General da banda
Blecaute
https://www.letras.mus.br/blecaute/649156/
O
vice-presidente disse o seguinte.
“Você
tem que entender a natureza do povo brasileiro. O brasileiro não é muito
disciplinado. É impossível dar uma ordem de cima para baixo dizendo o que as
pessoas têm que fazer. Governadores e prefeitos tiveram muita dificuldade
em manter as pessoas em casa. Temos muitas favelas nas grandes cidades, então é
difícil manter as pessoas em casa. Essa desigualdade complica o combate da
pandemia como ocorreu na Europa.”
https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/mourao-diz-que-povo-brasileiro-nao-e-muito-disciplinado.html
General
da Banda
Elis
Regina
Chegou
general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Composição:
José Alcides / Satiro de Melo / Tancredo Silva.
https://www.letras.mus.br/elis-regina/118406/
BIOGRAFIAS
Antônio
Hamilton Martins Mourão
nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 15 de agosto de 1953. Filho
dos amazonenses, Antônio Hamilton Mourão, general de divisão, e de Wanda
Martins Mourão.
https://www.ebiografia.com/hamilton_mourao/
Elis
Regina de Carvalho Costa
nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 17 de março de 1945. Começou
a cantar, com onze anos de idade, no programa "No Clube do Guri", na Rádio
Farroupilha, apresentado por Ari Rego.
https://www.ebiografia.com/elis_regina/#:~:text=Elis%20Regina%20de%20Carvalho%20Costa,%E2%80%9CMelhor%20Cantora%20do%20R%C3%A1dio%E2%80%9D.
Blecaute
Otávio
Henrique de Oliveira
5/12/1919
Espírito Santo do Pinhal, SP
9/2/1983 Rio de Janeiro, RJ
Cantor.
Compositor.
Órfão de pai e mãe, foi levado para São Paulo aos seis anos de idade. Lá
trabalhou como engraxate e entregador de jornais. Em 1933, apresentou-se no
programa de calouros "A peneira de ouro", da Rádio Tupi. Chegou a ser
uma figura muito popular no carnaval, entre os anos 1960 e 1980, incorporando a
figura "General da Banda", fantasia que ele impunhava e com a
qual percorria desfiles e bailes de carnaval.
http://dicionariompb.com.br/blecaute/biografia
Maria
Candelária
Blecaute
Maria Candelária
É alta funcionária
Saltou de paraquedas
Caiu na letra ó,ó,ó
Começa ao meio dia
Coitada da Maria
Trabalha, trabalha
Trabalha de fazer dó
Á uma
vai ao dentista
Às duas vai ao café
Às três vai a modista
Às quatro assina o ponto e dá no pé
Que grande vigarista que ela é
Composição:
- Armando Cavalcanti e Klecius Caldas
https://www.letras.mus.br/blecaute/547402/
"Maria Candelária
- Armando Cavalcanti e Klecius Caldas" O
carnaval de 1952 lançou poucos ... A letra “Ó”, de que se fala a
música, indicava os funcionários mais bem pagos. ... com todas as autarquias e
repartições públicas, e Brasília não tinha ainda um tijolo sequer.
... Maria Candelária - Blecaute (Carnaval de 1952).”
1959 - Blecaute (BlackOut) - Maria Brasília
Do
Filme "Entrei de Gaiato"
https://www.youtube.com/watch?v=_DR_ui90CI4&feature=youtu.be&autoplay=1
DUELO
DE FARRAPOS
J. SIMÕES LOPES NETO
(1865 -1916 I Brasil)
Refletindo a linguagem e as tradições gaúchas, Simões Lopes Neto nos deixou,
em apenas dois livros - Contos Gauchescos e Contos de Romualdo -, um marco na
literatura brasileira. Duelo de Farrapos (selecionado por Graciliano Ramos para
sua antologia Contos e Novelas) tem como pano de fundo a Guerra dos Farrapos,
ou Revolução Farroupilha, e lida com personagens históricos, como "meu
general Bento Gonçalves", o coronel Onofre Pirese o barão (futuro duque)
de Caxias, e, do lado do "Estado Oriental" (Uruguai), Oribe e Rivera.
Já um ror de vezes tenho dito - e
provo - que fui ordenança do meu general Bento Gonçalves.
Este caso que vou contar pegou o
começo no fim de 42, no Alegrete, e foi acabar num 27 de fevereiro, daí dois
anos, nas pontas do Sarandi, pras bandas e já pertinho de Santana.
Foi assim. Tenho que contar pelo
miúdo, pra se entender bem. Em agosto de 42, o general, que era o Presidente da
República Rio-Grandense - vancê desculpe ... estou velho, mas inté hoje, quando
falo na República dos Farrapos, tiro o meu chapéu ! ... - o general fez um
papel, que chamavam-lhe decreto, mandando ordens pr'uma eleição
grande, para deputados; estes tais é que iam combinar as leis novas e cuidar de
outras coisas que andavam meio à matroca, por causa da guerra.
Em setembro houve a eleição; em
outubro já se sabia quem eram os macotas votados, que eram quase todos os
torenas que andavam na coxilha. O jornal do governo deu uma relação deles e dos
votos que tiveram, que eu sabia, mas já esqueci.
Por sinal que esse jornal chamava-se
- Americano - e tinha na frente um versinho que saía sempre escrito e publicado
e que era assim, se bem me lembro:
Pela Pátria viver, morrer por ela;
Guerra fazer ao despotismo insano;
A virtude seguir, calcar o vício;
Eis o dever de um livre Americano.
Em novembro, os deputados, que eram trinta e seis, mas que só se apresentaram
vinte e dois, juntaram-se em assembléia; em dezembro, logo no dia um, foi então
a cerimônia principal.
O general foi em pessoa, como
presidente, com a ministrada, os comandantes de corpos e outros topetudos, e aí
fez uma - Fala - muito sisuda e compassada, que todos escuitaram
quietos, só sacudindo a cabeça, como quem dizia que era mesmo como o general
estava lendo no escrito.
Uêl. e que pensa vancê?. ..
Estava tudo na estica, sim senhor: fardas novas, bainhas de espada, alumiando;
redingotes verdes ou azuis com botões amarelos, padres com suas batinas
saidinhas; um estadão! E famílias, muita moçada fachuda, povaréu, e até uma
música. Eu e o outro ordenança, os dois, mui anchos, de gandola colorada.
Por esse entrementes, no Estado
Oriental, andava gangolina grossa entre Oribe e Rivera, que eram os dois que
queriam o penacho de manda-tudo. Volta e meia as partidas deles se pechavam e
sempre havia entrevero...
Ah! se vancê visse a indiada
daquele tempo... cada gadelhudo. .. Ah! bom!...
Mas, como quero, onde se
encontrasse, a nossa gente entropilhava-se bem com a deles. E mesmo era ordem
dos sup'riores.
Quando íamos mal da vida, já
pelas caronas, nos bandeávamos para o outro lado da linha; lá se churrasqueava,
fazia-se uma volteada de potrada e voltávamos à carga, folheiritos no mais!
O barão Caxias, que era o maioral
dos caramurus, mordia-se com estas gauchadas.
Mas tanto Oribe como Rivera nos
codilhavam quando podiam, porquanto faziam também suas fosquinhas aos legais. .
. apertavam o laço pra nós, mas afrouxavam a ilhapa pra eles...
Vancê entende?. .. Pau de dois
bicos!...
- Mas, vá vancê escuitando.
Rabo-de-saia é sempre precipício
pros homens. ..
Não vá vancê cuidar que no caso
andou mulher botando fungu no coração de ninguém, não, senhor; a coisa
foi muito outra, de alarifage.
***
Naquele novembro de 42, quando os deputados foram-se ajuntando, de um a um,
vindos de todos os rumos da província da República, e havia na vila do Alegrete
movimento de comitivas e piquetes, um dia, já à boquinha da noite, chegou uma
carreta de campanha, mui bem toldada, com boiada gorda, e escoltada por um
acompanhamento grande, de gente bem montada e armada.
Chegou o combói e parou em meio
da praça; e logo o que vinha de vaqueano cortou-se e foi apresentar o passe e
outros papéis; e foi dizendo que a pessoa que vinha na carreta era uma senhora
dona viúva, que trazia ofício pra o governo e que era sobre uns gados que
haviam sido arrebanhados, e cavalhadas, e prejuízos e tal, e mais uma conversa
por este teor e com mais voltas que um laço grande enrodilhado. ..
Foi isso o que correu logo no
redepente da curiosidade.
Papéis foram que a tal dona
trazia, que logo o general mandou chamar os deputados e os ministros e depois
se trancaram todos numa sala grande; e depois despachou um capitão para ir
buscar a figurona.
E ela veio; e mal que chegou o
general veio à porta, fez um rapapé e foi com ela pra tal sala onde estavam os
outros.
Se era linda a beldade!... Sim,
senhor, dum gaúcho de gosto alçar na garupa e depois jurar que era Deus na
terra !...
E destorcida, e bem falante; e
olhava pra gente, como o sol olha pra água: atravessando!
Dentro da sala, fechada, ia um
vozerio dos homens; depois serenava; parece que eles estavam mussitando;
e a voz da dona repenicava, hablando un castellano de mi flor!
Lá pelas tantas levantaram o
ajuntamento; o mesmo capitão foi levar Cl dona. E de manhã, nem carreta, nem
boiada nem comitiva apareceram mais.
Depois é que vim ao conhecimento
que aquela figurona tinha vindo de emissária.
Rivera era mais valente; Oribe
era mais sorro: mas, os dois, matreiraços!...
Agora, qual dos dois, pra
disfarçar dos caramurus o chasque, mandou, em vez dum homem, aquela vivaracha,
qual dos dois foi não pude sondar.
Era assunto encapotado...
Depois desse dia começou a haver
um zunzum mui manhoso contra o general.
Não sei se era inveja, ou
intrigas ou queixas ou ganas que alguns lhe tinham. As coisas foram-se parando
embrulhadas na tal assembléia e uma feita, não sei por que ch!eos pleitos, o
general e o coronel Onofre Pires tiveram um desaguisado; o general deu as costas,
num pouco caso, e o coronel saiu, num rompante, batendo forte os saltos dos
botins.
Em 43 houve outra arrancada braba,
foi quando mataram um Paulino Fontoura, que era um pesado. Houve outro
bate-barbas entre o general e o coronel Onofre, que era mui esquentado e
cosquilhoso.
Mas logo os chefes todos se
desparramaram, porque o barão Caxias andava na estrada, levantando
polvadeira.
E brigou-se!
Em S. Gabriel, na Vacaria, em
Ponche Verde, no Rincão dos Touros. O governo tinha saído do Alegrete e estava
outra vez em Piratinim; aí por perto peleou-se, e no Arroio Grande, em
Jaguarão, nas Missões, sobre o Quaraim, em Canguçu, em Pai Passo.
Que ano que bebeu sangue, esse!
E quando o exército se amontoou
todo, pra lá do ibicuí, e depois foi estendendo marcha, houve um conselho
grande de oficiais; e aí se falou outra vez na emissária, a fulana, aquela da
carreta, no Alegrete. Aí, então, os dois galões-largos se contrapontearam outra
vez.
A gente como eu é bicho bruto, e
os graúdos não dão confiança de explicar as coisas; por isso é que eu não sei
muitas delas; tenência não me faltava; mas como é que eu ia saber as de adentro
dos segredos?...
Já sobre o Garupá - vancê não
conhece? são os campos mais bonitos do mundo! - aí os homens se cartearam.
Então já era o ano 44.
O coronel escreveu barbaridades;
o general respondeu com aquele jeito dele, sisudo.
E quando foi no dia 27 de
fevereiro o general me chamou e mandou que eu fosse levando pela rédea, para a
restinga, os dois cavalos que estavam atados debaixo dum espinilho;
era um picaço grande e um colorado.
Fui andando; lá longe ia descendo
um vulto, atrás de mim vinha outro. E devagarinho, como quem vai mui descansado
da sua vida, os dois. Ah! esqueci de dizer a vancê que, atravessada debaixo da
sobrecincha de cada flete, vinha uma espada.
Reparando, vi que as duas eram
iguais, de copo fechado e folha grande, das espadas de roca, que só mesmo pulso
de homem podia florear.
E quando parei e os dois vultos
se chegaram, conheci que eram o meu general e o coronel Onofre.
E desarmados, chê!...
Mas como chegaram, cada um despiu
a farda, que botou em cima dos pelegos, e desembainhou a espada que vinha.
O colorado era do coronel; o
picaço, do general. Então o general deu ordem:
- Espera aí, com os cavalos! E o
coronel também:
- Bombeia; se chegar alguém,
assobia!
E rodearam a restinga, para o
outro lado.
Então é que entendi a marosca:
eles iam tirar uma tora, dessas que não se tira duas vezes entre os mesmos
ferros...
Maneei os mancarrões e com um
olho no padre, outro na missa, por entre as ramas da restinga, fui espiar a
peleia.
Estavam já, frente a frente, de
corpo quadrado.
E sol dava a meio,
para os dois.
O general Bento Gonçalves era
sacudido no jogo da espada preta; meneava o ferro, que chispava na luz, como
uma fita de espelho; o coronel Onofre parava os botes e respondia no tempo, mas
com tanta força que a espada assobiava no coriscar.
Nisto o general pulou pra trás,
fincou a espada no chão e pegou a tirar o tacão da bota, que se despregara.
O coronel encruzou os braços, e a
espada dele ficou dependurada da mão, como dum prego.
Pra um que quisesse aproveitar...
Mas qual... aqueles não eram gente disso, não!
E cruzaram, de novo. Em cima da
minha cabeça um sabiá pegou a cantar. .. e era tão desconchavado aquele canto
que chora no coração da gente, com aqueles talhos que cortavam o ar, que eu,
que já tinha lanhado muito cristão caramuru, eu mesmo, fiquei, sem saber como,
com os olhos nos peleadores, os ouvidos no sabiá, mas o pensamento andejando. .
. nos pagos, no meu padrinho, no Jesu-Cristo do oratório da minha mãe.. ..
Os ferros iam tinindo. E nisto, o
coronel deu um -- ah! - furioso, caiu-lhe da mão a espada ... e a sangueira
coloreou pelo braço abaixo, desarmado, entregue!...
Pra um que quisesse aproveitar...
Mas qual! aqueles não eram gente disso, não!
O general tornou a cravar a
espada na terra e veio ao ferido com bom jeito.
Pegou o braço, viu o ferimento; e
com um lenço grande que levantou do chão, do lado do chapéu, atilhou o talho,
para estancar o sangue.
O outro, calado, nem gemia.
Depois o general tornou a
pegar a espada, fez uma inclinação de cabeça ao coronel e caminhou pra cá
...
Foi o quanto eu me atirei pra
trás e me acoc'rei perto dos cavalos. Vestiu a farda, embainhou a espada e
montou. Então me disse: - Agora vem gente, que eu vou mandar. Não te movas daí,
antes. .. E deu de rédea, a galopito, para o acampamento.
E no silêncio que ficou, só ficou
balançando no ar o canto do sabiá, na restinga: do outro lado, o sangue do
coronel, pingando nos capins; deste lado, eu, sabendo, mas não podendo me
intrometer...
Agora veja vancê se não foi mesmo
o fungu daquela tal dona - emissária dum dos dois sorros castelhanos - que veio
transtornar tanta amizade dos farrapos?. ..
Ela só não pôde foi mudar o
preceito da honra deles: brigavam, de morte, mas como guascas de lei: leais,
sempre!
Pois não viu, naquelas duas
vezes?. .. Pra um que quisesse aproveitar...
E creia vancê que lhe rezei este
rosário sem falha duma conta, apesar de já sentir a memória mais esburacada que
poncho de calavera... Pois faz tanto ano!...
https://aneste.org/os-100-melhores-contos-de-crime-e-mistrio-da-literatura-univer.html?page=33#40._DUELO_DE_FARRAPOS
Referências
https://youtu.be/aFnb9pC2AOg
https://www.letras.mus.br/blecaute/649156/
https://youtu.be/2QjY1cZcDX0
https://jovempan.com.br/programas/jornal-da-manha/mourao-diz-que-povo-brasileiro-nao-e-muito-disciplinado.html
https://youtu.be/gBngDkqiE5U
https://www.letras.mus.br/elis-regina/118406/
https://www.ebiografia.com/hamilton_mourao/
https://www.ebiografia.com/elis_regina/#:~:text=Elis%20Regina%20de%20Carvalho%20Costa,%E2%80%9CMelhor%20Cantora%20do%20R%C3%A1dio%E2%80%9D.
http://dicionariompb.com.br/blecaute/biografia
https://youtu.be/jxLHve-l5XQ
https://youtu.be/gsQ4z4fGDbI
https://www.letras.mus.br/blecaute/547402/
https://youtu.be/_DR_ui90CI4
https://www.youtube.com/watch?v=_DR_ui90CI4&feature=youtu.be&autoplay=1
https://aneste.org/os-100-melhores-contos-de-crime-e-mistrio-da-literatura-univer.html?page=33#40._DUELO_DE_FARRAPOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário