– Que Deus abençoe a cada um de
nós.
Soneto de Natal
Machado de Assis
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis
transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu
o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E,
em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Texto extraído do livro "Poesias Completas - Ocidentais", 1901, pág. s/nº.
Chove. É dia de Natal
Chove.
É dia de Natal.
Lá
para o Norte é melhor:
Há
a neve que faz mal,
E
o frio que ainda é pior.
E
toda a gente é contente
Porque
é dia de o ficar.
Chove
no Natal presente.
Antes
isso que nevar.
Pois
apesar de ser esse
O
Natal da convenção,
Quando
o corpo me arrefece
Tenho
o frio e Natal não.
Deixo
sentir a quem quadra
E
o Natal a quem o fez,
Pois
se escrevo ainda outra quadra
Fico
gelado dos pés.
Fernando Pessoa
Poema de Natal
Para
isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
Natal
Velho
Menino-Deus que me vens ver
Quando
o ano passou e as dores passaram:
Sim,
pedi-te o brinquedo, e queria-o ter,
Mas
quando as minhas dores o desejaram…
Agora,
outras quimeras me tentaram
Em
reinos onde tu não tens poder…
Outras
mãos mentirosas me acenaram
A
chamar, a mostrar e a prometer….
Vem,
apesar de tudo, se queres vir.
Vem
com neve nos ombros, a sorrir
A
quem nunca doiraste a solidão…
Mas
o brinquedo… quebra-o no caminho,
O
que eu chorei por ele! Era de arminho
E
batia-lhe dentro do coração…
Miguel Torga
Assista ao vídeo no sítio abaixo:
blob:https://web.whatsapp.com/5b9de121-855d-4cf5-be05-8d70a78c3593
Assista ao vídeo no sítio abaixo:
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–
Que Deus abençoe a cada um de nós. TIM
FIM
Um Conto de Natal
Charles Dickens
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Scrooge Dublado Online
REFERÊNCIAS
http://www.releituras.com/machadodeassis_soneto.asp
http://novosnavegantes.blogs.sapo.pt/17041.html
Um
Conto de Natal Charles Dickens PRIMEIRA ESTROFE O espectro de Marley
http://portal.netname.com.br/2006/arq_img_upload/paginas/4386/contos_de_natal.pdf
http://www.fluirperene.com/livros/miguel_torga_16_anos.pdf
http://www.fluirperene.com/livros/miguel_torga_16_anos.pdf
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