LULA, MORO E AS GRAMATICALHAS
a)
"Frente ao juiz, a testemunha calou-se";
b)
"Frente o juiz, a testemunha calou-se"?
DÚVIDAS TERRÍVEIS
QUEM TERÁ RAZÃO?
NAS GRAMATICALHAS, PELO MENOS...
Gramatigalhas
por José Maria da Costa
30/11/2016
- 13H13 - ATUALIZADA ÀS 13H13 - POR ESTADÃO
CONTEÚDO
Moro ouve hoje Lula como testemunha
de Eduardo Cunha
O
petista vai prestar depoimento por videoconferência
O
juiz federal Sergio
Moro ouve
nesta quarta-feira (30/11), o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, como testemunha de defesa do ex-presidente
da Câmara Eduardo
Cunha (PMDB-RJ). O petista vai prestar depoimento
por videoconferência, ou seja, não vai ficar frente a frente com o magistrado
da Operação
Lava Jato.
SAIBA
MAIS
O
ex-deputado foi preso preventivamente por ordem do juiz federal Sérgio Moro no
dia 19 de outubro, em Brasília. Eduardo Cunha arrolou Lula como uma de suas
testemunhas na ação penal que responde perante a 13ª Vara Federal, de Curitiba,
sob tutela do juiz Moro. Na lista de testemunhas também está o presidente
Michel Temer, que responderá por escrito questionamentos feitos por Eduardo
Cunha.
Na
segunda-feira, 28, Moro vetou 21 das 41 perguntas da defesa do ex-presidente da
Câmara ao presidente da República. Das 21 perguntas proibidas pelo juiz da Lava
Jato, 13 foram consideradas "inapropriadas" pelo magistrado que levou
em conta que "não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr.
Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação
penal".
Eduardo
Cunha é acusado de ter solicitado e recebido, entre 2010 e 2011, no exercício
de sua função como parlamentar e em razão dela, vantagem indevida, relacionada
à aquisição, pela Petrobras de um campo de petróleo em Benin. O ex-presidente da
Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de
divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina
do esquema na Petrobrás.
A
ação já havia sido aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho. O
processo foi remetido para a primeira instância em Curitiba, pois Cunha perdeu
foro privilegiado desde que foi cassado pela Câmara, por 450 votos a 10, no dia
12 de setembro. Com isso, o Supremo remeteu esta ação contra o peemedebista
para a Justiça Federal em Curitiba, sede da Lava Jato.Lula também é réu em ação
penal na 13ª Vara Federal, em Curitiba. O ex-presidente responde por corrupção
e lavagem de dinheiro. O petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões, da OAS,
em forma de benesses, no apartamento tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá
(SP). O dinheiro seria propina de contratos da Petrobras, segundo a
força-tarefa da Operação Lava Jato.
As
primeiras audiências do processo que Lula responde começaram na semana passada
e tiveram bate boca. Moro chegou a suspender as audiências por pelos menos
quatro vezes e advertiu os advogados por "comportamento processual
inadequado".
Na briga Defesa X Moro, Lula entra
com a cara
Josias de Souza
22/11/2016 04:23
Depoimento de Delcídio Amaral na
ação contra Lula - parte 1
Sérgio
Moro começou a ouvir as testemunhas num dos processos em que Lula é réu.
Arrolado pelo Ministério Público Federal como testemunha de defesa, o ex-senador
Delcício Amaral foi o primeiro a depor. A banca de advogados do ex-presidente
petista adotou como principal tática de defesa o ataque ao juiz da Lava Jato.
Os doutores interromperam a audiência várias vezes. Quando Moro tentou colocar
ordem na audiência, foi acusado de cercear a defesa. A coisa descambou para o
bate-boca.
O
ápice da refrega verbal pode ser acompanhado a partir dos 21min53s do vídeo
acima. A pedido de Delcídio, seu rosto não aparece. Mas o áudio é alto e claro.
Os defensores de Lula abespinharam-se com o rumo da inquirição do procurador da
República Diogo Castor de Mattos. Ele arrancava de Delcídio informações sobre o
aparelhamento da Petrobras e o conhecimento que Lula tinha do esquema.
Um
dos defensores do réu, Cristiano Zanin Martins, interveio cinco vezes. Na
quinta interrupção, disse a Moro que o procurador formulava questões alheias ao
objeto do processo, que apura a suspeita de que a OAS bancou ilegalmente R$ 3,7
milhões em despesas de Lula (a reforma do tríplex no Guarujá e o armazenamento
das “tralhas” acumuladas na Presidência), como contrapartida de três contratos
firmados com a Petrobras.
Moro
indeferiu “questão de ordem” do advogado e autorizou o procurador a prosseguir
com a inquirição de Delcídio. Deu-se, então, o rififi. Cristiano disse ao juiz
que ele próprio indefirira a produção de provas durante a fase processual sob a
alegação de que o caso se restringia a três contratos. E Moro: ''Doutor, a
defesa pediu cópias de todas as atas de licitações e os contratos da Petrobras
em 13 anos. É diferente de o Ministério Público fazer uma pergunta para a
testemunha nesse momento. Está indeferida essa questão, podemos prosseguir.''
Cristiano
não se deu por achado. ''Mas é uma questão de ordem, Vossa Excelência tem que
me ouvir!'' Irritado, Moro perguntou se a defesa continuaria formulando uma
questão de ordem a cada dois minutos. Realçou que, “no momento próprio”, os
advogados de Lula teriam a oportunidade de inquirir Delcídio. Fora disso, as
interrupções, por “inapropriadas”, serviam apenas para “tumultuar” a audiência.
Nesse
ponto, interveio outro advogado de Lula, José Roberto Batochio. ''Pode ser
inapropriado, mas é perfeitamente jurídico e legal.'' Moro reiterou: ''Estão
tumultuando a audiência.'' Batochio interrompeu o magistrado: ''O juiz preside,
o regime é presidencialista. Mas o juiz não é dono do processo. Aqui, os
limites são a lei. A lei é a medida de todas as coisas. E a lei do processo
disciplina esta audiência. A defesa tem o direito de fazer uso da palavra pela
ordem.''
Batochio
prosseguiu: “Ou o senhor quer eliminar a defesa? Eu imaginei que isso já
tivesse sido sepultado em 1945 pelos aliados. Vejo que ressurge aqui, nesta
região agrícola de nosso país”. Moro negou que a defesa estivesse sendo
cerceada. Reiterou que as indagações do procurador se inseriam num determinado
contexto. Quando o juiz esboçava a intenção de devolver a palavra ao
representante do Ministério Público, um terceiro advogado de Lula foi à
jugular: “Esse contexto só existe dentro da cabeça de Vossa Excelência!”
Moro
mandou cortar o som dos microfones e interrompeu a audiência. Retomou-a minutos
depois. Conduziu-a aos trancos. Foi a audiência mais tensa de toda a Operação
Lava Jato. Só a falta de argumentos pode justificar a tática da defesa de Lula.
Os doutores não se deram conta. Mas, ao comprar briga com Sergio Moro,
transformam o processo numa espécie de Luta de boxe em que Lula entra com a
cara.
Se
for condenado por Moro, hipótese na qual seus advogados parecem apostar, Lula
não terá senão a alternativa de recorrer ao Tribunal Regional Federal sediado
em Porto Alegre. Ali, os desembargadores não costumam reformar decisões de
Moro. Uma vez ratificada na segunda instância, a sentença terá de ser
executada. Se tudo correr mal para Lula, além de ficar inelegível, o morubixaba
do PT vai para a cadeia. Se tudo correr pior, a cana chega no primeiro
trimestre de 2017.
1ª vez Lula presta depoimento ao
juiz Sérgio Moro e defende Eduardo Cunha
Publicado
em 30 de nov de 2016
Lula
depõe a Moro no caso de Eduardo Cunha e explica nomeações da Petrobras
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IMPERDÍVEL!Depoimento de Lula a
Juiz Sérgio Moro Para a Lava Jato como testemunha de Eduardo Cunha
Publicado
em 30 de nov de 2016
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (30) que desconhece a participação do ex-deputado federal Eduardo Cunha na nomeação do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada para o cargo. Lula também negou ter conhecimento da atuação do então parlamentar na compra de um campo de prospeção de petróleo em Benin, na África, realizada pela Petrobras.
Lula prestou depoimento durante a tarde, na condição de testemunha, no processo em que o Ministério Público Federal (MPF) acusa Cunha de receber propina pelo negócio feito pela Petrobras em Benin. De acordo com as investigações, o ex-deputado também usou contas na Suíça para lavar dinheiro.
A audiência foi realizada por videoconferência. Foi a primeira vez que Lula falou ao juiz Sérgio Moro. O ex-presidente também é réu na Operação Lava Jato, acusado de receber propina da construtora OAS. Segundo a denúncia, a empreiteira cedeu um apartamento tríplex, no Guarujá, a Lula, como forma de pagamento.
Devido a esse processo, os advogados de Lula sugeriram ao ex-presidente que ele se mantivesse em silêncio, sem responder as questões formuladas pelas defesas e pelo MPF, já que Moro preferiu não fazer perguntas. Apesar da recomendação, Lula disse que falaria.
O depoimento de Lula foi rápido. Durou apenas nove minutos. Nesse tempo, os advogados de Cunha perguntaram ao ex-presidente como eram feitas as nomeações para as diretorias da Petrobras, em especial as de Nestor Cerveró e Jorge Zelada.
"A nomeação de Cerveró se deu como outros membros da direção da Petrobras. Ou seja, a indicação ou é feita numa conversa de um ministro da área com a bancada para o Conselho da Petrobras, que é quem nomeia, na verdade, o Cerveró ou qualquer outro diretor", afirmou Lula.
Segundo o ex-presidente, ele sabia apenas que as nomeações de Cerveró e Zelada foram feitas pelo PMDB, mas não tinha detalhes sobre quem de dentro do partido trabalhou pelas pessoas indicadas. "Passa pelo Congresso, pela bancada, pelo partido, pela Casa Civil, pelo ministro de instituição política, passa pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e se a pessoa não tem nada", disse.
Conforme Lula, o governo só fazia uma exigência básica aos partidos que faziam indicações para cargos comissionados. "Só tem uma exigência que nós fazemos para indicar alguém, que a pessoa seja tecnicamente competente, que a pessoa tenha conhecimento da atividade que vai fazer. E todos eles que foram indicados são pessoas que têm competência e história na Petrobras", disse.
Lula também foi questionado sobre a relação entre a nomeação de Zelada e a aprovação da prorrogação da CPMF no Congresso, em 2007. Em delação premiada, o ex-senador Delcídio do Amaral disse que o PMDB condicionou a aprovação do texto à indicação de Zelada para substituir Cerveró na área internacional da Petrobras. O ex-presidente também negou saber algo a respeito dessa relação.
Já o MPF perguntou a Lula se ele sabia dizer quais partidos indicaram pessoas para ocuparem cargos de confiança na Petrobras. Lula disse que qualquer partido da base aliada da época poderia ter feito a indicação, mas que ele lembrava apenas do PP, PT e PMDB.
Bumlai se cala
O pecuarista José Carlos Bumlai também participou da videoconferência. Ele chegou antes de Lula e saiu às 17h50. Ele não conversou com a imprensa. Bumlai foi ouvido no processo contra Eduardo Cunha, mas dessa vez na condição de testemunha de defesa.
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DIRCEU PAVIMENTA O CAMINHO PARA
LULA FRENTE A JUIZ MORO E MANDA RECADO
José Dirceu confessa a Sergio Moro
o esquema de indicação de diretores da Petrobras
Publicado
em 9 de mar de 2016
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Novo depoimento de José Dirceu à
Sérgio Moro (completo)
Publicado
em 21 de out de 2016
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informações em www.odelator.net / @odelator_ / www.facebook.com/odelator
O ex-ministro José Dirceu ficou mais uma vez frente a frente com o juiz Sérgio Moro no processo que apura se ele recebeu de R$ 2 milhões em propina da Petrobrás.
A partir do minuto 20, Zé Dirceu pede à Moro para sair da cadeia.
O ex-ministro José Dirceu ficou mais uma vez frente a frente com o juiz Sérgio Moro no processo que apura se ele recebeu de R$ 2 milhões em propina da Petrobrás.
A partir do minuto 20, Zé Dirceu pede à Moro para sair da cadeia.
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Referências:
http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI4566,51045-Frente+a
http://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2016/11/epoca-negocios-moro-ouve-hoje-lula-como-testemunha-de-eduardo-cunha.html
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2016/11/22/na-briga-defesa-x-moro-lula-entra-com-a-cara/
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