sábado, 8 de agosto de 2020

O diabo

 


 

 

 

 

 

 “Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós, os doze? E um de vós é o diabo.”  

(João, 6:70)

 

 

Quando a teologia se reporta ao diabo, o crente imagina, de imediato, o  senhor absoluto do mal, dominando num inferno sem fim.

Na concepção do aprendiz, a região amaldiçoada localiza­-se em esfera distante, no seio de tormentosas trevas...

Sim, as zonas purgatoriais são inúmeras e sombrias, terríveis e dolorosas, entretanto, consoante a afirmativa do próprio Jesus, o diabo partilhava os serviços apostólicos, permanecia junto dos aprendizes e um deles se constituíra em representação do próprio gênio infernal. Basta isto para que nos informemos de que o termo “diabo” não indicava, no conceito do Mestre, um gigante de perversidade, poderoso e eterno, no espaço e no tempo. Designa o  próprio homem, quando  algemado às torpitudes do sentimento inferior.

Daí concluirmos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte inferior da personalidade.

Satanás simbolizará então a força contrária ao bem.

Quando o homem o descobre, no vasto mundo de si mesmo, compreende o  mal, dá-­lhe combate, evita o inferno íntimo e desenvolve as qualidades divinas que o  elevam à espiritualidade superior.

Grandes multidões mergulham em desesperanças seculares, porque não  conseguiram ainda identificar semelhante verdade.

E, comentando esta passagem de João, somos compelidos a ponderar: –  “Se, entre os doze apóstolos, um havia que se convertera em diabo, não obstante a missão divina do círculo que se destinava à transformação do mundo, quantos existirão em cada grupo de homens comuns na Terra?”

164 O diabo Emmanuel Pão Nosso FEB COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª edição - 4ª impressão - 8/2017

 

 

 

 

 

 

 

 

A indulgência

 

 

 

 

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

 

21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?


É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes. – São Luís (Paris, 1860.)

OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS O EVANGELHO Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio - Brasil 1944 Tradução de Guillon Ribeiro da 3ª edição francesa revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866

 

 

 

 

Firme-se na esperança. Ter esperança é ter solução. Um fio de esperança é um fio de solução.

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