“Porque
melhor é que padeçais fazendo bem (se
a vontade de Deus assim o que quer), do que fazendo mal."
Pedro (I Pedro, 3:17)
Para
amealhar recursos financeiros que será compelido a abandonar
precipitadamente, o homem muitas vezes adquire deploráveis enfermidades, que
lhe corroem os centros de força, trazendo a morte indesejável.
Comprando
sensações efêmeras para o corpo de carne, comumente recebe perigosos males que
o acompanham até aos últimos dias do veículo em que se movimenta na Terra.
Encolerizando-se
por insignificantes lições do caminho, envenena órgãos vitais, criando fatais
desequilíbrios à vida física.
Recheando o
estômago, em certas ocasiões, estabelece a viciação de aparelhos
importantes da instrumentalidade fisiológica, renunciando à
perfeição do vaso carnal pelo simples prazer da gula.
Por que
temer os percalços da senda clara do amor e da sabedoria, se o trilho
escuro do ódio e da ignorância permanece repleto de forças vingadoras e
perturbantes?
Como recear
o cansaço e o esgotamento, as complicações e incompreensões, os conflitos e os
desgostos decorrentes da abençoada luta pela suprema vitória do bem, se o
combate pelo triunfo provisório do mal conduz os batalhadores a tributos
aflitivos de sofrimento?
Gastemos
nossas melhores possibilidades a serviço do Cristo, empenhando-lhe nossas
vidas.
A arma
criminosa que se quebra e a medida repugnante consumada provocam sempre
maldição e sombra, mas para o servo dilacerado no dever e para a lâmpada
que se apaga no serviço iluminativo reserva-se destino diferente.
64 Melhor sofrer no bem Emmanuel Pão Nosso FEB COLEÇÃO FONTE VIVA 1950 30ª
edição - 4ª impressão - 8/2017
A indulgência
18. Caros amigos, sede severos
convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. É esta uma prática da santa
caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a
vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou
menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso.
Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo
e tão cegos com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de
vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave
que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda? Crede nos
vossos irmãos, os Espíritos. Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar
superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e
culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da
caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas
superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o
que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um
abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen
de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.
Espiritismo! Doutrina consoladora e bendita! felizes dos
que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do
Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas
palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade
prática, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo;
numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas,
porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar
realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez Ele uma lei para todas
as criaturas. – Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordeaux.)
OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS O
EVANGELHO Segundo o Espiritismo ALLAN KARDEC FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Rio
- Brasil 1944 Tradução de Guillon Ribeiro da 3ª edição francesa revista,
corrigida e modificada pelo autor em 1866
Em tudo há alegria. A divindade que faz ser alegre
a Natureza está também dentro de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário