sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

ALQUIMIA DO PODER ...







...E CULTURA









Secretário da Cultura, Roberto Alvim cita ministro nazista em pronunciamento

“O secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, citou trechos de uma fala do ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, em pronunciamento veiculado pelo órgão nessa 5ª feira (16.jan.2020).”





O Globo

‘(...)


Veja o que diz a citação de Goebbels:
Segundo o livro "Goebbels: a Biography", de Peter Longerich, o líder nazista afirmou: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada"

O que disse Roberto Alvim:
‘Nó vídeo divulgado pela Secretaria Especial de Cultura ele afirma: "A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada", discursou Alvim no vídeo postado nas redes sociais.

(...) outra referência ao regime de Adolf Hitler é a trilha sonora do pronunciamento: a ópera "Lohengrin", de Richard Wagner. O compositor alemão era celebrado pelo líder nazista e teve grande influência em sua formação ideológica. (...)‘












A ALQUIMIA DO PODER: LOURIVAL FONTES E SUAS CONFIGURAÇÕES POLÍTICAS


Aldenise Cordeiro Santos (GEPHIM/UFS )
Anthony Fábio Torres Santana (GPECS/PROCAPS/UNIT)


Resumo: Este artigo trata das conformações políticas visualizadas na trajetória da vida de Lourival Fontes frente ao poder. O riachãoense conhecido pelo título de “Homem do DIP”, por ter se aliado ao projeto político de Getúlio Vargas a fim de atuar prol a permanência deste na presidência do Brasil, durante o período que vai de 1930 a 1945, como Diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda. Exerceu os cargos de Chefe da Casa Civil no segundo governo de Vargas, contribuiu para relações exteriores do Brasil como embaixador, e tornou-se Senador por Sergipe entre os anos de 1955 a 1963. Dentro dessa perspectiva, este artigo propõe-se ao desenvolvimento de uma análise dos diversos momentos de sua atuação pública, onde é perceptível a adequação de Fontes as circunstâncias políticas, na arte de transformar-se. Tendo por objetivo analisar suas posições, confrontando fundamentalmente o momento do DIP com o do Senado Federal. Esta análise foi conduzida mediante pesquisa bibliográfica referente ao seu objeto. Lourival foi um político instrumentalizado por uma construção intelectual sólida, que lhe possibilitou em determinados momentos, uma inversão de valores e de perspectivas teóricas no decorrer de sua carreira.


Palavras-chave: Lourival Fontes, poder, intelectual.


(...)


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Lourival Fontes controlou os meios de comunicação de massa, sua atuação, enquanto diretor do DIP, e sua orientação ideológica refletiram-se para a censura. Contudo, a atuação de Fontes não se limita apenas à promoção da censura. Sendo um grande administrador, soube produzir meios para orientar ideologicamente as massas: criou jornais, revistas e programas de rádio, além de ter atraído outros intelectuais para trabalhar em prol dessa política, pois reconhecia a importância deles para produção e condução de informações que legitimassem o governo.

Enquanto diretor do DIP fez com que o órgão promovesse suas ações de forma eficaz. Conduziu com mão-de-ferro um departamento que era o ponto cerne de uma estrutura e configuração estatal que não podia ruir, desmoronando mais tarde por conta de sua própria ideologia, que foi contestada pelas esferas internacionais da época. Durante a permanência de Lourival no DIP, o órgão teve atuação satisfatória.

Na direção oposta, no Senado, apresentou um postura amplamente democrática, e por vezes socialista. Suas interpretações frente a entraves políticos como a permanência de Jânio Quadros na presidência denotam uma mudança ideológica. Foi um político instrumentalizado de toda uma construção intelectual, que possibilitou a produção de ensaios em que analisou a realidade social brasileira. Sendo que, o desvelar destes ensaios propõe repensar Lourival Fontes como um político de posições difíceis para o período.

Foi um intelectual observador dos fenômenos políticos e sociais do seu contexto. Um homem atualizado com temas que o cercava, e sabia como poucos adequar-se às situações que lhe eram impostas.







Lourival Fontes


Lourival Fontes nasceu em Riachão do Dantas (SE), em 1899.
Jornalista, colaborou em diversos jornais de Sergipe e Bahia. Partidário da Aliança Liberal, coligação oposicionista que disputou a presidência da República em 1930, tendo à frente o gaúcho Getúlio Vargas, apoiou o movimento revolucionário comandado pelo próprio Vargas, que assumiu o poder em novembro daquele ano.
Em 1931, fundou e dirigiu, no Rio de Janeiro, as revistas Política e Hierarquia. Esta última, de tendência fascista, contou entre seus colaboradores, com Olbiano de Melo e Plínio Salgado. Nomeado funcionário da Prefeitura do Distrito Federal, foi indicado oficial de gabinete do prefeito e, em 1932, diretor da Secretaria do Gabinete da Prefeitura.
Eleito representante dos usineiros segipanos junto ao Instituto do Açúcar e do Alcool em 1933, dirigiu o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC) entre 1934 e 1937. No ano seguinte o DPDC transformou-se no Departamento Nacional de Propaganda e em 1939 no Departamento de Imprensa e Propaganda. Lourival Fontes permaneceu à frente do órgão até 1942. Colaborador do O Jornal, representou o Brasil no Conselho Administrativo do Bureau Internacional do Trabalho. Em 1945 foi nomeado embaixador do México, exonerando-se com a deposição de Vargas, ocorrida em outubro daquele ano.
Em 1950, participou ativamente da campanha de Getúlio Vargas para as eleições presidenciais de outubro. Vitorioso, Vargas nomeou-o para a chefia do Gabinete Civil da Presidência da República. Permaneceu no cargo até o desfecho da grave crise política que afetava a vida pública brasileira e que culminou com o suicídio de Vargas em agosto de 1954. Naquele mesmo ano, elegeu-se senador por Sergipe, exercendo o mandato entre 1955 e 1963.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 1967.
[Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001]







CULTURA
Richard Wagner: o gênio musical e a sombra do antissemitismo

O célebre compositor alemão, cujo bicentenário é lembrado em 2013, foi um fervoroso antissemita. Ao mesmo tempo, admirava judeus como o poeta Heinrich Heine e teve mecenas e admiradores de origem judaica.







É possível admirar Wagner?

Certamente, os fãs de Wagner não eram nem cegos nem surdos. Eles admiravam Wagner por suas grandiosas montagens teatrais. Resta a questão principal em torno da figura de Wagner: é possível escutar Wagner sem levar em conta o antissemitismo? O ódio ao judeus repercute também em seu trabalho de palco?

A maioria dos pesquisadores de Wagner afirma que não. Entre aqueles que pensam diferente está Fischer. Ele diz que, apesar de Wagner não ter escrito nenhuma ópera antissemita, sua atitude antijudaica se reflete no caráter de alguns personagens: "Existem em algumas de suas figuras referências subliminares que apontam para estereótipos judeus, principalmente no anão Mime de O Anel dos Nibelungos e no crítico pedante Beckmesser de Os Mestres Cantores de Nuremberg."

Ambas as figuras incorporam nas peças teatrais os oponentes das personagens heroicas. Os contemporâneos de Wagner teria compreendido o "código antissemita" embutido nesses papéis, explica Fischer.

Hoje em dia, as peças de Wagner não são mais vistas como antissemitas. "Quando se encena Wagner, atualmente, não se trata de obras com conotação antissemita, mas de obras de um grande compositor e teatrólogo", sublinha Heer. Gênio musical e inimigo dos judeus – Richard Wagner continua a ser uma das mais controversas grandezas do pensamento alemão.









O Anel do Nibelungo (Ring Saga) @ Canal 180



“Entre os dias 16 e 18 de Setembro, a Casa da Música no Porto apresenta quatro Óperas do "O Anel do Nibelungo", a obra prima de Richard Wagner, na versão de Jonathan Dove e Graham Vick”






Ópera | "Lohengrin", de Wagner, em 360º no Theatro Municipal de São Paulo. 2015


Theatro Municipal de São Paulo
Em uma parceria com o Google Cultural Institute, o Theatro Municipal de São Paulo abre suas cortinas para a experimentação com diversas tecnologias de ponta. Uma delas é a gravação da nossa montagem de "Lohengrin", de Richard Wagner, com câmeras de 360º. No vídeo acima, você poderá conferir não só como ficou a nossa montagem, mas também escolher qual perspectiva para se apreciar o espetáculo. Para a gravação, foi necessária uma equipe internacional de sete pessoas, mais a equipe do Google e do Theatro Municipal. O resultado acima é a junção de três câmeras que posicionamos estrategicamente no palco para que você pudesse apreciar a obra de todos os ângulos possíveis. Essa experiência foi um movimento conjunto entre o Google, o Theatro Municipal de São Paulo (Brasil), Royal Shakespeare Company (Inglaterra), Opéra National de Paris (França), Berlin Philharmoniker (Alemanha) e Carnegie Hall (Estados Unidos). Os resultados da parceria podem ser conferidas no site especial http://g.co/performingarts. Junto ao Google, também criamos diversas outras experiências. Entre em nosso site junto ao Google Cultural Institute para explorar exposições virtuais, nosso acervo, fotografias 360º e outras experiências: https://www.google.com/culturalinstit... Venha! Faça parte dessa experiência! LOHENGRIN RICHARD WAGNER ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO CORO LÍRICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO John Neschling - Artistic Director and Conductor Henning Brockhaus - Stage Director Valentina Escobar - Assistant of Stage Director and Choreography Yannis Kounellis - Set Design Patricia Toffolutti - Costume designs Guido Levi - Lighting Design ARTISTS Lohengrin Tomislav Mužek Elsa of Brabant Marion Ammann Ortrud Marianne Cornetti Friedrich of Telramund Tómas Tómasson Heinrich der Vogler Luiz-Ottavio Faria The King's Herald Carlos Eduardo Marcos PRODUCTION MANAGEMENT Bernardo Guerra ARTISTIC DEPARTMENT Artistic Direction Assistants Eduardo Strausser Thomas Yaksic Clarisse De Conti Artistic Programming Coordination João Malatian Technical Director Juan Guillermo Nova Resident Assistant of Stage Department Julianna Santos Stage Manager Ronaldo Zero MUNICIPAL DIGITAL Director Rodrigo Savazoni Executive Coordinator Thiago Carrapatoso COMMUNICATION MANAGER Marcos Fecchio COMMUNICATION ANALYST Gisele Pennella EDITOR Gabriel Navarro Colasso WEB EDITOR Fernanda Perez PRESS COORDINATION Amanda Sena PUBLIC RELATIONS Caroline Zeferino Vanessa Beltrão















Referências


https://youtu.be/3lycKFW6ZHQ
https://oglobo.globo.com/cultura/roberto-alvim-copia-discurso-do-nazista-joseph-goebbels-causa-indignacao-24195523
https://www.youtube.com/watch?v=3lycKFW6ZHQ
https://www.historia.uff.br/estadoepoder/6snepc/GT12/GT12-ALDENISE.pdf
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias/lourival_fontes
https://www.dw.com/image/15749018_303.jpg
https://www.dw.com/pt-br/richard-wagner-o-g%C3%AAnio-musical-e-a-sombra-do-antissemitismo/a-16821764
https://youtu.be/K_zQZJm6XVM
https://www.youtube.com/watch?v=K_zQZJm6XVM
https://youtu.be/DF0obulEtss
https://www.youtube.com/watch?v=DF0obulEtss

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