Quem são os outros?
Nil
ego contulerim iocundo sanus amico
Hor. Serm., 1.5.44
E a escolha de Sophia?
As escolhas de Temer
"Pronunciamento do Michel
Temer" - Pronunciamento do presidente de Feliz Natal 24/12/2016
Em mensagem de fim de ano, Temer
diz que Brasil derrotará a crise em 2017
Luciano Nascimento - Repórter da
Agência Brasil
Temer
fez um balanço das suas ações em pouco mais de 100 dias como presidente e disse
que está trabalhando para desburocratizar o EstadoAntonio Cruz/Agência Brasil
Em
pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite de hoje (24), véspera do Natal,
o presidente Michel Temer disse que o Brasil derrotará a crise em 2017. Ele
destacou que os juros estão caindo e continuarão caindo no ano que vem. O
presidente também disse que os empresários voltarão a investir e o desemprego
vai cair. Durante a sua fala, Temer fez um balanço das suas ações em pouco mais
de 100 dias como presidente e disse que está trabalhando para desburocratizar o
Estado e atingir uma “democracia da eficiência”.
Em
um pronunciamento focado em transmitir uma mensagem de otimismo, Temer abordou
as medidas que o governo está adotando para tentar resolver a crise econômica.
Ao defender as reformas, Temer disse que as mudanças nas estruturas do Estado é
um “desafio complexo” e que buscará o entendimento por meio do diálogo. “Assumi
definitivamente a Presidência da República há pouco mais de cem dias. Tenho
trabalhado dia e noite para fazer as reformas necessárias para que o país saia
dessa crise e volte a crescer”, disse.
O
presidente disse que, nesse período, “muito já foi feito” e que os esforços resultaram
na volta da inflação para dentro da meta estabelecida pela equipe econômica.
Temer listou entre as iniciativas de sua gestão a aprovação da proposta da
emenda à Constituição que limite os gastos públicos por 20 anos, a lei de
transparência das estatais e a aprovação, na Câmara, da medida provisória que
reforma o Ensino Médio.
“Tenho
a perfeita consciência dos problemas do país e da missão que me foi dada. Os
brasileiros pagam muitos impostos e pouco recebem em troca. Meu desafio é
desburocratizar o Estado e melhorar a qualidade da administração pública. É o
que eu chamo de democracia da eficiência”, disse.
Temer
disse que ampliou em mais de R$ 8 bilhões o Orçamento da saúde e voltou a
defender a proposta de reforma da Previdência, que estabelece a idade mínima de
65 anos para a aposentadoria e o tempo mínimo de contribuição de 25 anos.
“Estamos começando a reforma da Previdência, para que sua sagrada aposentadoria
esteja garantida agora e no futuro”, disse.
Ao
final, o presidente prestou uma homenagem ao cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, que morreu no dia 14.
Dom Paulo, como era conhecido, tinha 95 anos e estava internado em São Paulo
para tratar de problemas pulmonares. O cardeal foi um dos personagens mais
importantes da história recente do Brasil por sua atuação como defensor dos
direitos humanos durante o período da ditadura militar e após a volta da democracia.
“A esperança foi seu lema, a coragem sua marca. Coragem e sentimento de
esperança não me faltarão”, disse Temer.
A
mensagem foi gravada durante a semana, em Brasília. Na quinta-feira (22), Temer
embarcou para São Paulo para passar o Natal com a família em sua residência
particular. O presidente viajou para a capital paulista após o anúncio de mudanças na legislação
trabalhista. O presidente também anunciou, no mesmo dia, a redução
de juros do cartão de crédito e saques do
FGTS . Temer deverá ficar em São Paulo até a manhã de segunda
(26), quando voltará para Brasília.
Ainda
sem agenda divulgada, o presidente passará a semana na capital federal, de onde
sairá para o Rio de Janeiro. Temer passará o Réveillon com a primeira-dama,
Marcela Temer, e o filho do casal na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro,
onde se localiza o Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (Cadim) base da
Marinha, fixada ao sul da Baía de Sepetiba.
Edição: Fábio
Massalli
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-12/em-mensagem-de-fim-de-ano-temer-diz-que-brasil-derrotara-crise-em-2017
José Nêumanne: A escolha de Temer
Sem
apoio da Nação nem do destino, governo só se manterá com ajuda do Judiciário
Por Augusto Nunes
access_time14
dez 2016, 07h05 - Atualizado em 14 dez 2016, 18h39
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/jose-neumanne-a-escolha-de-temer/
As escolhas de Dilma
Vídeo:
Dilma se irrita em entrevista à ‘Al Jazeera’
A
ex-presidente subiu o tom ao ser questionada pelo jornalista Mehdi Hasan sobre
o escândalo do petrolão
Por Da
redação
access_time16
dez 2016, 10h54 - Atualizado em 16 dez 2016, 15h20
A
ex-presidente Dilma Rousseff deu uma entrevista nesta quinta-feira à rede de
televisão Al Jazeera, do Catar (Divulgação/Youtube)
A
ex-presidente Dilma Rousseff se irritou ao dar uma entrevista à rede
televisão Al Jazeera, do Catar. Em um trecho da conversa divulgado nesta
quinta-feira, o jornalista Mehdi Hasan – que veio ao Rio de Janeiro para
conversar com a petista – pergunta se a ex-presidente nega que tivesse
conhecimento do esquema de corrupção instalado na Petrobras “por ser cúmplice”
ou por ser “incompetente”.
Visivelmente
irritada e subindo o tom de voz em alguns momentos, Dilma tenta sair
pela tangente: “Bom, meu querido, esta é o tipo da ‘escolha de Sofia’ que eu
não entro nela. Não é isso que acontece”, disse.
“Há
uma diferença – e há no mundo inteiro – entre um conselho e uma diretoria
executiva. Nem todos os membros da diretoria sabiam que aqueles diretores da
Petrobras tinham mecanismos de corrupção e estavam enriquecendo de forma
indevida”, completou a ex-presidente. A entrevista completa vai ao ar nesta
sexta-feira.
Assista ao vídeo abaixo:
Dilma Rousseff em Buenos Aires 22
12 16
As escolhas da Odebrecht
Momento Antagonista: A Odebrecht merece
ser recontratada pela Petrobras?
As escolhas de Lula
Faça a escolha certa, por Luiz
Inácio Lula da Silva
Jornal Hoje - Lula fala com a
imprensa sobre a escolha das Olimpíadas 2016 no Rio (02/10/2009)
A sabedoria de Moro diante de Lula
O
juiz Sérgio Moro demonstrou equilíbrio e sensatez ao aceitar a denúncia do
Ministério Público Federal (MPF) por corrupção e lavagem de dinheiro contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Comedido, evitou embarcar no tom
panfletário da primeira parte da denúncia e se ateve aos fatos que incriminam
Lula na segunda. Desta vez, sobrou a Moro o que faltara ao MPF: sensibilidade
política.
A primeira parte da denúncia é aquela em que o MPF se referia a Lula como “comandante máximo” da “propinocracia”. A segunda é relativa à acusação de que a empreiteira OAS bancou-lhe um apartamento no Guarujá e o armazenamento de seus bens pessoais (fiz aqui uma crítica ao conteúdo da denúncia no dia em que ela saiu).
“Basta, nessa fase, analisar se a denúncia tem justa causa, ou seja, se ampara-se em substrato probatório razoável. Juízo de admissibilidade da denúncia não significa juízo conclusivo de responsabilidade criminal”, escreveu Moro. Ele reconheceu que, como um ex-presidente da República está entre os acusados, sua decisão pode “dar azo a celeumas de toda a espécie”. Celeuma é o que não falta neste caso.
Moro lamentou que Marisa, a mulher de Lula, esteja entre os acusados. Reconheceu que há dúvidas sobre seu “envolvimento doloso”. Disse que não está claro se ela tinha conhecimento do esquema na Petrobras. Mas afirmou que sua participação nos fatos basta para justificar o recebimento da denúncia.
Por fim, Moro foi claro ao reiterar que aceitar a denúncia não representa juízo sobre os fatos. Será necessário, para formá-lo, um exame pormenorizado das provas e dos argumentos da defesa. Várias outras acusações pesam contra Lula, da reforma do sítio a ele atribuído em Atibaia ao lobby internacional para empreiteiras em países da África. Cada uma delas deverá ser objeto de processo próprio e analisada em seu mérito de modo independente.
Diante de todas, a reação de Lula será a mesma da semana passada e de ontem: fazer-se de vítima de uma conspiração política para evitar sua volta ao poder nas eleições de 2018. Quando o MPF apresentou sua denúncia, cheia de adjetivos e inferências discutíveis, na prática forneceu um palanque a Lula. No dia seguinte, ele discursou por mais de uma hora diante das câmaras, como se já estivesse em campanha.
Ao contrário do que aconteceu quando determinou que Lula fosse conduzido coercivamente a prestar depoimento em março passado, desta vez Moro entendeu bem as consequências políticas de sua decisão. A serenidade de seu despacho torna rídicula a reação de Lula. “Se alguém apresentar uma prova, não estou pedindo duas, apenas uma prova contra mim, quero ser julgado como qualquer cidadão brasileiro”, disse Lula. “Não quero privilégio, não quero mentira.”
Provas existem aos montes na denúncia. As mensagens no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro relativas à reforma no Guaruja revelam que ela foi feita sob medida, para atender às determinações de Lula e Marisa. Há comprovantes de pagamento de geladeira, fogão, microoondas e uma cozinha, feitos pela OAS. Há uma análise grafotécnica que revela a destinação do triplex no edifício à família Lula da Silva. Há fotos de Lula e Marisa visitando o apartamento. Há comprovação de que a mudança e o armazenamento dos bens de Lula foram pagos pela OAS. Há, enfim, o depoimento dos delatores.
Lula tem todo o direito de espernear. Sua defesa pode tentar levar seus pleitos à Comissão de Direitos Humanos da ONU, conhecida por abrigar governos com histórico lastimável na matéria, ou a qualquer outro palanque disfarçado de tribunal. Seus partidários podem acreditar no que quiserem, em perseguição ao PT, gremlins, fadas ou Papai Noel.
Os fatos continuam e continuarão cristalinos. É desprezível, vergonhoso, escandaloso que um presidente – qualquer presidente, de qualquer partido – mantenha relações de compadrio com empreiteiros que dependem de negócios com o Estado, como as demonstradas entre Léo Pinheiro e Lula. O conflito de interesses é flagrante. Caberá a Moro julgar se tais relações configuram crimes – e, num estado de direito, só ele pode fazer isso. Lula poderá, portanto, até escapar da cadeia. Mas, se isso por acaso acontecer, não escapará de enfrentar os fatos nas urnas.
A primeira parte da denúncia é aquela em que o MPF se referia a Lula como “comandante máximo” da “propinocracia”. A segunda é relativa à acusação de que a empreiteira OAS bancou-lhe um apartamento no Guarujá e o armazenamento de seus bens pessoais (fiz aqui uma crítica ao conteúdo da denúncia no dia em que ela saiu).
“Basta, nessa fase, analisar se a denúncia tem justa causa, ou seja, se ampara-se em substrato probatório razoável. Juízo de admissibilidade da denúncia não significa juízo conclusivo de responsabilidade criminal”, escreveu Moro. Ele reconheceu que, como um ex-presidente da República está entre os acusados, sua decisão pode “dar azo a celeumas de toda a espécie”. Celeuma é o que não falta neste caso.
Moro lamentou que Marisa, a mulher de Lula, esteja entre os acusados. Reconheceu que há dúvidas sobre seu “envolvimento doloso”. Disse que não está claro se ela tinha conhecimento do esquema na Petrobras. Mas afirmou que sua participação nos fatos basta para justificar o recebimento da denúncia.
Por fim, Moro foi claro ao reiterar que aceitar a denúncia não representa juízo sobre os fatos. Será necessário, para formá-lo, um exame pormenorizado das provas e dos argumentos da defesa. Várias outras acusações pesam contra Lula, da reforma do sítio a ele atribuído em Atibaia ao lobby internacional para empreiteiras em países da África. Cada uma delas deverá ser objeto de processo próprio e analisada em seu mérito de modo independente.
Diante de todas, a reação de Lula será a mesma da semana passada e de ontem: fazer-se de vítima de uma conspiração política para evitar sua volta ao poder nas eleições de 2018. Quando o MPF apresentou sua denúncia, cheia de adjetivos e inferências discutíveis, na prática forneceu um palanque a Lula. No dia seguinte, ele discursou por mais de uma hora diante das câmaras, como se já estivesse em campanha.
Ao contrário do que aconteceu quando determinou que Lula fosse conduzido coercivamente a prestar depoimento em março passado, desta vez Moro entendeu bem as consequências políticas de sua decisão. A serenidade de seu despacho torna rídicula a reação de Lula. “Se alguém apresentar uma prova, não estou pedindo duas, apenas uma prova contra mim, quero ser julgado como qualquer cidadão brasileiro”, disse Lula. “Não quero privilégio, não quero mentira.”
Provas existem aos montes na denúncia. As mensagens no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro relativas à reforma no Guaruja revelam que ela foi feita sob medida, para atender às determinações de Lula e Marisa. Há comprovantes de pagamento de geladeira, fogão, microoondas e uma cozinha, feitos pela OAS. Há uma análise grafotécnica que revela a destinação do triplex no edifício à família Lula da Silva. Há fotos de Lula e Marisa visitando o apartamento. Há comprovação de que a mudança e o armazenamento dos bens de Lula foram pagos pela OAS. Há, enfim, o depoimento dos delatores.
Lula tem todo o direito de espernear. Sua defesa pode tentar levar seus pleitos à Comissão de Direitos Humanos da ONU, conhecida por abrigar governos com histórico lastimável na matéria, ou a qualquer outro palanque disfarçado de tribunal. Seus partidários podem acreditar no que quiserem, em perseguição ao PT, gremlins, fadas ou Papai Noel.
Os fatos continuam e continuarão cristalinos. É desprezível, vergonhoso, escandaloso que um presidente – qualquer presidente, de qualquer partido – mantenha relações de compadrio com empreiteiros que dependem de negócios com o Estado, como as demonstradas entre Léo Pinheiro e Lula. O conflito de interesses é flagrante. Caberá a Moro julgar se tais relações configuram crimes – e, num estado de direito, só ele pode fazer isso. Lula poderá, portanto, até escapar da cadeia. Mas, se isso por acaso acontecer, não escapará de enfrentar os fatos nas urnas.
http://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/sabedoria-de-moro-diante-de-lula.html
As escolhas de Nêummane
José Nêumane Pinto
Suênio Campos de Lucena
José Nêumane Pinto é um conhecido comentarista da imprensa brasileira. mas Nêumane é também um poeta, um grande conhecedor da produção poética brasileira e seu nome tornou-se presença constante nos suplementos literários com a publicação da antologia Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século, organizada por ele. Como toda antologia que se preze, recebeu muitas críticas e elogios. Nesta entrevista, Nêumane fala sobre a poesia brasileira e os percalços encontrados no preparo e na publicação da antologia.
"Itabira
é apenas um retrato na parede e como dói". Até que ponto o fato de ter
nascido e passado sua infância na Paraíba interferiu em sua poesia e na forma
de você ver a poesia?
Eu
acredito – e gosto de acreditar – que a poesia não é uma opção, mas uma
vocação, quase uma danação. É uma espécie de loucura que sustenta minha
lucidez. Escrevendo poesia, eu me acerto com meus demônios e economizo a
conta do psicanalista. Lendo poesia, sintonizo-me com o humano. A Paraíba,
minha raiz, penetra fundo nos veios de minha poesia. São ritmos que ouvi dos
violeiros da fazenda de meu avô, no sertão onde nasci, ou dos emboladores de
coco da feira de Campina Grande. Isso é base. O resto é decoração.
Por
falar nisso, qual sua visão da poesia brasileira contemporânea?
No
Brasil, faz-se mais poesia do que se lê. Nem os autores lêem sua própria
produção poética. A quase totalidade da produção é de experimentalistas do
vazio ou formalistas subcabralinos, que, tentando imitar o mestre João Cabral
de Melo Neto, abastardam sua herança forte e digna. Desde a geração 60 de São
Paulo e dos camaleões do Rio vem emergindo uma produção muito interessante.
Isso não quer dizer que seja algo concentrado no Sudeste. Ao contrário. Há
uma excelente poesia contemporânea sendo criada por Aníbal Beça em Manaus,
João Jesus de Paes Loureiro em Belém do Pará, Arlete Nogueira da Cruz, Nauro
Machado e Luiz Cassas em São Luiz, Adriano Espindola, Floriano Martins e
Soares Feitosa em Fortaleza, Sanderson Negreiros e Luiz Carlos Guimarães em
Natal, Marcos Tavares e Hildeberto Barbosa Filho em João Pessoa, Nei Leandro
de Castro e Thereza Christina Rocque da Motta no Rio de Janeiro, Ricardo
Soares em São Paulo e Maria Carpi em Porto Alegre. De propósito, não citei
nenhum dos poetas incluídos na antologia Os Cem Melhores Poetas Brasileiros
do Século, exatamente para mostrar como é amplo o movimento de uma poesia de
excelente água ao longo do País inteiro, capaz de resgatar a qualidade da
monocultura experimentalista e subcabralina.
Hoje, há uma escassez de poetas brasileiros vivos tão populares como nos casos de Drummond e Bandeira, por exemplo, a despeito de nomes como Adélia Prado e Ferreira Gullar. Nossa poesia se encontra numa torre de marfim?
Será?
De fato, as vanguardas tentaram isolar dos anos 50 para cá a poesia erudita
do povo e estigmatizar a poesia popular. Os concretos de São Paulo fizeram
isso explicitamente. Haroldo de Campos disse à Folha de S. Paulo não haver
autorizado a publicação de seu poema na antologia da Geração porque era
"eclética demais", ou seja, aberta aos poetas populares. E Décio
Pignatari reclamou ao mesmo repórter da bajulação ao mercado feito pelo
organizador. Mas acho que essa é uma maré vazante, que hoje parece muito
importante mas daqui a 100 anos não vai merecer mais do que uma notinha de pé
de página na história da poesia. Enquanto isso, os que produziram sem se
isolar na torre de marfim, merecerão destaque. Dentre esses, recorrendo
apenas à memória, cito Orides Fontela, Hilda Hilst, Alberto da Cunha Melo,
Ruy Espinheira Filho, Ivan Junqueira, Leonardo Fróes, Roberto Piva, Alberto
da Costa e Silva e por aí afora.
Toda
seleção é arbitrária, pessoal e subjetiva. Mesmo assumindo isso, entretanto,
como você chegou aos Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século?
Como
diria Jack, o Estripador, vamos por partes. A Antologia está dividida em
partes. Eu lhe diria que há muito pouco de arbitrário, pessoal e subjetivo
tanto na escolha dos pré-modernistas quanto na dos modernistas e na geração
de 45. São poetas de reputação cristalizada independentemente do gosto de
quem escolhe, no caso o meu. Daí para a frente, eu acho que meu critério foi
o de um jornalista, de um editor. Os critérios são vários e muitas vezes
interfere, é claro, a arbitrariedade. Há poetas que entraram por gosto
pessoal, caso de Bráulio Tavares. Outros que foram impostos pela fortuna
crítica a seu respeito, caso de Chico Alvim, de quem não sou particularmente
um admirador fanático. Você pode alegar que há arbitrariedades cometidas no
sinal oposto, o da rejeição. De fato, as exclusões de Ana Cristina César e
Manoel de Barros desagradaram a muita gente e devem ser debitadas
exclusivamente em minha conta pessoal de leitor e organizador.
Sendo
assim, não será de estranhar se os poetas escolhidos em seu livro não
coincidirem com os selecionados pelo Prof. Ítalo Moriconi, a sair pela
Objetiva?
Não
conheço a escolha feita pelo professor Moriconi. Mas em princípio eu lembro
que ele selecionou poemas, não poetas, como eu fiz. Portanto, nossas listas
teriam mesmo de divergir. Além disso, não é, a meu ver, possível haver duas
listas iguais de cem melhores poetas, mesmo quando os autores tiverem grande
identidade de gosto e idéias. Por isso, mais do que por vaidade, fiz questão
de assinar a antologia na capa. O leitor há de ficar sabendo que a escolha
foi minha e não quis dourar a pílula com legitimidade acadêmica, que não
possuo, ao contrário do professor Moriconi, que as tem de sobra.
A
revista editada pela Biblioteca Nacional Poesia Sempre foi uma de suas
fontes?
Sim.
Claro.
Como
foi trabalhar com os Profs. Rinaldo Fernandes e Sandra Moura? Teve gente
fazendo campanha para colocar o "seu poeta" preferido?
Trabalhar
com Rinaldo e Sandra foi muito fácil. Várias pessoas fizeram lobby, mas
sempre foi um lobby pedido por mim. E a esse lobby devo alguns acertos
magníficos. Só para dar um exemplo, meu poema favorito de Carlos Pena Filho é
"Improviso no Bar Savoy". Mas dois pernambucanos eméritos - Cláudia
Cordeiro, em Recife, e Aluízio Falcão, em São Paulo - lutaram bravamente pelo
"Soneto do desmantelo azul". Se quiser ver como eles têm razão, vá
à página do poema e o releia. Veja que beleza que é!
Creio
que as cobranças de ausências são chatas, mas inevitáveis: Ana Cristina
César, Antonio Cícero, Cacaso, Helena Kolody, Torquato Neto e,
principalmente, Manoel de Barros.
Você
não vai querer que eu explique por que não escolhi cada um, não é mesmo?
Vamos generalizar: nenhum deles está na antologia porque não acho que
qualquer um deles seja um dos cem melhores poetas brasileiros hoje. Será
arbitrário? Talvez! Mas haverá explicação melhor?
Por
falar em chatos (segundo o seu editor Luiz Fernando Emediato), os poetas
concretistas – Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos-, não
autorizaram a publicação. Perde a poesia e a antologia?
Paulo
Salles escreveu no site Digestivo Cultural que, se o grupo concreto tivesse
autorizado a publicação de seus poemas, ainda assim a antologia teria 100
poetas, mas apenas 97 poemas, como ficou. Não posso responder por ele nem
pelo editor, que você citou. Até porque de todos os selecionados Haroldo de
Campos e Décio Pignatari foram os que definiram melhor meu trabalho. Haroldo
reclamou de a antologia ser "eclética demais". Não sei se é. Mas se
for, foi intencional. Não sei se é boa ou ruim, mas eclética ela quis ser
mesmo. E Décio queixou-se de ela atender a uma vaga entidade chamada o
"mercado". Eu só fiz a antologia para isso. Sempre achei que tem
gente demais fazendo e gente de menos lendo poesia no Brasil. A intenção
original da antologia foi mesmo a de atingir um público que normalmente não
lê poesia. O sujeito é atraído por esse truque dos 100 mais, dos 100
melhores, que sempre dá resultado comercial, vai lá, gosta de um ou outro
poeta e compra uma obra dele. Não diria que isso seja um desserviço à poesia
e à cultura no Brasil. Ou é?
O
livro está dividido em categorias literárias que obedecem a uma certa
cronologia. Não daria para se conciliar essa intenção didática com um índice
remissivo, mais ágil na hora de se localizar determinado poeta?
Talvez.
Tudo o que for feito para facilitar a vida do leitor será uma boa
providência.
Você
escreveu uma biografia da sua conterrânea Luiza Erundina, além de diversos
livros de poesia e de bastidores políticos, boa parte vistos quando foi
assessor de político. Hoje, é comentarista de um importante jornal. Essas
funções todas te dão prazer ou se pudesse largaria tudo para ficar procurando
rimas?
O
ministro da Cultura, Francisco Weffort, depois de ler a antologia, me
escreveu um bilhete dizendo que a prova de que o Brasil ainda tem jeito é um
sujeito como eu, que dedica 24 horas por dia à crítica política, ainda acha
tempo para se dedicar à poesia. Respondi-lhe que ele estava enganado. Na
verdade, eu sou essencialmente um poeta e prosador e só faço análise política
para sobreviver. Nem João Cabral de Melo Neto, que foi o maior poeta do mundo
em seu tempo, conseguia viver de poesia, meu caro. Como eu, um bissexto de
talento limitado, poderia almejar tanto? Acho que a resposta que dei a
Weffort responde também a sua pergunta. Não responde?
|
Esta
entrevista apareció originalmente en la revista Verbo21 (Brasil)
http://www.verbo21.com.br/
© Suênio
Campos de Lucena 2001
Espéculo. Revista de estudios literarios. Universidad Complutense de Madrid
Espéculo. Revista de estudios literarios. Universidad Complutense de Madrid
El
URL de este documento es http://www.ucm.es/info/especulo/numero18/neumane.html
https://pendientedemigracion.ucm.es/info/especulo/numero18/neumane.html
A ESCOLHA DE SOFIA(1982) - momento
da escolha
A Escolha de Sofia - 2° Guerra
Mundial
O
filme trata do dilema de "Sofia", uma mãe polonesa, filha de pai
anti-semita, presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra e que é
forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser
morto. Se ela se recusasse a escolher um, ambos seriam mortos. Essa história
dramática é contada em 1947 ao jovem "Stingo", um aspirante a
escritor e que vai morar no Brooklyn, na casa de "Yetta Zimmerman",
onde ele acaba tendo Sofia como sua vizinha.
Este trecho apresenta uma autobiografia de Sofia, protagonista do filme, que narra o que presenciou na 2º Guerra Mundial, na Polônia, e o sofrimento por que passou no campo de concentração de Auschwitz.
A Escolha de Sofia, EUA, Drama, 1982. Direção: Alan J. Pakula
Idioma: Português
Palavras-chave: Nazismo. Auschwitz. Extermínio. Racismo. Segunda Guerra Mundial.
Duração; 10min23s
Este trecho apresenta uma autobiografia de Sofia, protagonista do filme, que narra o que presenciou na 2º Guerra Mundial, na Polônia, e o sofrimento por que passou no campo de concentração de Auschwitz.
A Escolha de Sofia, EUA, Drama, 1982. Direção: Alan J. Pakula
Idioma: Português
Palavras-chave: Nazismo. Auschwitz. Extermínio. Racismo. Segunda Guerra Mundial.
Duração; 10min23s
*
Todas as informações contidas nesse vídeo referem-se ao período de sua produção
http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12095
HVMANITAS
— Vol. XLVI (1994)
NAIR D E NAZARÉ CASTRO SOARES
Universidade de
Coimbra
GRATIDÃO E LEALDADE: DOIS VALORES
HUMANISTAS
Nil ego contulerim iocundo sanus amico
Hor. Serm., 1.5.44
A
inteligibilidade do universo humano, moral e religioso, social e político de
uma época não pode alhear-se dos seus modelos axiológicos, da problemática
filosófica que lhes subjaz.
Neste
quadro, a lealdade e a gratidão, valores que informam a imagem do homem, na
inteireza do seu ser individual e social, pedra angular da ética cavaleiresca,
são conceitos basilares da ideia de humanitas, que preside ao Humanismo
Renascentista. E, para além disso, são padrões de moralidade e de
especificidade do ser português
...............................................................................................
No
decurso desta análise, verificamos que lealdade e gratidão, que informam a sodalitas tão cara aos humanistas, não
são mais do que vertentes da humanitas,
de que a amicitia é um dos valores
mais nobres. Assim julgamos não trair o pensamento dos diversos autores
referidos, que abarcam um vasto período de mais de um século, ao resumi-lo com
a reflexão de Cícero sobre as diferentes escolas do seu tempo 5 :
...omnes ad unum sentiuntj...]sine
amicitia uitam esse nullam.
Com
o coração e a inteligência, que é memória e reconhecimento, dedico estas
modestas reflexões aos meus insignes professores, Doutores Walter de Medeiros e
Manuel Pulquério, de quem recebi «boas douctrinas e muy virtyosas». Para eles
são estas palavras que o Infante D. Pedro proferiu na Virtuosa Benfeitoria1 : aos mestres, nunca se consegue
dar total agradecimento, «porquanto nunca podemos leixar de seer obrigados, a
quem per natureza somos theudos».
https://www.uc.pt/fluc/eclassicos/publicacoes/ficheiros/humanitas46/15_Castro_Soares.pdf
"Nil
ego contulerim iucundo sanus amico."
While
I am sane I shall compare nothing to the joy of a friend.
Details
Publication information: 16th
century.
1
drawing.
Watermark:
since the drawings are laid down, no watermarks, if any, are visible, even with
fiber-optic light.
Engraved
in reverse, 1607.
Also
see records on Van Veen Album (III, 146-157).
Leiden
1556-1629 Brussels.
Inscribed
on the album page below the design, in brown ink, "Nil ego contúlerim
iúcundo sanús amico" (title). The text is from Horace,
"Satires", Book I, 5, line 44. "Amicús amici caúsâ, honores,
dignitates, voluptates, divitias, / coeteraqúe fortúnae bona negligit atque
aspernatur; notúm / illúd sapientis, perde pecúniam propter amicum.
Praesertim / iúcúndum, nam amico iúcúndo magis egemús, quam acquâ vel
igne" (A friend neglects and spurns honors, offices, pleasure, wealth, and
other good fortune because of a friend; the wise man remarks: lose money
because of a friend, especially a delightful one for we are more in need of an
agreeable friend than of water and fire). The words "perde pecúniam
propter amicum" are from the Apocrypha, Ecclesiasticus 29:13, a reference found
on page 136 of the 1612 "Emblemata".
Netherlandish
drawings of the fifteenth and sixteenth centuries and Flemish drawings of the
seventeenth and eighteenth centuries in the Pierpont Morgan Library / Felice
Stampfle ; with the assistance of Ruth S. Kraemer and Jane Shoaf Turner. New
York : The Library, 1991, p. 87, no. 177.
https://beta.worldcat.org/archivegrid/collection/data/270698745
Full text of "A commentary on Catullus"
https://archive.org/stream/commentaryoncatu00elliuoft/commentaryoncatu00elliuoft_djvu.txt
MEU VÍCIO É VOCÊ - (BONECA DE
TRAPO) - NELSON GONÇALVES - (1955)
Enviado
em 29 de mar de 2010
Antônio
Gonçalves Sobral, mais conhecido como Nélson Gonçalves, (Santana do Livramento,
21 de junho de 1919 — Rio de Janeiro, 18 de abril de 1998) foi um cantor
brasileiro. Segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de
75 milhões de copias vendidas, fica atrás apenas de Roberto Carlos, com mais de
120 milhões. Seu maior sucesso foi a canção A volta do boêmio.
BIOGRAFIA
Nasceu no Rio Grande do Sul, mudou-se com os seus pais portugueses para São Paulo, no bairro do Brás. Quando criança, era levado, para praças e feiras pelo seu pai, que fazendo-se de cego, tocava violino, enquanto ele cantava.
Foi jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro. Foi também lutador de boxe na categoria peso-médio, recebendo aos dezesseis anos o título de campeão paulista.
Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, decidiu ser cantor. Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois.
Nesta época, casou-se com Elvira Molla e com ela teve dois filhos. Sem emprego, trabalhou como garçom, no bar do seu irmão, na avenida São João.
Seguiu para o Rio de Janeiro em 1939, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros. Foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir. Finalmente, em 1941, conseguiu gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do Cassino Copacabana (do Hotel Copacabana Palace) e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga, iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de 40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.
Alguns de seus grandes sucessos dos anos 40 foram Maria Bethânia (Capiba), Normalista (Benedito Lacerda / Davi Nasser), Caminhemos (Herivelto Martins), Renúncia (Roberto Martins / Mário Rossi) e muitos outros. Maiores ainda foram os êxitos na década de 50, que incluem Última Seresta (Adelino Moreira / Sebastião Santana), Meu Vício É Você e a emblemática A Volta do Boêmio (ambas de Adelino Moreira).
Na década de 50, além de shows em todo o Brasil, chegou a se apresentar em paises como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, no Radio City Music Hall.
Em 1952, casou-se com Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no Trio de Ouro. O casamento durou até 1959.
Em 1965, casa-se de novo, com Maria Luiza da Silva Ramos, com quem teve dois filhos, Ricardo da Silva Ramos Gonçalves e Maria das Graças da Silva Ramos Gonçalves. A caçula tem seu apelido no refrão da música Até 2001. (É no gogo gugu).
No entanto, o seu envolvimento com a cocaína, em 1958, tendo, inclusive, sido preso em flagrante em 1965 e passado um mês na Casa de Detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Superada a crise, lançou o disco A Volta do Boêmio nº1, um grande sucesso.
Após abandonar o vício com o apoio de sua mulher, retomou uma carreira bem sucedida.
Continuou gravando regularmente nos anos 70, 80 e 90, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nelson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar canções de Ângela Rô Rô (Simples Carinho), Kid Abelha (Nada por Mim), Legião Urbana (Ainda É Cedo) e Lulu Santos (Como uma Onda).
Ganhador de um prêmio Nipper da RCA, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 78 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.
Morreu em consequencia de um enfarte agudo do miocárdio no apartamento de sua filha Margareth, no Rio de Janeiro.
DRAMATIZAÇÕES
A vida de Nelson Gonçalves teve sua biografia dramatizada nas seguintes obras:
Na década de 90, foi encenado nas principais capitais do país o musical Metralha.
Em 2001 foi lançado o documentário Nélson Gonçalves, contando a sua trajetória, com direção de Elizeu Ewald e protagonizado por Alexandre Borges e Júlia Lemmertz, e tendo a sua filha Margareth Gonçalves como produtora executiva.
BIOGRAFIA
Nasceu no Rio Grande do Sul, mudou-se com os seus pais portugueses para São Paulo, no bairro do Brás. Quando criança, era levado, para praças e feiras pelo seu pai, que fazendo-se de cego, tocava violino, enquanto ele cantava.
Foi jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro. Foi também lutador de boxe na categoria peso-médio, recebendo aos dezesseis anos o título de campeão paulista.
Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, decidiu ser cantor. Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois.
Nesta época, casou-se com Elvira Molla e com ela teve dois filhos. Sem emprego, trabalhou como garçom, no bar do seu irmão, na avenida São João.
Seguiu para o Rio de Janeiro em 1939, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros. Foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir. Finalmente, em 1941, conseguiu gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do Cassino Copacabana (do Hotel Copacabana Palace) e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga, iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de 40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.
Alguns de seus grandes sucessos dos anos 40 foram Maria Bethânia (Capiba), Normalista (Benedito Lacerda / Davi Nasser), Caminhemos (Herivelto Martins), Renúncia (Roberto Martins / Mário Rossi) e muitos outros. Maiores ainda foram os êxitos na década de 50, que incluem Última Seresta (Adelino Moreira / Sebastião Santana), Meu Vício É Você e a emblemática A Volta do Boêmio (ambas de Adelino Moreira).
Na década de 50, além de shows em todo o Brasil, chegou a se apresentar em paises como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, no Radio City Music Hall.
Em 1952, casou-se com Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no Trio de Ouro. O casamento durou até 1959.
Em 1965, casa-se de novo, com Maria Luiza da Silva Ramos, com quem teve dois filhos, Ricardo da Silva Ramos Gonçalves e Maria das Graças da Silva Ramos Gonçalves. A caçula tem seu apelido no refrão da música Até 2001. (É no gogo gugu).
No entanto, o seu envolvimento com a cocaína, em 1958, tendo, inclusive, sido preso em flagrante em 1965 e passado um mês na Casa de Detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Superada a crise, lançou o disco A Volta do Boêmio nº1, um grande sucesso.
Após abandonar o vício com o apoio de sua mulher, retomou uma carreira bem sucedida.
Continuou gravando regularmente nos anos 70, 80 e 90, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nelson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar canções de Ângela Rô Rô (Simples Carinho), Kid Abelha (Nada por Mim), Legião Urbana (Ainda É Cedo) e Lulu Santos (Como uma Onda).
Ganhador de um prêmio Nipper da RCA, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 78 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.
Morreu em consequencia de um enfarte agudo do miocárdio no apartamento de sua filha Margareth, no Rio de Janeiro.
DRAMATIZAÇÕES
A vida de Nelson Gonçalves teve sua biografia dramatizada nas seguintes obras:
Na década de 90, foi encenado nas principais capitais do país o musical Metralha.
Em 2001 foi lançado o documentário Nélson Gonçalves, contando a sua trajetória, com direção de Elizeu Ewald e protagonizado por Alexandre Borges e Júlia Lemmertz, e tendo a sua filha Margareth Gonçalves como produtora executiva.
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"Meu
Vício é Você" por Nelson Gonçalves ( • )
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