sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Coração Em Desalinho

*** "SEJA BEM-VINDO! HOJE VOCÊ É O MEU CONVIDADO ESPECIAL! JÔ SOARES (1938-2022)" ***
*** Charge de Jô Soares que acompanhava o texto "Censura-padrão", sua primeira coluna publicada em 21 de abril de 1985 de Jô Soares *** Zeca Pagodinho *** *** Numa estrada dessa vida Eu te conheci Oh Flor! Vinhas tão desiludida Mal sucedida Por um falso amor... Dei afeto e carinho Como retribuição Procuraste um outro ninho Em desalinho Ficou o meu coração Meu peito agora é só paixão Meu peito agora é só paixão... Tamanha desilusão Me deste Oh Flor! Me enganei redondamente Pensando em te fazer o bem Eu me apaixonei Foi meu mal... Agora! Uma enorme paixão me devora Alegria partiu, foi embora Não sei viver sem teu amor Sozinho curto a minha dor... Numa estrada! Numa estrada dessa vida Eu te conheci Oh Flor! Vinhas tão desiludida Mal sucedida Por um falso amor... Dei afeto! Dei afeto e carinho Como retribuição Procuraste um outro ninho Em desalinho Ficou o meu coração Meu peito agora é só paixão Meu peito agora é só paixão... Tamanha desilusão Me deste Oh Flor! Me enganei redondamente Pensando em te fazer o bem Eu me apaixonei Foi meu mal... Agora! Uma enorme paixão me devora Alegria partiu, foi embora Não sei viver sem teu amor Sozinho curto a minha dor Sozinho curto a minha dor Sozinho curto a minha dor... Ouça Coração Em Desalinh… Composição: Monarco. https://www.letras.mus.br/zeca-pagodinho/125452/ ***************************************************
*** Nas entrelinhas: MDB do Rio “cristianiza” Simone e apoia Lula Publicado em 05/08/2022 - 06:47 Luiz Carlos AzedoEleições, Ética, Governo, Memória, Partidos, Política, Política, Rio de Janeiro Moreira trabalha para que Michel Temer também declare apoio a Lula. Mas não houve nenhum sinal efetivo de reaproximação entre ambos. O petista simplesmente o esnobou o ex-presidente Em 15 de maio de 1950, os dirigentes do PSD, reunidos na casa de Cirilo Júnior (presidente do partido), decidiram lançar a candidatura de Cristiano Machado à Presidência da República. O general Góis Monteiro transmitiu a decisão ao presidente Eurico Gaspar Dutra, seu velho amigo, enquanto o próprio Cristiano procuraria Getúlio Vargas e Ademar de Barros, o governador de São Paulo, para oferecer ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) a vice-presidência. Vargas não objetou a escolha, mas o PSD do Rio Grande do Sul (favorável à indicação de Nereu Ramos) rejeitou a candidatura. O Partido Social Progressista (PSP), de Ademar de Barros, também decidiu não apoiar Cristiano. Sabia que a candidatura de Vargas, apoiada por Ademar, seria lançada em 17 de junho. O próprio tentava adiar a convenção e remover o candidato do PSD, mas não teve sucesso. Cristiano foi aclamado no dia 9 de julho, ou seja, se antecipou a Vargas. Para neutralizar Ademar, Cristiano fez ainda uma aliança com Hugo Borghi, candidato ao governo de São Paulo pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN). Nas eleições de 3 de outubro de 1950, a chapa Cristiano Machado-Altino Arantes (PSD-PR) concorreu com as de Eduardo Gomes-Odilon Braga (UDN) e Getúlio Vargas-Café Filho (PTB-PSP). O resultado final deu a Getúlio 3.849.040 votos, contra 2.342.384 dados ao brigadeiro Eduardo Gomes e 1.697.193 a Cristiano Machado. O refluxo do setor getulista do PSD em relação à candidatura de Cristiano e a transferência de seus votos para Vargas foi um processo de esvaziamento eleitoral que ficou conhecido no jargão político como “cristianização”. Ontem, a candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, foi “cristianizada” pelo MDB do Rio de Janeiro, que decidiu, em convenção regional, apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a reeleição do governador Cláudio Castro. Segundo o documento aprovado, a gravidade do momento, sem qualquer desmerecimento à candidatura posta pelo MDB, “impõe já no primeiro turno das eleições apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais qualificado entre todos para governar”. O MDB cristianizou Ulysses Guimarães (1989), Orestes Quercia (1994) e Henrique Meirelles (2018), mas nunca de papel passado. Sem compromisso Segundo o ex-governador Moreira Franco, um dos autores do texto, não houve nenhum acordo prévio com a Lula. A decisão de apoiar o petista foi tomada mirando quatro objetivos: “1º) fortalecer as instituições políticas democráticas, não para mantê-las congeladas no tempo, mas modernizando-as e adaptando-as às exigências de um mundo que muda cada vez mais rapidamente e não perdoa os retardatários; 2º) não aspirar à reconstituição do passado, consciente de que temos de procurar nosso lugar no futuro que está em gestação em todas as esferas da vida; 3º) recuperar o papel do Estado na liderança e na promoção do desenvolvimento econômico e na repartição dos frutos do progresso, do mesmo modo como o fizeram todos os países democráticos do mundo; 4º) governar em nome de todos os brasileiros e para todos os brasileiros e garantir segurança jurídica e estabilidade institucional para os que produzem e trabalham.” “Uma coalizão de brasileiros, unidos por estes valores, pode evitar os males que nos ameaçam, dar fim a um momento sombrio de nossa história e lançar as bases duradouras de um verdadeiro desenvolvimento inclusivo e sustentável. Esta é uma oportunidade que não podemos perder”, argumenta o documento aprovado na convenção. Moreira foi um dos artífices do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e trabalha para que o ex-presidente Michel Temer também declare apoio a Lula. Mas não houve nenhum sinal efetivo de reaproximação entre ambos. O petista simplesmente esnobou Temer, solidário com Dilma. O MDB do Rio de Janeiro é presidido pelo deputado Leonardo Picciani, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa Jorge Picciani, velho aliado de Lula. O ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis foi indicado vice da chapa. Claudio Castro apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Compartilhe: ***************************
*** "Quando um muro separa uma ponte une." Pesadelo - (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro). *** *** 15. Leia o texto abaixo e responda às questões. Pesadelo Quando um muro separa, uma ponte une Se a vingança encara, o remorso pune Você vem, me agarra, alguém vem, me solta Você vai na marra, ela um dia volta E se a força é tua, ela um dia é nossa Olha o muro, olha a ponte Olha o dia de ontem chegando Que medo você tem de nós... Olha aí... Você corta um verso, eu escrevo outro Você me prende vivo, eu escapo morto De repente... Olha eu de novo Perturbando a paz, exigindo o troco Vamos por aí, eu e meu cachorro Olha um verso, olha o outro Olha o velho, olha o moço chegando Que medo você tem de nós... olha aí... olha aí... O muro caiu, olha a ponte Da liberdade guardiã O braço do Cristo horizonte Abraça o dia de amanhã Olha aí... olha aí... (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro) a) Aponte no texto quatro pares de palavras antônimas. b) Com relação ao verso: “Você corta um verso, eu escrevo outro”, em que sentido foi empregada a palavra corta e com que significado? c) Dê sinônimos para remorso e perturbando. d) Em que sentido a palavra troco foi utilizada no texto e com qual significado? Escreva outra frase utilizando-a com o mesmo significado do texto. 1)Separa-une,muro-ponte,agarra-solta,vivo-morto. 2)foi usada com o sentindo de destruição de algo,de talhaçao,separação por partes. 3)Remorso: arrependimento,inquietação. Perturbando:incomodar,irritar,inquietar. 4)sentido de vingança,com o significado de contestar uma agressão/ofensa. ex:Irei dar o troco no meu irmão por ele ter me acordado cedo no sábado. Espero ter ajudado! https://brainly.com.br/tarefa/11369392 ********************************************
*** "(...) resta a Lula enfrentar a ala bolsonarista de seu partido e manter palanque duplo para o Senado, como acontece em muitos outros Estados.(...)" quinta-feira, 4 de agosto de 2022 Maria Cristina Fernandes - Baderna à beira-mar Valor Econômico Não é coincidência que ameaça bolsonarista convirja com palanque petista em colisão no Rio No momento em que o presidente Jair Bolsonaro se organiza para uma exibição de baderna no Rio no 7 de setembro, o palanque eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado entra em rota de colisão. E nada disso é coincidência. Em setembro de 2020 apareceram novos trechos da delação do ex-secretário Edmar Santos que levantavam suspeitas sobre a participação do então governador em exercício, Cláudio Castro, do PL, e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano, do PT, num suposto esquema de propinas na Secretaria de Saúde do Rio. Ambos negaram a acusação e, como o procurador-geral da República, Augusto Aras, atendeu ao pedido do presidente da República para não colocá-los no mesmo balaio de Wilson Witzel, removido do Palácio da Guanabara, ficou tudo por isso mesmo. Daí conclui-se que Bolsonaro tem Castro e, consequentemente, sua polícia militar, na mão, circunstância inexistente no 7 de setembro do ano passado, quando a PM de São Paulo foi mantida sob rédea curta. Se não se promove um golpe de Estado com um desfile militar na Avenida Atlântica, é, sim, possível, quando se tem controle da polícia, orquestrar atentados, ocultar mandantes e provocar um fato político a menos de um mês do primeiro turno. Foi isso que aconteceu em 2018 quando mataram Marielle Franco num Rio sob intervenção militar. A baderna pode acontecer quando já terá entrado em vigor o auxílio emergencial de R$ 600, que a campanha de Lula já reconhece, pode reduzir sua vantagem sobre Bolsonaro, para o patamar dos dez pontos. Só uma oposição unida, principalmente, no Rio, pode ser capaz de reagir a fatos como este. E é esta unidade que está ameaçada pelo embate entre PT e PSB no Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país. O palanque do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) se apresenta com estas credenciais, por unir o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Marcelo Trindade (Novo), à líder da favela do Borel, zona Norte do Rio, Inês Ferreira, passando pela companhia, na chapa, do ex-prefeito e hoje vereador, Cesar Maia (PSDB). Só o eleitor será capaz de confirmar a competitividade eleitoral indicada nas pesquisas, mas o apoio a Freixo representa uma resistência à ordem bolsonarista no Estado que deu expressão eleitoral ao presidente e à sua família. É isto que o PT ameaça sacrificar. Como nem o deputado federal Alessandro Molon (PSB) nem Ceciliano se põem de acordo sobre qual deles vai perder para Romário, candidato à reeleição ao Senado pelo PL, PT e PSB arriscam pôr abaixo a competitividade de seu palanque estadual. Molon sabia, desde a entrada de Freixo no PSB, que o PT exigiria um dos cargos majoritários em disputa. Só não contava que seu novo correligionário levasse à frente, de fato, a disposição de disputar o governo. Lula nunca engoliu o que enxerga como lavajatismo de Molon. Por isso, se for derrotado na disputa pelo Senado, o deputado do PSB não teria chance de assumir ministério num eventual governo do PT. Molon, porém, pode ficar sem mandato e manter sua liberdade. Eleito duas vezes, como candidato único, à Presidência da Assembleia Legislativa do Rio, notório entreposto do crime, Ceciliano já não desfruta da mesma prerrogativa. Por isso, aposta o PSB, acabará por recuar do Senado. Se Lula não está disposto a queimar caravelas por Molon, tampouco o fará por Ceciliano, que não lhe agrega eleitor. O presidente da Alerj chove no molhado do eleitorado bolsonarista da Baixada Fluminense e não vira voto. Ao preterir a candidatura do ex-deputado constituinte Vladimir Palmeira, em 1998, o PT foi escada para que a dinastia Garotinho proliferasse no Rio de Janeiro. Naquele ano, Lula ganhou por dois mil votos no Estado, mas lhe faltaram 14 milhões para impedir a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O PT fluminense tanto fez que perdeu aqueles com os quais hoje busca se aliar e deixou que a legenda fosse comandada pelo atraso. Como não pode intervir nas candidaturas de outras legendas, resta a Lula enfrentar a ala bolsonarista de seu partido e manter palanque duplo para o Senado, como acontece em muitos outros Estados. A era Bolsonaro interrompeu uma sucessão de cinco vitórias de candidaturas presidenciais petistas no Rio. Desta vez, Lula está à frente, mas por uma vantagem inferior àquela que pontua nacionalmente. Enfrenta, ainda, o peso do voto evangélico bolsonarista, que pode fazer diferença na reta final. E não apenas no Rio. A sobrevivência eleitoral da família Bolsonaro depende, em grande parte, do resultado das urnas fluminenses. Não apenas pelo que pode representar para as bases eleitorais de seu grupo político uma troca de guarda nas instituições policiais e de controle do Estado, como também pelo simbolismo de manter o Rio como um reduto do antilulismo. Esta é outra razão pela qual Bolsonaro escolheu o Rio para sua grande investida do sete de setembro. Só a preservação de um palanque amplo e democrático de resistência será capaz de garantir ao eleitor a prerrogativa de dono da festa. Fardas e togas O deslocamento das ameaças bolsonaristas de Brasília para o Rio sinaliza que as Forças Armadas cultivam melhores expectativas em relação ao próximo ministro do TSE, Alexandre de Moraes, do que o presidente gostaria. A aproximação dos militares com as instituições de controle não param por aí. Ontem o ministro da Defesa, general Paulo Sergio Oliveira, levou representantes das Três Forças para um almoço com todos os ministros do Tribunal de Contas da União na sede da Corte. Redução do diesel à vista Depois de duas reduções seguintes no preço da gasolina, chegou a vez do diesel. A queda no preço, que se deve a uma combinação de câmbio favorável e redução na cotação internacional do barril, é esperada ainda esta semana. Pelo peso no transporte de cargas, a queda no preço do diesel pode ajudar na deflação de alimentos mais do que a da gasolina. Se a redução deste combustível já se refletiu no avanço de Bolsonaro nas pesquisas, a do diesel se somará à entrada em vigor do auxílio de R$ 600 na próxima semana. O Planalto pressiona por uma estratégia de reduções sistemáticas no combustível até 2 de outubro. No PT, o sinal de alerta virou uma sirene. Maria Cristina Fernandes ***************************************** "Que analise perfeita...... .muito bom..." ***
*** quinta-feira, 4 de agosto de 2022 Conrado Hübner Mendes* - Corrupção bolsonarista, capítulo 8 Folha de S. Paulo O significado de 'legalização das milícias' e o 'valor' das armas Sabe-se há 30 anos que não há proposta de Bolsonaro para o Brasil que não namore a morte. Desde "matar uns 30 mil" até autorizar polícia a chacinar pobre sem satisfação nem luto: seu repertório se bastava nisso. Deus e "kit gay" vieram depois, quando atinou virar presidente e abraçou comerciantes da religião. Encontrou um Deus com sanha arrecadatória. Demos pouca atenção a outra ideia que se deixava ofuscar pelas propostas de morte: a "legalização das milícias". Se procurar texto do cérebro bolsonarista que explique a iniciativa, encontrará falas parlamentares de Jair e Flávio. E muito jornalismo declaratório que citava discursos, mas não indagava sobre o conceito. Flávio resumiu: "As classes mais altas pagam segurança particular, e o pobre, como faz para ter segurança?" A Constituição promete direito à segurança pública. O bolsonarismo oferece arma e milícia. Se miliciano cobrar "tarifa", o bolsonarismo legaliza o pagamento isento de imposto. A vida miliciana está aberta a empreendedores. Dispensa concurso. Depois de anos de governo, confirmamos que legalizar milícias não significa trazê-las para dentro da lei, no sentido formal de "legalizar". Legalizar aqui sugere "deixar rolar" na informalidade onde o Estado de Direito não entra. Entra milícia extorquindo e tacando terror em inadimplentes. Chega polícia disparando "bala perdida", a metáfora macabra da irresponsabilidade estatal. O contrato miliciano estrutura entidade paramilitar, parapolicial, parajurídica. Paira além da lei. O que mais liga a corrupção bolsonarista a milícias? Não apenas a família que operou negócios com milicianos desde pelo menos 2007. O business abrangia construções em área de soberania miliciana, gabinetes povoados por Queiroz, esposa e filhas; Adriano da Nóbrega, esposa e mãe. "Rachadinhas" lubrificavam esquema de ascensão patrimonial familiar. A Presidência abriu outra etapa. Com caneta para afrontar o legislador, o governo editou normas jurídicas em série para esvaziar a lei do Estatuto do Desarmamento. "Fomos ao limite da legalidade", disse Jair, consciente da usurpação. As normas, por um lado, ampliaram possibilidades de aquisição de armas e munições; por outro, dificultaram rastreamento e identificação. E liberaram geral para auto declarados "caçadores, atiradores esportivos e colecionadores" (CACs). O exército de CACs já supera o número de policiais e de militares no país. Vendido como pacotaço da liberdade, o programa faz outra coisa com a chancela das Forças Armadas: facilita escoamento de armas para milícias e tráfico, e reduz capacidade estatal de investigar e resolver crimes com arma de fogo. PCC e Escritório do Crime ganham armas "legais". Empresas de arma, que têm Eduardo Bolsonaro como lobista e garoto-propaganda, ganham dinheiro. Receita da Taurus subiu mais de 200%. Glock, Sig Sauer e Caracal também respiram hoje com mais "liberdade" por aqui. O que fez o STF? Fachin e Weber deram liminares relevantes, mas limitadas. Toffoli e Fux, presidentes, aceitaram malandragens revogatórias de regras em véspera de julgamento e reedições subsequentes. Caíram no drible da vaca (ou fraude processual). Moraes demorou, mas votou em ação que há 10 meses dormita na gaveta kassiana. E Kassio é CAC. O que se pode dizer sem erro: entre omissões, demoras e obstruções, STF é responsável por não conter o acelerado processo de armamento. Suspendeu algumas regras, outras centrais seguem vigentes. Exemplo: civis autorizados a comprar 180 mil balas e 60 armas (mas só 30 fuzis...) sem provar necessidade. Poderíamos discutir quão mais inseguros e menos livres estamos com a proliferação de CACs e fuzis de guerra. Mas esse texto trata de corrupção, não de segurança. Bolsonaro pede grito por liberdade e legítima defesa. Não contou sobre dinheiro do crime organizado, do tráfico e de fabricantes de armas. Disfarça corrupção com filosofia política masturbatória e hipnótica. A "República das Milícias" (livro de Bruno Paes Manso) não é república, pois coisa pública não há. Espolia e violenta comunidades periféricas na cidade, no campo, na floresta. A corrupção estará armada "legalmente" enquanto durar a cumplicidade do STF. "Um povo armado não será escravizado"? "A verdade vos libertará"? O que se sabe é que povo idiotizado sequer notou quem lucra com isso. E quem morre. Entorpecido pela política do pânico e circo, não percebe que o contrato miliciano enriquece seus sócios. Dessa sociedade anônima e sangrenta a família presidencial é acionista. *Professor de direito constitucional da USP, é doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade - SBPC *************************************************************************** CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 TÍTULO VIII Da Ordem Social CAPÍTULO I Disposição Geral Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. CAPÍTULO II Da Seguridade Social SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 194. (*) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados. (*) Emenda Constitucional Nº 20, de 1998 Art. 195. (*) A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; II - dos trabalhadores; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. § 1.º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. § 2.º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. § 3.º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o poder público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. § 4.º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. § 5.º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. § 6.º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b. § 7.º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. § 8.º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (*) Emenda Constitucional Nº 20, de 1998 ************************************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário