quinta-feira, 4 de agosto de 2022

"AMIGOS DA NÁITI"

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*** CONJUNTURA Taxa Selic deve chegar a 14% em setembro e Copom manifesta preocupação A decisão tomada pelo Banco Central marcou o 12º aumento consecutivo da Selic, que voltou ao patamar de novembro de 2016 RH Rosana Hessel MP Michelle Portela postado em 04/08/2022 05:41 / atualizado em 04/08/2022 05:42 (crédito: Ed Alves/CB) (crédito: Ed Alves/CB) O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) resolveu, por unanimidade, elevar em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, para 13,75% ao ano, em decisão já esperada pelo mercado. Ao contrário do que parte dos analistas previa, contudo, o BC avisou que o processo de aperto monetário ainda não terminou e que poderá fazer um novo ajuste na Selic, de menor intensidade, no próximo encontro, marcado para 20 e 21 de setembro. Com isso, a taxa pode chegar a 14% ao ano a 10 dias do primeiro turno das eleições. "O Comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião. O Copom enfatiza que seguirá vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para as metas", diz o comunicado divulgado após a reunião, no início da noite. Benefícios O colegiado, integrado por diretores do BC, chamou a atenção para a incerteza existente na economia e para o risco que o crescimento das despesas públicas, com a ampliação dos benefícios a diversos setores, representa para o combate à inflação. O Copom "pondera que a possibilidade de que medidas fiscais de estímulo à demanda se tornem permanentes acentua os riscos fiscais para o quadro inflacionário", enfatiza a nota do BC. O órgão deixou claro, ainda, que tem como alvo estabilizar a inflação de 2023, cuja teto é de 4,75%, e que já começa a mirar o ano de 2024. "O Copom entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024", afirma o comunicado. Até junho, a inflação acumulada em 12 meses estava em 11,89%. E, apesar de medidas recentes tomadas pelo governo terem reduzido o peso de combustíveis e da energia elétrica na inflação deste ano, com prováveis deflações em julho e agosto, as projeções para 2023 seguem em alta. Como leva tempo para que os efeitos da política monetária sejam sentidos na economia, a nova elevação de juros mira a inflação do próximo ano. Na semana passada, o mercado estimava que a meta de inflação será novamente superada no ano que vem, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingindo 5,33%. A decisão tomada ontem pelo BC marcou o 12º aumento consecutivo da Selic, que voltou ao patamar de novembro de 2016. Após a decisão ser anunciada, analistas passaram a prever uma taxa Selic de, pelo menos, 14% até o fim do ano. Para o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, a nota do Copom foi "um balde de água fria" nos analistas que imaginavam que o ciclo de alta, iniciado em março de 2021, terminaria neste mês. Perfeito elevou de 13,50% para 14,25% ao ano a estimativa para a Selic no fim do ano. Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, também passou a esperar uma Selic mais elevada. "A alta de 0,50 ponto percentual era esperada pela maioria do mercado e tem duas leituras. A primeira significa uma combinação da persistência dos choques inflacionários globais, e a ideia é que os juros fiquem em um patamar elevado por um período maior. A estratégia é que o BC já começa a olhar para 2024 e entende que a convergência da inflação será mais lenta. A gente entende que o BC vai elevar a Selic para 14% em setembro e deverá manter nesse patamar até o fim do ano", explicou. O economista Eduardo Velho, da JF Trust, avalia que, além de deixar a porta aberta para um novo reajuste, o Banco Central sinalizou que deve manter os juros elevados por mais tempo. "O comunicado sugere que ciclo de alta pode ser mais prolongado do que o esperado", concorda Mauro Rochlin, professor de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Rio). Com a subida anunciada ontem, o Brasil mantém a liderança do ranking global dos maiores juros reais (descontada a inflação). De acordo com levantamento feito por Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management, a taxa de juro real no Brasil passou para 8,52% ao ano — nível superior ao verificado em países como México, Colômbia, Chile e Indonésia. Em termos nominais, o país continua na 3ª colocação, abaixo de Argentina e da Turquia. Indústria reclama A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) critou a alta dos juros. "Ainda que, desde março de 2021, a taxa Selic venha sofrendo consecutivos aumentos na tentativa de frear o consumo, as expectativas com relação à inflação à frente seguem desancoradas. Nesse sentido, cabe destacar que o desajuste no nível de preços da economia não é um fenômeno exclusivamente de demanda, mas sobretudo de restrição de oferta", diz nota da entidade. Embora reconheça que os crescentes aumentos de preços têm como causa a "desorganização das cadeias globais de produção", em função da pandemia e dos efeitos da guerra da Ucrânia no comércio global, a Firjan destaca que aumento da Selic não sacrifica apenas o setor produtivo. "Em um momento em que o mundo atravessa período de elevada incerteza, alimentada por guerra, covid-19 e risco de recessão, é imprescindível a adoção de uma política monetária mais moderada, que esteja atenta aos desafios do crescimento econômico nos próximos anos". O aumento do juro básico da economia se reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem de seis a nove meses entre a decisão do BC e o encarecimento do crédito. Tags banco central Copom inflação primeiro turno das eleições Selic taxa básica de juros Taxa Selic https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/08/5026749-taxa-selic-deve-chegar-a-14-em-setembro-e-copom-manifesta-preocupacao.html ************************************************************
*** Entenda o juro Juros são o valor do dinheiro no tempo. Ou seja, funcionam como se fossem o aluguel do dinheiro. Os bancos e outras instituições financeiras fazem a intermediação entre quem tem dinheiro (poupador ou investidor) e quem precisa de dinheiro (tomador ou devedor). Se você é um poupador/investidor, o dinheiro que você aplicou na instituição financeira será emprestado ao tomador/devedor, que pagará o valor mais juros ao banco. O banco, por sua vez, fica com parcela do valor pago como remuneração e devolve a você a quantia com juros no momento futuro, conforme combinado. O tomador vai devolver ao banco um valor superior ao que tomou emprestado e o poupador vai receber um montante maior do que o investido. Taxa de juros É o preço do “aluguel” do dinheiro por um período de tempo; percentual calculado pela divisão dos juros contratados pelo capital emprestado/poupado. Se os juros cobrados pelo empréstimo de R$1.000 durante um ano forem R$80, significa que o tomador pagou uma taxa de juros de 8% a.a. (ao ano).O cálculo é feito da seguinte forma: juros/capital, ou seja 80/1.000 = 8/100 por ano = 8% a.a. Por outro lado, considere o cenário em que um investimento de R$ 1.000 renda à taxa de juros de 5% a.a. (ao ano) Assim, o investidor receberá R$5 por cada R$100 investidos (5/100) durante um ano, o que, ao final do período, totalizará o montante de R$1.050. Alguns conceitos relacionados ao assunto Taxa de juros simples – aplicada/cobrada sempre sobre o capital inicial, que é o valor emprestado/investido. Não há cobrança de juros sobre juros acumulados no(s) período(s) anterior(es). Exemplo: em um empréstimo de R$1.000, com taxa de juros simples de 8% a.a., com duração de 2 anos, o total de juros será R$80 no primeiro ano e R$ 80 no segundo ano. Ao final do contrato, o tomador irá devolver o principal e os juros simples de cada ano: R$1.000+R$80+R$80=R$1.160. Taxa de juros composta – para cada período do contrato (diário, mensal, anual etc.), há um “novo capital” para a cobrança da taxa de juros contratada. Esse “novo capital” é a soma do capital e do juro cobrado no período anterior. Exemplo: em um empréstimo de R$1.000, com taxa de juros composta de 8% a.a., com duração de 2 anos, o total de juros será R$80 no primeiro ano. No segundo ano, os juros vão ser somados ao capital (R$1.000 + R$ 80 = R$ 1.080), resultando em juros de R$ 86 (8% de R$ 1.080). Os juros do primeiro ano (R$ 80) são somados com os juros do segundo ano (R$ 86), totalizando o valor de R$1.166 que deverá ser devolvido ao fim do empréstimo. Taxa de juros real – obtida pelo desconto da taxa de inflação da taxa de juros nominal de determinada transação. Exemplo: uma taxa de juros nominal mensal de 10% e uma inflação no período de 2% resultam em uma taxa de juros real de aproximadamente 7,84% [na fórmula completa: (1,10/1,02-1)*100 ]. Custo Efetivo Total (CET) Além da taxa de juros, existem outros custos envolvidos na operação. Para que o consumidor possa comparar melhor as condições dos financiamentos oferecidos pelas instituições financeiras, os bancos e outras instituições financeiras devem informar ao cliente Custo Efetivo Total (CET). e fornecer a respectiva planilha de cálculo previamente à contratação da operação. O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual e incorpora todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito (taxa de juro, mas também tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas). Essa taxa facilita a comparação das opções de empréstimo e financiamento para o consumidor. A planilha de cálculo do CET deve explicitar, além do valor em reais de cada componente do fluxo da operação, os respectivos percentuais em relação ao valor total devido. Caso a operação seja contratada, o demonstrativo de cálculo do CET deve ser incorporado, de forma destacada, ao respectivo contrato. Compare o CET antes de contratar o empréstimo ou financiamento Comparar o CET é muito mais importante do que simplesmente comparar a taxa de juro oferecida por diferentes instituições. Suponha um financiamento nas seguintes condições: Valor financiado: R$ 1.000,00 Taxa de juro: 12% ao ano ou 0,95% ao mês Prazo da operação: 5 meses Prestação mensal: R$ 205,73 Além desses dados, considere também a hipótese de pagamento a vista (sem inclusão no valor financiado) dos seguintes valores: Tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento: R$ 50,00 IOF: R$ 10,00 Para uma operação com essas condições, o CET calculado será de 43,93% ao ano ou 3,08% ao mês. Assim, o valor do CET (43,93% a.a) é maior do que apenas da taxa de juros (12% a.a.) O CET também deve constar dos informes publicitários de operações destinadas à aquisição de bens e de serviços quando forem veiculadas ofertas específicas. É obrigatório que o informe publicitário explicite o valor a ser financiado, a taxa de juro cobrada, o valor das prestações e as demais condições, além do próprio CET. Ferramentas úteis Garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade. https://www.bcb.gov.br/cidadaniafinanceira/entendajuro
*** quinta-feira, 4 de agosto de 2022 Celso Ming - Juros podem ir a 14% em setembro O Estado de S. Paulo. Nesta quarta-feira, o Copom aumentou a Selic pela 12ª vez consecutiva, agora em 0,5 ponto porcentual, para 13,75% ao ano (veja o gráfico). E sugeriu que na próxima reunião agendada para setembro voltará a apertar o volume de dinheiro. Pretende subir os juros em mais 0,25 ponto porcentual, para 14,0% ao ano. Diante das múltiplas incertezas pela frente, avisou que agirá com muita cautela. Não há clareza sobre o calibre da recessão a ser enfrentada pela economia global. Os fluxos de produção e distribuição continuam conturbados pela nova onda de covid na China e a guerra na Ucrânia. Isso vem aumentando as apostas na queda dos preços do petróleo e das matérias-primas. Mas a inflação atingiu, em junho, níveis inimagináveis, de 9,1% em 12 meses nos Estados Unidos e de 8,6% na zona do euro, situação que pode ter dinâmica própria e exigir mais aumento dos juros. E há as coisas daqui. O Brasil poderá passar por período eleitoral conturbado; o equilíbrio das finanças públicas está sob ataque dos políticos; a atividade econômica, embora melhor do que a esperada há três meses, é insuficiente para corrigir a renda do consumidor. A inflação, hoje nos 11,8% em 12 meses, começa a ceder, mas continua alta. Isso não é tudo. Outras áreas nebulosas deixam o setor produtivo e mais ainda o Banco Central sem chão firme onde pisar, e isso foi apenas insinuado no comunicado emitido logo após a reunião. Políticas eleitoreiras adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, de impacto sobre os preços ou sobre as contas públicas, têm prazo de validade até 31 de dezembro, mas podem se tornar permanentes. Entre elas estão a redução a zero dos impostos federais (Cide e Pis-cofins) sobre os combustíveis e gás de cozinha; ampliação de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil; aumento de R$ 53 para R$ 120 do vale-gás; benefício de R$ 1 mil mensais para caminhoneiros; e auxílio gasolina de R$ 200 para taxistas e novos repasses a Estados. Não é possível saber o que acontecerá com todos esses valores a partir de 1º de janeiro nem tampouco seu impacto favorável ou não sobre a inflação. E não dá para prever qual será a política fiscal a ser adotada pelo novo governo. O último Boletim Focus já mostra os efeitos dessas desonerações. A expectativa média para a inflação de 2022 cedeu pela quinta semana consecutiva, para 7,15%. Mas as projeções para 2023 continuam avançando. E é por isso que o Banco Central seguirá pisando em ovos na sua política de juros destinada a puxar de volta a inflação para cumprir a meta de 3,25% em 2023 e de 3,0% em 2024, com tolerância de 1,5 ponto porcentual, para cima ou para baixo. **********************************************************************************
*** quinta-feira, 4 de agosto de 2022 Míriam Leitão - Porta entreaberta para alta de juros O Globo Se os juros subirem na próxima reunião, será a 11 dias das eleições, mas as incertezas das contas públicas exigem atenção do Banco Central Os juros subiram para 13,75%, e o recado mais importante foi o de que as taxas ainda podem ter um “aumento residual, de menor magnitude em sua próxima reunião”, segundo o Banco Central. Com isso, os juros talvez terminem esta temporada de altas em 14%. Havia dúvidas sobre se o BC encerraria o ciclo ou deixaria a porta aberta para nova alta. Deixou entreaberta. A próxima reunião será realizada em 20 e 21 de setembro, a onze dias das eleições e após duas deflações. Existem motivos para parar de subir as taxas, porém, há dúvidas sobre a economia global e a brasileira. Se as dúvidas no Brasil fossem só econômicas, estaria bom. O grande temor que paira sobre o país neste fim de ano é político. Por causa dos ataques sem tréguas do presidente contra a ordem democrática, o país está vivendo uma eleição geral como se fosse um plebiscito terminal sobre a democracia. Um vida ou morte, um tudo ou nada. Nesse clima, olhar os comunicados do Banco Central e tentar achar sentido neles pode parecer uma tarefa fora de propósito. Mas a economia está sempre em diálogo com todo o resto. Por exemplo, para tentar ganhar a eleição, o governo baixou imposto e adotou medidas eleitoreiras. Resultado, os preços administrados terminarão o ano em queda de 1,3%, registra o BC. No ano seguinte, contudo, haverá o efeito rebote e esses preços podem subir 8,4%. Por dever de ofício o Banco Central tem que olhar além do horizonte político. Esse ciclo de juros encerra um período que poderia ter sido aproveitado para arrumar as contas públicas. Quando as taxas caíram a 2%, houve uma redução forte do custo da dívida. Aquele era o momento, mas o governo acabou acelerando as despesas. O economista Márcio Garcia, professor titular da PUC-Rio, resume assim: — Não consertamos o telhado quando estava sol, agora está começando a chover e pode vir tempestade. O tempo ruim vem de fora. Estados Unidos tiveram dois trimestres de redução do PIB, Europa vive o impacto direto da guerra da Rússia contra a Ucrânia e agora há um novo ponto de tensão entre Estados Unidos e China. A inflação alta no mundo inteiro está levando a um aumento global das taxas de juros. — Quando os juros sobem nos Estados Unidos, sai dinheiro dos países emergentes. Houve cinco meses seguidos de saída líquida de recursos dos emergentes. Isso afeta o valor de ativos de risco como a bolsa e o dólar sobe —contou Márcio Garcia em uma entrevista que me concedeu na Globonews. O Banco Central disse que há “persistência das pressões inflacionárias globais”. A chuva já está ocorrendo, mas pode virar tempestade. — Quando os juros ficam baixos durante muito tempo, as instituições financeiras assumem mais riscos atrás de rentabilidade. Aí, quando os juros sobem, isso pode acabar batendo nos bancos — explica Márcio Garcia. Aqui dentro, o governo costuma dizer que o país melhorou do ponto de vista fiscal porque a previsão era de que a dívida chegasse a 100% do PIB e ela está abaixo de 80%, e há pequeno superávit fiscal. O BC falou, contudo, que é um risco manter todas aquelas reduções de impostos e benefícios. — Quando se olha para a frente, o nosso limitador que estava funcionando era o teto de gastos. O governo tirou o teto com a PEC dos precatórios e nada pôs no lugar. Depois veio a PEC kamikaze. O próprio ministro deu esse nome. Pois o kamikaze se jogou contra o navio e explodiu o equilíbrio fiscal — diz Márcio Garcia. Em 2002, o Brasil passou por uma incerteza muito menor. A dúvida era apenas qual seria a política econômica de Lula. — Naquela época havia dois problemas. Um deles, de contas externas, o país não tinha reservas. Agora, tem. Mas vale olhar para os países que não têm, como Argentina e Turquia. Outro problema era o fiscal. E isso continua. Na pandemia, o governo tinha mesmo que aumentar o gasto para salvar vidas. Mas depois disso enfiou o pé na jaca e gastou a rodo sem motivo claro —disse Márcio Garcia. O próximo governo terá que enfrentar um quadro de desordem fiscal, o orçamento secreto, os efeitos das muitas PECs do atual governo: — Estamos mudando a Constituição mais frequentemente que estatuto de condomínio. Com sol ou com chuva, em 2023, haverá muito conserto a fazer no telhado. Não haverá tempo fácil para quem herdar as bombas armadas por Bolsonaro. ***************************************************************
*** “Antes das leis, reformemos os costumes”. Teoria do Medalhão – Machado de Assis Machado de Assis A sentença “Antes das leis, reformemos os costumes!”, no contexto dado na linha 34, é uma estratégia para Alternativas A impressionar a plateia com frase de efeito e obter atenção. B acalmar os ânimos populares para que tudo continue como está. C chamar a atenção das pessoas para a necessidade de mudanças. D convencer a população de que as leis são boas e os costumes são ruins. ***************************************************************************
*** Almanaqueiras: “Antes das leis, reformemos os costumes!” ********************
*** esse immenso aranzel, tu dizes simplesmente: Antes das leis, reformemos os costumes! - E esta phrase synthetica, transparente, limpida, tirada ao peculio commum, resolve mais depressa o problema, entra pelos espiritos como um jorro subito de sol. — Vejo por ahi que vosmecê condemna toda e qualquer applicação de processos modernos. — Entendamo-nos. Condemno a applicação, louvo a denominação. O mesmo direi de toda a recente terminologia scientifica; deves decoral-a. Com quanto o rasgo peculiar do medalhão seja uma certa attitude de deus Termino, e as sciencias sejam obra do movimento humano, como tens de ser medalhão mais tarde, convém tomar as armas do teu tempo. E de duas uma: — ou ellas estarão usadas e divulgadas d’aqui a trinta anos, ou conservar-se-hão novas: no primeiro caso, pertencem-te de fôro proprio; no segundo, podes ter a coquetice de as trazer, para mostrar que tambem és pintor. De outiva, com o tempo, irás sabendo a que leis, casos e phenomenos responde toda essa terminologia; porque o methodo de interrogar os proprios mestres e officiaes da sciencia, nos seus livros, estudos e memorias, além de tedioso e cançativo, traz o perigo de inocular idéas novas, e é radicalmente falso. Accresce que no https://pt.wikisource.org/wiki/P%C3%A1gina:Papeis_avulsos.djvu/109 ******************************************************************************
*** A cegueira carioca 11.04.19 Crusoé EDIÇÃO 050 - MARIO SABINO O humorista Bussunda disse que São Paulo foi o lugar mais estranho em que ele fez amor. O lugar mais estranho em que namorei foi o Rio de Janeiro. Minha namorada morava no Leblon e todos os cariocas que conheci achavam o bairro o suprassumo do charme e da civilização. Não que o Leblon não tenha os seus encantos - até o paulistano Itim Bibi tem -, mas eu olhar ao redor e constatava que estava tudo caído, para dizer o mínimo. Não fosse pela moldura natural, seria um bairro feio como tantos outros outros que compõem as cidades brasileiras. Não quero ser injusto com o Leblon, curiosamente o metro quadrado mais caro do país. É assim também com Ipanema e Copacabana. Na verdade, Copacabana é ainda pior, embora a sua orla seja a mais bonita do Rio. Trata-se de um desastre urbanístico sob todos os aspectos. Para ficar na Zona Sul, há ainda a Lagoa Rodrigo de Freitas. A paisagem é deslumbrante, mas o olfato às vezes se sobrepões à visão. De São Conrado, vou falar adiante. [...] https://crusoe.uol.com.br/edicoes/50/a-cegueira-carioca/ **************************************************************
*** questões do extremismo “QUEM AÍ GOSTA DA JOVEM PAN?” Os bastidores e dados que mostram como a emissora paulistana se tornou o braço auxiliar do bolsonarismo na defesa do golpe | 04 ago 2022_17h39 Uma reportagem de Ana Clara Costa publicada na edição de agosto da piauí revela os bastidores da radicalização política ocorrida na Jovem Pan e como se deu a decisão da emissora de apoiar deliberadamente qualquer narrativa defendida pelo governo de Jair Bolsonaro, inclusive a desconfiança sobre a urna eletrônica. A tentativa de descredibilizar instituições que se contrapõem ao ímpeto golpista de Bolsonaro, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também entrou na ordem do dia da programação da rádio. Os interesses da Jovem Pan, conforme mostra a reportagem, passam ao largo do ofício do jornalismo, concentrando-se apenas na busca pela audiência da extrema-direita para faturar com anúncios no YouTube. A reportagem revela uma análise de dados inédita feita pela consultoria Novelo Data sobre a radicalização do discurso no Pingos nos Is, o programa de maior audiência da Jovem Pan. O relatório aponta a saída do ex-juiz Sergio Moro do governo como ponto fulcral da adesão da emissora ao bolsonarismo, ao perceber que sua audiência seguia apoiando cegamente o presidente, apesar das acusações de seu ex-ministro. O episódio marcou também o início da radicalização dos comentários contra o STF e, mais tarde, contra o TSE. O levantamento também traça comparativos entre o destaque dado pela programação a temas favoráveis e desfavoráveis a Bolsonaro. O termo “rachadinha”, por exemplo, só foi proferido 144 vezes desde 2018. Orçamento secreto, quarenta vezes. Já STF teve 5000 menções apenas nos últimos dois anos. Faz parte da estratégia do programa centrar a artilharia em adversários de Bolsonaro sempre que um escândalo se abate sobre o governo. Quando o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso, os termos que dominavam os comentários eram Lula, STF e Bolsonaro. As menções a Ribeiro eram minoritárias. A piauí apurou como o próprio dono da emissora, Tutinha Carvalho, também se “bolsonarizou” no decorrer do período, revelando sua preferência sem qualquer pretensão de imparcialidade. Em suas redes sociais, um mês antes da eleição de 2018, escreveu: “Dica de investimento: compre dólar agora por 4,20 e vote em [João] Amoedo. Quando Haddad for eleito, venda por 9,48”, sugerindo, a um só tempo, que apenas Bolsonaro poderia derrotar o PT e que, em caso de vitória petista, o dólar dispararia. Um dia depois do primeiro turno, Tutinha fez um apelo a seus amigos do Facebook para que votassem em Bolsonaro, ao compartilhar uma postagem de autoria desconhecida sobre o PT. “É Bolsonaro ou ditadura petista”, escreveu, antes de explicar que um golpe comunista estava em curso – e tudo estava muito bem detalhado no site do partido. O texto citava páginas de um suposto programa de governo petista em que se falava em “estatizar a Rede Globo”, “anular as sentenças do mensalão”, “cassar o mandato de Jair Bolsonaro”, “dar o calote na dívida externa” e transformar o Brasil em “fiador” dos “países comunistas da América Latina”. Em 30 de outubro, com a eleição decidida, Tutinha inventou que o cantor Caetano Veloso prometera deixar o país em caso de vitória de Bolsonaro, e escreveu: “Já vai tarde.” Hoje, passados três anos e meio de governo, continua na mesma toada. A radicalização, contudo, tem sido um empecilho para que a Jovem Pan, ao se tornar um canal de TV paga, conquiste anunciantes. Embora o governo tenha aumentado o volume de anúncios na emissora, o setor privado não acompanha o mesmo movimento. A generosidade do governo Bolsonaro não se reproduz no mercado privado. Segundo um levantamento obtido pela piauí, que inclui órgãos públicos mas também empresas privadas, em maio a GloboNews teve 96 anunciantes, com 3 584 inserções publicitárias ao longo da programação. A CNN Brasil aparece em segundo lugar, com 43 anunciantes e 1 962 inserções. A Jovem Pan, embora tenha ultrapassado a audiência da CNN, só figura em terceiro lugar com apenas 25 anunciantes e 1 119 inserções. Boa parte das empresas que aparecem na tela da Jovem Pan é pouco conhecida – como a Homeopatia Waldemiro Pereira – ou abertamente ligada ao bolsonarismo, como a rede de restaurantes Coco Bambu e a Gocil, grupo de um ex-policial militar que reúne empresas do agronegócio à segurança. A íntegra da reportagem está disponível para assinantes aqui. https://www.cultcarioca.com.br/2018/09/a-pedra-magica-uma-historia-sobre.html ******************************************************************************* *** Papo Antagonista com Carlos Graieb e Mario Sabino 3.788 visualizações Transmissão ao vivo realizada há 2 horas Bastidores do poder, reportagens exclusivas e a análise com quem faz a notícia. ***************************************************************************
*** Chico Buarque (...) Como beber dessa bebida amarga / Tragar a dor, engolir a labuta / Mesmo calada a boca, resta o peito / Silêncio na cidade não se escuta / De que me vale ser filho da santa / Melhor seria ser filho da outra / Outra realidade menos morta / Tanta mentira, tanta força bruta(...) (Chico Buarque) *** *** Cálice (part. Milton Nascimento) Chico Buarque

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