Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
segunda-feira, 29 de maio de 2023
ENCRUZILHADAS E VIAS
"O primeiro problema a discutir é de natureza democrática."
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Encruzilhada - O que é, conceito e definição
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By Chumbo Gordo
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segunda-feira, 29 de maio de 2023
Fernando Gabeira - Variações em torno do L
O Globo
São fortes as correntes que querem pura e simplesmente aumentar o PIB, não importam as consequências
A Câmara mostrou no meio da semana o insustentável peso do atraso no Brasil. Esvaziou os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, flexibilizou as leis que impedem a devastação da Mata Atlântica — enfim, jogou o país de novo numa atmosfera dos anos 1950.
O primeiro problema a discutir é de natureza democrática. Afinal, quem foi eleito presidente da República, Lula ou Lira? Em quem pensava a maioria dos brasileiros quando derrotou Bolsonaro?
Diante de um governo que se instala vitorioso, depois de apresentar um programa à sociedade, não tem sentido a Câmara definir como ele deve se organizar para exercer suas tarefas. Pelo menos teoricamente, ele sabe de que tipo de estrutura necessita para realizar o trabalho.
As mudanças que a Câmara fez são absurdas. Como retirar a gestão das águas do Meio Ambiente, sem perceber que o tema envolve não apenas irrigação de lavoura, mas também proteção de nascentes, medidas estratégicas para garantir que gente e bicho não tenham sede? Como dissociar do Meio Ambiente a questão dos resíduos sólidos, que envolve todo um complexo que não se esgota na construção de aterros sanitários, mas passa pela educação ambiental, pelo estímulo à indústria da reciclagem e tantos outros procedimentos?
Um dos absurdos mais contundentes: retirar do Ministério dos Povos Indígenas a tarefa de conduzir a demarcação das terras indígenas. Foi como dizer abertamente que a Câmara não aceita a existência dessa pasta, um compromisso não só de campanha, mas também internacional. O Cadastro Ambiental Rural também sai do controle do Meio Ambiente.
Embora ninguém tenha feito o L para colocar um deputado fisiológico na Presidência, é preciso reconhecer que as forças do atraso tiveram uma boa noção de timing. Elas sabem ler as ambiguidades do L vitorioso na campanha. Os últimos dias foram marcados por uma disputa sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas. São fortes as correntes que querem pura e simplesmente crescer, aumentar o PIB, independentemente das consequências. O próprio Lula afirmou:
— É a 530 quilômetros da Amazônia.
Esqueceu que a região abriga quase 300 quilômetros de corais, recentemente descobertos por uma expedição científica.
Outros sinais de ambiguidade em relação ao discurso ambiental também estão claros. A própria promessa de que todos poderão comer picanha soa um pouco deslocada, mas pode ser atribuída à retorica eleitoral. Não é a mesma coisa a intenção de produzir carros populares em massa. Isso entra em choque com alguns fundamentos, como mobilidade urbana ou redução dos gases de efeito estufa.
O destino ambiental do Brasil, seu próprio futuro no mundo, depende hoje de uma Câmara retrógrada e de um governo ambivalente. Não se pode esperar um rompimento, pois o governo precisa dos deputados para funcionar. Mas se pode pedir mais coerência. A Câmara não baniu as atividades ambientais e de demarcação de terras indígenas. Continuam sob a égide do governo central. Cabe a ele, diante das limitações, encontrar um caminho para realizar aquilo que prometeu, numa estrutura desfeita, mas cujas peças fundamentais permanecem em suas mãos.
E, finalmente, a decisão de flexibilizar a destruição da Mata Atlântica, contra a vontade do Senado, pode ser vetada. O mais importante é mostrar claramente com que L contamos para que Marina Silva e Sonia Guajajara não fiquem sozinhas, lutando contra a maré reacionária. Há muita gente com elas na planície e também no planeta Terra.
De certa maneira, o que aconteceu no meio da semana é um choque de realidade, o fim das ilusões de que a questão ambiental depende apenas do governo, quando, na verdade, depende da luta de todos, às vezes entorpecidos pela melodia do discurso oficial.
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O que é vento de proa e de cauda?
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Vento de proa e de cauda são termos utilizados na navegação aérea e marítima para descrever a direção e a velocidade do vento em relação a uma embarcação ou aeronave.
Ambos os tipos de vento têm impacto significativo na navegação e na aviação, e os pilotos e capitães devem levar em consideração as condições do vento ao planejar suas rotas e operações.
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Realidade é o inferno de Lula
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segunda-feira, 29 de maio de 2023
Demétrio Magnoli - Quando o inferno é a realidade
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O Globo
Como governar sem uma base majoritária estável?
‘O inferno são os outros.’ Jean-Paul Sartre referia-se tanto aos alemães invasores, denominados “os outros” pelos franceses na guerra mundial, como ao julgamento dos demais, que constrange a liberdade de pensar. Menos filosófico, Lula também tem seus “outros”, que são a maioria do Congresso. Como governar sem uma base majoritária estável? Eis a pergunta que o atormentou nos seus mandatos pretéritos e volta a afligi-lo no presente.
Nos sistemas parlamentares, o governo nasce de um acordo programático que lhe confere maioria segura no Parlamento. FH só precisou distribuir cargos na máquina estatal para soldar uma maioria no Congresso. É que seu programa econômico — estabilização da moeda, equilíbrio fiscal, privatizações, agências reguladoras — tinha amplo apoio político no Congresso. O PT, porém, sempre governou com um Congresso ideologicamente hostil. Decorre daí que Lula foi obrigado a expandir os limites do “presidencialismo de coalizão” além das fronteiras da legalidade.
O colunismo cortesão formulou uma lenda sobre os poderes mágicos de articulação política de Lula. Contudo, de fato, Lula 1 e Lula 2 ergueram uma base majoritária com os tijolos do “mensalão” e o concreto do “petrolão”. Por motivos óbvios, o expediente da compra direta de bancadas está interditado a Lula 3, que precisa desbravar atalhos num Congresso inclinado à direita. O inferno tornou-se mais quente e sombrio.
Nos mandatos anteriores, Lula foi impulsionado pelo vento de cauda do ciclo internacional de commodities. A liquidez global estimulava o investimento externo. Os elevados preços dos produtos básicos geravam vultosas rendas de exportação. Sua política econômica, crescentemente apoiada no gasto público, em créditos subsidiados e nos investimentos excessivos das estatais, erodia a produtividade geral da economia brasileira. Mas o ciclo virtuoso ocultava o problema de fundo, assegurando um crescimento vigoroso — e a popularidade do presidente. A base governista no Congresso tinha escassos incentivos para desafiar o Planalto.
Hoje, o inferno é a realidade. A desglobalização fragmenta a economia mundial em blocos regionais. A China ingressa em etapa de crescimento mais lento. A pandemia danificou as cadeias produtivas internacionais. Sob o impacto da guerra na Ucrânia, verifica-se persistente inflação de preços de energia e alimentos. Nos Estados Unidos, o banco central retomou a política de juros reais positivos. No lugar de vento de cauda, vento de proa.
O ciclo econômico global não propicia espaço para aventuras de expansão fiscal. Nos palanques de campanha, Lula prometeu ignorar a realidade, restaurando a “idade de ouro” dos seus mandatos prévios. Depois de subir a rampa, insistiu no mesmo discurso, evidenciando que não tem plano B. A desarticulação da base governista nominal no Congresso reflete a ausência de rumo do governo.
Lula lançou-se em campanha com uma coalizão aberta ao centro (Alckmin, Marina Silva) e recebeu apoio de um vasto espectro político na disputa do segundo turno (Tebet, MDB, economistas do Plano Real). Criou-se a oportunidade para a formação de uma frente democrática de governo sustentada por um acordo programático. Dela, surgiria uma maioria parlamentar estreita, mas coesa.
Nada feito. A escolha lulista foi governar com uma frente ampla destituída de consensos programáticos, que se estende até as franjas do bolsonarismo. Lula almeja restaurar as políticas de seus mandatos anteriores e, ao mesmo tempo, colher no Congresso votos suficientes para aprovar as emendas constitucionais que quiser. O inferno chamado realidade vem provando que são dois objetivos incompatíveis.
Bolsonaro tentou governar sem uma base parlamentar majoritária. Depois, descreveu um giro de 180 graus e construiu maioria à base do “orçamento secreto”, um esquema de corrupção legalizado que acabou impugnado pelo STF. Diante dos primeiros insucessos no Congresso, Lula ensaia retomar a prática do antecessor, revestindo-a com enfeites e disfarces. Nesse passo, planta as sementes de uma nova crise institucional.
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Ruben Blades
Prohibido Olvidar
Proibido Esquecer
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Lourdes Sola e Eduardo Viola* - Fundamental convergência com as democracias
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O Estado de S. Paulo
Emergência clara das dimensões políticas e ideológicas do alinhamento com Rússia e China erodiu dramaticamente o capital político de Lula no Ocidente coletivo
Na avaliação da política externa, a tradição dominante entre analistas brasileiros é dar pouca relevância à questão dos regime políticos. Seguem uma abordagem neorrealista, conforme a qual os Estados têm interesses permanentes derivados de sua geografia, história e identidade cultural. Sem negar a relevância dessas dimensões, nosso argumento vai na direção oposta: os interesses dos Estados variam segundo os regimes políticos e os governos, e segundo as transformações da economia política mundial.
A invasão russa da Ucrânia consolidou um forte componente de guerra fria entre as democracias do “Ocidente coletivo” (que inclui Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Austrália e Nova Zelândia) e o bloco autocrático (com China, Rússia, Irã e Coreia do Norte). Esse confronto delineia-se desde 2015, mas o traço que define a guerra fria é mais recente: cada bloco vê o outro como ameaça existencial. Está em pleno curso o desacoplamento entre ambos no referente à alta tecnologia e, particularmente, à tecnologia de uso dual (civil e militar).
Isso aponta para um sistema internacional bipolar, e não multipolar, embora com características inéditas em relação à guerra fria no século 20. Primeira: alta interdependência econômica entre os dois blocos, embora menor entre Ocidente e Rússia desde a invasão. Segunda: à diferença da União Soviética, a China é uma superpotência econômica. Terceiro: há desafios globais, de ordem existencial, que só serão equacionados por meio da cooperação e, portanto, de regras e instituições acordadas: mudança climática, pandemias, regulação da inteligência artificial.
Os países do “Sul Global” estão em posição intermediária. Mas qual o valor analítico dessa noção? Inclui países de rendas média alta, média baixa e baixa; e regimes políticos numa escala que vai do democrático liberal, como Chile, Uruguai e Costa Rica, ao autocrático fechado da Arábia Saudita, dos Emirados, do Egito e do Vietnã (seguimos, aqui, a classificação do V-Dem 2023).
Apesar de ter perdido o status de democracia com traços liberais a partir de 2017, o Brasil é uma democracia eleitoral. Tem fortes convergências com o bloco do Ocidente coletivo: a proteção da democracia e de direitos humanos; o suprimento de equipamentos militares fabricados em países da Otan; o treino de altos oficiais se faz nesses redutos e as doutrinas de defesa são as ocidentais. Ao mesmo tempo, o desejável fortalecimento da interdependência comercial com China revelou-se, até aqui, compatível com a que estabelecemos com países do Ocidente – nas áreas financeira e de investimentos diretos.
Na viagem à China e na subsequente visita de Sergei Lavrov ao Brasil, no entanto, foram as dimensões políticas e ideológicas do alinhamento com a Rússia e com a China que emergiram com clareza. Isso erodiu dramaticamente o capital político de Lula no Ocidente coletivo.
Está claro que a estratégia de Lula/Celso Amorim apoiase em supostos cujo teor exige reflexão crítica. O principal é a convicção de que estamos num sistema multipolar, quando na verdade a invasão da Ucrânia representa um ponto de virada macrohistórico, porque consolidou alinhamentos em torno de um confronto típico de sistema bipolar – embora mais complexo e desafiador.
Além disso, suas prioridades têm por foco o Brics, o que é questionável. Não só por incluir os dois líderes do bloco autocrático, mas principalmente pela suposição implícita de que esse clube constitui um território neutro. Como assim, se ele inclui a Índia? Um poder nuclear cujo conflito (existencial) com a China o fez integrar o grupo Quad – ao lado de Japão, Austrália e Estados Unidos?
A história política de Lula e do PT mostra uma visão política que inclui muitas reticências em relação às democracias liberais, um antiamericanismo light e admiração pela esquerda autoritária latinoamericana. A campanha eleitoral, porém, foi pautada por acenos que apontavam para uma mudança de perspectiva – que, por sua vez, foram legitimados internacionalmente pelo empenho das democracias ocidentais em garantir a integridade do sistema eleitoral e dissuadir setores militares da tentação golpista.
Quatro meses depois da posse, está claro que a ambição de Lula é projetar-se como uma liderança mundial, com seus efeitos multiplicadores no doméstico. Neste caso, definitivamente, o caminho deve ser outro, pois o Brasil não tem excedente de poder para mediar numa região que conhece pouco e com a qual tem vínculos limitados. As áreas nas quais tem condições de protagonismo mundial são as políticas climática e de transição energética. Justamente aquelas que são decisivas para equacionar alguns dos desafios globais de ordem existencial mencionados. Para tanto, há que reduzir drasticamente o desmatamento, evitar as tentações do nacionalismo petroleiro e investir nas oportunidades abertas para exercer protagonismo ambiental – a presidência do G20 e a COP 30.
*Lourdes Sola e Eduardo Viola, coordenadores do grupo de pesquisa do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP ‘economia política internacional, variedades de democracia e descarbonização’, são, respectivamente, professora sênior do IEA/USP e professor v
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Maduro chega a Brasília para reunião com Lula e encontro de presidentes sul-americanos |CNN NOVO DIA
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CNN Brasil
29 de mai. de 2023 #CNNBrasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou a Brasília na noite de domingo (28) para a reunião de líderes sul-americanos convocada pelo governo brasileiro. É a primeira vez que Maduro visita o Brasil desde julho de 2015. #CNNBrasil
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Ditador Nicolás Maduro chega a Brasília para se reunir como Lula
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O Antagonista
29 de mai. de 2023
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), chegou a Brasília na noite deste domingo (29) para se reunir com o presidente Lula, hoje, e para participar, amanhã, de uma cúpula em que o Itamaraty promete reunir 11 presidentes da América do Sul.
“Agradeço a calorosa acolhida com que fomos recebidos em Brasília, capital da República Federativa do Brasil. Nas próximas horas estaremos desenvolvendo uma agenda diplomática que reforce a necessária união dos povos de nosso continente”, publicou o perfil de Maduro no Twitter.
https://www.youtube.com/watch?v=gstIQ0l_Efg
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Human Rights 75
Marking the 75th anniversary of the Universal Declaration of Human Rights.
Venezuela: new UN report details responsibilities for crimes against
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Venezuela: new UN report details responsibilities for crimes against humanity to repress dissent and highlights situation in remotes mining areas
20 September 2022
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Il est rapporté au Conseil des droits de l’homme que la situation au Burundi reste incertaine et que la violence exercée sur les civils sud-soudanais est à son plus haut niveau depuis décembre 2013
STATEMENTS
Joint Statement for the development of a regional response to the massive arrival of Venezuelans to the Americas of the Inter-American Commission on Human Rights, and committees, organs and special procedures of the United Nations
STATEMENTS
High Commissioner’s global update of human rights concerns
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Venezuela’s military and civilian State intelligence agencies function as well-coordinated and effective structures in the implementation of a plan orchestrated at the highest levels of the government to repress dissent through crimes against humanity, finds a UN report released today.
In this report, the UN Independent International Fact-Finding Mission on the Bolivarian Republic of Venezuela (FFMV) details the roles and contributions of various individuals at different levels of the chains of command within these agencies and urges authorities to investigate their responsibilities and prosecute accordingly.
“Our investigations and analysis show that the Venezuelan State relies on the intelligence services and its agents to repress dissent in the country. In doing so, grave crimes and human rights violations are being committed, including acts of torture and sexual violence. These practices must stop immediately, and the individuals responsible must be investigated and prosecuted in accordance with the law,” said Marta Valiñas, Chair of the UN FFMV.
In a separate report, the FFMV furthermore highlights the situation in the country’s southern Bolívar state, where State and non-State actors have committed a range of violations and crimes against local populations in gold mining areas.
The Mission based its findings in both reports on 245 confidential interviews, both in-person and remotely, via secure telephone or video connections, including with victims, their family members, and former employees of the security and intelligence services. It furthermore analyzed case files and other legal documents. Due to a continued lack of access to Venezuelan territory since its establishment in 2019, the Mission conducted visits to areas along the country's borders.
“Venezuela is still facing a profound human rights crisis, and our reports today highlight just two aspects of this situation. We urge the international community to continue to follow developments in Venezuela closely and to monitor whether credible progress is being made in advancing justice, accountability, and respect for human rights,” said Valiñas.
Targeted repression by State intelligence agencies
In its past reporting, the Mission had highlighted the roles of the two State military and civilian intelligence services — respectively, the Directorate General of Military Counterintelligence (DGCIM) and the Bolivarian National Intelligence Service (SEBIN)— in committing human rights violations since 2014, in the context of targeting real or perceived Government opponents. The Mission determined that some of these violations amount to crimes against humanity.
The current report provides a more detailed understanding of the role of individuals at different levels in the chains of command of both agencies in the implementation of a plan orchestrated by President Nicolas Maduro and other high-level individuals to suppress opposition to the Government, including through the commission of extremely grave acts of torture amounting to crimes against humanity.
The Mission has documented 122 cases of victims who were detained by DGCIM, 77 of whom were subjected to torture, sexual violence and/or other cruel, inhuman, or degrading treatment. Torture was carried out in its Boleíta headquarters in Caracas and in a network of covert detention centres across the country.
SEBIN has tortured or otherwise ill-treated detainees - including opposition politicians, journalists, protesters, and human rights defenders - mainly in the El Helicoide detention centre in Caracas. The Mission has investigated at least 51 cases since 2014. The report details how orders were given by individuals at the highest political levels to lower-ranking officials.
Both SEBIN and DGCIM made extensive use of sexual and gender-based violence to torture and humiliate its detainees.
The Venezuelan authorities have failed to hold perpetrators to account and provide reparations to victims in a context where judicial reforms announced from 2021 have failed to address the justice system´s lack of independence and impartiality. Violations and crimes by SEBIN and DGCIM continue to this day. The same structures, dynamics and practices remain in place, while relevant officials continue to work for the agencies, and in some cases have even been promoted. The Mission's analysis furthermore details how these efforts were put into action by President Maduro and other high-level authorities as part of a deliberate plan by the Government to suppress criticism and opposition.
“The human rights violations by State intelligence agencies, orchestrated at the highest political levels, have taken place in a climate of almost complete impunity. The international community must do everything to ensure that victims’ rights to justice and reparations are guaranteed,” said Francisco Cox, Member of the FFMV Mission.
Human rights abuses and violations in the Arco Minero gold mining region
Facing a crisis in the domestic oil industry, in 2016 the Venezuelan Government established the Arco Minero del Orinoco as a "National Strategic Development Zone" to formalize and extend its control over the mining of gold and other strategic resources, mainly in the southern state of Bolívar. Since then, the area has become heavily militarized, while armed criminal groups continue to operate openly, controlling mines and populations.
The FFMV's report documents how both State and non-State actors have committed human rights violations and crimes against the local population in the struggle for control over mining areas. These include unlawful deprivation of life, disappearances, extortion, corporal punishment, and sexual and gender-based violence. Authorities not only failed to prevent and investigate such abuses, but the Mission has received information indicating collusion between State and NSA actors in parts of Bolívar state.
In the state’s southern Gran Sabana municipality, the Mission has documented in depth several cases where State forces have attacked indigenous populations, committing a range of violations. These include clashes following the opposition’s attempt to move humanitarian aid into Gran Sabana from Brazil in 2019, when state forces committed arbitrary deprivations of life and subjected indigenous persons to torture.
“The situation in Bolívar state and other mining areas is deeply troubling. Local populations, including indigenous peoples, are caught in the violent battle between State and armed criminal groups for the control of gold. Our report highlights the need for further investigation of this region which is, paradoxically, an almost forgotten area of the country that at the same time generates large amounts of both licit and illicit wealth from minerals,” said Patricia Tappatá Valdez, Member of the FFMV.
/ENDS/
Note to editors
In September 2019, the United Nations Human Rights Council established the Independent International Fact-Finding Mission on the Bolivarian Republic of Venezuela (FFMV) through resolution 42/25 for one year to assess alleged human rights violations committed since 2014. In October 2020, the Human Rights Council extended the FFMV's mandate for an additional two years, until September 2022, through its resolution 45/20.
In September 2020, the Mission presented its first report detailing cases of extrajudicial executions, enforced disappearances, arbitrary detentions, torture, and cruel, inhuman, or degrading treatment, including sexual and gender-based violence, committed by Venezuelan state actors since 2014. In its second report, presented in September 2021, the FFMV focused its investigation on the justice system's response to the human rights violations and crimes documented by the Mission.
Two topics were the focus of the FFMV's third report:
(a) Crimes against humanity committed through the State's intelligence services: structures and individuals involved in the implementation of the plan to repress opposition to the Government, and (b) The human rights situation in the Arco Minero del Orinoco region and other areas of the Bolívar state.
Human Rights Council's resolutions urged Venezuelan authorities to cooperate fully with the Mission, to grant it immediate, full, and unfettered access to the country, and to provide it with all the information necessary to fulfill its mandate. Three years into its mandate, the Venezuelan government still has neither permitted FFMV members to visit the country nor responded to any of the nine letters the Mission sent between September 2021 and September 2022.
The Mission will present the 2022 report's findings and recommendations to the Council at an interactive dialogue session on 26 September 2022.
https://www.ohchr.org/en/press-releases/2022/09/venezuela-new-un-report-details-responsibilities-crimes-against-humanity
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Nicolás Maduro desembarca em Brasília, acompanhado de sua esposa, Cília Flores (Foto: Rede social/Maduro)
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Conversa
otimistaoficial
@otimistaoficial
🚨 Nicolas Maduro acaba de chegar em Brasília.
Em 26/03/2020, uma recompensa de
US$ 15 milhões foi oferecida, pelos EUA, a quem ajudar a capturar Nicolás Maduro, responsabilizado por crimes de narcotráfico.
12:28 AM · 29 de mai de 2023
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Coração Em Desalinho
Zeca Pagodinho
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Numa estrada dessa vida
Eu te conheci, ó flor
Vinhas tão desiludida
Mal sucedida por um falso amor
Dei afeto e carinho, como retribuição
Procuraste um outro ninho
Em desalinho ficou o meu coração
Meu peito agora é só paixão
Meu peito agora é só paixão
Tamanha desilusão
Me deste, ó flor
Me enganei redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei, foi meu mal
Remover anúncios
Agora, uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver sem teu amor
Sozinho curto a minha dor
Numa estrada dessa vida
Eu te conheci, ó flor
Vinhas tão desiludida
Mal sucedida por um falso amor
Dei afeto e carinho, como retribuição
Procuraste um outro ninho
Em desalinho ficou o meu coração
Meu peito agora é só paixão
Meu peito agora é só paixão
Tamanha desilusão
Me deste, ó flor
Me enganei redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei, foi meu mal
Agora, uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver sem teu amor
Sozinho curto a minha dor
Sozinho curto a minha dor
Sozinho curto a minha dor
Composição: Monarco
https://m.letras.mus.br/zeca-pagodinho/125452/
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PARA UNS, DITADOR NO BRASIL; PARA VENEZUELANOS, PRESIDENTE CONSTITUCIONAL EM VISITA A PAÍS AMIGO GIGANTE DA AMÉRICA DO SUL
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Lula recebe Maduro no Planalto nesta segunda e países ...
metropoles.com
https://www.metropoles.com › Blog do Noblat
há 13 horas — O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pousou na noite deste domingo, em Brasília, e já será recebido pelo presidente Lula nesta ...
Lula recebe Maduro no Planalto nesta segunda e países retomam relações
Presidente venezuelano pousou na noite deste domingo em Brasília e retorna ao país depois de oito anos
Evandro Éboli
28/05/2023 22:35, atualizado 28/05/2023 23:05
O ditador venezuelano Nicolás Maduro cumprimenta LulaRicardo Stuckert/Divulgação
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pousou na noite deste domingo, em Brasília, e já será recebido pelo presidente Lula nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto.
O encontro marcará a retomada das relações entre Brasil e Venezuela. A última vez que Maduro esteve no Brasil foi para a segunda posse de Dilma Rousseff como presidente da República, em 2015.
Após a vitória de Lula, os dois países se reaproximaram, com a reabertura de canais diplomáticos e de embaixadas nos dois países.
Maduro chega com dois dias de antecedência para a Cúpula dos países da América do Sul, que reunirá doze países do continente a partir da próxima terça-feira.
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Se trata de uma visita oficial de Maduro e terá encontro entre eles no Itamaraty, e depois um almoço oferecido pelo presidente brasileiro ao colega e a primeira-dama daquele país, Cilia Flores. A agenda prevê uma reunião ampliada e, depois, uma reservada entre os dois presidentes. Os encontros serão seguidos de um almoço no ministério.
Há vários ministros venezuelanos na comitiva.
O Blog do Noblat postou o vídeo da chegada de Maduro em Brasília nesta noite, na rede oficial do governo venezuelano. A narradora diz que há uma grande expectativa pelo encontro entre os dois presidentes, amigos de longa data.
Aos 51 anos, Mylla Christie vive uma vida modesta com o seu parceiro
No vídeo, a locutora diz:
“Há muita expectativa em torno desta visita oficial e do reencontro com o líder brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, amigo do povo da Venezuela e companheiro de lutas revolucionárias junto ao comandante supremo e eterno Hugo Chávez”.
LULANICOLAS MADUROPALÁCIO DO PLANALTO
https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/lula-recebe-maduro-no-planalto-nesta-segunda-e-paises-retomam-relacoes
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Em um dia sem maiores incidentes, os espanhóis renovaram todos os municípios do país e 12 das 17 comunidades autônomas (regiões) (Gustavo Valiente/Getty Images)
https://exame.com/mundo/primeiro-ministro-da-espanha-dissolve-parlamento-e-convoca-novas-eleicoes/
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"Última atualização em 29 de maio de 2023 às, 07h52. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta segunda-feira, 29, que vai dissolver o Parlamento do país e convocar novas eleições. A decisão ocorreu após derrota de seu partido nas eleições regionais ocorridas neste domingo, 28.há 5 horas"
Primeiro-ministro da Espanha dissolve parlamento e convoca ...
https://exame.com/mundo/primeiro-ministro-da-espanha-dissolve-parlamento-e-convoca-novas-eleicoes/
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"O atual presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan venceu a concorrência para a presidência durante eleição ocorrida neste domingo (28) e conquistou a reeleição, segundo a agência estatal do país.há 22 horas"
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/05/28/resultados-eleicoes-turquia-erdogan.ghtml
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Encruzilhada Com Três Vias. Estrada De Asfalto. Ilustração
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O romance Dom Casmurro de Machado de Assis, a Guerra Franco-Prussiana e a Guerra da Crimeia
Dom Casmurro narra a história de Santiago, o protagonista, que busca conectar seu passado e sua vida atual. A Guerra Franco-Prussiana ocorreu entre 1870 e 1871 e teve papel importante na formação do Império Alemão. A Guerra da Crimeia, que se estendeu até 1856, envolveu a Rússia, o Império Otomano, o Reino Unido, a França e o reino da Sardenha, e foi motivada por disputas relacionadas às cidades sagradas. A Rússia foi forçada a se retirar das províncias do Danúbio e a abandonar bases e forças navais em Sinope após assinar o Tratado de Paris.
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"O artigo discute o dilema enfrentado pela Turquia em relação à guerra na Ucrânia. Apesar de ser membro da OTAN, a Turquia mantém uma relação pragmática com a Rússia, que se intensificou nos últimos anos. A invasão russa na Ucrânia colocou a Turquia em uma posição delicada, já que Ancara condenou a invasão, mas mantém relações comerciais e estratégicas com Moscou.
A Turquia é um importante parceiro comercial da Rússia, sendo seu principal fornecedor de gás natural e um destino turístico popular para os russos. No entanto, a Turquia também mantém relações com a Ucrânia, especialmente no âmbito militar, fornecendo drones que têm sido utilizados para defender as cidades ucranianas dos ataques russos.
Embora a amizade entre Erdogan e Putin seja descrita como pragmática, a invasão russa da Ucrânia criou tensões entre os dois países. A Turquia assumiu um papel de mediador no conflito, buscando facilitar o diálogo entre a Ucrânia e a Rússia. Embora não tenha imposto sanções à Rússia, a Turquia suspendeu a passagem de navios de guerra russos pelos estreitos turcos.
A Ucrânia é importante para a Turquia geopoliticamente, como um contrapeso à influência russa na região. No entanto, a Turquia evita tomar medidas que possam prejudicar suas relações tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia, optando por uma posição ambígua.
Alguns analistas acreditam que a forte aliança entre a Turquia e a Rússia pode não ser retomada após a invasão russa da Ucrânia. No entanto, a Turquia continua sendo um refúgio para muitos russos que fogem da guerra.
Em resumo, a Turquia enfrenta um dilema complexo diante da guerra na Ucrânia, já que é membro da OTAN e mantém uma relação pragmática com a Rússia. A invasão russa criou tensões entre os dois países, mas a Turquia busca desempenhar um papel de mediador e evitar medidas que possam prejudicar suas relações com ambos os lados."
Guerra na Ucrânia: o dilema da Turquia, integrante da Otan e amiga de Putin
Norberto Paredes
BBC News Mundo
25 março 2022
Recep Tayyip Erdogan e Vladimir PutinCRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Os presidentes Erdogan e Putin desenvolveram uma 'amizade pragmática' ao longo dos anos
Horas depois do início da invasão russa da Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, país-membro da Otan (aliança militar ocidental), a qualificou de "inaceitável" e "grave violação do direito internacional".
Após conversar com seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou a invasão como um "duro golpe à paz e à estabilidade regional".
A postura turca surpreendeu alguns, já que Ancara e Moscou têm sido importantes aliados estratégicos na região sul do Cáucaso há mais de uma década.
Ambos regimes têm se apoiado mutualmente, mantendo uma política antiamericana e antieuropeia, respaldando regimes como o de Nicolás Maduro na Venezuela e estreitando laços comerciais cada vez mais profundos.
Hoje a Rússia é um dos principais parceiros comerciais da Turquia, seu principal fornecedor de gás natural e a origem da maioria dos turistas que lotam os concorridos balneários turcos nos litorais dos mares Egeu e Mediterrâneo.
A aparente amizade entre o presidente russo, Vladimir Putin, e Erdogan teve vários altos e baixos e superou as posições opostas dos dois países em guerras em Azerbaijão, Líbia e Síria, onde a Turquia derrubou um caça russo. Superou inclusive o assassinato de um embaixador russo em Ancara.
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Pragmatismo
A historiadora francesa Taline Ter Minassian, do Instituto Nacional de Línguas e Civilizações (Inalco) de Paris (França) e especializada em estudos soviéticos e do Oriente Médio, descreve a amizade entre Turquia e Rússia como "pragmática".
"Há muita ambiguidade nas relações entre Rússia e Turquia. Putin e Erdogan entendem-se muito bem e entendem os problemas do outro. São amigos, mas às vezes inimigos", disse Ter Minassian à BBC Mundo. "É, na verdade, uma amizade pragmática em que cada um zela por seus interesses."
A especialista francesa explica que a posição da Turquia no conflito russo-ucraniano é complicada porque Ancara também mantém uma profunda relação com Kiev, especialmente no âmbito militar.
Essa relação tem permitido que a Ucrânia defenda suas cidades dos bombardeios russos, graças a dezenas de drones de fabricação turca adquiridos pelo governo ucraniano.
Nas últimas semanas, foram compartilhados vídeos nas redes sociais que mostram drones Bayraktar TB2 destruindo tanques, veículos blindados e sistemas de defesa antimísseis da Rússia.
A Turquia começou a vender esses artefatos à Ucrânia em 2019, e Kiev já os havia utilizado no combate a separatistas pró-Rússia na região oriental de Donbass. Os drones são fabricados pela empresa de defesa Baykar, pertencente à família do genro de Erdogan.
"Putin provavelmente fica enfurecido ao ver que os ucranianos estão utilizando drones militares fabricados pela Turquia", diz Ter Minassian.
Protesto em Antalia contra a Rússia
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Em várias cidades turcas foram registradas manifestações contra a invasão russa
Papel de mediador
Kiev também respaldou a política externa turca em diversas ocasiões. Ainda que não tenha enviado armas, a Ucrânia apoiou diplomaticamente o Azerbaijão e a Turquia contra a Armênia, durante a segunda guerra de Nagorno-Karabakh, em 2020.
Na atual guerra na Ucrânia, entretanto, a Turquia decidiu assumir um papel mediador, segundo Dimitar Bechev, especialista em Rússia e Leste Europeu da Universidade de Oxford (Reino Unido).
"Erdogan quer facilitar o diálogo entre Zelensky e o Kremlin. Ele já estava propondo isso inclusive antes do início da guerra, quando visitou Kiev em fevereiro", afirmou Bechev à BBC Mundo. "A incógnita é se Ancara pode realmente ter êxito nesse papel."
No começo de março, os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e da Ucrânia, Dimitro Kuleba, realizaram reuniões no balneário turco de Antalia, no sudoeste do país, com a presença do chanceler turco, Mevlut Cavusoglu. As conversas, porém, não tiveram resultados concretos.
Posição 'vantajosa'
Apesar disso, o papel mediador da Turquia continuou. No fim de semana passado, o governo turco afirmou que Kiev e Moscou haviam avançado nas negociações para encerrar o conflito e que as duas partes estavam "próximas de um acordo".
Cavusoglu reiterou que a Turquia estava em contato com as equipes de negociação de ambos os países, mas se negou a divulgar os detalhes das conversas porque, disse ele, "desempenhamos um papel honesto de mediador e facilitador".
Erdogan expressou em várias ocasiões que a Turquia não abandonará suas relações nem com a Rússia nem com a Ucrânia e destacou a vantajosa posição de Ancara ao poder falar com ambas as partes.
A Turquia não impôs sanções à Rússia nem fechou seu espaço aéreo aos aviões russos, como fizeram os outros membros da Otan.
Entretanto, Ancara suspendeu a passagem de navios de guerra russos pelos estreitos turcos que conectam os mares Negro e Mediterrâneo, ao impor as cláusulas de guerra da Convenção de Montreux de 1936, que regula o tráfico marítimo nos estreitos da Turquia.
Erdogan e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg
CRÉDITO,FRANCOIS MORI/GETTY IMAGES
Legenda da foto,
A Turquia é importante integrante da Otan, aliança da qual faz parte desde 1952
'Estado-tampão'
Para o governo de Erdogan, a Ucrânia é importante geopoliticamente porque durante muitos anos funcionou com um "Estado-tampão" entre Rússia e Turquia, duas grandes potências regionais.
"O papel da Ucrânia como Estado-tampão acabou depois que a Rússia anexou a Crimeia, em 2014. No entanto, a Turquia sabe que Kiev é um aliado importante para fazer contrapeso à Rússia na região", afirma Bechev.
O especialista da Universidade de Oxford descreve a relação entre Erdogan e Putin como um "casamento de conveniência". "Eles precisam um do outro em vários aspectos e competem em outros, mas é importante notar que aprenderam a fazer negócios juntos."
Alguns analistas duvidam que a forte aliança que Erdogan e Putin mostraram no passado seja retomada algum dia, depois da invasão russa da Ucrânia.
"Além da suposta amizade entre Erdogan e Putin estão os interesses de ambos os país", diz Bechev. Ele acredita que Moscou e Ancara seguirão tendo interesses sobrepostos, mas continuará o "medo" que o governo turco tem do Kremlin.
"Nunca voltará a ser uma amizade, mas Ancara não pode se dar ao luxo de queimar todas a pontes com a Rússia, e por isso não se uniu às sanções."
A Turquia tornou-se nas últimas semanas um refúgio para milhares de russos que rejeitam a guerra e buscam reconstruir suas vidas em outro país.
Segundo o renomado jornal turco Hürriyet, em torno de 14 mil russos fugiram para a Turquia, onde não precisam de vistos para entrar, desde o começo do que muitos chamam de "guerra de Putin".
Conferência sobre a Síria
CRÉDITO,KIRILL KUDRYAVTSEV/GETTY IMAGES
Legenda da foto,
Rússia e Turquia apoiaram lados opostos na Síria, mas negociaram sobre o conflito
Dilema se repete
A historiadora Taline Ter Minassian acredita ser importante destacar a "ambiguidade" que a Turquia tem demonstrado na atual crise — e considera que isso lhe seja conveniente.
O governo de Erdogan absteve-se na votação sobre a suspensão da Rússia do Conselho da Europa, mas apoiou a resolução da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) que condenou a "agressão contra a Ucrânia".
Há mais de meio século, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, os líderes turcos decidiram unir-se ao Ocidente porque tinham medo da Rússia de Joseph Stalin e queriam "estar do lado certo da história".
Por isso, o presidente Mustafa İsmet İnönü promoveu a entrada da Turquia em instituições transatlânticas, como a Otan — à qual a Turquia pertence desde 1952.
Hoje Recep Erdogan parece enfrentar o mesmo dilema. Para muitos, sua "ambiguidade" mostra que a Turquia novamente optou pelo Ocidente, mas evitando incomodar demais a Rússia.
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https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60866401
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Conceito de Encruzilhada
Uma encruzilhada é um lugar onde duas ou mais estradas ou vias se encontram. Nesse cruzamento, os caminhos se sobrepõem ou se cruzam.
Por exemplo: “Vamos encontrar alguém que nos diga qual é o caminho a seguir após esta encruzilhada para chegar ao abrigo”, “Tenho uma encruzilhada pela frente e não sei como continuar: devo ir pela esquerda ou pelo outro lado”, “O maquinista, ao chegar à encruzilhada, tomou o caminho errado e acabou causando um acidente”.
As encruzilhadas são intersecções de estradas. Podem ser formadas pelo cruzamento de ruas, estradas, autoestradas, vias ferroviárias ou trilhas de todo o tipo. O objetivo desses cruzamentos é possibilitar ao usuário a troca de caminhos: ao chegar na encruzilhada, a pessoa pode mudar de direção ou continuar pela mesma.
O conceito de encruzilhada também pode ser usado simbolicamente para se referir a uma situação complexa que deixa um indivíduo em um estado de confusão ou dúvida: eles não sabem que decisão tomar ou que ação tomar diante da dificuldade ou dilema que se lhes apresenta.
Suponhamos que um jogador de futebol tenha concordado oralmente em jogar para um clube. Porém, uma hora antes de assinar o contrato correspondente, ele recebe um telefonema do presidente de outra instituição, que lhe oferece muito mais dinheiro para jogar em seu time. O atleta enfrenta uma encruzilhada: tem dúvidas entre cumprir seu compromisso verbal ou aceitar a nova proposta que lhe é mais conveniente.
Citação
Equipe editorial de Conceito.de. (2 de Abril de 2021). Encruzilhada - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/encruzilhada
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O QUE É O INFERNO É O OUTRO?
ChatGPT
"A frase "o inferno são os outros" é uma expressão do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre. Ela foi popularizada em sua peça teatral "Entre Quatro Paredes" ("Huis Clos"), publicada em 1944. Essa frase é uma das citações mais conhecidas e discutidas da obra de Sartre.
Em contexto existencialista, a frase refere-se à ideia de que a experiência do inferno ou do sofrimento não é apenas resultado de punição divina ou de condições externas, mas é causada principalmente pelas interações e relações humanas. Para Sartre, cada indivíduo carrega consigo sua própria liberdade e consciência, e ao se relacionar com os outros, essa liberdade entra em choque com a liberdade dos demais.
Segundo Sartre, os outros têm o poder de nos definir e limitar, pois somos constantemente observados e julgados por eles. O olhar e o julgamento dos outros nos aprisionam e nos fazem sentir encurralados, tornando-se uma fonte de angústia e conflito. Dessa forma, a frase sugere que a presença dos outros pode ser responsável pelo nosso sofrimento e nos colocar em uma espécie de inferno psicológico.
No entanto, é importante ressaltar que essa frase não deve ser interpretada de forma literal, como se Sartre estivesse afirmando que todas as outras pessoas são más ou que o convívio social é sempre negativo. Ela expressa uma perspectiva filosófica e existencial sobre as dinâmicas complexas das relações humanas e as tensões que podem surgir entre liberdade e responsabilidade individuais."
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