código de Justiça Militar — para solicitar a instauração de um IPM. No dia 12 de agosto, o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Nero Moura, baixou uma portaria autorizando a abertura de um IPM a ser dirigido pelo próprio coronel Adil.
O início do IPM da Aeronáutica não significou, contudo, o encerramento do inquérito da polícia civil. Instaurado na delegacia do 2º Distrito, o inquérito policial teve prosseguimento, a partir de 14 de agosto, na Divisão de Polícia Técnica, sob a direção do delegado Sílvio Terra. Entretanto, as conclusões a que esse inquérito chegou foram uma mera reprodução das provas coligidas no IPM.
Após a abertura do IPM, os suspeitos passaram a ser levados para a Base Aérea do Galeão, onde eram submetidos a interrogatórios pelas autoridades militares. Foi montado um rigoroso esquema de segurança em torno da base, sendo vedada à imprensa qualquer informação sobre os depoimentos prestados, bem como qualquer contato com os detidos.
Foram presos e interrogados no Galeão Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio (dissolvida em 9 de agosto), acusado de ser o mandante do atentado; Climério Euribes de Almeida, acusado de haver contratado o pistoleiro que matou o major Vaz e de ter orientado diretamente o crime; João Valente de Sousa, secretário da guarda, acusado de ter facilitado a fuga de Climério; Alcino João do Nascimento, acusado da autoria dos disparos que mataram o major Vaz e feriram Carlos Lacerda e o guarda municipal Sálvio Romero; o motorista de táxi Nélson Raimundo de Sousa, e José Antônio Soares, sócio e compadre de Climério e suposto intermediário entre este e Alcino.
Outros acusados de envolvimento no atentado — entre os quais os deputados Lutero Vargas, filho do presidente, e Euvaldo Lodi, Benjamim Vargas, irmão do presidente, Roberto Alves, ex-secretário particular de Getúlio, Vítor Costa, diretor da Rádio Nacional, e Arquimedes Manhães — também depuseram na base.
O IPM continuou a se desenvolver no Galeão até o depoimento de Gregório acusando o general Ângelo Mendes de Morais de ser o verdadeiro mandante do crime. Por se tratar de um oficial do Exército de patente superior à do coronel Adil, este remeteu o inquérito em 19 de setembro ao então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Eduardo Gomes. Nessa ocasião, o país já era governado por João Café Filho, vice-presidente de Getúlio, que se suicidara em 24 de agosto. Café Filho promovera uma ampla reforma ministerial, afastando praticamente todos os nomes ligados ao getulismo e substituindo-os por elementos vinculados em sua maioria à União Democrática Nacional (UDN), como era o caso de Eduardo Gomes.
Interferência política e torturas
Segundo o coronel Ademar Scaffa de Azevedo Falcão, subcomandante da base aérea do Galeão e auxiliar do coronel Adil nos trabalhos do IPM, houve tentativas de interferência política durante o desenrolar do inquérito. Em depoimento prestado a Hélio Silva, Scaffa afirmou que o deputado udenista Adauto Lúcio Cardoso comparecia constantemente ao Galeão, instando os responsáveis pelo IPM a “conseguirem” um mandante para o atentado, pois a situação política assim o exigia. Por outro lado, corriam boatos de que a base seria atacada, e de que os presos seriam de lá retirados e jogados ao mar do alto de aviões, ou levados para Cachimbo, base da Aeronáutica no sul do Pará.
Quanto às denúncias de que os presos — e particularmente Gregório Fortunato — foram submetidos a torturas, o coronel Scaffa declarou que se havia comprometido a não permitir violências durante os interrogatórios mas que, numa noite em que não dormira na base, Gregório fora interrogado por policiais, entre os quais o detetive Cecil Borer, tendo, nessa ocasião, feito declarações incriminando o general Mendes de Morais. Durante esse interrogatório, Gregório teria sido pendurado num “pau-de-arara” e sofrido outras modalidades de tortura.
Sérgio Lamarão
FONTES: BALDESSARINI, H. Getúlio; DULLES, J. Getúlio; MACHADO, F. Últimos; SILVA, H. 1954.
*** *** http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/galeao-republica-do *** ***
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Questões de Concursos
Em 1954, quando o cerco se apertou ainda mais sobre Getúlio Vargas, o presidente agiu mais energicamente. Seu gesto teve consequências imediatas. A massa urbana saiu às ruas em todas as grandes cidades, atingindo os alvos mais expressivos de seu ódio, como jornais de oposição e a representação diplomática dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.
Adaptado de FAUSTO, Boris. Historia Concisa do Brasil. Sao Paulo: EDUSP, 2002. p. 231.
Em uma aula para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, sobre a consolidação da democracia no Brasil, o professor aborda, como tema central, os anos finais do segundo governo Vargas. Nesse sentido, destaque os dois últimos gestos políticos desse governo.
A
seu suicídio e a divulgação da carta-testamento
B
sua renúncia e a consolidação de um golpe militar
C
o afastamento do general Lott e o apoio a Eurico Dutra
D
o fim do Estado Novo e a promulgação das leis trabalhistas
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Vídeo: Equipe da CNN é hostilizada e expulsa de ato bolsonarista no Rio
Vídeo: Equipe da CNN é hostilizada e expulsa de ato bolsonarista no Rio
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Estadão Conteúdo
23/05/21 - 18h41 - Atualizado em 24/05/21 - 08h04
Uma equipe de reportagem da emissora CNN Brasil foi hostilizada e expulsa do ato bolsonarista deste domingo, 23, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sem máscaras, os manifestantes que promoveram aglomeração no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade, fizeram com que o repórter do canal televisivo tivesse que ser levado para uma viatura da Polícia Militar. Enquanto era conduzido por um agente para receber a proteção, o repórter Pedro Duran ouviu gritos de “lixo”, “bandido” e “comunista”, por exemplo. Alguns dos manifestantes avessos ao trabalho da imprensa também cercaram o profissional e colocaram bandeiras e celulares diante de seu rosto.
Apesar de ter sido o único que precisou ser levado pela polícia, o repórter da CNN não foi o único a ser hostilizado pelos bolsonaristas. Os profissionais que ficaram no espaço reservado a jornalistas ouviram a todo momento xingamentos de quem passava por lá.
Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e por pelo menos mais dez aliados – todos sem máscaras e sobre um carro de som apertado -, Bolsonaro discursou no fim da manhã deste domingo para milhares de pessoas no Aterro, após a carreata de moto que saiu da Barra da Tijuca, na zona oeste.
O presidente voltou a criticar prefeitos e governadores que decretaram confinamento durante a pandemia e afirmou que jamais colocará o Exército, que chamou de seu, nas ruas para fazer lockdown. “Eu lamento cada morte no Brasil, não importa a motivação da mesma. Mas nós temos que ser fortes, temos que viver e sobreviver”, disse Bolsonaro, antes de criticar medidas de distanciamento social.
*** *** https://istoe.com.br/equipe-da-cnn-e-hostilizada-e-expulsa-de-ato-bolsonarista-no-rio/ *** ***
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(crédito: TV Senado/Reprodução)
AO VIVO: Mayra Pinheiro, a Capitã Cloroquina, depõe na CPI da Covid
Mayra Pinheiro poderá se negar a responder a perguntas sobre fatos ocorridos entre dezembro e janeiro
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*** *** https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/05/4926725-ao-vivo-capita-cloroquina-depoe-na-cpi-da-covid.html *** ***
CPI da Pandemia ouve Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde - 25/05/2021
25/05/2021, 09h48
Fonte: Agência Senado
*** *** https://www12.senado.leg.br/noticias/videos/2021/05/ao-vivo-cpi-da-pandemia-ouve-mayra-pinheiro-secretaria-do-ministerio-da-saude *** ***
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João de Scantimburgo
O caso Renan serviu para despertar o brio brasileiro e colocou o presidente do Senado em má situação.
Quando, alguns dias atrás, escrevi que o caso Renan Calheiros estava enjoativo, enganei-me, pois o cerco só se fecha com a Justiça investigando a vida pregressa do ebuliente presidente do Senado. Agora, o Superior Tribunal de Justiça vai investigar a vida e enriquecimento rápido do senador e dar a sua sentença sobre divertido político.
O que se vê na investigação da vida do senador, felizmente, é o interesse pela instituição que ele ainda representa. O Senado não pode ficar maculado nessa era das grandes comunicações e num momento de transição política acentuada como a atual. Tudo o que se deveria dizer a respeito do senador Renan Calheiros já foi dito, vindo agora apenas a informação sobre a aquisição em surdina de órgãos de comunicação em Alagoas.
Já citei numerosas vezes nesta coluna o estudo alentado sobre o Senado do Império do conhecido professor Taunay. Aquela Casa de representação política emerge com brilho na fase imperial e mesmo no período republicano ela foi sempre respeitada, como instituição digna de todos os encômios.
O Senado foi sempre respeitado, nos tempos do velho Partido Republicano ou posteriormente, no período getulino - que foi extenso - e, finalmente, nos sucessivos períodos à partir da Constituição de 1946.
Não será, portanto, o caso Renan Calheiros que fará decair essa instituição, ao se engolfar na mesma lama que atingiu outros políticos e outras instituições políticas, por culpa de políticos que delas não cuidaram. Esse é um motivo pelo qual a reforma política deve preceder a todas as outras, fortalecendo desde logo a instituição política democrática brasileira como queremos e,assim, se firmar a Nação, que já passou por tantas revoluções, tantas mudanças de regime, que as novas gerações não compreendem ao estudá-la.
O caso Renan Calheiros serviu para despertar o brio brasileiro, que saiu fortalecido nas sucessivas investigações e colocou o presidente do Senado em má situação.
Diário do Comércio (SP) 9/8/2007
*** *** https://www.academia.org.br/artigos/fechando-o-cerco *** ***
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Fechando o cerco
Merval Pereira
Se Lula desconfiava, conforme relatos, de que o objetivo final da Operação Lava-Jato é ele, ontem deve ter tido certeza disso. Nunca a Operação Lava-Jato chegou tão perto dele, por enquanto apenas na retórica de seus procuradores ou do próprio Juiz Sérgio Moro, mas com ações que se aproximam cada vez mais de denúncias que envolvem diretamente Lula no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, afirmou em entrevista coletiva para explicar a nova fase – sugestivamente chamada de “Nessum Dorma” (“Ninguém dorme”) - que ‘não tem dúvida nenhuma’ de que os escândalos de corrupção da história recente do País – Mensalão, Petrolão e Eletronuclear – tiveram origem na Casa Civil do Governo Lula, cujo titular mais famoso, o ex-ministro José Dirceu, está preso pela segunda vez.
Ele não apenas insinuou, mas garantiu que as investigações indicam que foi montado um esquema de compra de apoio político para o governo federal conectados entre si desde o mensalão, pela mesma organização criminosa e pessoas ligadas aos partidos políticos.
Já o juiz Sérgio Moro escreveu em um de seus despachos condenado o ex-tesoureiro do PT João Vaccari que “(...) A corrupção gerou impacto no processo político democrático, contaminando-o com recursos criminosos, o que reputo especialmente reprovável. Talvez seja essa, mais do que o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobras, a contaminação da esfera política pela influência do crime, com prejuízos ao processo político democrático. A corrupção com pagamento de propina de milhões de reais e tendo por consequência prejuízo equivalente aos cofres públicos e a afetação do processo político democrático merece reprovação especial."
Juntando-se essas afirmações ao fato de que a operação “Nessun Dorma” apura a propina na Diretoria Internacional da Petrobras de 2007 a 2013, ocupada por Nestor Cerveró, que negocia uma delação premiada com o Ministério Público, tem-se que além das negociatas da Eletronuclear, estão sendo investigadas ações como o superfaturamento do contrato da sonda Vitória 10.000 que, segundo Cerveró, foi feita a mando do próprio presidente da Petrobras à época, José Sérgio Gabrielli, para saldar dívidas de campanha de Lula com o grupo Schahin.
Na proposta de Cerveró para a delação premiada, que ainda não foi aceita, ele afirma que Gabrielli lhe disse que a ordem veio “do homem lá de cima”, numa referência clara ao então presidente Lula.
O operador Julio Camargo, em cuja delação premiada aparece a acusação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, disse que representava a Samsung na transação do navio-sonda Vitória 10 000 e confessou ter pago 25 milhões de dólares a diretores e intermediários, incluindo aí o próprio Cerveró.
O ex-diretor da área internacional contou aos procuradores da Operação Lava-Jato que os contratos de compra e operação da sonda Vitória 10 000 foram direcionados à construtora Schahin com o propósito de saldar dívidas da campanha presidencial de Lula, em 2006 com o banco do mesmo nome.
Esse caso está ligado a outro, mais nebuloso, envolvendo o assassinato do prefeito Celso Daniel, e foi revelado à época do mensalão numa tentativa mal sucedida do lobista Marcos Valério de fazer uma delação premiada para se livrar da penas de mais de 40 anos a que foi condenado na ocasião.
Ele revelou que foi procurado pelo PT para pagar uma quantia em dinheiro a uma pessoa que ameaçava revelar detalhes do caso Celso Daniel, acusando líderes do PT pela morte. Segundo ele, que teria se recusado a entrar no esquema, coube ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, fazer o pagamento, pelo qual contraiu um empréstimo de 6 milhões de reais no Banco Schahin, quantia que teria sido paga como parte da propina da sonda.
O próprio Milton Schahin admitiu ter emprestado 12 milhões de reais ao amigo de Lula, em declarações à revista Piaui, mas diz que não é obrigado a saber o que faria com o dinheiro. Bumlai era a única pessoa que tinha autorização para entrar no Palácio do Planalto a qualquer hora, sem audiência marcada, de acordo com um aviso que havia na portaria do Palácio, com sua foto para que não houvesse engano.
O Globo, 22/09/2015
*** *** https://www.academia.org.br/artigos/fechando-o-cerco-0 *** ***
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GETÚLIO VARGAS E JOÃO GOULART: MESTRE E DISCÍPULO
Dilossane Vargas da Silva1
Urcamp - São Borja-RS
geral@sb.urcamp.tche.br
Resumo: Este artigo discute o vínculo existente entre Getúlio Vargas e João Goulart
desde antes da iniciação deste na política, para melhor entender os ataques sofridos por
Goulart, que resultaram na sua saída do Ministério do Trabalho em fevereiro de 1954.
Dessa forma, analisa-se o vínculo entre o ex presidente Getúlio Vargas e João Goulart, o
qual remonta a amizade entre famílias tradicionais de estancieiros do sul do país.
Palavras Chave: Compadrio, Política, Trabalhismo.
Introdução:
João Goulart aproximou-se de Getúlio Vargas ao frequentar assiduamente sua
estância após 15 anos de Vargas comandar o país e ter sido deposto da presidência da
República em 1945 por um golpe militar. O contexto político de então se apresentava
voltado para o processo de redemocratização, que visava a uma maior abertura às
classes populares para reivindicar seus direitos, bem como a uma maior participação na
política. 2
1
Professora Mestre em História, e Coordenadora do Curso de História da URCAMP - São Borja-RS.
2
Classes populares: “Classes em processos de formação nos quadros de uma sociedade em transição
(pós-1930) sua presença na política estará condicionada por várias ordens diferentes de fatores. A
primeira diz respeito à crescente heterogeneidade interna de sua composição econômica e social radicada
na diversidade de formas de produção próprias de um país que se vê obrigado a combinar etapas diversas
do desenvolvimento capitalista em resposta as circunstancias criadas internamente pelas crises e
transformações no plano internacional. A segunda diz respeito à mobilidade social no interior destes
marcos heterogêneos que caracterizam as classes populares”. WEFFORT, Francisco. O populismo na
política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. p.146.
***
Para melhor entender as origens de João Goulart, ressalta-se a posição social e
política do seu pai, Vicente Rodrigues Goulart. Segundo Gomes e Ferreira, João Goulart
era filho do coronel Vicente, como era conhecido na região. (2007, p. 15). Para melhor
ilustrar as relações da família Goulart com os Vargas, utiliza-se o depoimento de
Iolanda Goulart, irmã de Jango, que identifica a posição social e política do coronel
Vicente:
Nossa família era muito amiga dos Vargas. Meu padrinho era o general
Vargas, pai do Getúlio. Ele era muito amigo da minha avó e disse para a
minha mãe, quando ela estava grávida: esse que vai nascer aí vai ser meu
afilhado.
[...] O meu pai teve uma sociedade com o irmão do Getúlio, o Protásio. Eles
arrendaram um frigorífico dos ingleses, por sinal muito bem montado na
cidade de Itaqui:depois voltamos para São Borja e papai assumiu a fazenda.
A parte onde era a casa da minha avó, a sede, ficou para ele. Na fazenda se
engordava gado e tinha também muita ovelha, porque a lã valia muito. E
também havia cavalos [...] Meu pai, fisicamente, era um homem bonito,
reservado, mas bem falante. Não era muito alto, tinha lábios grossos... Acho
o Jango bem parecido com ele. Não muito, mas pende mais para o lado do
meu pai. Era muito severo, mas bondoso e querido por todos.
Naquele tempo, foi Intendente de São Borja e não tinha muito tempo para os
filhos. Ele e toda a família eram borgistas, partidário de Borges de Medeiros,
chefe do Partido Republicano Rio-grandense (PRR). Os borgistas eram
também conhecidos como Chimangos, sendo chamados de maragatos os
alinhados ao Partido Liberal (PL). (GOMES; FERREIRA, 2007, p. 19).
O relato mostra o vínculo de amizade existente entre as famílias tradicionais do
estado do Rio Grande do Sul e o exercício do poder político pelas classes
conservadoras. Apoiado em alguns depoimentos, constata-se que João Goulart era
oriundo de uma família com forte atuação na política local e estadual. O coronel
Vicente Goulart, seu pai, tinha uma influente e destacada posição social, por ser
membro da elite rural, portador de uma boa situação econômica e, principalmente, por
ocupar cargos políticos, juntamente com as demais famílias tradicionais da região, como
a família Vargas.
[...]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, Alzira Alves de; LATTMAN-WELTMAN. Fechando o cerco: a imprensa e a
crise de agosto de 1954. In: GOMES, Ângela de Castro (Org.). Vargas e a crise dos
anos 50. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.
AGGIO, Alberto et al. (Org.). Política e sociedade no Brasil (1930 - 1964). São Paulo:
Annablume, 2002.
BANDEIRA, Moniz. O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil (1961-1964) 3.
ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973.
BODEA, Miguel. Trabalhismo e populismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre:
UFRGS, 1992.
CÂNEPA, Mercedes Maria Loguércio. Partidos e representação política: a articulação
dos níveis estadual e nacional no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da UFRGS,
2005.
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