segunda-feira, 17 de maio de 2021

COMANDO, HIERAQUIA E LIDERANÇA

O rei sou eu NARRAR O PASSADO, REPENSAR A HISTÓRIA *** ***
*** JORNAL – O POPULAR – 23.10.2020 – PÁG.7 O rei sou eu Eliane Cantanhêde Se o presidente mandar matar, torturar, se jogar do 20.º andar, arriscar a saúde de 210 milhões de brasileiros, a quem o general deve lealdade e obediência?” Luiz Henrique Mandetta foi demitido por propor o isolamento social, Nelson Teich se demitiu por não engolir a cloroquina, Eduardo Pazuello é humilhado por tentar viabilizar uma vacina em massa para o País. Estão todos errados e só o presidente Jair Bolsonaro está certo? Ou, entre a vida dos brasileiros e suas conveniências políticas, ele fica com a reeleição? Já que os dois médicos se recusaram a fazer o jogo sujo, ele convocou o general da ativa para bater continência a tudo o que lhe vier na cachola e avisa: “Quem manda sou eu, não vou abrir mão da minha autoridade”. Pazuello concorda, pateticamente: “É simples. Um manda, o outro obedece”. O general diz, o capitão desdiz. E o que o general faz? Abaixa a cabeça e diz que foi “mal interpretado” ao anunciar a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac assim que obtivesse o registro da Anvisa. Como alguém desmente o que escreveu em ofício e disse em vídeo para mais de 20 governadores? Vergonha alheia. Forças Armadas, Exército e oficiais, o que acham dessa vassalagem inominável? Ao desautorizar a aquisição de vacinas anunciada pelo ministro - que passou meses interino, em plena pandemia -, Bolsonaro falou em “traição” e digitou no Twitter: “NÃO SERÁ COMPRADA”. No dia seguinte, recorreu ao morde-e-assopra que usava com Sérgio Moro, Mandetta e Paulo Guedes: incorporou o personagem simpaticão e foi visitar o general, que está com Covid-19, e fez papel e cara de bobo ao ser paparicado pelo chefe. É nessas horas que a gente vê quem é quem. Bastam uma visitinha e um sorriso programado para apagar a humilhação? Se o presidente mandar matar, torturar, se jogar do 20.º andar, arriscar a saúde de 210 milhões de brasileiros, a quem o general deve lealdade e obediência? Mas vamos à vacina, que une Judiciário, Legislativo, governadores, prefeitos, entidades científicas, médicas, jurídicas. Com mais de 155 mil mortos e 5 milhões de contaminados, ninguém está interessado em briguinhas políticas, o que se espera do presidente é que tome a decisão certa. E se espera em vão. As quatro vacinas em teste no Brasil precisam de duas doses, logo, serão necessárias de 300 mil a 400 mil doses e será preciso somar as vacinas, porque uma só não dará conta. E dane-se se uma é “do Doria”, outra “do Bolsonaro”, uma é “da China”, outra “de Oxford”. Aliás, corre nas redes: se contarem a Bolsonaro que os chineses inventaram a pólvora, será que ele proíbe as armas no País? O presidente indicou e o Senado aprovou nesta semana o novo presidente, contra-almirante Antonio Barra Torres, e três dos quatro diretores da Anvisa. E se eles forem como o general Pazuello, que faz qualquer coisa para agradar ao presidente? Amigo de Bolsonaro e fotografado com ele numa “manifestação golpista” no início da pandemia, Barra Torres disse para o governador João Doria e repetiu depois, em entrevista, que a agência não cederá a pressões políticas e vai ser fiel à medicina e à ciência. Que assim seja, porque se trata de milhares de vidas, da economia e dos empregos e, se a Anvisa ficar ao sabor da ignorância, dos ciúmes e dos interesses reeleitorais de Bolsonaro, aí mesmo é que a imagem do Brasil vai para o beleléu, já atingida por desmatamento, queimadas, boiadas e desmanche do Ibama e do ICMBio, sem falar no endeusamento de Donald Trump. Como Bolsonaro não se constrangeu em meter a mão no Coaf e na Receita e está sendo até investigado pelo Supremo por ingerência política na Polícia Federal, é preciso confiar na consciência e na responsabilidade dos indicados para a Anvisa, que têm conhecimento e nomes a zelar. Na dúvida, Bolsonaro se antecipou e avisou que não comprará a vacina “da China” mesmo que a Anvisa aprovar. Aí, gente, só internando... *** ***
*** "Para nós e nossa tragédia, Submissos à vossa clemência. Pedimos vossa paciência." Prólogo ATO TERCEIRO HAMLET, PRÍNCIPE DA DINAMARCA SHAKESPEARE https://www.ifch.unicamp.br/publicacoes/pf-publicacoes/squd_livro-ideias-2-2a.edicao.pdf *** *** TROCA DE CADEIRAS José Levi Mello do Amaral pede demissão do cargo de AGU ADI assinada por Bolsonaro, sem representação da AGU, seria um dos motivos. André Mendonça retorna ao cargo FELIPE RECONDO BRASÍLIA 29/03/2021 17:33 Atualizado em 29/03/2021 às 18:08 ***
*** AGU Levi Bolsonaro Presidente da República Jair Bolsonaro durante assinatura do termo que dá posse ao Advogado-Geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior / Crédito: Alan Santos/PR *** O advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior, entregou o cargo ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo duas fontes ouvidas pelo JOTA, um dos motivos para saída foi a ADI assinada pelo presidente da República, sem representação da Advocacia-Geral da União (AGU), para que o Supremo Tribunal Federal (STF) barrasse lockdowns nos estados. O ministro Marco Aurélio Mello negou o pedido dizendo que se tratava de um erro grosseiro, já que o presidente da República precisa necessariamente ser representado pela AGU para ajuizar uma ação no tribunal. Levi poderia ter assinado uma nova ação posteriormente para corrigir o problema apontado pelo relator da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 6.764, mas não o fez. Levi foi nomeado em 28 de abril do ano passado. No mesmo dia, o antecessor dele, André Mendonça, foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública em substituição ao ex-juiz Sergio Moro, que pediu demissão na semana anterior. Em um dia de trocas importantes no primeiro escalão do governo federal, o advogado-geral da União (AGU), José Levi Mello do Amaral Júnior, a se confirmar sua saída, será o terceiro a deixar o cago. Apenas nesta segunda-feira (29/3), os Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa ficaram sem seus chefes, Ernesto Araújo e Fernando Azevedo. Com a saída de Levi, André Mendonça deixa o Ministério da Justiça e retorna para a Advocacia-Geral da União. Ele, que é cotado para a vaga de ministro do Supremo com a aposentadoria em julho do ministro Marco Aurélio, é mais próximo a Bolsonaro do que Levi. FELIPE RECONDO – Diretor de conteúdo em Brasília. Sócio-fundador, é responsável por todo o conteúdo produzido pelo JOTA. Autor de "Tanques e Togas - O STF e a Ditadura Militar" e de "Os Onze - O STF, seus bastidores e suas crises", ambos pela Companhia das Letras. Antes de fundar o JOTA, trabalhou nos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, no blog do jornalista Ricardo Noblat. Email: felipe.recondo@jota.info *** *** https://www.jota.info/justica/jose-levi-mello-do-amaral-pede-demissao-do-cargo-de-agu-29032021 *** ***
*** GEN DIV REYNALDO MELLO DE ALMEIDA 18 NOV 1966 A 7 MAI 1969 *** DEPOIMENTOS *** CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. REYNALDO MELLO DE ALMEIDA - Embora eu fosse amigo do Gen. Geisel... O SR ENTREVISTADOR (Tarcísio Holanda) - Só um minuto, porque isso é importante. O general que estava tomando conta do sistema de informação no gabinete do Frota era o Gen. Ênio Pinheiro, que é hoje Subcomandante da Escola Superior de Guerra. O SR. REYNALDO MELLO DE ALMEIDA - Não era do CME. Minha amizade com o Gen. Geisel... Vamos traduzir que ele me levasse para servir no Estado. Eu servi com o Gen. Geisel pela primeira vez num grupo escola, por ocasião da revolução comunista. Ele era capitão, eu era segundo-tenente. Ele era capitão comandando a seção extra. E, na revolução da Escola da Aeronáutica, ele foi o elemento responsável pela segurança aproximada do grupo escola — uma vez servi com ele nesse sentido. Depois foi em Brasília, quando ele comandou o Comando Militar de Brasília. Eu fui o Chefe do Estado-Maior dele. E, como Chefe do Estado-Maior, eu aprendi um detalhe que era uma marca da personalidade dele. No primeiro dia de despacho, eu nunca havia trabalhado com ele, levei um ofício para ele: “Está aqui, chefe, para o senhor assinar”. Ele leu, leu. Ele lia muito rapidamente. Olhou para mim: “Não está bom, faça novamente”. Fiz outra vez. No dia seguinte levei: “Está aqui, chefe. Veja se está bom”. Ele leu. “Ainda não está bom. Melhore”. Na terceira vez que eu levei, eu me senti desmoralizado. Não sabia redigir, não sabia fazer coisa nenhuma. Virei-me para ele e disse: “Chefe, não dá mais para servir contigo, porque eu não tenho condições de fazer o que o senhor quer”. Ele disse: “Não. Aprenda uma coisa. Você me trouxe o documento para assinar, botou em cima da mesa, não disse nada. Você não defendeu o que escreveu. Se você tivesse certeza do que escreveu, você me mostrava o que escreveu, me convencia de que você estava certo”. Aprendi esse detalhe com ele. Ele sempre fazia isso. A primeira tendência era não aceitar, para ver se a gente tinha convicção no que levava. Mas com o Gen. Geisel tinha mais um detalhe. O Mauro Borges, Governador de Goiás, tomou uma posição do Brizola, da campanha da legalidade. E ameaçou por telefone — ele tinha sido meu colega na Escola de Estado-Maior — invadir nossos quartéis em Goiânia e Ipameri. Nossos comandantes e a tropa existente realmente eram muito fracos. E, com o efetivo que o Mauro tinha era a Polícia mais os elementos que ele tinha trazido do interior. Ele tinha condições de tomar. Eu fiquei nervoso, porque eu realmente não tinha elementos para combater lá em Brasília. Só tinha o Batalhão de Guarda, a PE e alguns carros M-8. Aí telefonei para o Gen. Geisel: “Chefe” — ele era meu chefe no Estado-Maior —, “como é que eu vou proceder aqui em relação a esse problema?” “Da seguinte maneira. Espere um momentinho”. Ele pegou o telefone do pai do Mauro, que era Senador, telefonou para ele e disse: “Você sabe que seu filho quer invadir os quartéis do Exército? Já pensou a besteira que ele vai fazer? Fale com o seu filho, chame a atenção dele”. E a coisa não saiu. Para você ver uma solução política em relação a um caso militar. Outro problema que eu tive também. Ele me telefonou porque queria ocupar o reservatório de gasolina de Anápolis. Se ele ocupasse Anápolis, ele cortava o fornecimento de gasolina para toda a Brasília. Nós tivemos de fazer uma operação. Nós tínhamos dentro do nosso comando um traidor, um elemento que se dava com o Mauro que eu não sabia. Fizemos uma reunião de noite, para fazer um transporte de uma companhia de Ipameri, que era o Cel. Paiva, depois chefe do Estado-Maior, para levar para Anápolis, para garantir essas coisas mediante aviões da Força Aérea C-47. Muito bem. Na hora em que os aviões decolaram, nós tivemos informações de que em Anápolis eles tinham bloqueado o campo com barris. Quer dizer, a tropa que ia descer, ia descer de madrugada e derramar todos os barris. Era um problema muito sério. Pegamos o rádio amador, mandamos chamar o Comandante do Tiro de Guerra, e, através do rapaz do Tiro de Guerra, foram retirar os barris do campo e a operação foi realizada sob o comando do Cel. Loyola, e na realidade ele não fez essa invasão. São 2 fatos marcantes que a memória me traz em relação a esse posicionamento. *** *** https://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/arquivo/historia-oral/Memoria%20Politica/Depoimentos/reynaldo-mello-de-almeida/texto *** ***
*** *** Eliane Cantanhêde: "Há um desgaste das alternativas políticas." *** Marco Antonio Villa Jornalismo em tempos de ditadura. Redemocratização e jornalismo político As mulheres no jornalismo político Bolsonarismo, CPI e a crise política *** *** https://www.youtube.com/watch?v=Y0ojLQcysdU *** *** ***
*** Eva Wilma - Que rei sou eu? *** Arquivo Eva Wilma *** *** https://www.youtube.com/watch?v=sb4mNDDGl6A *** *** ***
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*** *** O Que Terá Acontecido a Baby Jane? 12 1962 ‧ Terror/Thriller ‧ 2h 15m Assistir agora A partir de R$ 7,90 Já assistiu? Lista de interesses Mais opções para assistir 89% gostaram desse filme Usuários do Google Jane Hudson (Bette Davis) é uma estrela infantil idosa, que cuida de Blanche (Joan Crawford), sua irmã em uma cadeira de rodas, também um ex-atriz mirim. Vivendo juntas em uma mansão na velha Hollywood, Blanch planeja se vingar de Jane pelo acidente de carro que a deixou paralítica anos atrás. Mas J… MAIS Data de lançamento: 31 de outubro de 1962 (EUA) Diretor: Robert Aldrich Adaptação de: O Que Terá Acontecido A Baby Jane? Em Portugal: Que Teria Acontecido a Baby Jane? Indicações: Oscar de Melhor Atriz, MAIS Elenco Ver mais 15 Bette Davis (Baby Jane Hudson) Bette Davis Baby Jane Hudson Joan Crawford (Blanche Hudson) Joan Crawford Blanche Hudson Victor Buono (Edwin Flagg) Victor Buono Edwin Flagg Maidie Norman (Elvira Stitt) Maidie Norman Elvira Stitt Pesquisas relacionadas

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