Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
Máscara Negra
Destino e Desatino
Zé Keti
Tom: D
A7M Dº
Tanto riso, oh
A7M
Quanta alegria
F#m7 Bm7
Mais de mil palhaços no salão
D Dm7 C#m7 F#7
Arlequim está chorando pelo amor da colombina
Bm7 E7 A7M
no meio da multidão
A7M F#7 Bm7
Foi bom te ver outra vez
E7
Tá fazendo um ano
A7M Bm7
Foi no carnaval que passou
C#m7 Cº Bm7
Eu sou aquele Pierrô
E7
Que te abraçou
A7M E7
E te beijou, meu amor
A7M Bm7
A mesma máscara negra
E
Que esconde o teu rosto
E7 Em7 A7
Eu quero matar a saudade
D7M Dm7 C#m7
Vou beijar-te agora
F#7 Bm7
Não me leve a mal
E7 Em7 A7
Hoje é carnaval
Composição de Pereira Matos / Zé Kéti
Disponível em:
https://www.cifraclub.com.br/ze-keti/mascara-negra/
Acesso em:
31-12-2020
“O Destino de uma Nação”: o homem certo no lugar e na hora certos
Desempenho estrondoso de Gary Oldman como o primeiro-ministro Winston Churchill é a maior de todas as virtudes do filme
Por Isabela Boscov Atualizado em 12 jan 2018, 15h34 - Publicado em 12 jan 2018, 15h30
Universal/Divulgação
Foram quase seis anos infames de guerra, com um saldo de 80 milhões de mortos – mais de 50 milhões deles, civis. E, no entanto, poderia ter sido pior ainda. Por um triz, a II Guerra Mundial não terminou em maio de 1940, menos de um ano depois de ter começado, com um desastre estratégico no qual as forças aliadas se deixaram ser pinçadas pelos alemães até ficarem de costas para o mar, presas na praia francesa de Dunquerque, à espera das bombas que iriam aniquilá-las. Teria sido a vitória nazista, com sabe-se lá qual futuro pela frente (mas ele seria terrível, isso é certo) para a Europa e o mundo. Na hora certa, porém, o homem certo achou uma maneira de estar no lugar certo. Winston Churchill articulou a queda de seu companheiro de partido Conservador, o titubeante primeiro-ministro Neville Chamberlain, e tomou o lugar dele em 10 de maio – e conseguiu exterminar a ideia ridícula de tentar a paz com Hitler, evacuou mais de 300 mil dos homens presos em Dunquerque graças à maciça ajuda popular, e então se pôs a liderar a Inglaterra, a quase solitária adversária dos nazistas, de maneira incansável pelos cinco anos seguintes. (Lembrete: a essa altura os americanos ainda não estavam na guerra; demorariam mais um ano e meio a entrarem nela e colocarem seu poderio militar contra os nazistas). É a história dessas três semanas decisivas que o diretor Joe Wright conta em O Destino de uma Nação, um filme envolvente e fácil de assistir, que peca por algumas imprecisões e exageros mas tem uma virtude inigualável: o desempenho estrondoso de Gary Oldman.
– Universal/Divulgação
Joe Wright repete aqui os acertos de seus dois melhores filmes, Orgulho e Preconceito e Desejo e Reparação (e, felizmente, não repete os erros de seus piores filmes, Anna Karenina e Peter Pan). É excelente na escalação de atores, sabe dar textura ao mundo que está retratando (a edição de som é sempre um ponto alto do seu trabalho), tem ritmo e fluência. Fiquei com a impressão, neste caso, que a falta de ação – na definição convencional do termo – do ótimo roteiro de Anthony McCarten deixou Wright meio nervoso, e ansioso por florear o que talvez ele considerasse uma trama meio parada. Não precisava; diretores como David Fincher (A Rede Social) e roteiristas como Aaron Sorkin (A Rede Social, Steve Jobs) vivem demonstrando que o confronto entre personagens é um tipo de ação tão excitante quanto outro. E, francamente, Wright e McCarten também não precisavam ter inventado a cena de Churchill no metrô (sem spoilers), que passa bem perto do constrangedor. O saldo final, porém, é tão positivo que esses pecadilhos ficam desculpados.
Leia aqui a resenha completa:
Custe o que Custar
Ancorado na atuação soberba de Gary Oldman no papel de Winston Churchill, O Destino de uma Nação lembra que um único homem pode fazer toda a diferença
É uma sinfonia discreta: a cascata das teclas das máquinas de escrever; o chiado de fósforos sendo riscados, e o estalido do tabaco que se acende nos charutos; a percussão das bengalas nas calçadas, e as canetas-tinteiro que arranham o papel. Ruídos que hoje quase não se ouvem mais, enfim, dão textura ao mundo que já se foi evocado em O Destino de uma Nação – o mundo in extremis de maio e junho de 1940, quando centenas de milhares de soldados ingleses, franceses e belgas se viram acuados pelos alemães, contra o mar, na praia de Dunquerque, no que poderia ter significado a aniquilação das forças aliadas e a vitória do nazismo na Europa. Se esse passado possível não se concretizou, foi em boa parte por persistência de um homem já a caminhos dos 70 anos, rotundo, enérgico e excêntrico, que acordava perto do meio-dia para um café da manhã acompanhado de uísque, e que quase nunca era visto sem um charuto entre os dedos – o primeiro-ministro Winston Churchill (1874-1965), que assumiu o comando da Inglaterra em 10 de maio daquele ano e, no prazo de três semanas, debelou a oposição cerrada às suas ideias, orquestrou a evacuação de Dunquerque, galvanizou a nação e a conduziu, de olhos abertos, para o centro do maior conflito armado da história, do qual Adolf Hitler afinal sairia derrotado em maio de 1945. “Imagine se uma bala tivesse encontrado Churchill 25 anos antes, na I Guerra Mundial; em que mundo tenebroso teríamos vivido desde 1940?”, indaga o inglês Gary Oldman, que dá vida ao primeiro-ministro no filme.
Oldman conquistou o direito de especular sobre a grandeza do personagem. Em um desempenho esplêndido, o ator magérrimo, de 59 anos, se transforma em Churchill muito mais pela potência da personalidade, pela centelha do humor e pelas suas extraordinárias habilidades dramáticas que pelo auxílio da maquiagem e do figurino. “A semelhança com um personagem é algo que pode ser forjado. A essência dele, jamais”, disse a VEJA o diretor Joe Wright, explicando que escolheu Oldman por enxergar nele a mesma energia e intensidade “quase maníacas” do célebre estadista. O Destino de uma Nação acompanha Churchill num momento que exigiu o máximo dessa sua vitalidade. Com uma carreira militar, diplomática e política em que os fracassos eram tão ou mais conhecidos que as conquistas, Churchill articulou a derrubada do primeiro-ministro Neville Chamberlain (Ronald Pickup) e sua própria ascensão. Chegou ao cargo com a reputação – inclusive dentro do próprio partido, o Conservador – de ser manipulador, errático e talvez alcoólatra. Havia anos, porém, Churchill sustentava que Adolf Hitler era um mal absoluto que nunca poderia ser dobrado ou contornado; só combatido de frente. Portanto, impusera-se a tarefa de demolir a política de apaziguamento de Neville, que considerava tão estúpida quanto débil, e substituí-la por outros imperativos – nunca ceder, nunca render-se e lutar até o fim, mesmo que isso obrigasse os ingleses a um trauma ainda pior que o da I Guerra.
– Universal/Divulgação
Incansável, o Churchill de Oldman corteja o relutante rei George VI (Ben Mendelsohn), berra com a secretária assustada (Lily James) que esquece de datilografar em espaço 2 – ele odiava linhas coladas umas às outras –, briga com a mulher, a imperturbável Clemmie (Kristin Scott Thomas), e vocifera com seu gabinete em preparação para a ofensiva crucial contra Hitler. Não são muitas as figuras históricas que o poder engrandeceu de maneira assim indisputável, e Oldman tira partido de cada instante dessa construção do homem em líder icônico – como se Churchill fosse ele próprio um ator que, tendo finalmente conseguido o papel que sempre quis fazer, estivesse se expandindo nele até ocupá-lo por inteiro e torná-lo maior do que jamais fora antes.
– Universal/Divulgação
Filmando com o estilo exuberante, ritmado e envolvente já demonstrado em filmes como Orgulho e Preconceito e Desejo e Reparação (no qual incluiu um belíssimo plano-sequência do horror em Dunquerque), Joe Wright faz de seu filme um par oportuno a Dunkirk: enquanto o épico do também inglês Christopher Nolan se ocupou do desespero dos soldados na praia francesa, O Destino de uma Nação trata de como essa derrota devastadora se tornou, primeiro, uma prova de que nunca haveria paz com Hitler – e, depois, diante da perspectiva de destruição completa da força militar britânica, de como foi usada pelo alto gabinete conservador para argumentar que já não restava saída que não o apaziguamento. Sob pressão próxima do insuportável, Churchill quase esmoreceu, e chegou a acatar a ideia de uma intermediação entre seu governo e a Alemanha nazista. Mas então os cidadãos ingleses saíram com seus barcos na travessia do Canal da Mancha, rumo ao resgate dos soldados em Dunquerque, e Churchill pôde rechaçar a facção negociadora com sua retumbância característica.
Não há dúvida de que em certas ocasiões Wright cede à tentação de edulcorar a narrativa, como na cena em que Churchill pela primeira vez na vida anda de metrô em Londres para saber o que pensam os populares da hipótese de entrar nas trevas da guerra. Mas não se pode culpar o Churchill de O Destino de uma Nação por às vezes parecer idealizado. No mundo em que o americano Donald Trump e o norte-coreano Kim Jon-un discutem pelo Twitter quem tem o botão nuclear mais avantajado, aparenta mesmo coisa de ficção um chefe de Estado munido de tal lucidez – e para quem a coragem de lutar pelos princípios vale mais que a sobrevivência política e a conveniência pessoal somadas.
Isabela Boscov
Publicado originalmente na revista Veja em 10/01/2018
Trailer
O DESTINO DE UMA NAÇÃO
(Darkest Hour)
Inglaterra, 2017
Direção: Joe Wright
Com Gary Oldman, Lily James, Ronald Pickup, Kristin Scott Thomas, Stephen Dillane, Ben Mendelsohn
Distribuição: Universal
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/isabela-boscov/o-destino-de-uma-nacao/
Disponível em:
https://veja.abril.com.br/blog/isabela-boscov/o-destino-de-uma-nacao/
Acesso em:
30-12-2020
Postos do Exército Brasileiro Reservistas da "Classe de 1935"
A hierarquia do exército é uma incógnita para muitos brasileiros. Muitas pessoas não sabem, por exemplo, a diferença que existe entre um sargento e um tenente, entre um capitão e um coronel, entre um cabo e um soldado. A confusão é muito grande. Os que serviram a Pátria, ainda têm, apesar de já passado algum tempo, uma certa noção sobre o assunto, entretanto, outras pessoas sem esse convívio, dificilmente conseguirão fazer uma escala hierárquica com os diversos postos do exército.
Esta página tentará esclarecer as dúvidas existentes e fornecer mais alguns detalhes, que facilitarão a compreensão da hierarquia.
A relação , abaixo, apresenta, em ordem descendente, os postos no Exército Brasileiro.
Oficiais Generais
General de Exército General de Divisão General de Brigada
Oficiais Superiores
Coronel Tenente Coronel Major
Oficiais Intermediários e Subalternos
Capitão 1º Tenente 2º Tenente Aspirante a Oficial
Subtenentes e Sargentos
Subtenente 1º Sargento 2º Sargento 3º Sargento
Cabos e Soldados
Não usa Insígnia
Cabo Soldado
Correspondência entre Postos e Graduações das Forças Armadas
Disponível em:
http://www.mikrus.com.br/~classe35/curiosidades7.htm
Acesso em:
30-12-2020
Quem é Eduardo Pazuello, o general que assume interinamente o Ministério da Saúde
André Shalders - @andreshalders
Da BBC News Brasil em Brasília
16 maio 2020
Militar chegou a Brasilia semanas atrás para coordenar transição entre Mandetta e Teich; agora, assumirá pasta interinamente
O general-de-divisão Eduardo Pazuello é o mais novo militar a chegar ao primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O militar, que vinha atuando como secretário-executivo do Ministério da Saúde, assumiu interinamente a pasta depois da saída do médico oncologista Nelson Teich.
Assim como Jair Bolsonaro, Pazuello se graduou na Academia Militar das Agulhas Negras, a Aman, em Resende (RJ), como Oficial de Intendência — no Exército, é o militar especializado em tarefas administrativas ou logísticas.
O general chegou a Brasília no dia 20 de abril, com a missão de coordenar a transição entre as gestões de Luiz Henrique Mandetta (DEM), que pedira demissão dias antes, e Nelson Teich.
Pazuello é o nono ministro de origem militar no governo Bolsonaro — pessoas com origem na caserna já ocupam agora quase metade dos 22 postos do primeiro escalão do governo.
O General Eduardo Pazuello assume, interinamente, o Ministério da Saúde.
Conheça parte de seu currículo que inclui, ainda, diversas condecorações por seu trabalho, entre elas: Pacificador, Ordem do Mérito Militar Grande Oficial, Mérito Tamandaré e Distintivo de Comando Dourado. pic.twitter.com/8FNbWakMfq
— Ministério da Saúde (@minsaude) May 16, 2020
Final de Twitter post, 1
Diferentemente de outros integrantes militares da equipe de Bolsonaro, porém, Pazuello é um militar da ativa. Antes de vir para Brasília, o general de três estrelas comandava a 12ª Região Militar da Amazônia, em Manaus (AM).
O novo comandante da saúde é natural do Rio de Janeiro, Estado onde Jair Bolsonaro fez sua carreira política. No Estado, comandou um batalhão de paraquedistas e foi diretor do Depósito Central de Munição.
Pazuello chegou ao posto de general em 2014 — e uma de suas primeiras tarefas neste posto foi como coordenador logístico das tropas do Exército que deram apoio à realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
O militar também comandou a Operação Acolhida, que é o trabalho do Exército Brasileiro no atendimento a imigrantes que chegam aos municípios de Boa Vista (RR) e Pacaraima (RR).
Nelson Teich pediu demissão nesta sexta-feira
'Ministro montará a equipe e eu sairei'
Quando chegou a Brasília, Pazuello dizia que sua missão no ministério era "temporária" — apenas organizar a transição entre Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
"Imagina: no meio da guerra, com o carro rodando, necessita fazer a troca do ministro e ele entra sozinho, tendo de encontrar um monte de gente para trabalhar (...). Ao final de um período, o ministro estará com todos os nomes que ele escolheu e eu estarei saindo, voltando para a minha tropa", disse Pazuello em entrevista ao site da revista Veja, em 21 de abril.
Na mesma entrevista, Pazuello admitiu que não tinha qualquer afinidade com a área médica — disse que seu conhecimento sobre o assunto é de "leigo". Pazuello defendeu, porém, que o país tivesse mais cuidado com os dados utilizados no combate à pandemia.
"O meu grau de conhecimento específico, técnico, de médico, é leigo. A gente observa que dados precisam ser melhorados, a gente precisa ter números mais fidedignos, com menos risco de manipulação, para que se definam as estratégias em cima de dados reais. Se você não tiver certeza absoluta dos dados, tudo o que você planejar não tem resultado", disse ele.
Desde que chegou ao ministério, Pazuello passou a ser tratado como uma espécie de "eminência parda" — mesmo sendo o número 2 na hierarquia, era percebido por muitos como tendo mais poder do que o ex-ministro Nelson Teich. Ele, porém, negava que fosse este o caso.
Dentro da pasta, vinha cuidando de organizar as compras de equipamentos e insumos feitas pelo Ministério da Saúde. Era, por isso, procurado com frequência por prefeitos e governadores.
Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52686114
Acesso em:
30-12-2020
Número 2 do Ministério da Saúde, coronel humilha garçom durante live. Veja
No dia 4 de junho, Bolsonaro nomeou o coronel Antônio Elcio Franco Filho como secretário-executivo. Ele não possui formação na área de saúde
NATHALIA KUHL
10/07/2020 16:07,ATUALIZADO 10/07/2020 16:22
O coronel Antônio Elcio Franco Filho, secretário-executivo do Ministério da Saúde, está sendo alvo de muitas críticas por ter humilhado, durante uma reunião realizada nesta sexta-feira (10/7), um garçom que também atua no ministério. Em determinado momento, com rispidez, o coronel fala: “Sai daí. Eu falei não! O que você não entendeu?!”.
A grosseria acontece logo após o militar fazer sinal negativo com a mão e a cabeça para alguém não enquadrado na imagem – enquanto, praticamente ao mesmo tempo, uma mulher ao lado de Franco Filho, um pouco para trás, de máscara vermelha, levanta a mão e faz um gesto como quem aceita uma oferta. Só então o garçom entra na imagem, para atender o pedido.
Veja o vídeo:
Nas imagens é possível ver o secretário-executivo fazendo gestos bruscos com o braço. Após a humilhação, o garçom, que servia água e café, saiu.
Saiba quem é Antônio Elcio Franco Filho
No dia 4 de junho, o presidente Jair Bolsonaro nomeou o coronel Antônio Elcio Franco Filho como secretário-executivo do Ministério da Saúde. Antônio Elcio entrou no lugar do general Eduardo Pazuello, que assumiu interinamente o comando do ministério, substituindo o ex-ministro Nelson Teich.
O então secretário-executivo já era adjunto da secretaria-executiva da pasta. Oficial da reserva do Exército desde março de 2019, de lá para cá Franco trabalhou na Casa Civil do governo de Roraima e foi secretário de Saúde do estado. Também atuou como consultor da prefeitura de Boa Vista (RR).
Franco não possui formação na área de saúde. Ele é mestre em Operações Militares e Ciências Militares e atuou nas operações de segurança e defesa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e como subcomandante e chefe do Estado-Maior da Força de Pacificação no Complexo de Favelas da Maré, em 2014.
Disponível em:
https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/numero-2-do-ministerio-da-saude-coronel-humilha-garcom-durante-live-veja
Acesso em:
30-12-2020
'Falar de planos hoje é pouco, o que conta é a entrega', diz Nelson Teich | EXPRESSO CNN
CNN Brasil
Apesar do anúncio do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich tem dúvidas da real efetividade do planejamento apresentado.
Em entrevista à CNN, Teich questionou a ausência de precisão dos números apresentados, especialmente em relação aos insumos necessários e questionou as constantes mudanças nos planos do Ministério, colocando em dúvidas a tecnicidade das decisões. #CNNBrasil
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=68wSfby3Z0w
Acesso em:
30-12-2020
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
FHC, Lula e Maia apoiam Dilma após Bolsonaro questionar tortura sofrida pela petista na ditadura
Presidente afirmou que queria ver raio-x da mandíbula da petista
SÃO PAULO | UOL - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) demonstrou apoio à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) após provocação do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre a tortura que a petista sofreu durante a ditadura militar.
Em uma rede social, o tucano afirmou que "brincar com tortura é inaceitável", independentemente do lado político das vítimas. Para ele, as declarações de Bolsonaro "passam dos limites".
"Minha solidariedade à ex Presidente Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela —ou de qualquer pessoa— é inaceitável. Concorde-se ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites", disse FHC.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também reagiu. "O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade a presidenta @dilmabr, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais reconhecerá", escreveu o petista em uma rede social.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também manifestou solidariedade à ex-presidente e disse que Bolsonaro "não tem dimensão humana". Maia destacou que o pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia, foi exilado e torturado pela ditadura.
"Bolsonaro não tem dimensão humana. Tortura é debochar da dor do outro. Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade a ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana.", afirmou.
Nesta segunda-feira (28), Bolsonaro ironizou a tortura sofrida pela petista no período em que ela foi presa, em 1970, durante a ditadura militar.
A apoiadores o presidente chegou a cobrar que lhe mostrassem um raio-X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula.
"Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio-X", afirmou.
Já Dilma rebateu e classificou Bolsonaro como fascista, sociopata e "cúmplice da tortura e da morte".
Para a petista, Bolsonaro mostra, "com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador" e "ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado, escolhe ser cúmplice da tortura e da morte."
Não há hoje lei que tipifique como crime especificamente a apologia da ditadura. Mas declarações em defesa do regime podem ser enquadradas como crime com base na Lei de Segurança Nacional, no artigo 287 do Código Penal e, no caso de agentes públicos como presidente e ministros, na Lei dos Crimes de Responsabilidade (lei 1.079/50).
A Lei de Segurança Nacional, em seu artigo 22, qualifica como crime "fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social", com pena de 1 a 4 anos de detenção. Já o artigo 23 da mesma lei afirma que é crime "incitar à subversão da ordem política ou social, à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis", com pena de 1 a 4 anos de reclusão.
O Código Penal, por sua vez, criminaliza a apologia do crime. Já a Lei dos Crimes de Responsabilidade pune quem "provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis".
No caso de parlamentares, há dúvidas se poderiam ser punidos, visto que a Constituição assegura que "deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos".
No Congresso, tramitam projetos de lei que criminalizam a apologia da ditadura militar.
O HISTÓRICO DE BOLSONARO EM RELAÇÃO À DITADURA
O hoje presidente já prestou diversos elogios ao regime militar e a figuras da repressão como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por tortura.
"Temos de conhecer a verdade. Não quer dizer que foi uma maravilha, não foi uma maravilha regime nenhum. Qual casamento é uma maravilha? De vez em quando tem um probleminha, é coisa rara um casal não ter um problema, tá certo? [...] E onde você viu uma ditadura entregar pra oposição de forma pacífica o governo? Só no Brasil. Então, não houve ditadura"
Jair Bolsonaro, em entrevista no dia 27.mar.2019
"31 de março de 1964, Devemos, sim, comemorar esta data. Afinal de contas, foi um novo 7 de setembro [...] O Brasil merece os valores dos militares de 1964 a 1985."
Jair Bolsonaro, em vídeo publicado nas redes sociais (31 de março de 2016)
"Sou capitão do Exército, conhecia e era amigo do coronel, sou amigo da viúva. (...) o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra recebeu a mais alta comenda do Exército, a Medalha do Pacificador, é um herói brasileiro."
Sobre o notório torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, que chefiou o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações) do 2º Exército entre 1970 e 1974. Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, em sua gestão, a unidade militar foi responsável pela morte ou desaparecimento de ao menos 45 presos políticos. Frase dita durante a sessão do Conselho de Ética que deveria votar a admissibilidade do processo de cassação por ele ter elogiado o coronel ao votar pelo impeachment de Dilma Rousseff [ "Pela memória do coronel Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff" ] (8 de novembro de 2016)
"Pau-de-arara funciona. Sou favorável à tortura, tu sabe disso. E o povo é favorável também"
Jair Bolsonaro, então deputado federal, em entrevista em 1999
"A atual Constituição garante a intervenção das Forças Armadas para a manutenção da lei e da ordem. Sou a favor, sim, a uma ditadura, a um regime de exceção, desde que este Congresso dê mais um passo rumo ao abismo, que no meu entender está muito próximo"
Jair Bolsonaro, então deputado federal, em discurso na tribuna da Câmara no dia 24.jun.1999
"O erro da ditadura foi torturar e não matar."
Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan (8 de julho de 2016)
“Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele."
Jair Bolsonaro, ao dizer que poderia explicar ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (29 de julho de 2019)
Disponível em:
https://gilvanmelo.blogspot.com/2020/12/fhc-lula-e-maia-apoiam-dilma-apos.html
Acesso em:
30-12-2020
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