Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 19 de maio de 2023
SEGREDO
O princípio da separação de poderes está consagrado no art. 2.º da Carta de 88, verbis: "Art. 2. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre sí, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário."
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Lincoln 20 Min. Featurette (2012) - Steven Spielberg Movie HD
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Música | Choronas - Brasileirinho (Waldir Azevedo)
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O poema é filho do poeta
Se filho pobre se torna
Pobre poeta converte
Se filho rico tanstorna
Poeta rico compete
Pobre poeta pobre
Rico poeta rico
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O pobre poema | Mario Quintana | Sonoridade Literáriawww.youtube.com › watch
1:42
Edu Teller apresenta o poema "O pobre poema", de Mario Quintana.
6. O pobre poema
Eu escrevi um poema horrível!
É claro que ele queria dizer alguma coisa...
Mas o quê?
Estaria engasgado?
Nas suas meias-palavras havia no entanto uma ternura mansa como a que se vê nos olhos de uma criança doente, uma precoce, incompreensível gravidade
de quem, sem ler os jornais,
soubesse dos seqüestros
dos que morrem sem culpa
dos que se desviam porque todos os caminhos estão tomados...
Poema, menininho condenado,
bem se via que ele não era deste mundo nem para este mundo...
Tomado, então, de um ódio insensato,
esse ódio que enlouquece os homens ante a insuportável
verdade, dilacerei-o em mil pedaços.
E respirei...
Também! quem mandou ter ele nascido no mundo errado?
Mário Quintana
in “Baú de Espantos”
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FLAVIO CASTRO - O POBRE POEMA - MARIO QUINTANA
Poesia na Janela
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O pobre poema é um metapoema, isto é, um poema que fala sobre a sua própria construção. É como se o poeta tirasse o véu que cobre o processo de criação e convidasse o leitor a espreitar o que se passa na oficina da escrita.
O poema aqui parece ganhar vida própria e o poeta, sem jeito, não sabe bem o que fazer com ele.
Comparando o poema com uma criança doente, o sujeito poético parece estar perdido, sem saber como conduzir a situação e como lidar com aquela criatura (o poema) que saiu de dentro dele.
A meio de uma crise de desespero, sem saber o destino daquilo que criou sabendo-o incompatível com a realidade do mundo, o poeta resolve rasgar o poema em muitos pedaços.
https://www.culturagenial.com/poemas-mario-quintana/
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Segredo
Dalva de Oliveira
Seu mal é comentar o passado
Ninguém precisa saber
O que houve entre nós Dois
O peixe é pro fundo das Redes
Segredo é pra quatro paredes
Não deixe que males pequeninos
Venham transtornar os nossos destinos
O peixe é pro fundo das redes
Segredo é pra quatro paredes
Primeiro é preciso julgar
Pra depois condenar
Quando o infortúnio nos bate à porta
E o amor nos foge pela janela
A felicidade para nós está morta
E não se pode viver sem ela
Para o nosso mal
Não há remédio
Coração
Ninguém tem culpa da nossa desunião
Composição: Herivelto Martins / Marino Pinto.
https://www.letras.mus.br/dalva-de-oliveira/243879/
https://www.almg.gov.br/educacao/espaco_professor/planos_aula/arquivos/legislativo_executivo_judiciario_funcoes/legislativo_executivo_judiciario_funcoes.html
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sexta-feira, 19 de maio de 2023
Vinicius Torres Freire - CPIs e guerrilhas no Congresso
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Folha de S. Paulo
Inquéritos e movimentos para derrubar iniciativas de Lula mostram desordem política do governo
O Congresso está livre, pesado e solto. Ainda é má notícia para o governo. Note-se a quantidade de CPIs que vão sendo aprovadas, algumas delas capazes de produzir espuma tóxica. Há também planos para derrubar iniciativas de Luiz Inácio Lula da Silva tais como os decretos anti-armas ou demarcações de terras indígenas.
Por enquanto, são escaramuças e focos de guerrilhas políticas. Mas indicam a grande dificuldade do governo de fazer um acordo suficiente para pacificar em particular a Câmara, o que quer dizer Arthur Lira (PP-AL), seu presidente, e lideranças agregadas.
O acordo é intragável e pode ser venenoso. Basicamente, significa entregar a Lira e seu comando colegiado uma variante do controle sobre o fluxo de emendas parlamentares.
A vida de Lula não seria fácil de qualquer maneira, pois este é um Congresso especialmente direitista, por motivos variados, em um país que escolhe em massa prefeitos e parlamentares de direita e onde quase metade votou em Jair Bolsonaro. O clima é tal que até Lira se diz liberal desde criancinha e se faz de fiador das "reformas", sob aplauso de donos do dinheiro.
A CPI do MST pode causar queimaduras, embora até aqui não passe de um recado do agro para Lula e uma tentativa de lançamento da campanha de Ricardo Salles (PL-SP), vulgo Boiada, à prefeitura de São Paulo.
A CPI dos Atos Golpistas anda meio zumbi, mas deve começar na semana que vem. Pode morrer de inapetência, do governo e da oposição de extrema direita, que corre o risco de ver seus tiros saírem pela culatra. Isto é, em mais complicações para as lideranças políticas, digitais e empresariais do bolsonarismo. Mas também pode render mentiras lunáticas para alimentar redes sociais, que aceitam qualquer coisa, e animar a militância demente.
Vai haver uma por enquanto desanimada CPI das ONGs, investigações desde 2002. Na lista há também uma CPI das Americanas, que seria muito divertida se fosse séria, e a da das apostas esportivas.
Na rotina do Congresso, essas investigações costumam cair no oblívio, no esquecimento entediado. Ainda assim, por serem tantas são sinal de desordem do Planalto e de que o comando parlamentar dá corda para quem quer fazer barulho. Apesar do sucesso da tramitação do dito arcabouço fiscal, Lula 3 não consegue propor uma pauta dominante, que jogue para o lado diversionismos malandros ou bloqueie iniciativas de risco.
O movimento em geral é o da direita que quer dar uma demonstração de força para Lula, como o do agro e de líderes políticos evangélicos. O governo não consegue dialogar nem com os liberais "frente ampla" que o apoiaram no segundo turno em 2022, que estão em desapontamento amargo. Muito menos ainda inventou um jeito de conversar com o agro e evangélicos, osso duríssimo.
Política no Congresso não é, óbvio, reflexo de movimentos sociais. Mas articulações ou armistícios sociais importam —por falar nisso, note-se que até o Conselhão, de volta, foi mais ignorado do que de costume. Claro que há limites para a conversa, até porque muita gente dessa direita quer apenas ver Lula pelas costas, para usar termos amenos. Parte dela queria golpe. Não está nada fácil, reconheça-se.
Os anos de 2003 e 2004, o primeiro biênio de Lula 1, também foram tensos e confusos, por outros motivos. Com a bagagem puída de mais de 13 anos de poder, uma direita enorme, política digital, uma década de tumulto institucional e de depressão econômica, além de um Estado exaurido, a tarefa agora é bem mais complicada. Pode ficar um tanto menos se houver um programa político e reformista atraente e acordos para mudar o ambiente. Ainda não há e o "milagre do crescimento" não virá tão cedo, se vier.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
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O princípio da separação dos poderes, proposto por Montesquieu, afirma que o Legislativo cria leis, o Executivo as executa e o Judiciário as julga. Esse princípio está presente na Constituição Federal da República Federativa do Brasil, que estabelece a organização e o funcionamento dos poderes no país, garantindo o estado democrático de direito.
A separação dos poderes é fundamental para evitar concentração excessiva de poder e garantir a harmonia entre os poderes. O Legislativo é responsável por elaborar e aprovar leis, o Executivo deve implementar essas leis e administrar o país, e o Judiciário é encarregado de interpretar e aplicar as leis, além de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos.
Um governo antiliberal, por outro lado, representa perigos e consequências negativas para a democracia. O liberalismo se baseia na defesa das liberdades individuais, proteção dos direitos humanos, limitação do poder estatal e a valorização da economia de mercado. Um governo antiliberal tende a restringir essas liberdades, concentrar poder nas mãos de poucos, violar direitos humanos e adotar políticas econômicas intervencionistas.
As consequências de um governo antiliberal podem incluir a deterioração do estado democrático de direito, a supressão de direitos e garantias fundamentais, a corrupção, a falta de transparência e a instabilidade política e econômica. O respeito aos princípios liberais e à separação dos poderes é essencial para a manutenção de uma sociedade democrática e justa.
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