quinta-feira, 27 de maio de 2021

Malandragem

Cada época tem a saúva que lhe cabe. *** "Pai da vacina brasileira, Dimas Covas enquadra tropa da cloroquina na CPI ... vacinas e mais mortes devido a Bolsonaro, prova Dimas Covas." *** "QUEM É QUE VAI PAGAR POR ISSO?" ***
*** quinta-feira, 27 de maio de 2021 Cora Rónai - Herança maldita - O Globo Ou o Brasil acaba com a reeleição, ou a reeleição acaba com o Brasil. Cada época tem a saúva que lhe cabe Lula e Fernando Henrique, de máscara, trocando soquinho: a imagem tem muitas camadas, permite várias leituras e com certeza vai ser usada para ilustrar os livros de História sobre o período de trevas que atravessamos — mas a minha primeira impressão, ao vê-la, foi de desagrado. Ela me pareceu ser, mais do que um compromisso com o futuro, o resumo do passado que nos trouxe até aqui. Durante boa parte da sua vida pública Lula espinafrou Fernando Henrique sem trégua. Hoje diz que as suas divergências eram “políticas”, mas quem viveu a época e tem alguma memória ousa discordar. Impeachment. Fora FHC. Fascistas. Herança maldita. A decadência do PSDB começou quando não soube (e não quis) defender o legado de FHC e impor-se como oposição — e é a essa complacência equivocada que a foto remete. Para representar uma verdadeira frente ampla, precisaria ter mais personagens: nela figura um só candidato à presidência. Com quem a foto pretende dialogar? Para o PT ela é um trunfo (o ex-ministro Celso Amorim a definiu como “transcendental”) — lá está o seu candidato com aquele que designou, ao longo de tantos anos, como seu principal inimigo; a questão é que, até por questão de estilo, FHC nunca assumiu esse papel. Lula sempre manifestou horror a Fernando Henrique e seus eleitores. O inverso não aconteceu. A mensagem “Unidos contra Bolsonaro” é importante? Sim, claro — mas para quem? Para os apoiadores de Bolsonaro, não faz nenhuma diferença, pelo contrário: apenas reforça o mito do capitão contra o sistema. E para quem percebe o tamanho do estrago, também não: é óbvio que estão juntos contra Bolsonaro. Quem não está? A questão não é política, é moral. Não há o que discutir entre civilização e barbárie. ****** Por falar em “herança maldita”: Lula tem razão, mas não pelos motivos que alega (ou alegava). Fernando Henrique deixou mesmo uma herança maldita, que contaminou toda a política brasileira e fez um dano incalculável à nossa democracia. Chama-se reeleição. Desde que conseguiu comprá-la, não tivemos mais um único administrador, em qualquer nível, que se dedicasse plenamente ao ofício que é pago para exercer. Assim que sentam a derrière em suas cadeiras, nossas autoridades passam imediatamente a trabalhar em função da reeleição. Ou o Brasil acaba com a reeleição, ou a reeleição acaba com o Brasil. Sério. Cada época tem a saúva que lhe cabe. ****** O prefeito Eduardo Paes ganha muitos pontos dos cariocas apenas por não ser o seu antecessor, mas não precisa exagerar no cinismo, como fez anteontem ao dizer que uma eventual multa a Bolsonaro por ter desrespeitado o decreto que obriga o uso de máscaras teria que ser “avaliada pelo povo”: “O presidente é a principal autoridade do Brasil. Ele vai ser sempre bem-vindo no Rio de Janeiro, e nós não vamos ficar nesse joguinho de multa, né? O presidente tem essa responsabilidade, ele pode avaliar.” Ora, não nos faça de idiotas, Eduardo Paes! Excludente de ilicitude para uso de máscara a essa altura da pandemia? E desde quando esse presidente tem responsabilidade, e onde consegue avaliar o que quer que seja?! Tenha vergonha, homem. Francamente. *** *** https://gilvanmelo.blogspot.com/2021/05/cora-ronai-heranca-maldita.html#more *** *** ***
*** Dimas Covas presta depoimento à CPI da Covid - Foto: Reprodução/TV Senado *** *** CPI da Pandemia ouve o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas - 27/5/2021 *** TV Senado A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia ouve o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas. A vacina CoronaVac, fornecida pelo instituto, é resultado da parceria com a fabricante chinesa de medicamentos Sinovac Biotech. *** *** https://www.youtube.com/watch?v=MvAEID3m5Eg *** *** *** Dimas Covas defende vacinas, máscaras e distanciamento contra terceira onda Da Agência Senado | 27/05/2021, 18h12 ***
*** O presidente do Butantan (à direita) ao chegar ao Senado nesta quinta-feira Edilson Rodrigues/Agência Senado *** O diretor do Instituto Butantan, o médico Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27) em depoimento na CPI da Pandemia que a tendência é que a crise sanitária se estenda até o início de 2022. Ele também disse que há indícios de que estamos diante de um agravamento da pandemia de covid-19, agora impulsionada por novas variantes. Para frear a terceira onda, Dimas Covas aponta que é necessário combinar a vacinação com o uso das chamadas medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento físico.  Os primeiros meses deste ano mostraram a face mais agressiva dessa pandemia. E nós estamos agora em um momento em que tudo indica que teremos de novo um recrudescimento, e é um recrudescimento agora turbinado por algumas variantes que estão circulando entre nós. Então essa pandemia ainda vai persistir durante 2021. Ainda vamos lutar com ela em 2021, quiçá no começo de 2022. Dimas Covas ponderou que ainda há "muitas pessoas suscetíveis no Brasil", o que exige a adoção de medidas não farmacológicas. Ele criticou não haver uma coordenação central nessas ações.  — A vacina, neste momento, ajudaria muito, mas não resolveria o problema da epidemia. Ela não teria abortado a segunda onda e ela seguramente não vai abortar a terceira onda, porque nós temos ainda muitas pessoas suscetíveis no Brasil. Portanto, as outras medidas, as medidas que são chamadas de não farmacológicas, de enfrentamento à epidemia são fundamentais. Isso foi feito por todos os países do mundo civilizado que conseguiram o controle da epidemia. Alguns estados fizeram isso, mas de uma forma heterogênea; não houve uma coordenação central — ressaltou.  Reforço Dimas Covas informou que estudos já estão sendo feitos sobre a necessidade de uma “terceira dose da vacina contra o coronavírus”. Segundo ele, seria a dose de reforço anual, assim como ocorre com o imunizante contra a gripe, por exemplo. — A dose de reforço será necessária para todas as vacinas. A própria Pfizer já está estudando uma dose de reforço. O Butantan já tem estudos previstos em andamento com a dose de reforço. Ao ser questionado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE) sobre a morte do músico Nelson Sargento, figura histórica da Estação Primeira de Mangueira, por covid-19, mesmo após ter recebido as duas doses da CoronaVac, Dimas Covas respondeu que não há nenhuma vacina capaz de garantir proteção total e que vacina não é "escudo". — Nenhuma vacina, até este momento, tem demonstrado que protege contra a infecção. Ela protege contra as manifestações clínicas, principalmente as manifestações clínicas mais graves. A vacina não é uma proteção absoluta. A pessoa que se vacina está relativamente protegida, tem os fatores individuais que entram se ela eventualmente pegar a infecção, e esses fatores são preponderantes, inclusive, para determinação da gravidade — argumentou.  Em resposta ao senador Humberto Costa (PT-PE), Dimas Covas concordou com o parlamentar ao rechaçar a tese da imunidade de rebanho (de permitir que a população se contamine com o coronavírus para que se crie uma imunidade natural). O diretor do Butantan afirmou que essa teoria já foi descartada por cientistas.  — Vou falar como médico, como especialista: a tese da imunidade de rebanho já foi descartada há muito tempo. No começo da pandemia, alguns países da Europa até chegaram a sugerir a possibilidade de ter a questão da imunidade de rebanho, mas, naquele momento, sabia-se muito pouco ainda do curso da própria epidemia. Serrana Estudos de vacinação em massa contra a covid-19 em Serrana (SP), cidade com cerca de 45 mil habitantes, apontam que o município registra uma média de mortes causadas pela doença até quatro vezes menor que outros municípios com população de tamanho semelhante. O caso foi citado por Dimas Covas ao reforçar a necessidade de acelerar a vacinação. Segundo Dimas, foram vacinados 97% do público-alvo de Serrana com as duas doses. O relatório final será divulgado em breve. — Em toda a população vacinada isso vem caindo progressivamente, mostrando que o efeito da vacina, quando se vacina em massa, ele é de fato um efeito direto sobre a evolução da epidemia. Isso é o objetivo: enquanto nao tiver essa vacinação de 97% das pessoas em risco, como foi o caso em Serrana, não vamos ter esse decréscimo natural da epidemia — disse. Questionado por Luis Carlos Heinze (PP-RS) sobre o "não reconhecimento" da CoronaVac na Europa, Dimas Covas ponderou que a Europa não usa a CoronaVac, o que não significa que não "reconheça" o imunizante. Covas espera que a Coronavac venha a ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e logo distribuída pelos membros da iniciativa Covax Facility.  ButanVac Questionado pelo relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, sobre a vacina Butanvac, a primeira produzida no Brasil, Covas disse que ela já está em produção e e abrange novas variantes do vírus.  — É a vacina 2.0, que já é a segunda geração de vacinas. Essa vacina é a grande esperança dos países pobres, porque ela tem baixo custo e é a segunda versão; ela já incorpora os conhecimentos científicos [obtidos] com a primeira geração de vacinas — explicou. Segundo Dimas Covas, a Butanvac estará disponível no último trimestre deste ano, mas ainda não há tratativas com o Ministério da Saúde para a compra desse imunizante. De acordo com ele, o Butantan tem 6 milhões de doses em processo e aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os estudos clínicos. A expectativa, ressaltou, é produzir ao menos 40 milhões de doses até o final do ano. Após Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, e Luis Carlos Heinze afirmarem que o governo federal transferiu bilhões para o Butantan, Dimas declarou que o governo federal não investiu um real no desenvolvimento da vacina e só pagou pelas doses entregues em fevereiro de 2021. — Nós não contamos com recursos federais até que houvesse a assinatura, no dia 7 de janeiro. E aí é pagamento; não houve investimento. Para a senadora Leila Barros (PSB-DF), o presidente Jair Bolsonaro atuou para desacreditar o Instituto Butantan e trabalhou contra a aquisição de vacinas.  — Fica evidente para mim que, em relação à CoronaVac, não apenas o governo federal não aportou nenhum recurso para o seu desenvolvimento, como foi além: o governo federal trabalhou publicamente para desacreditar a vacina — assinalou ela. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) Fonte: Agência Senado *** *** https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/05/27/dimas-covas-defende-vacinas-mascaras-e-distanciamento-contra-terceira-onda *** *** *** "Eu só peço a Deus que dê-lhe um pouco de malandragem." *** AO VIVO: QUEM É QUE VAI PAGAR POR ISSO? - Papo Antagonista com Claudio Dantas e participação de Lobão 27.05.21 18:02 ***
*** Arte: Joelto Mata *** Assista ao programa Papo Antagonista, com Claudio Dantas. De segunda a sexta, às 18h. *** *** AO VIVO: QUEM É QUE VAI PAGAR POR ISSO? – Papo Antagonista com Claudio Dantas e participação de Lobão Arte: Joelto Mata *** *** https://www.oantagonista.com/especial/ao-vivo-quem-e-que-vai-pagar-por-isso-papo-antagonista-com-claudio-dantas-e-participacao-de-lobao// *** *** ***
*** Cássia Eller é uma das artistas mais importantes do Brasil | Foto: Divulgação *** Malandragem Cássia Eller *** *** Ouvir Malandragem Quem sabe eu ainda sou uma garotinha Esperando o ônibus da escola, sozinha Cansada com minhas meias três quartos Rezando baixo pelos cantos Por ser uma menina má Quem sabe o príncipe virou um chato Que vive dando no meu saco Quem sabe a vida é não sonhar Eu só peço a Deus Um pouco de malandragem Pois sou criança E não conheço a verdade Eu sou poeta e não aprendi a amar Eu sou poeta e não aprendi a amar Bobeira é não viver a realidade E eu ainda tenho uma tarde inteira Eu ando nas ruas Eu troco um cheque Mudo uma planta de lugar Dirijo meu carro Tomo o meu pileque E ainda tenho tempo pra cantar Eu só peço a Deus Um pouco de malandragem Pois sou criança E não conheço a verdade Eu sou poeta e não aprendi a amar Eu sou poeta e não aprendi a amar Eu ando nas ruas Eu troco um cheque Mudo uma planta de lugar Dirijo meu carro Tomo o meu pileque E ainda tenho tempo pra cantar Eu só peço a Deus Um pouco de malandragem Pois sou criança E não conheço a verdade Eu sou poeta e não aprendi a amar Eu sou poeta e não aprendi a amar Quem sabe eu ainda sou uma garotinha! Composição: Cazuza / Roberto Frejat.

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