quarta-feira, 27 de setembro de 2023

ROSA QUE TE QUERO ROSA

------------ Poema de Konstantínos Kaváfis - Ítaca Narradores Ascetas ------------ ----------- ‪"Consolação‬"‪ - Rosinha de Valença‬, 1966 ------------- ------------ Consolação Baden Powell ------------- Se não tivesse o amor Se não tivesse essa dor E se não tivesse o sofrer E se não tivesse o chorar Melhor era tudo se acabar Eu amei, amei demais O que eu sofri por causa do amor Ninguém sofreu Eu chorei, perdi a paz Mas o que eu sei É que ninguém nunca teve mais Mais do que eu Composição: Baden Powell / Vinícius de Moraes. ArtistArchive 26 de mai. de 2014 ‪Consolação‬ (Baden Powell) From the German television broadcast "Folklore Der Welt - Bossa Nova do Brasil." Recorded in 1966. ‪Rosinha de Valença‬ - Guitar ‪J. T. Meirelles‬ - Flute Rubens Bassini - Tamborim Chico Batera - Drums Sergio Barroso - Bass ________________________________________________________________________________________________ -------- ----------- In A Sentimental Mood · Duke Ellington · John Coltrane --------------
----------- Wilson Gomes* - Nas guerras morais, professores são alvos fáceis dos radicais Folha de S. Paulo Radicalismo identitário é tão obscurantista quanto o bolsonarismo Para o bolsonarismo, a universidade representou um problema. Aos conservadores de direita incomoda a existência de um setor influente da sociedade no qual o predomínio dos progressistas não é desafiado há décadas. Além disso, não lhes parece certo que toda a sociedade pague por um sistema que, no fundo, seria um aparelho ideológico para reproduzir progressistas e esquerdistas. Daí a insistência retórica em representações da universidade como centro de "doutrinação ideológica", de formação em "ideologia de gênero" e, enfim, de balbúrdia e outras imoralidades. Nos quatro anos de governo Bolsonaro, as universidades federais comeram o pão que o diabo amassou. A ideia era colocar um cabresto na autonomia universitária, reprimir e punir tanto a resistência acadêmica ao bolsonarismo quanto as liberalidades e liberdades universitárias, garrotear as instituições com severos cortes de verbas, além, enfim, de interferir acintosamente para garantir reitores bolsonaristas. Ao mesmo tempo, o bolsonarismo atuou de forma consistente contra a educação em geral. O movimento Escola sem Partido foi uma parte importante da carga contra as escolas. De um lado, atuou para entulhar as casas legislativas de projetos de lei voltados para impedir que os professores inculcassem atitudes e ideias não conservadoras nos estudantes, enquanto com a outra mão defendia o presumido direito dos pais dos alunos a que seus filhos recebessem uma educação religiosa e moral conservadora. Além disso, integrou-se a outros movimentos que então orbitavam o bolsonarismo, como o MBL, para espalhar a crença de que as escolas eram um espaço de "contaminação político-ideológica" e que "um exército organizado de militantes travestidos de professores" tirava vantagem da "liberdade de cátedra e da cortina de segredo das salas de aula para impingir-lhes a sua própria visão de mundo". Disso decorriam as iniciativas para coletar depoimentos de estudantes oprimidos ideologicamente por docentes, para documentar a doutrinação progressista dos livros didáticos e para dar apoio jurídico a quem quisesse acionar a Justiça contra professores. No centro da estratégia, as denúncias de casos de assédio escolar contra pessoas de convicção conservadora e de proselitismo liberal descaradamente praticado contra os inocentes. Mas, enquanto o bolsonarismo distraía a opinião pública, uma outra facção política, igualmente obscurantista e autoritária, ganhava força e tração para golpear a instituição em pontos muito semelhantes aos que incomodavam o bolsonarismo: o radicalismo identitário. Como os bolsonaristas, essa facção acredita que a universidade é um aparelho ideológico usado para a opressão do seu grupo e para reprodução de pessoas e mentalidades hostis à sua posição. Como os bolsonaristas, reclama da instituição universitária como centro de doutrinação, de reprodução ideológica e de práticas de inúmeras imoralidades. Quer um exemplo? Vá ao perfil da Rede Trans Uerj no Instagram. Está lá a mesma matriz acusatória: a universidade é um espaço de opressão e "professores universitários podem ser pessoas extremamente transfóbicas". O segredo das aulas e o poder institucional docentes lhes dão os meios para cometer barbaridades contra minorias. Como o Escola sem Partido, a Rede Trans lista as formas sutis de transfobia docente a que a minoria precisa ficar atenta: "quase nunca te deixar falar; cometer pequenos ‘errinhos’ relativos a nome e pronome com uma frequência muito grande; ativamente impedir que debates trans ocorram em aula; te dar notas estranhamente baixas ou faltas erradas". E, como faziam os movimentos bolsonaristas, ensinam as táticas de combates contra tão insidioso inimigo: reagir sempre, mas nunca sozinho, pois isso permitiria que "os professores te marquem". Afinal, "eles podem e vão agir contra você de maneira coercitiva". Além disso, é preciso constrangê-los e denunciar o crime. Por fim, um último conselho: não confie nas instituições. Não é à toa que membros de minorias que entraram na universidade, alguns com a indispensável ajuda de ações afirmativas, acreditem piamente que a instituição que os acolhe e os seus professores lhes são inimigos jurados, a serem combatidos cotidianamente. O mesmo se estende à escola em geral, pois mesmo onde o bolsonarismo não alcança o docente, o identitarismo radical já fez morada e trincheira. Professores viraram alvos fáceis das guerras morais que convulsionam a sociedade, como patinhos imóveis nos estandes de tiro dos parques de diversões. E os aliados de ontem são os primeiros a apertar o gatilho. *Professor titular da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e autor de "Crônica de uma Tragédia Anunciada" _________________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------- Ulisses Rocha | Morro velho (Milton Nascimento) | Instrumental Sesc Brasil Instrumental Sesc Bra __________________________________________________________________________________________ ------------ Bola de meia Maurilio Nogueira _________________________________________________________________________________________ ----------
------------ "É necessário moldar o vocabulário para não reproduzir discursos racistas - Foto: Seciju/ Governo do Tocantins": ----------
---------- "Laicar: A Democrática Ordem da Rosa premiará civis e militares, nacionais ou estrangeiros, por fidelidade à democracia. Machado de Assis emocionou-se em 1888 ao receber a sua Imperial. Eram tempos do Segundo Reinado." ----------
----------- Imperial Ordem da Rosa ------------- ------------ Rosa Marisa Monte Composição: Pixinguinha. _____________________________________________________________________________________________ ------
---------- Ministra Rosa Weber é aplaudida durante sua última sessão como presidente do Conselho Nacional de Justiça. Foto: Ana Araújo/Ag. --------- Em última sessão no CNJ, Rosa Weber destaca trabalho para dar voz às minorias e defender a democracia 27 de setembro de 2023Notícias CNJ / Agência CNJ de Notícias Políticas públicas focadas nas minorias, nos mais vulneráveis e nos direitos humanos marcaram a gestão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, que realizou sua última sessão plenária no Conselho, nesta terça-feira (26/9). Para a ministra, sua atuação no CNJ possibilitou atuar sobre a realidade como ela é e dar voz, em especial, aos que “não têm vez, nem voz”. Integrante há quase cinco décadas da magistratura nacional, a ministra Rosa Weber destacou a oportunidade que teve de, na Presidência do CNJ, visitar quilombos, aldeias indígenas, estabelecimentos prisionais e de cumprimento de medidas socioeducativas, que descortinaram um Brasil, em suas palavras, nem sempre agradável de ser visto. “Esse é um país que tem de ser conhecido para ser transformado, com o olhar voltado a uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e sem preconceitos, e com uma escuta atenta e participação, nas soluções pensadas, dos diretamente envolvidos”, disse. Em seu balanço final de gestão, a presidente do CNJ rememorou os fundamentos que a fizeram buscar, no último ano, o resgate do que chamou de “CNJ raiz”, conforme funções definidas pela Emenda Constitucional 45. “Com atenção especial e tratamento prioritário às minorias diante das marcantes desigualdades sociais e econômicas que constituem uma verdadeira chaga em nosso país, o CNJ traz, em suas funções, o dever de instituir políticas judiciárias, de caráter nacional, e tendo como norte uma prestação jurisdicional qualificada e séria”, declarou. Os ataques antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano também foram lembrados pela ministra em seu discurso final. “O chamado Dia da Infâmia não deve ser esquecido para que não volte a se repetir jamais. Tais fatos acenderam o alerta para a necessidade de cuidado diário com nosso Estado Democrático de Direito via aperfeiçoamento das nossas instituições democráticas”, enfatizou. A ministra voltou a defender uma magistratura isenta e independente e uma imprensa livre como aspectos essenciais à democracia. “É importante um Poder Judiciário capaz de defender a incolumidade da supremacia constitucional, a intangibilidade da ordem democrática, aliado aos direitos, às garantias e às liberdades individuais”, reiterou. Comprometimento Sobre a finalização desse ciclo em sua carreira, Rosa Weber reafirmou os princípios que a nortearam no CNJ e possibilitaram a todos os envolvidos o cumprimento das metas institucionais propostas, inclusive com a produtividade expressiva em julgamento de processos. Os números fazem parte do relatório de gestão disponibilizado no portal do CNJ. Pelo trabalho e resultados alcançados, ela agradeceu aos conselheiros e às conselheiras do CNJ, aos juízes e às juízas auxiliares, ao quadro funcional do CNJ, aos colaboradores, às colaboradoras, aos estagiários e às estagiárias – inclusive estudantes de origem indígena, recebidos pelo Conselho a partir de iniciativa da ministra. Rosa Weber também ressaltou o papel desempenhado pelos quadros da magistratura nacional, das associações de classe e dos integrantes do Sistema de Justiça como um todo, assim como de entidades e organizações da sociedade civil e de cidadãos e cidadãs, que “colaboraram com denodo e comprometimento” nos observatórios, fóruns, grupos de trabalho e comissões do CNJ. Homenagens O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, foi o primeiro a se pronunciar em homenagem à ministra Rosa Weber. Ele destacou a maneira cordial com que Rosa Weber conduziu as atividades no CNJ, mantendo também a firmeza. “A contribuição que a senhora dá para a causa do gênero é essa: é essa imagem de dedicação, de firmeza, de suavidade no trato, mas de firmeza e de independência na condução dos trabalhos”, disse. Contemporâneo da ministra Rosa Weber quando ela atuou no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Vieira de Mello Filho lembrou a dedicação da magistrada. “Vossa Excelência, de fato, trabalhou muito, desesperadamente, mas o fez com muita alegria e sempre com um sorriso no rosto, e jamais perdeu o seu equilíbrio, jamais perdeu a sua esperança no ser humano e na possibilidade de transformar, construir e trazer algo de novo para o nosso povo sofrido.” Para Mauro Martins, Rosa Weber marcou a história do Poder Judiciário. “Vossa Excelência está prestes a se aposentar, mas se aposenta com a absoluta sensação do dever cumprido e com a certeza de que deixa um Poder Judiciário muito melhor do que antes.” O conselheiro Marcio Freitas fez sua homenagem na mesma linha. “Muito mais do que um símbolo, do que um farol para o Poder Judiciário, Vossa Excelência se consolidou como alguém na história desse país”, afirmou. Entre as mulheres que compõem o Plenário do CNJ, a conselheira Salise Sanchotene afirmou que a ministra é uma referência para as juízas brasileiras. “Nós precisamos de exemplos, todos nós, na nossa atuação profissional, e ver uma mulher chegar ao topo e exercer a Presidência de um órgão como esse e do Supremo Tribunal Federal, com uma verdadeira liderança, uma liderança que inspira todas nós, prova que uma mulher num lugar de poder pode ser firme, assertiva e, ao mesmo tempo, doce, como a senhora foi.” A conselheira Jane Granzoto completou: “Nos momentos de maior atribulação, Vossa Excelência chega com a leveza, com a ponderação, com a prudência, fazendo com que tudo se resolva da melhor forma.” Em referência ao papel da presidente do STF diante dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, o conselheiro Richard Pae Kim recordou a emoção da abertura da primeira sessão do STF após aquele dia. “Naquele momento, vi a grandeza da sua força e do seu trabalho na defesa do Poder Judiciário e a importância que a senhora teve para todos nós, enquanto Brasil, enquanto país que quer a sua democracia.” Já o conselheiro Giovanni Olsson, que também é juiz do Trabalho, falou sobre sua admiração pela carreira construída pela ministra e da honra em ter podido atuar no CNJ ao longo desta gestão. “Sempre tive, da sua trajetória, uma grande fonte de inspiração e, aqui no CNJ, vim conhecer presencialmente e vivenciar pessoalmente, nesses nove meses, a sua enorme capacidade de liderança”. Entre os feitos da ministra Rosa Weber em sua gestão, o conselheiro João Paulo Schoucair destacou a coragem de enfrentar a questão das cotas, tanto indígenas quanto a de gênero, definida em julgamento nesta terça-feira (26/9) pelo Plenário do CNJ, e, no STF, o julgamento do marco temporal das terras indígenas. “O seu trabalho, a senhora responde com silêncio. Essa, para mim, foi a maior lição. Os dados eles respondem por si só.” O conselheiro Marcos Vinícius Jardim também rememorou ações da ministra e desejou um futuro de mais realizações. “A senhora tem demonstrado muita sabedoria, não só ao longo do seu mandato, mas ao longo da sua vida. E sendo tão operosa, simples e sábia como a senhora, eu tenho certeza que novos ciclos de muito valor e muita simplicidade virão na sua vida.” Último a se manifestar, o conselheiro Marcello Terto pontuou: “Vossa Excelência é um espírito muito refinado, delicado, mas que consegue comandar pelo olhar. Nós, aqui, sabemos disso. A ordem aqui é estabelecida com bastante liderança”. A 2ª Sessão Extraordinária de 2023 foi encerrada pela ministra Rosa Weber com a leitura do poema Ítaca, do poeta Konstantinos Kaváfis (1863-1933). Em uma referência à obra Odisseia, de Homero, a obra fala da viagem para casa como um encontro consigo. “Parti rumo à Ítaca e, estou certa, que cheguei”, concluiu. Texto: Ana Moura Edição: Sarah Barros Agência CNJ de Notícias TAGS: MARCOS VINÍCIUS JARDIM RODRIGUES, ROSA WEBER, LUIZ PHILIPPE VIEIRA DE MELLO FILHO, JANE GRANZOTO TORRES DA SILVA, SALISE MONTEIRO SANCHOTENE, GIOVANNI OLSSON, MARCELLO TERTO E SILVA, LUIS FELIPE SALOMÃO, SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, JOÃO PAULO SANTOS SCHOUCAIR, DECISÕES DO CNJ / PLENÁRIO OU MONOCRÁTICAS https://www.cnj.jus.br/em-ultima-sessao-no-cnj-rosa-weber-destaca-trabalho-para-dar-voz-as-minorias-e-defender-a-democracia/ _______________________________________________________________________________________________________________ --------------
---------- Na despedida de Rosa Weber. CNJ aprova ação pela paridade de gênero Medida cria lista de promoção só com juízas no tribuanais de 2ª instâncias no País, que deve ser alternada com lista mista para preencher cargos. Presidente do CNJ e do STF, Rosa Weber quis deixar um legado para as magistradas.Ela se aposentará amanhã. ... All Rosa Valor Em Alta, Majestosa e Figadal Rosa que te quero, Rosa, em alvorada, Com Rosa Saro, a vida é renovada, Condecoração de Machado de Assis, A Rosa para a Academia, não se dissipa, é real. Rosa não é rasa, é profunda em seu fulgor, É o nome de flor, do frevo ao maracatu, Laicar Igualdade, como pérola no mar, Ritmo de decréscimo de juros, a jura que nos cativa. Um poema artificial, em versos aleatórios, Mas no vermelho rosa, encontramos os sentidos, Capa de Jornal, notícia que nos inebria, Violeta com Verde Oliva, produz Preto, magia. Rosa Valor Em Alta, majestosa e figadal, Em suas conexões, a beleza se revela, Na dança do frevo e no canto do maracatu, A Rosa floresce em nós, eterna e imortal. _____________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ Condecoração da Imperial Ordem da Rosa na categoria de Oficial. ---------- Características Imperial Ordem da Rosa – Grande Dignitário. Imperial Ordem da Rosa Condecoração da Imperial Ordem da Rosa - Grau: Oficial. Colar da Imperial Ordem da Rosa. Insígnia Anverso: Estrela branca de seis pontas maçanetadas, unidas por guirlanda de rosas. Ao centro, medalhão redondo com as letras "P" e "A" entrelaçadas, em relevo, circundado por orla azul-ferrete com a legenda "AMOR E FIDELIDADE". Reverso: igual ao anverso, com alteração na inscrição para a data de 2-8-1829, e, na legenda, para "PEDRO E AMÉLIA". Colar: rosas e brasões do estilo francês, com as letras "P" e "A" entrelaçadas, ligadas por um fio dourado. Fita e banda De cor rosa-claro, com duas orlas brancas. Graus Os graus em ordem decrescente são:[3] Grã-Cruz (com o tratamento de Excelência e limitado a 16 recipientes) Grande-Dignitário (com o tratamento de Senhor e limitado a 16 recipientes) Dignitário (com o tratamento de Senhor e limitado a 32 recipientes) Comendador (com o tratamento de Senhor e ilimitado em número de recipientes) Oficial (gozava das honras de Coronel e ilimitado em número de recipientes) Cavaleiro (gozava das honras de Capitão e ilimitado em número de recipientes) ---------- Condecorados -----------
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------------ Machado de Assis ---------- Escritor --------- Oficial ---------- 1888 ----------- https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperial_Ordem_da_Rosa#Titulares ______________________________________________________________________________________________________________________ ----------
------------- CNJ muda regras para promoção de magistrados ------------- CNJ muda critérios de promoção por merecimento para ampliar número de juízas na 2ª instância Nova regra prevê uso alternado de duas listas: uma mista, e outra somente com nomes de mulheres. Texto original alterava também as listas de promoção por antiguidade, mas não houve consenso. Por Kevin Lima, Fabio Amato 26/09/2023 12h35 Atualizado há 20 horas CNJ muda regras para promoção de magistrados O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (26) uma proposta que altera regras para a promoção por merecimento de juízes à segunda instância do Judiciário a fim de ampliar o número de mulheres nesses cargos. O texto prevê que a criação de duas listas – uma mista e outra contendo apenas juízes mulheres – que seriam utilizadas de forma alternada pelos tribunais de segunda instância. Essas listas serão usadas, na mecânica de promoção por merecimento, até que o tribunal atinja pelo menos 40% de magistradas mulheres. O critério do merecimento é um dos tipos de promoções possíveis na carreira dos juízes. O critério de antiguidade também é usado – e nesse caso, por enquanto, nada muda. Segundo a resolução, o preenchimento das vagas deverá seguir esse critério "até o atingimento de paridade de gênero no respectivo tribunal". A medida será válida para tribunais de Justiça estaduais, tribunais regionais federais e tribunais regionais do trabalho. Após a aprovação, a relatora, conselheira Salise Sanchotene, afirmou que não haverá o critério para os tribunais regionais eleitorais e militares. Segundo ela, para viabilizar a aprovação, foi decidido que serão precisos novos estudos. Atualmente, para disputar a uma vaga por merecimento, o magistrado deve cumprir os seguintes requisitos: no mínimo dois anos de exercício do cargo figurar na primeira quinta parte da lista de antiguidade aprovada pelo respectivo Tribunal não reter de forma injustificada processos além do prazo legal e não ter sido punido nos últimos 12 meses Ao final do julgamento, entre lágrimas, Salise afirmou que foi um "dia de vitória" e que a medida representa um avanço em direção à paridade de gênero no Judiciário. CNJ volta a discutir novas regras para aumentar presença de juízas em tribunais de segunda instância CNJ volta a discutir novas regras para aumentar presença de juízas em tribunais de segunda instância Recuo na proposta A proposta aprovada pelos conselheiros representa, no entanto, um recuo no texto proposto originalmente pela relatora, Salise Sanchotene, que estabelecia as listas alternadas também para as promoções por antiguidade. A discussão dessa mudança levou a críticas de entidades que representam magistrados. Em um acordo para garantir a aprovação, Salise acolheu sugestão do conselheiro Richard Pae Kim e desidratou o texto, excluindo a política afirmativa nas promoções por antiguidade. “Eu diria que está maduro para avançarmos nas listas alternadas de merecimento e faremos um monitoramento vigilante, isso posso garantir. Esse assunto pode voltar ao CNJ oportunamente caso se veja que não evoluímos como gostaríamos ainda pelos critérios que estabelecemos. Penso que para esse momento estamos fazendo um grande avanço”, afirmou a relatora. Em sua última sessão como presidente do CNJ, a ministra Rosa Weber, que também é presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse considerar o resultado como uma “verdadeira vitória”. “Às vezes, nós temos que ir mais devagar ainda que, a cada passo, acumulando e enriquecendo, mas, sobretudo, estabelecendo consensos. Se Vossa Excelência [Salise Sanchotene], que apresentou, ao meu juízo, um voto brilhante a que eu estava a aderir na integralidade, está a propor um consenso a partir de um voto tão cuidadoso. Confesso que sinto esse resultado como uma verdadeira vitória”, disse. Durante a apresentação dos votos de outros conselheiros, Rosa avaliou que seria possível “avançar mais”, em referência à ampliação das listas alternadas também para as promoções por antiguidade. “Estamos fazendo essa concessão de 50%, mas, em algumas manifestações [de conselheiros], vejo que poderíamos avançar mais.” Homens são maioria Levantamento do CNJ identificou que, em média, 38% da magistratura era formada por juízas mulheres no ano de 2022. Segundo a pesquisa, em alguns estados, porém, a proporção é menor e em dois, Rondônia e Amapá, não há mulheres nos tribunais. Os dados fundamentaram o voto apresentado no último dia 19 pela conselheira Salise Sanchotene. Salise afirmou que as barreiras que dificultam uma maior participação das mulheres nos tribunais “não estão sendo demovidas pela natural passagem do tempo”, por isso a necessidade da adoção de medidas para corrigir o desequilíbrio. “Todos os consistentes dados até agora produzidos no Brasil, inclusive pelo próprio CNJ, são cristalinos em demonstrar a necessidade de mecanismos concretos para viabilizar a progressão na carreira das magistradas brasileiras, sob pena de frontal violação ao princípio da igualdade substantiva pelo próprio órgão responsável pela sua concretização, já que mantido o atual estado de coisas sequer é possível projetar quando poderá haver o alcance da igualdade de gênero no Poder Judiciário brasileiro”, disse. Míriam defende políticas públicas para quebrar o monopólio de homens brancos no poder Míriam defende políticas públicas para quebrar o monopólio de homens brancos no poder Comentários (7) Veja também CNJ volta discutir novas regras para aumentar presença de juízas em tribunais de segunda instância Bom Dia Brasil CNJ volta discutir novas regras para aumentar presença de juízas em tribunais de segunda instância Em 2022, em 13 tribunais do país, não tinha nenhuma juíza ou desembargadora. 26 de set de 2023 às 09:26 Mais do G1 Economia Governo deve insistir na meta fiscal, mesmo que não a cumpra, diz Campos Neto Chefe do BC se reúne pela 1ª vez hoje com Lula, que tem criticado duramente a política de juros. Há 59 minutosEconomia ____________________________________________________________________________________________________ ----------- ------------- Dora Dorival Caymmi ----------- Dora, rainha do frevo e do maracatu Dora, rainha cafuza de um maracatu Te conheci no Recife Dos rios cortados de pontes Dos bairros, das fontes coloniais Dora, chamei Ò Dora! . . .Ò Dora! Eu vim à cidade Pra ver você passar Ò Dora ... Agora no meu pensamento eu te vejo requebrando Pra cá,ora prá lá Meu bem! .... Os clarins da banda militar, tocam para anunciar Sua Dora, agora vai passar. Venham ver o que é bom Ò Dora, rainha do frevo e do maracatu Ninguém requebra, nem dança, melhor que tu! Composição: Dorival Caymmi. _______________________________________________________________________________________________ ------------- ---------- Cartola - Verde Que Te Quero Rosa (Audio) ________________________________________________________________________________________________________ ----------
----------- ________________________________________________________________________________________________ A BOLA DA VEZ "Um homem ao mar" ___________________________________________________________________________________________ ----------- Nas entrelinhas: Barraco de Heleno na CPI evita convocação de Garnier Publicado em 27/09/2023 - 08:38 Luiz Carlos AzedoBrasília, Comunicação, Congresso, Eleições, Governo, Memória, Militares, Partidos, Política, Política, Violência O general falou mais do que deveria, quando poderia ficar calado. Mentiu sobre a participação de Mauro Cid nas reuniões com os comandantes militares O barraco na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, durante o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, nesta terça-feira, evitou a discussão da convocação do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Segundo o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, em delação premiada, Garnier teria sido o único comandante militar a apoiar a proposta do então presidente Jair Bolsonaro de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afastar o ministro Alexandre de Moraes do comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais uma vez, a reunião da CPMI foi marcada por bate-boca entre deputados. No depoimento do general Augusto Heleno, deputados e senadores bolsonaristas tumultuaram a reunião e interromperam várias vezes os parlamentares governistas. O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), para controlar o plenário, chegou a expulsar o deputado Abilio Brunini (PL-MT) da sessão. O parlamentar já havia sido advertido nas sessões passadas por fazer piadas e interromper os colegas. Nesta terça-feira, interrompeu a deputada Duda Salabert (PDT-MG), que é transexual, e acabou irritando Maia, que normalmente é fleumático na condução dos trabalhos. “Tem gente que quer se promover às custas do bate-boca e da irritação. Tem gente que vem para a CPMI apenas para fazer o papel do palhaço”, disse Maia. Mas o barraco acabou protagonizado pelo próprio depoente. O general Augusto Heleno chamou a deputada Salabert de “senhor”, depois de se irritar com a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Salabert havia questionado a atuação de Heleno no Haiti, que comandou a missão de paz da ONU, a cargo do Brasil, no combate e na eliminação das gangues que controlavam boa parte do território de Porto Príncipe. “Essa é uma afirmativa mentirosa. Se eu quiser, eu vou para a Justiça, processo o senhor e boto o senhor na cadeia”, declarou. No mesmo instante, Duda corrigiu o general: “É senhora”. Com o tumulto, a reunião foi suspensa. Ao ser retomada, porém, Duda pediu a palavra e disse que o general havia se desculpado: “O general Augusto Heleno, quando eu entrei na sala, me pediu desculpas por ter me tratado no masculino”, disse. “A Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional não são um quartel que o general pode mandar prender quem bem entender. Aqui nós estamos no contexto de democracia, e não de ditadura, a qual o senhor ajudou a construir em 1964”, completou Duda. Foto desmente O general Heleno acabou falando mais do que deveria, pois um habeas corpus lhe garantia o direito de permanecer calado. Mentiu sobre a participação de Mauro Cid nas reuniões com os comandantes militares. “Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar numa reunião dos comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. Isso é fantasia. É a mesma coisa essa delação premiada, ou não premiada, do Mauro Cid… Estão apresentando trechos dessa delação, e me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa, ninguém sabe o que o Cid falou”, declarou. Imediatamente, nas redes sociais, surgiram fotos de uma reunião de Bolsonaro, em 25 de fevereiro de 2019, com o ministro da Defesa e os chefes de Marinha, Exército e Aeronáutica, nas quais aparecem Heleno e Mauro Cid. Uma delas, publicada no site do próprio governo, desmente Heleno: “Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante reunião com Fernando Azevedo, Ministro de Estado da Defesa; Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Júnior, Comandante da Marinha do Brasil; General de Exército Edson Leal Pujol, Comandante do Exército Brasileiro; Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, Comandante da Aeronáutica; Almirante Esq Cláudio Portugal de Viveiros, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Interino, e Alte Esq Almir Garnier Santos, Secretário-Geral do Ministério da Defesa”, diz a legenda. Ex-comandante da Marinha, almirante Garnier é a bola da vez na CPMI, no lugar do general Braga Netto, ex- ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice de Bolsonaro, cujo depoimento já foi adiado duas vezes. Em tese, o ex-comandante da Marinha é um “homem ao mar” desde segunda-feira, quando o ministro da Defesa, José Múcio, se reuniu com o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e com os comandantes do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, e o da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, para discutir os rumos da CPMI. Embora tenham concluído que o depoimento de Garnier seria inevitável, a convocação do ex-comandante da Marinha não foi posta em votação pelo presidente da comissão. Nos bastidores, o próprio governo trabalha para jogar água fria na CPMI e evitar a convocação dos ex-comandantes, porque o acirramento do confronto entre bolsonaristas e governistas dificulta a pacificação nas Forças Armadas. Compartilhe: ___________________________________________________________________________________________________ -----------
--------- __________________________________________________________________________________________________ “- Ela fala as ‘coisa’ que ela acha que estão na minha cabeça, porra. É pra ficar puto. Puta que a pariu!” ________________________________________________________________________________________________ ----------- ---------- Ao vivo: reunião da CPMI do 8 de janeiro para ouvir general Augusto Heleno – 26/9/23 --------- TV Senado __________________________________________________________________________________________ ----------
---------- CPMI do 8 de Janeiro ouve General Augusto Heleno – 26/09/23 ---------- ___________________________________________________________________________________________ Pra fechar - Na sua opinião, as eleições brasileiras, agora, em 2022, foram fraudadas? - Já tem o resultado das eleições. Já tem um novo presidente da República. Pô, não posso dizer que foram fraudadas. - O senhor mudou de ideia, né? _________________________________________________________________________________________ https://www.youtube.com/watch?v=p_ZpwUApkVo __________________________________________________________________________________________

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