quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

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DENÚNCIA



Lula permitiu desvio de ‘bilhões de reais’ em propina para PT, PP e PMDB, diz Procuradoria

Nova denúncia aponta que ex-presidente capitaneou um ‘estrondoso esquema criminoso’


Fausto Macedo
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Lula permitiu desvio de ‘bilhões de reais’ em propina para PT, PP e PMDB, diz Procuradoria
Nova denúncia aponta que ex-presidente capitaneou um ‘estrondoso esquema criminoso’

Julia Affonso e Fausto Macedo
15 Dezembro 2016 | 17h10

Lava Jato denuncia Lula, Palocci e Odebrecht por corrupção e lavagem
De presidente popular ao banco dos réus da Lava Jato





Lula. Foto: Sebastião Moreira/EFE


A Procuradoria da República, no Paraná, afirma em nova denúncia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva capitaneou um ‘estrondoso esquema criminoso’. Para o Ministério Público Federal, o petista ‘foi o maior responsável pela consolidação, desenvolvimento e operação do grande esquema de corrupção revelado na Operação Lava Jato, tendo sobre ele domínio de realização e interrupção’.
“Lula capitaneou e se beneficiou desse grande e poderoso esquema criminoso. Beneficiou-se de forma econômica e direta, pois, recebeu propinas decorrentes de ilicitudes praticadas em benefício de consórcios integrados pelo grupo Odebrecht, em detrimento da Administração Pública Federal, notadamente da Petrobrás”, afirma a Procuradoria.
“Contudo, foi seu maior benefício aquele angariado na seara política, uma vez que, permitindo que fossem desviados bilhões de reais em propinas, para o Partido dos Trabalhadores e para os demais partidos de sua base de apoio, especialmente o Partido Progressista e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, tornou-se politicamente forte o bastante para ver a aprovação da maioria dos projetos de seu interesse perante as Casas Legislativas e propiciar a permanência no poder de seu partido mediante a injeção de propinas em campanhas eleitorais.”
Documento





A acusação aponta que propinas pagas pela empreiteira Odebrecht ao suposto esquema liderado pelo ex-presidente chegaram a R$ 75 milhões em contratos com a Petrobrás e incluíram terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo de R$ 504 mil.
“As vantagens indevidas objeto da presente denúncia consistem em recursos públicos desviados no valor de, pelo menos, R$ R$ 75.434.399,441, os quais foram usados, dentro do estrondoso esquema criminoso capitaneado por Luiz Inácio Lula da Silva, não só para enriquecimento ilícito, mas especialmente para alcançar governabilidade com base em práticas corruptas e perpetuação criminosa no poder”, afirma a Procuradoria.
O petista é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro. Também foram denunciados o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.
Nesta denúncia, a Procuradoria mirou em oito contratos entre a Odebrecht e a Petrobrás: obras da Refinaria Getúlio Vargas (REPAR), execução da terraplenagem da área destinada à construção e montagem da Refinaria do Nordeste (RNEST), terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), obras do Terminal de Cabiúnas (Consórcios Odebei, Odebei Plangás e Odebei Flare), construção e montagem do gasoduto GASDUC III e construção das plataformas de perfuração autoelevatórias P-59 e P-60.
A acusação afirma que ‘o esquema de corrupção’ contra a Petrobras envolveu a atuação de Lula ‘em favor dos interesses econômicos’ da Odebrecht. A Procuradoria apontou também para os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) e Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).
“A condição política conquistada por Lula e seus dois pilares de sustentação, José Dirceu e Antonio Palocci, permitiu que, juntos, colocassem em prática um esquema delituoso voltado à perpetuação criminosa no poder, à governabilidade corrompida e ao enriquecimento ilícito, todos assentados na geração e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos”, anotam os procuradores Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Carlos Fernando dos Santos Lima, Orlando Martello, Antônio Carlos Welter, Isabel Cristina Groba Vieira, Diogo Castor de Mattos, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa, Roberson Henrique Pozzobon, Jerusa Burmann Viecili, Laura Gonçalves Tessler e Julio Noronha, que subscrevem a denúncia.
A força-tarefa da Lava Jato aponta que Palocci, como ministro da Fazenda entre 2003 e 2006, teve ‘proeminência’ na articulação e na manutenção do esquema.
“Inquestionavelmente, a relação próxima existente entre Antonio Palocci e os grandes empresários tornava ainda mais fácil e eficiente a manutenção do esquema criminoso para ambas as partes, ou seja, tanto para os empresários – que poderiam ter um canal melhor de acesso à alta Administração Federal – quanto para os agentes políticos corrompidos – que continuariam a receber as vantagens econômicas de forma ilícita. Ademais, mesmo quando formalmente afastado do governo em razão de escândalos envolvendo o seu nome, Antonio Palocci permaneceu atuando nos bastidores juntamente com Lula”, afirma a Procuradoria.
COM A PALAVRA, A DEFESA DO EX-PRESIDENTE LULA
“A nota à imprensa que acompanhou mais uma denúncia protocolada na data de hoje (15/12) pelo Ministério Público Federal contra o ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva e sua esposa deixa claro que o ato é fruto de retaliação. Nenhum cidadão pode ser acusado pela prática de crimes de corrupção que jamais praticou sob o pretexto de “abuso do direito de defesa” e “desrespeito ao Poder Judiciário”, ou, ainda, “abuso do poder de legislar” – afirmação esta que em relação a Lula é teratológica pois ele não tem qualquer atuação legislativa. É, claramente, mais um ato que deve ser analisado sob o prisma do abuso de autoridade. Lula jamais abusou do direito de defesa ou faltou com respeito ao Poder Judiciário.
Há uma questão primordial que os acusadores do ex-Presidente não conseguem dar conta e é definidora da perseguição a que ele se vê submetido por tais agentes públicos: como ele pode ser o “comandante” de “uma sofisticada estrutura ilícita de captação de apoio parlamentar” de sustentação ao seu projeto político, se as testemunhas e os delatores oficiais arrolados para comprovar tal envolvimento e malfeitos negam essa sua participação? O mérito da denúncia repete um enredo já superado após a coleta de 23 testemunhas na 13ª. Vara Federal Federal de Curitiba, incluindo os principais delatores da Lava Jato. Mais uma vez parte-se da convicção e não da prova. Não há como acatar, senão como peça de ficção, portanto, a denúncia de hoje.
Mais uma vez atribui-se a Lula um imóvel – situado na Rua Haberbeck Brandão, em São Paulo – com o qual ele não mantém qualquer relação de fato ou de direito. Por outro lado, querem transformar uma relação locatícia privada de um apartamento vizinho àquele que pertence a Lula – como mostra o registro imobiliário – e onde ele mora, em São Bernardo do Campo, na prática de um crime.
O que incomoda a Lava Jato é o fato de Lula e nós, seus advogados, desnudarmos as constantes arbitrariedades e ilegalidades que são escondidas com a ajuda de setores da imprensa que têm interesse de prejudicar a atuação política do ex-Presidente. O Poder Judiciário sempre deve ser respeitado, assim como as demais instituições. Mas se algum de seus membros perdeu a imparcialidade ou não mantém a estética da imparcialidade e quer, a todo custo, permanecer o no caso – por vaidade ou para seguir um roteiro já estabelecido em livros, seriados ou filmes -, é papel da defesa impugnar com altivez e usar de todos os veículos processuais cabíveis. Exercício do direito de defesa não pode ser confundido com abuso, como quer a Lava Jato, e nem ser impedido por elevação de voz por parte das autoridades envolvidas ou por outros meios.
A inclusão do advogado Roberto Teixeira nessa nova denúncia é a prova cabal de que a Lava Jato quer fragilizar a defesa de Lula e de seus familiares após constatar que não possui provas para sustentar as acusações já formuladas e as suspeitas lançadas contra o ex-Presidente. A criminalização da advocacia rompeu a última barreira que separava a Lava Jato do Estado de Exceção.
No caso de Lula há um agir concertado entre Delegados Federais e membros do Ministério Público que claramente não atuam com isenção. Esta última denúncia foi apresentada menos de três dias úteis após a entrega do relatório que concluiu o inquérito policial. E o relatório policial, por seu turno, foi concluído menos de um dia útil após Lula ter apresentado seus esclarecimentos, mostrando que não havia objetivo de apuração, mas apenas de dar continuidade à sequência de acusações e violências jurídicas de que é vítima desde março do corrente ano, dentro de um claro processo de lawfare. O que importa à Lava Jato é abrir inúmeros procedimentos e ações penais a fim de macular a imagem do ex-Presidente e retirá-lo de sua atividade política cotidiana e – evidentemente – criar empecilhos jurídicos artificiais e ilegítimos para que ele não possa participar de futuras eleições.
O que se conclui é que alguns membros do Ministério Público Federal associados com outros agentes públicos que integram a Força Tarefa Lava Jato enterram o Estado Democrático de Direito ao usarem da violência da lei e dos procedimentos jurídicos para perseguir o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O que nos leva a tomar todas as medidas cabíveis para que esses abusos possam ser corrigidos por um órgão judiciário independente e imparcial.”
Cristiano Zanin Martins
COM A PALAVRA, A DEFESA DE ANTONIO PALOCCI E BRANISLAV KONTIC
“Esta nova denúncia constitui uma manobra de estratégia das forças acusatórias que operam em conjunto de instituições em Curitiba. Trata-se de multiplicar infinitamente factoides que não têm qualquer respaldo na realidade para, a partir deles, se instaurarem inquéritos e subsequentes ações penais, com decretação de novas prisões, para neutralizar habeas corpus concedido em favor da liberdade dos acusados. É uma espécie de seguro prisional. Se os tribunais superiores libertarem os réus do processo ‘A’, imediatamente se decreta a prisão no processo ‘B’ , neutralizando assim a decisão superior.”



http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/lula-permitiu-desvio-de-bilhoes-de-reais-em-propina-para-pt-pp-e-pmdb-diz-procuradoria/




Lula, Marisa e outras sete pessoas são indiciadas na Lava Jato


Assista aqui:

http://g1.globo.com/jornal-hoje/edicoes/2016/12/15.html#!v/5516063



Edição do dia 15/12/2016
15/12/2016 13h55 - Atualizado em 15/12/2016 14h45
Liminar do STF devolve à Câmara o pacote de medidas anticorrupção
Luiz Fux considerou que o pacote foi alterado de forma irregular.
A decisão provocou novos protestos no Congresso contra o Supremo.
Gioconda Brasil
Brasília


Assista aqui:

http://g1.globo.com/jornal-hoje/edicoes/2016/12/15.html#!v/5515939


A liminar que anulou a votação do projeto de iniciativa popular das dez medidas contra a corrupção causou surpresa e reações dentro e fora do Congresso. A decisão foi tomada na noite de quarta-feira (14) pelo ministro Luiz Fux. Ele considerou que os parlamentares alteraram o projeto de maneira irregular.
Na chegado ao Senado, Renan Calheiros disse que a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, fere a independência entre os poderes: “É uma medida indefensável porque ela interfere no processo legislativo e há uma decisão do Supremo no sentido de que não pode haver interferência no processo legislativo”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também é contra a suspensão da votação. Ele vai recorrer contra a decisão do ministro do STF. Maia lembrou que outro projeto de iniciativa popular, conhecido como a lei da ficha limpa, que proíbe a candidatura de políticos condenados, seguiu o mesmo rito das medidas anticorrupção, ou seja, foi patrocinada por um deputado e sofreu modificações durante a tramitação na Câmara.


Rodrigo Maia disse também que espera que a decisão seja revertida: “Vamos responder durante o dia, no final do dia de hoje, ao ministro Fux, esperando que ele mesmo possa fazer uma avaliação, uma análise dos pontos colocados, para que a gente possa superar uma avaliação, uma reconsideração dele, ou que seja por uma decisão do plenário ainda antes do fim do recesso”.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, criticou a decisão do colega Luiz Fux: “Eu nunca tinha ouvido falar que uma proposta que chega ao Congresso não pudesse ser modificada. Nesse sentido, então, torna-se o Congresso dispensável”.

Fux ainda não falou publicamente sobre sua decisão. O plenário da Câmara concluiu a votação do pacote anticorrupção no dia 30 de novembro de madrugada. Com ampla maioria dos votos, os deputados desfiguraram a proposta original, que recebeu mais de dois milhões de assinaturas de brasileiros de todo o país.
O texto foi encampado no Congresso por um grupo de deputados. Das dez medidas originais, apenas quatro foram mantidas, sendo apenas duas de forma integral. Por isso, o ministro Luiz Fux determinou que o projeto volte à Câmara. Ele destacou que “desde a Constituição de 88, nenhuma proposta, de fato, tramitou formalmente como de iniciativa popular. Segundo o ministro, isso atesta “não apenas o completo desprestígio com o que o instrumento democrático é tratado, mas também a eliminação de qualquer efetividade das normas constitucionais que regem o tema”.
Fux afirma ainda que desta forma “há apenas simulacro de participação popular quando as assinaturas de parcela significativa do eleitorado nacional são substituídas pelas assinaturas de alguns parlamentares”. O ministro completou que houve “evidente sobreposição do anseio popular pelos interesses parlamentares, frustrando a intenção da sociedade de apresentar uma proposta de acordo com seus anseios”.

A preocupação de Rodrigo Maia é não acirrar os ânimos entre o Congresso e o Judiciário. Antes de entrar com qualquer recurso, a Câmara vai apresentar ainda nessa quinta-feira um pedido para que o ministro Luiz Fux reveja a decisão. Todos os integrantes da mesa diretora devem assinar o documento.
Os trabalhos do Congresso terminam oficialmente no dia 22 de dezembro, mas o Senado já declarou, na quarta-feira (14), o encerramento da pauta, sem marcar data para a votação do projeto das medidas anticorrupção, que só deve ocorrer no ano que vem.


RODRIGO JANOT

Procurador-geral da República defende a Lava Jato em mensagem ao MP

Assista aqui:

http://g1.globo.com/jornal-hoje/edicoes/2016/12/15.html#!v/5515922


LAVA JATO

Braskem informa ao mercado que assinou acordo de leniência


Assista aqui:

http://g1.globo.com/jornal-hoje/edicoes/2016/12/15.html#!v/5515930


LUTO

Corpo de Dom Paulo Evaristo Arns é velado na Catedral da Sé, em SP

Assista aqui:

http://g1.globo.com/jornal-hoje/edicoes/2016/12/15.html#!v/5516042

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016 - 16h47




NOTA DE FALECIMENTO – DOM PAULO EVARISTO ARNS
A Diretoria do Instituto Sedes Sapientiae comunica, consternada, o falecimento de Dom Paulo Evaristo Arns, profeta dos pobres, das periferias e da justiça.
Dom Paulo cumpriu sua missão de Pastor da Esperança e da Solidariedade.
Enfrentou com determinação e coragem a ditadura civil militar, denunciando todas as formas de violência, tortura, assassinato e desaparecimento dos perseguidos pela repressão política e militar no Brasil.
Assumiu a elaboração e publicação do livro ‘Brasil: Nunca Mais – Um Relato Para a História’, comprovando as violações denunciadas.
Dom Paulo permanecerá nos corações e na memória do povo paulistano e de todo o Brasil.
Reverberamos suas palavras constantes dos momentos difíceis: -Vamos de Esperança em Esperança.


Diretoria do Instituto Sedes Sapientiae.


Morre dom Paulo Evaristo Arns, cardeal-profeta do Brasil, “para ver melhor”
Publicado em 14 de dezembro de 2016





Leia aqui:


http://outraspalavras.net/maurolopes/2016/12/14/morre-dom-paulo-evaristo-arns-cardeal-profeta-do-brasil-para-ver-melhor/


EXCLUSIVO: A ÍNTEGRA DA LIMINAR DE FUX
Brasil 14.12.16 20:27
O Antagonista obteve em primeira mão a íntegra da liminar de Luiz Fux determinando que o projeto anticorrupção retorne para a Câmara.
Confira AQUI.




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