domingo, 18 de dezembro de 2016

Algo a temer, Dilma?

Ex-Presidente complicada arrasta Presidente pra roda?


Dilma chama Temer de traidor e se irrita com pergunta
A ex-presidente falou à emissora Al Jazeera sobre as forças que levaram à sua queda e insistiu que houve um 'processo de desumanização' de sua figura
Por Da redação
access_time16 dez 2016, 20h56


A ex-presidente Dilma Rousseff deu uma entrevista nesta quinta-feira à rede de televisão Al Jazeera, do Catar


Em entrevista à emissora Al Jazeera, do Catar, divulgada nesta quinta-feira, a ex-presidente Dilma Rousseff definiu Michel Temer como “um presidente ilegítimo”, que a traiu politicamente. A petista teve uma conversa com o jornalista Mehdi Hasan, marcada por momentos de irritação, na qual comentou o processo de impeachment e mencionou a participação do “machismo e da misoginia” em sua saída.
Ao ser questionada sobre sua confiança declarada em Temer no passado, Dilma afirmou que o atual presidente assumiu o cargo através de “um processo baseado em rasgar a Constituição”, transformando “uma votação do Senado em um mecanismo de chegada ao poder”. “As pessoas fazem maus julgamentos”, disse a petista. “Eu jamais imaginei que ele fosse um traidor e ele é um traidor”.
A tensão teve seu ápice na entrevista quando Dilma questionou informações de Hasan, que indicou que seu governo ajudou grandes empresas com o corte de meio bilhão de dólares de impostos, relacionados à Copa do Mundo e à Olimpíada. “Está errado seu dado”, insistiu Dilma. Segundo ela, se tratou de uma política de “incentivo ao investimento”, para que as empresas contratassem mais funcionários ou evitassem demissões.




Vídeo: Dilma se irrita em entrevista à ‘Al Jazeera’
A ex-presidente subiu o tom ao ser questionada pelo jornalista Mehdi Hasan sobre o escândalo do petrolão
Por Da redação
access_time16 dez 2016, 10h54 - Atualizado em 16 dez 2016, 15h20


A ex-presidente Dilma Rousseff deu uma entrevista nesta quinta-feira à rede de televisão Al Jazeera, do Catar (Divulgação/Youtube)


A ex-presidente Dilma Rousseff se irritou ao dar uma entrevista à rede televisão Al Jazeera, do Catar. Em um trecho da conversa divulgado nesta quinta-feira, o jornalista Mehdi Hasan – que veio ao Rio de Janeiro para conversar com a petista – pergunta se a ex-presidente nega que tivesse conhecimento do esquema de corrupção instalado na Petrobras “por ser cúmplice” ou por ser “incompetente”.
Visivelmente irritada e subindo o tom de voz em alguns momentos, Dilma tenta sair pela tangente: “Bom, meu querido, esta é o tipo da ‘escolha de Sofia’ que eu não entro nela. Não é isso que acontece”, disse.


“Há uma diferença – e há no mundo inteiro – entre um conselho e uma diretoria executiva. Nem todos os membros da diretoria sabiam que aqueles diretores da Petrobras tinham mecanismos de corrupção e estavam enriquecendo de forma indevida”, completou a ex-presidente. A entrevista completa vai ao ar nesta sexta-feira.
Assista ao vídeo abaixo:











Dilma na Al Jazeera: "Ela mata cachorro"
Brasil 17.12.16 09:07
Depois de emparedar Dilma, Mehdir Hasan deu uma canja ao encerrar a entrevista perguntando se ela foi vítima de misoginia como primeira mulher presidente. A petista, que nunca reclamou da imagem de ex-guerrilheira e gerentona, afirmou que foi alvo de um processo de desumanização.
"Eu fui transformada numa mulher dura. Houve um processo de desumanização da minha pessoa, que coroa com o fato de que eu tive um cachorro que eu adotei, que durou 14 anos. Eu amo cachorro. Ele estava em estágio terminal, mas eu fui adiando para não tomar uma medida drástica, porque eu adorava ele. Antes de sair do Palácio, eu mandei o tratador dar uma injeção nele. Aí foi dito o seguinte: ela mata cachorro. Então, tem um processo de desumanização sobre mim que é muito forte."
O Antagonista se orgulha de dizer que foi o responsável por revelar que Dilma deu a ordem para sacrificar Nego, desmentindo a versão de que doaria o cão a um assessor.
Revejam o post:
Dilma mandou sacrificar Nego
Brasil 05.09.16 18:33
A imprensa divulga que Dilma não vai levar para Porto Alegre o labrador Nego, herdado de Zé Dirceu em 2005.
A versão é de que um assessor ficará cuidando do animal, que está com a saúde frágil.
Mas O Antagonista foi informado de que a petista mandou sacrificá-lo




Dilma é um vexame planetário
Brasil 17.12.16 08:48
Dilma Rousseff foi espancada em escala global por Mehdir Hasan, do programa UpFront, da Al Jazeera.
Assista à entrevista completa:


UpFront special: Brazil's Dilma on being betrayed

Al Jazeera English 





O laudo da PF que aponta suspeitas de fraude e desvios da chapa Dilma-Temer
Documento de 80 páginas com quebras de sigilo de gráficas que prestaram serviço para a campanha que venceu as eleições 2014 foi juntado aos autos da ação que pede a cassação de Michel Temer

Redação
16 Dezembro 2016 | 19h53



Michel Temer e Dilma. Foto: Dida Sampaio/Estadão

A força-tarefa da Polícia Federal, Receita e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) criada por determinação do Tribunal Superior Eleitoral para analisar as contas da campanha da chama Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) que venceu as eleições de 2014 encaminhou nesta quinta-feira, 15, um laudo ao ministro Herman Benjamin, relator da ação movida pelo PSDB que pede a cassação da chapa.
Nas 80 páginas do documento, os peritos apontam indícios de “desvio de finalidade” dos recursos da chapa. O próprio Ministério Público Eleitoral também analisou o relatório e apontou a existência de indícios de “fortes traços de fraude e desvio de recursos” da campanha. Diante do documento, o ministro Herman Benjamin deu nesta sexta-feira, 16, o prazo de cinco dias para as partes envolvidas na ação de manifestarem.
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COM A PALAVRA, A DEFESA DE DILMA ROUSSEFF:
“Em complemento à perícia anterior, os novos trabalhos periciais apresentados ao TSE pecam pela inconsistência e pela falta de conclusões concretas.
É inadmissível que após quase 2 anos de intensa investigação sobre as contas da chapa Dilma-Temer, inclusive com quebra de sigilos bancários de pessoas físicas e jurídicas, tenha-se concluído de forma genérica por supostos traços de fraude e desvio.
O referido laudo não apresenta nenhum fato, nem qualquer documento que embase suas conclusões genéricas. Laudo pericial deve ser feito para produzir provas, não se prestando a meras ilações ou conjecturas.
É também inaceitável e juridicamente reprovável que os Srs. peritos judiciais, em ofensa a ampla defesa, deixem de analisar e examinar os mais de 8 mil documentos juntados pela defesa e que atestam a regularidade dos serviços gráficos prestados para a campanha presidencial.
A defesa de Dilma Rousseff adotará as medidas judiciais cabíveis.
Flavio Crocce Caetano
Advogado de Dilma Rousseff”








Por que Dilma será investigada na Lava Jato. E o que acontece agora
Bruno Lupion

17 Ago 2016 
(atualizado 17/Ago 13h09)
Procuradoria-Geral e Polícia Federal vão apurar se a presidente afastada nomeou Lula ministro para evitar que ele fosse investigado por Sergio Moro e se ela pediu a ministro do STJ que libertasse Marcelo Odebrecht
FOTO: NELSON JR./STF - 21/06/2016

 TEORI ZAVASCKI DURANTE SESSÃO DE 2ª TURMA DO SUPREMO


O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou na segunda-feira (15) a abertura de um inquérito criminal contra sete pessoas, entre as quais a presidente afastada Dilma Rousseff, para apurar se houve tentativa de atrapalhar ou impedir as investigações da Operação Lava Jato.
A investigação havia sido solicitada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 2 de maio. O inquérito vai tramitar sob sigilo. A decisão do ministro Teori veio a público na terça-feira (16), horas depois de Dilma divulgar uma carta pública na qual faz um último apelo na tentativa de ser absolvida no julgamento do impeachment que corre no Congresso.
É a primeira vez que a petista se torna formalmente investigada pelo Supremo, o que terá impacto no seu discurso durante esta crise política. No processo de impeachment, Dilma é acusada de realizar manobras contábeis que poderiam constituir crime de responsabilidade — ela usa o argumento de que não é alvo da Lava Jato e que a acusação de manobra fiscal seria frágil para afastar um presidente do cargo. Agora a frase “não sou investigada”, já usada por Dilma, não poderá mais fazer parte de seu discurso. 
Vale ressaltar que Dilma é apenas alvo de um inquérito, que não será incluído na denúncia do impeachment, e que pode evoluir ou não para uma denúncia formal ou uma ação penal. O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deflagrou o impeachment contra a petista em dezembro de 2015, por exemplo, já tem contra si duas ações penais sobre corrupção na Petrobras.
Abaixo, o Nexo traz as informações básicas para entender o que há no inquérito contra Dilma e quais podem ser as suas consequências:
Quem é investigado no inquérito
Dilma Rousseff (presidente afastada)
Luiz Inácio Lula da Silva (ex-presidente)
Aloizio Mercadante (ex-ministro da Casa Civil)
José Eduardo Cardozo (ex-ministro da Justiça)
Delcídio do Amaral (ex-senador)
Francisco Falcão (presidente do STJ - Superior Tribunal de Justiça)
Marcelo Navarro Ribeiro Dantas (ministro do STJ)
Qual é o suposto crime apurado
Tentativa de atrapalhar o andamento da operação Lava Jato. No Brasil, não existe um crime de obstrução de Justiça, apesar de a expressão ter se popularizado. Condutas dessa natureza tendem a ser enquadradas na Lei sobre Organizações Criminosas, que pune com reclusão de 3 a 8 anos quem “impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa”, ou em crimes do Código Penal como favorecimento real — “prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime”, punido com detenção de um a seis meses.
Quais são as principais hipóteses
DILMA NOMEOU LULA NA CASA CIVIL PARA EVITAR QUE ELE FOSSE INVESTIGADO POR MORO?
A procuradoria-geral da República acredita que a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil, em 16 de março, teria como objetivo indireto impedir que o juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato na 1ª instância do Judiciário, investigasse o ex-presidente. Uma vez ministro, Lula ganharia foro privilegiado e as investigações contra ele passariam a ser supervisionadas pelo ministro Teori, do Supremo. 
A gravação de diálogo telefônico entre Dilma e Lula no qual ela afirma que um auxiliar do Palácio do Planalto — Jorge Messias, o “Bessias” — enviaria a ele o termo de posse na Casa Civil, ainda não assinado, para ser usado “em caso de necessidade”, foi anulada por Teori e não poderá ser utilizada como prova no caso. O grampo, divulgado por Moro na mesma data do diálogo, foi realizado depois que a autorização judicial havia expirado.
Segundo o jornal “O Globo”, a Procuradoria-Geral da República utilizará na investigação a entrevista em que Dilma explica o teor desse diálogo com Lula e o fato de a nomeação do ex-presidente ter sido publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União, no meio da tarde, supostamente para acelerar a concessão do foro privilegiado.
DILMA NOMEOU NAVARRO PARA O STJ EM TROCA DA SOLTURA DE MARCELO ODEBRECHT?
Em sua delação premiada, Delcídio disse que a presidente pediu a ele que sondasse o desembargador Marcelo Navarro, então no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, se votaria pela soltura de Marcelo Odebrecht, da empreiteira homônima, caso fosse nomeado para a Turma do Superior Tribunal de Justiça que analisa os recursos contra a Lava Jato. Navarro efetivamente ganhou uma vaga no STJ e votou pela soltura de Odebrecht, mas foi vencido pelo voto de outros quatro ministros.
Essa articulação, segundo Delcídio, teria contado com a participação de José Eduardo Cardozo, então ministro da Justiça, e do presidente do STJ, Francisco Falcão. Delcídio afirmou também que se reuniu com Navarro no Palácio do Planalto, em uma sala de espera, para tratar do assunto. Dilma, Cardozo, Navarro e Falcão negam que tenham atuado nesse sentido.
LULA TENTOU SILENCIAR CERVERÓ?
Delcídio do Amaral, em delação premiada, disse que o ex-presidente Lula pediu a ele que intermediasse o “pagamento de valores” à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O objetivo seria fazer com que Cerveró não delatasse José Carlos Bumlai, amigo de Lula, acusado pelo Ministério Público Federal de atuar para que a Petrobras contratasse sem licitação o Grupo Schahin para construir um navio-sonda, em troca de propina para pagar dívidas de campanhas do PT.
Bumlai admitiu que fez um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Shachin para ajudar a pagar dívidas do PT, quitado de forma fraudulenta, sem que o dinheiro tivesse sido pago. Lula negou, por meio de nota, os itens atribuídos a ele na delação de Delcídio.  O PT afirma que todas as doações recebidas pelo partido ocorreram dentro da legalidade e foram declaradas à Justiça Eleitoral.
MERCADANTE TENTOU SILENCIAR DELCÍDIO?
Também em sua delação, Delcídio disse que Mercadante se reuniu com seu assessor Eduardo Marzagão para mandar um recado: pedir que ele tivesse “calma” e avaliasse “muito bem” a conduta que iria tomar, pois poderia receber uma “responsabilidade monumental” por ter sido “um agente de desestabilização”.
Mercadante teria ainda garantido que a “questão financeira” e o pagamento de advogados de Delcídio poderiam ser solucionados “por meio de empresa ligada ao PT”. O ex-senador afirmou ter interpretado a conversa de Mercadante com Marzagão como um pedido para que ele não procurasse o Ministério Público Federal para contribuir com as investigações da Lava Jato.
Em coletiva de imprensa, Mercadante disse que não tentou impedir a delação de Delcídio, mas queria apenas oferecer solidariedade ao ex-senador e à sua família.
Que medidas foram autorizadas
Segundo o jornal “Valor”, o ministro Teori autorizou a tomada de depoimento de Bumlai e a análise dos vídeos do sistema de monitoramento do Palácio do Planalto. A “Folha" informou que também foi autorizada a solicitação dos registros das visitas de Navarro ao Senado.
Qual é a cronologia da investigação
2 de maio: Procuradoria-Geral da República faz o pedido de abertura de inquérito
14 de junho: Teori devolve o pedido de inquérito à Procuradoria e pergunta se ela quer manter a demanda, mesmo após a decisão que anulou o grampo telefônico entre Lula e Dilma sobre o termo de posse. Janot responde que mantém o pedido.
15 de agosto: Teori autoriza a abertura do inquérito
O que ocorre agora
A Procuradoria-Geral da República, com auxílio da Polícia Federal, buscará provas e ouvirá testemunhas e investigados para analisar se houve ou não crime. Se os procuradores identificarem conduta criminosa, podem denunciar todas ou apenas algumas das sete pessoas que são alvos do inquérito. Caberia então ao Supremo, onde tramita o caso, decidir se autoriza ou não a abertura de ação penal, que transformaria os investigados em réus. Ao final do processo, eles seriam absolvidos ou condenados.
Caso Dilma perca o mandato de presidente ao final do seu processo de impeachment, cujo desfecho deve ocorrer no final de agosto, ela perderá também o foro privilegiado, que mantém atualmente suas ações no Supremo. Caberia então à Corte decidir se envia o processo à 1ª instância ou o mantém no Supremo. Para ser enviado à 1ª instância, o inquérito teria que ser dividido, pois os ministros do STJ, como Navarro e Falcão, também investigados, têm foro privilegiado.




16/08/2016 19h45 - Atualizado em 16/08/2016 21h33
Teori autoriza inquérito para investigar Dilma, Lula, Cardozo e Mercadante
Ministro mandou apurar se eles cometeram crime de obstrução da Justiça.
Todos negam. Inquérito também investigará Delcídio e 2 ministros do STJ.
Da TV Globo e do G1, em Brasília

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de inquérito para investigar a presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dois ex-ministros de Dilma – Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo.
No inquérito, também serão investigados o senador cassado Delcídio do Amaral e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.
O objetivo do inquérito é apurar a suspeita de que eles agiram para obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A maioria dos sete que serão investigados no inquérito nega ter cometido alguma ilegalidade (leia as versões mais abaixo).
pedido foi formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo no começo de maio. Teori tinha enviado o pedido para reanálise do procurador depois que o ministro anulou em outro processo conversas telefônicas entre Lula e Dilma que sustentavam parte da argumentação da Procuradoria.


Janot enviou a resposta em julho, durante o recesso do Judiciário, mantendo o pedido de investigação. Agora, o ministro mandou instaurar o inquérito.
Com a instauração do inquérito, será iniciada agora a coleta de provas e, depois dessa fase, Janot terá que decidir se denuncia os quatro ou se pede arquivamento da apuração.
Versões dos alvos da investigação
A assessoria de imprensa da presidenta Dilma Rousseff  disse que a abertura do inquérito é importante para elucidar os fatos e esclarecer que em nenhum momento houve obstrução de Justiça. "A verdade irá prevalecer", afirmou a assessoria.
A assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que ele não foi notificado sobre o inquérito, que tramita sob segredo de Justiça.
"Repudiamos o vazamento ilegal e direcionado. O ex-presidente reafirma que sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois do exercício de dos mandatos como presidente da República, democraticamente eleito pelo povo brasileiro", afirmou a assessoria.
Os advogados de Lula divulgaram nota na qual afirmam que "jamais" praticou ato de obstrução da Justiça (leia a íntegra ao final desta reportagem).
Segundo nota divulgada pela assessoria de Aloizio Mercadante, a decisão do Supremo Tribunal Federal de abertura de inquérito será uma oportunidade para o ex-ministro "demonstrar que sua atitude foi de solidariedade e que não houve qualquer tentativa de obstrução da justiça ou de impedimento da delação do então senador Delcidio do Amaral".
O advogado de Delcídio do Amaral, Antônio Figueiredo Basto, afirmou que a defesa não vai se manifestar sobre a abertura do inquérito.
Os ministros do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e Francisco Falcão comunicaram, por meio da assessoria do STJ, que não se manifestariam nesta terça sobre o assunto.
Antes, por meio da assessoria, Ribeiro Dantas tinha reafirmado teor de nota divulgada em abril, quando veio à tona trecho da delação de Delcídio do Amaral, segundo o qual sua nomeação foi assinada por Dilma sob o compromisso de libertar empresários na Lava Jato.
Na nota, o ministro dizia que jamais conversou sobre o assunto com as autoridades quando concorria à vaga no STJ. “Os contatos que mantive foram para me apresentar e expor minha trajetória profissional em todas as funções que exerci”, afirmou (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).
Ao G1, o ex-ministro José Eduardo Cardozo afirmou que a suspeita de que interferiu na Lava Jato se baseia numa mentira de Delcídio do Amaral. Disse considerar a atitude do STF “absolutamente correta” para se apurar o caso e desmentir o senador cassado.
“É indiscutivelmente uma delação mentirosa, que não tem o menor cabimento. A própria imprensa disse que ele queria se vingar do governo por não tê-lo tirado da cadeia. A atitude do Ministério Público e do STF é absolutamente correta. É bom porque se apura logo essa declaração do Delcídio. O que não é correto é essa invenção do Delcídio”, afirmou.
saiba mais
Conversa gravada
Teori Zavascki anulou 
conversa telefônica entre Lula e Dilma gravada com autorização do juiz Sérgio Moro e divulgada pela Justiça Federal do Paraná. Na conversa, Dilma informava que estaria mandando um auxiliar com o termo de posse de Lula como ministro da Casa Civil "para o caso de necessidade".
Para Teori Zavascki, o diálogo foi gravado sem autorização judicial porque o juiz já havia mandado suspender as escutas.

A gravação anulada era um dos indícios apontados por investigadores para afirmar que houve desvio de finalidade na nomeação de Lula como ministro, com o suposto objetivo de dar a ele foro privilegiado e tirar a investigação das mãos de Sérgio Moro, juiz responsável pela Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal. Na condição de ministro, Lula só poderia ser investigado no Supremo Tribunal Federal.

Além de fatos relacionados à posse de Lula, a Procuradoria também considerou, ao pedir a investigação, circunstâncias da nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), com suposta participação de Cardozo para tentar beneficiar empreiteiros, e uma conversa entre 
Aloizio Mercadante e um auxiliar de Delcídio Amaral cujo objetivo seria tentar evitar uma delação premiada do senador cassado.
Nota dos advogados de Lula
Leia nota divulgada pelos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nota

O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva jamais praticou qualquer ato que possa configurar crime de obstrução à Justiça.

Lula não se opõe a qualquer investigação, desde que observado o devido processo legal e as garantias fundamentais.

Se o Procurador Geral da República pretende investigar o ex-Presidente pelo teor de conversas telefônicas interceptadas, deveria, também, por isonomia, tomar providências em relação à atuação do Juiz da Lava Jato que deu publicidade a essas interceptações — já que a lei considera, em tese,  criminosa essa conduta.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira
Nota do ministro Ribeiro Dantas
Leia abaixo nota divulgada em abril pelo ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.
NOTA
Em relação à reportagem publicada hoje pela revista IstoÉ ― e repercutida por vários veículos da mídia e nas redes sociais ―, com supostas declarações do Senador Delcídio do Amaral, algumas das quais pertinentes a meu nome, tenho a esclarecer que, na época em que postulei ingresso no Superior Tribunal de Justiça estive, como é de praxe, com inúmeras autoridades dos três Poderes da República, inclusive com o referido parlamentar, que era então o Líder do Governo no Senado. Jamais, porém, com nenhuma delas tive conversa do teor apontado nessa matéria. Os contatos que mantive foram para me apresentar e expor minha trajetória profissional em todas as funções que exerci: Professor de Direito, Advogado, Promotor de Justiça, Procurador da República e Desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Nunca me comprometi a nada, se viesse a ser indicado. Minha conduta como relator do caso conhecido como Lavajato o comprova: em mais de duas dezenas de processos dali decorrentes, não concedi sequer um habeas corpus monocraticamente, quando poderia tê-lo feito. Nos apenas seis processos em que me posicionei pela concessão da soltura, com base em fundamentação absolutamente jurídica, levei-os ao Colegiado que integro (5ª Turma do STJ). Voto vencido, passei a relatoria adiante, e não apenas naqueles processos específicos: levantei questão de ordem, com apoio em dispositivo do Regimento Interno da Corte, para repassar também os outros feitos conexos, oriundos da mesma operação. Tenho a consciência limpa e uma história de vida que fala por mim.
Marcelo Navarro RIBEIRO DANTAS
Ministro do Superior Tribunal de Justiça




DILMA DIZ À PF QUE NOMEAÇÃO DE MINISTRO DO STJ TEVE APOIO DE JANOT





A ex-presidente Dilma Rousseff, em depoimento à Polícia Federal em Brasília, afirmou que a nomeação de Marcelo Navarro como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contou com o apoio não apenas de diversos senadores e governadores do Nordeste, mas também do procurador-geral da República, Rodrigo Janot; intenção da defesa é enfraquecer as acusações, lançadas na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), de que Dilma teria nomeado Navarro para facilitar a liberdade de empreiteiros presos pela Operação Lava-Jato
14 DE DEZEMBRO DE 2016 ÀS 07:38
247 - A ex-presidente Dilma Rousseff, em depoimento à Polícia Federal em Brasília, afirmou que a nomeação de Marcelo Navarro como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contou com o apoio não apenas de diversos senadores e governadores do Nordeste, mas também do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A intenção da defesa é enfraquecer as acusações, lançadas na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), de que Dilma teria nomeado Navarro para facilitar a liberdade de empreiteiros presos pela Operação Lava-Jato.
As informações são do Valor.
"Dilma prestou depoimento à PF na segunda-feira, no inquérito que investiga supostas tentativas de seu governo de atrapalhar as investigações da Lava-Jato. O inquérito teve origem na delação de Delcídio. Alvo do mesmo inquérito, o presidente do STJ, Francisco Falcão, foi ouvido ontem pela PF.
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, também investigado, prestou depoimento na semana passada e adotou linha semelhante à de Dilma. Ele disse que o nome de Navarro para uma vaga no STJ contava com o apoio da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O motivo do suposto apoio seria a origem de Navarro, que foi procurador da República antes de ingressar no Tribunal Regional Federal da 5a Região, com sede Recife, pelo quinto constitucional, em vaga destinada ao Ministério Público.
O depoimento de Dilma durou menos de uma hora e a ex-presidente respondeu todas as perguntas. Ela negou ainda ter praticado obstrução de Justiça ao nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, ato que acabou não se concretizando. Dilma alegou que o fato de alguém ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não pode ser entendido como tentativa de obstrução de Justiça. Para investigadores, a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil teria como objetivo forçar o foro privilegiado, retirando o caso das mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato em Curitiba."


Léo Pinheiro confessa crimes a Moro e implica governo Dilma na Lava Jato
Ex-presidente da OAS, réu por pagar propina ao ex-senador Gim Argello para que executivos do cartel envolvido em corrupção na Petrobrás não fossem convocados em CPI do Congresso, pediu novo interrogatório, após Procuradoria encerrar negociação de delação

Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
13 Setembro 2016 | 16h31


Léo Pinheiro. Foto: Reprodução

O ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, afirmou nesta terça-feira, 13, ao juiz federal Sérgio Moro, que o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Dilma Rousseff Ricardo Berzoini participou de reunião na casa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF) em que foi tratado da blindagem ao governo e às empreiteiras nas investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobrás, em 2014. O empreiteiro teria pago propina no esquema.
É a primeira vez que o nome de Berzoini é citado na polêmica envolvendo a atuação de políticos para evitar a convocação de empreiteiros para depor nas CPIs da Petrobrás em 2014. O ex-ministro nega irregularidades e afirma que nunca abordou Léo Pinheiro neste sentido. Berzoini que apenas comentou com ele sobre a CPI, rapidamente, quando estava de saída da reunião com Argello para discutir a pauta no Senado.
“Eu queria agradecer ao senhor e ao Ministério Público a oportunidade para eu esclarecer, para falar a verdade, mesmo que esses fatos me incriminem. Eu cometi crimes e para o bem da Justiça do nosso País, para o bem da sociedade, estou aqui para falar a  verdade, para falar tudo que eu sei.”



Depoimento de Léo Pinheiro à Lava Jato - Parte 1


É a primeira vez que Léo Pinheiro, que perdeu no último mês sua negociação de delação premiada com o Ministério Público Federal, confessa crimes no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás. Ele foi interrogado por Moro em processo em que é réu por pagar propina de R$ 350 mil ao ex-senador Gim Argello, via doação a uma igreja.
Moro quis saber então se os crimes narrados pela força-tarefa da Lava Jato de propinas pagas para parlamentares para blindar investigados na CPMI, ele confirmou e citou a participação de outros executivos e de um ex-ministro do governo cassado.
“Fui convocado para um encontro na casa da senador Gim Argello e lá chegando estavam presentes o senador Vital do Rego e para minha surpresa estava presente o ministro das Relações Institucionais do governo Dilma, o ministro Ricardo Berzoini. Eu fiquei surpreso, eu não conhecia pessoalmente.”
Segundo Léo Pinheiro, em 2014, após ser deflagrada a Operação Lava Jato, ele foi chamado para um encontro na casa do ex-senador Gim Argello. No encontro, estava também o senador Vital do Rêgo. “Gim queria promover uma almoço e estariam presentes outras empresas do setor, segundo ele, as cinco maiores do setor.” Léo Pinheiro confirmou terem participado executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, entre elas.




Depoimento de Léo Pinheiro ao juiz Sérgio Moro - parte 2



No segundo encontro, Léo Pinheiro diz que Berzoini já estava com os dois parlamentares quando ele chegou. “O ministro relatou que era uma preocupação muito grande do governo da presidente Dilma o desenrolar dessa CPMI e gostaria que as empresas pudessem colaborar, o quanto possível, para que essas investigações não tivessem uma coisa que prejudicasse o governo.”
“Posso fazer suposições, mas claro que o presidente de uma CPI, o vice, um ministro de Estado e um empresário sendo investigado não é uma reunião adequada, acho que isso está claro para qualquer pessoa”, seguiu o executivo.



Depoimento de Léo Pinheiro à Lava Jato - Parte 3


Novo interrogatório. O executivo Léo Pinheiro, da OAS, ficou em silêncio durante seu primeiro interrogatório como réu, antes dele perder sua delação. Frente a frente com o juiz federal Sérgio Moro, o empreiteiro disse que ‘por orientação dos advogados’ não responderia a nenhuma pergunta.
Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato, teve a negociação de sua delação premiada suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A interrupção foi provocada pela divulgação de informações sobre o ministro Dias, Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro teria sido citado por Leó Pinheiro, o que é negado pelo procurador-geral.
COM A PALAVRA, RICARDO BERZOINI:

O ex-ministro afirma que Léo Pinheiro cometeu uma imprecisão em seu relato ao citar a presença de Vital do Rêgo (então senador, hoje ministro do Tribunal de Contas da União), que não estava no encontro. “Nunca estive com Vital do Rêgo junto com o Gim Argello para tratar de qualquer assunto fora do Congresso. Era uma conversa que o Gim me convidou para ter com ele sobre a pauta no Senado na semana seguinte”, afirma Berzoini.
Ainda segundo o ex-ministro, Argello o teria convidado para o encontro na residência do senador em Brasília, sem nem mencionar o empreiteiro. “Não tinha a menor ideia que o Léo poderia aparecer. Conversamos (ele e Gim Argello) por mais de uma hora e, quando estava de saída, apareceu o Léo Pinheiro, com o qual não tenho nenhuma intimidade, e conhecia apenas de vista”, relata o petista.
Berzoini diz ainda que não houve nenhum tipo de pedido ao empreiteiro. “O que houve foi uma conversa do tipo, ‘está começando a comissão parlamentar e é importante que seja uma investigação séria, não uma disputa política eleitoral’”, afirma o ex-ministro.
COM A PALAVRA, A ASSESSORIA DE VITAL DO RÊGO:
“O ministro informa que jamais negociou, com quem quer que seja, valores relacionados a doações ilícitas de campanhas eleitorais ou qualquer tipo de vantagem pessoal. Repudia, com veemência, as infundadas alegações, que são novamente desacompanhadas de qualquer prova relacionada ao seu nome.”





Referências


http://veja.abril.com.br/mundo/dilma-chama-temer-de-traidor-e-se-irrita-com-pergunta/

http://veja.abril.com.br/politica/video-dilma-se-irrita-em-entrevista-a-al-jazeera/

http://www.oantagonista.com/posts/dilma-na-al-jazeera-ela-mata-cachorro

http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-laudo-da-pf-que-aponta-suspeitas-de-fraude-e-desvios-na-chapa-dilma-temer/

https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/270433/Dilma-diz-%C3%A0-PF-que-nomea%C3%A7%C3%A3o-de-ministro-do-STJ-teve-apoio-de-Janot.htm

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/08/17/Por-que-Dilma-ser%C3%A1-investigada-na-Lava-Jato.-E-o-que-acontece-agora

http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/08/teori-autoriza-inquerito-para-investigar-dilma-lula-cardozo-e-mercadante.html


http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/leo-pinheiro-confessa-crimes-a-moro-e-implica-governo-dilma-na-lava-jato/

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