domingo, 2 de agosto de 2020

Agradecer







 “E sede agradecidos.”
- Paulo (Colossenses, 3:15) 

É curioso verificar que a multidão dos aprendizes está sempre interessada em receber graças, entretanto, é raro encontrar alguém com a disposição de ministra-las.
Os recursos espirituais, todavia, em sua movimentação comum, deveriam obedecer ao mesmo sistema aplicado às providências de ordem material.
No capítulo de bênçãos da alma, não se deve receber e gastar, insensatamente, mas recorrer ao critério da prudência e da retidão, para que as possibilidades não sejam absorvidas pela desordem e pela injustiça.
É por isso que, em suas instruções aos cristãos de Colossos, recomenda o  apóstolo que sejamos agradecidos.
Entre os discípulos sinceros, não se justifica o velho hábito de manifestar  reconhecimento em frases bombásticas e laudatórias.
Na comunidade dos trabalhadores fiéis a Jesus, agradecer significa aplicar  proveitosamente as dádivas recebidas, tanto ao próximo, quanto a si mesmo.
Para os pais amorosos, o  melhor agradecimento dos filhos consiste na elevada compreensão do trabalho e da vida, de que oferecem testemunho.
Manifestando gratidão ao Cristo, os apóstolos lhe foram leais até ao último  sacrifício; Paulo de Tarso recebe o apelo do Mestre e, em sinal de alegria e de amor, serve à Causa Divina, através de sofrimentos inomináveis, por mais de trinta anos sucessivos.
Agradecer não será tão ­somente problema de palavras brilhantes; é sentir a grandeza dos gestos, a luz dos benefícios, a generosidade da confiança e corresponder, espontaneamente, estendendo aos outros os tesouros da vida.
163 Agradecer Emmanuel Pão Nosso FEB COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª edição - 4ª impressão - 8/2017








A indulgência




É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?


Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? – São Luís (Paris, 1860.)
OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS O EVANGELHO Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio - Brasil 1944 Tradução de Guillon Ribeiro da 3ª edição francesa revista, corrigida e modificada pelo autor em 1866




Mostre a sua capacidade. Os seus poderes são os seus braços para envolver a felicidade.

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