terça-feira, 21 de maio de 2019

Pra Que Discutir Com Madame, Madama ou Madamo


Pra Que Discutir Com Madame
João Gilberto



Cifra: Principal (violão e guitarra)
Tom: D
D6/9                       E7/13  E7/#5
Madame diz que a raça não melhora
             Em7      A7      D6/9   DM7/9
Que a vida piora por causa do samba
D7M                        A7M
Madame diz o que samba tem pecado
      F#7       D6/F#     E7/9  F#/G  A7(b9)/G
Que o samba é coitado e devia acabar
D6/9                        E7/13  E7/#5
Madame diz que o samba tem cachaça
           Em7/9   A7      F#m7/b5
mistura de raça mistura de cor
  B7/F#          G#m7/b5  Gm6  B7(4)/F#
Madame diz que o samba democrata
    B7    Em7/9       A7     D6/F# 
é música barata sem nenhum valor

Em7     A7          D6/9
Vamos acabar com o samba
         Em7       A7        D6/F#
madame não gosta que ninguém sambe

       Em7       A7      F#m7/9  F#°
Vive dizendo que samba é vexame
    E7/13  E7/#5         Em7/9  A7                                       
Pra que discutir com mada-----me
Em7     A7           D6/9
Vamos acabar com o samba
         Em7       A7        D6/F#
Madame não gosta que ninguém sambe
        Em7       A7       F#m7/9  F#°
  Vive dizendo que samba é vexame
    Em7      A7        D6/9   G7/13
Pra que discutir com madame

( F#7/13  F#m6  E7/9  A7  D6/9    D6/F#  E7/9   A7/13  D6/9  B7/F# )

   E7M/9        G#m6          F#7
No carnaval que vem também concorro
             F#m6               E6/9  A7/13
Meu bloco de morro vai cantar ópera
     E/G#          C7(#9)/G   B7M
E na Avenida entre mil apertos
G#7/#5        E/G#   C7(#9)/G   F#m7  F#°
Vocês vão ver gente cantando concerto

  E7M/9        G#m6       F#7
Madame tem um parafuso a menos
          F#m6                G#m7/b5
Só fala veneno meu Deus que horror
   G#°      A#m7/b5  Am6    C#7(4)/G#
O samba brasileiro democrata
     C#7       F#m7         F#°    E7M/9  A7/13
Brasileiro na batata é que tem valor

( G#7/13  G#m6  F#7/13  F#m6  EM7/9  A7/13  E/G#  F#7  F#m6  EM7/9  A7/13 )
( EM7/9 )

Pra Que Discutir Com Madamo

Bolsonaro proíbe imprensa de mudar de assunto

Josias de Souza
20/05/2019 17h08


Bolsonaro: ‘não há briga entre Poderes, há uma grande fofoca’

Para um governante, só há uma coisa pior do que uma crise: duas crises. Ou três crises. Ou quatro. Ou… Desde que chegou ao Planalto, Jair Bolsonaro exerce o monopólio da crise. Sai de uma crise fabricando outra maior. No momento, dedica-se a atiçar uma manifestação de rua contra o Congresso.

Às turras com o Legislativo, Bolsonaro atribui a desarticulação do seu governo à imprensa. "O que há é uma grande fofoca", declarou o presidente em sua primeira aparição da semana. "E parece que, lamentavelmente, grande parte da nossa mídia se preocupa mais com isso do que com a realidade e o futuro do Brasil.".

Bolsonaro ainda não notou. Mas a imprensa não é parte da crise, apenas se alimenta dela. Os meios de comunicação não fazem senão levar aos consumidores as crises que o presidente fabrica. Se o inquilino do Planalto mudar de ramo, substituindo crises por soluções, a imprensa mudará de assunto.

Em discurso na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Bolsonaro falou sobre seu tema predileto: crise. Atirador versátil, disparou contra vários alvos ao mesmo tempo. "O Brasil é um país maravilhoso, que tem tudo para dar certo. Mas o grande problema é a nossa classe política", afirmou, num segundo disparo.

Não se deve discutir com especialistas. Bolsonaro passou 28 anos na Câmara antes de ser guindado ao Planalto. Conhece como poucos o "grande problema" em que se converteram os políticos. No seu caso, não há vestígio de algo positivo que tenha produzido durante sua vida parlamentar.

Especialista em virar a mesa, Bolsonaro jura que deseja sentar-se ao redor da mesa. "O que mais quero é conversar [com o Congresso]. Mas eu sei que tem gente que não quer apenas conversar." O presidente faria um favor a si mesmo se desse nomes aos bois.

Bolsonaro disparou uma outra bala perdida: "Cada vez que eu toco o dedo numa ferida, um exército de pessoas influentes vira contra mim. Nós temos uma oportunidade ímpar de mudar o Brasil. Mas não vou ser eu sozinho —apesar de meu nome ser Messias— que vou conseguir." De novo, faltam nomes.

Num regime presidencialista, o governo tem a cara do presidente. Sob Bolsonaro, o semblante que prevalece é o da crise. Pena. No momento, a imagem de que o pais precisa é a da tranquilidade.

Uma das principais características de personagens como Bolsonaro, vocacionados para o confronto, é a transferência de responsabilidades. O capitão não se enxerga como um problema. O mundo ao redor é que é o problema dele. Pena. A administração de crises não é uma tarefa que possa ser delegada a terceiros.

Bolsonaro parece mesmo decidido a proibir a imprensa de mudar de assunto.

Disponível em: https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/20/bolsonaro-proibe-imprensa-de-mudar-de-assunto/
Acesso em: 21.05.2019

Pra Que Discutir Com Madama

Pra que discutir com Madame?
Edson Vidigal
De repente, não mais que de repente, como dizia o poeta, o cerco vai se fechando contra a Dilma.
quinta-feira, 10 de março de 2016

De repente não mais que de repente, como dizia o poeta, o cerco vai se fechando contra a Dilma, mas a Bahia que é também de todos os santos, já comparece com dois – um procurador para Ministro da Justiça e um policial federal hoje no cargo de Secretário de Segurança para Diretor Geral do Departamento de Policia Federal.
O Eduardo não aguentava mais estar Ministro da Justiça. Nos primeiros meses no cargo consumiu maior parte do tempo como se repetisse o aperreio que desafiava a paciência dos seus antecessores. Todo dia era dia de índio.
Passa essa FUNAI adiante, Eduardo. Aconselhei. Tem outros Ministérios mais apropriados. Resgata a agenda do Márcio e faz do que ele não teve tempo para fazer o teu legado. Dá mais visibilidade politica ao Ministério. Como fez o Petrônio. A transição da ditadura para a democracia ainda não se completou. O Estado brasileiro segue autoritário como antes.
O Eduardo é um jurista, um professor de Direito, um politico comprometido com causas republicanas. É só ler os Anais da CPI dos Correios, aquela de onde saíram os primeiros sinais de que o mensalão existia mesmo, para se avaliar a seriedade com que ele se houve nas investigações. Ele, um Deputado do PT de São Paulo.
A Polícia Federal não é uma repartição do Governo, mas uma Policia de Estado.
A Polícia Federal tem a função exclusiva de Policia Judiciária da União, estando sujeita unicamente às requisições do Poder Judiciário ou do Ministério Público para apurar as infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme.
Incumbe ainda a Policia Federal, independentemente de requisições, prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.
A devassa que o País conhece pela primeira vez nas entranhas do Poder Federal, contaminando inclusive a legitimidade do poder com a derrama de dinheiro ilícito nas campanhas eleitorais, resulta do profissionalismo da Policia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal de primeiro grau, esta sob a batuta do jovem magistrado Sérgio Moro.
A jurisdição do Executivo, através do Ministério da Justiça, sobre a Policia Federal é apenas administrativa. Ou seja, cabe ao Ministro prover a instituição com os meios indispensáveis ao seu funcionamento. Nada mais.
Não pode o Ministro de Estado, nem o Presidente da República, mandar a Policia Federal suspender qualquer investigação. O arquivamento de Inquérito Policial é competência do Judiciário, ouvido o Ministério Público.
E o Eduardo não suportava mais tanta cobrança. Quem o encontra agora percebe o quanto está aliviado.
Colocar homens da confiança pessoal do Ministro da Casa Civil, que os baianos, jocosamente, cognominam de Feijó de Irecê e Marquês de Camaçari, plantado por Lula para ver se segura a Dilma, não vai desativar a Lava Jato. Sonho dourado do PT.
Entrementes, como nas histórias em quadrinhos, mistério. A tradutora da Dilma, chamada Leticia, foi readmitida menos de quarenta e oito horas depois de perder o emprego. A moça é quem traduz para o português as conversas da Dilma com estadistas como Nicolas Maduro, Raul Castro, Evo Morales, dentre outros.

Edson Vidigal, Advogado, foi Presidente do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho da Justiça Federal.

Disponível em: https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI235472,41046-Pra+que+discutir+com+Madame
Acesso em: 21.05.2019

Especial
Timbres raros na música popular
Por Daniel Brazil - 13/06/2007


Um dos fatores que faz a nossa música popular ser tão diversificada é a capacidade de abarcar uma enorme quantidade de sonoridades e timbres. Não apenas na matriz folclórica, que incorpora e mistura de forma engenhosa instrumentos indígenas, africanos e europeus, mas também na chamada MPB, que arregimenta com desenvoltura a quase totalidade dos instrumentos de uma orquestra erudita.
Como se essa rica gama de possibilidades sonoras não bastasse, ainda surgem os Smetaks e Uaktis, inventando novas engenhocas e acrescentando suas pinceladas sonoras à nossa aquarela musical. Isso sem falar de Hermeto e outros inventores - ora malucos, ora geniais - que tiram sons de panelas, furadeiras, estalactites, água, porcos, gambiarras e traquitanas.
Mas fiquemos nos instrumentos clássicos. As bandas de coreto e os regionais do começo do século XX se encarregaram de tornar familiares ao ouvido popular os diversos sopros e cordas. Trombones, violinos, contrabaixos, trompetes e oficleides animaram muitos pés-de-valsa nos bailes e saraus daqueles tempos. Habituais na era do rádio, as orquestras sempre aliaram sua massa sonora às vozes cancioneiras.
Mais quando se trata de instrumentos solistas, a variedade escasseia. A flauta está nas origens, e se tornou o mais popular instrumento de sopro, fiel acompanhante dos violões e cavaquinhos. A clarineta vem logo depois, pela mão de mestres como Severino Araújo, K-Ximbinho e Abel Ferreira. A família do sax tem ilustres representantes, a começar de Pixinguinha. Com vários intérpretes de renome, tem sua eternidade garantida.
O trompete teve grandes intérpretes e compositores, mas nunca se tornou um campeão de audiência. Hoje tem poucos solistas, como Joatan Nascimento, que tem um esplêndido trabalho de pesquisa sobre pioneiros do choro no instrumento (Eu Choro Assim, Maianga, 2002), o jazzista Cláudio Roditi e o carioca Silvério Pontes, que em dupla com o trombonista Zé da Velha costuma incendiar a gafieira. Trombone aliás, bem representado por craques como Raul de Barros, Raul de Souza e Radegundis Feitosa, solistas de alto calibre.
Outros sopros têm atuação mais discreta. Clarones, tubas e trompas colorem certas partituras, mas não costumam roubar a cena. O fagote de Aírton Barbosa surpreendeu muita gente na faixa Preciso Me Encontrar (Candeia), no segundo disco de Cartola (Marcus Pereira, 1976).
Mas, e as cordas friccionadas, tão numerosas nas grandes orquestras? Fafá Lemos, nos anos 50, se encarregou de adaptar uma série de peças do choro, do samba e da bossa ao seu versátil violino. Formou com o violonista Garoto e Chiquinho do Acordeon o Trio Surdina, gravou com a pianista Carolina Cardoso de Menezes, mas o instrumento não atraiu as gerações seguintes. A chegada ao Rio do francês Nicolas Krassik, em 2001, repôs o violino na roda de choro, e pelo menos um jovem brasileiro segue os passos de Fafá: o Ricardo Hertz.
Em São Paulo um violista, Fábio Tagliaferri, se encarregou de colocar a prima-irmã do violino no repertório popular, lançando o disco Viola, em 1998, e o mais recente Só Um É Muito Só (Tratore, 2003), com canções próprias e várias vozes convidadas. Fez parte do grupo Música Ligeira, junto o ao violão e a voz de Rodrigo Rodrigues e as cordas de Mário Manga (que também toca cello).
O violoncelo, aliás, é mais conhecido como um bom acompanhante. Desde os cantabile de Villa-Lobos que se presta a duetos com a voz humana ou pequenas intervenções na música popular brasileira. Como solista é mais raro. Embora nomes como Jaques Morelenbaum e Hugo Pilger sejam bem conhecidos, graças aos inúmeros arranjos, participações e parcerias com grandes nomes da MPB, é Lui Coimbra que leva o instrumento para a capa do disco, onde toca (e canta!) as canções de Ouro e Sol (Rob Digital, 2004).
O contrabaixo de arco foi defendido bravamente por veteranos como Luiz Chaves, do Zimbo Trio, e brilha nas mãos de Célio Barros mas, de forma geral, sua utilização contemporânea é mais focada no jazz e na música de concerto.
Há timbres derivados de instrumentos pouco comuns, embora isso seja bem relativo. Nos anos 1960 Poli (Ângelo Apolônio) gravou vários standards com sua guitarra havaiana, chegando a dividir LPs com Waldir Azevedo. Borghetinho desde 1984 encanta ouvintes com sua gaita-ponto, sendo o primeiro instrumentista brasileiro a receber o Disco de Ouro por cem mil cópias vendidas de seu disco de estréia. Mas estes instrumentos têm origem popular, seja na fronteira gaúcha ou no Havaí, e não costumam freqüentar orquestras eruditas.
Os teclados mais, digamos, exóticos, como o órgão, o cravo ou a espineta tem pequena participação na chamada MPB. Com a introdução dos teclados eletrônicos e seus sons sintetizados, acabaram confinados às salas de concerto. Sempre ficará na lembrança o solo de cravo criado por Cristóvão Bastos na linda Para Ver as Meninas, de Paulinho da Viola (no disco de 1971).
Chegamos enfim à percussão, esta enorme família de instrumentos que freqüenta de rodas de samba a óperas. Todo percussionista de formação erudita aprende a tocar pandeiro, mas é difícil ser um solista como Marcos Suzano. Há bateristas fantásticos, como o mestre Luciano Perrone, e até nomes conhecidos, mas a sonoridade extraída das baquetas não pode ser chamada de incomum.
Instrumentos melódicos, como a marimba, o vibrafone e o xilofone, costumam ser ouvidos em concertos tocando peças de Ernesto Nazareth. Aliás, o querido pianista é uma espécie de pedágio entre o popular e o erudito no Brasil. Quem transita de um território pra outro, em qualquer sentido, passa por ele.
O recém lançado CD Canja, do vibrafonista André Juarez (Por do Som, 2007) não é exceção. Está ali o inefável Apanhei-te Cavaquinho, assim como o Trenzinho Caipira, de Villa-Lobos. De ilustre família de músicos, o paulista André tem formação musical de elite, sendo também maestro e arranjador. Atuou como solista à frente de diversas formações. A novidade deste trabalho fica por conta do repertório, que vai de Baden (Berimbau/ Consolação) a Zé Keti (Máscara Negra), passando por Gil (Expresso 2222), Caetano (Luz do Sol), Vandré (Disparada) e Carlos Lyra (Minha Namorada).
O disco encerra com a participação da bateria da Rosas de Ouro na vibrante Pra Que Discutir com Madame (Haroldo Barbosa/ Janet de Almeida). Bateria, aliás, da qual o músico participou por vários carnavais, e onde certamente aprendeu alguns truques que não estão na academia.
São misturas como estas que oxigenam a música de todos os níveis, provocando curtos-circuitos criativos. Alguns timbres sempre soarão exóticos, e ficarão à margem. Outros podem acabar se incorporando e determinando novos caminhos para a criação na música popular. Certamente é essa riqueza de possibilidades sonoras uma das grandes motrizes da nossa cultura.

Disponível em: http://www.revistamusicabrasileira.com.br/especial/timbres-raros-na-musica-popular
Acesso em: 21.05.2019



Zé da Velha e Silvério Pontes | Pra quê discutir com madame (Haroldo Barbosa)

Os músicos apresentam o disco “Ouro e Prata” em uma viagem atemporal pelas gafieiras. Comemorando 25 anos de amizade, a dupla traz um repertório abrangente e coeso, como “Nas Velhas Pontes”, criado a partir de um papo de assobios. Formação: Zé da Velha - Trombone Silvério Pontes - Trompete Bebê Kramer - Acordeon Charles Peixoto - Violão Rômulo Duarte - baixo André Manhães – bateria Gênero: Show que ocorreu no Teatro Anchieta do Sesc Consolação dia 18/08/2014

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ih42k01VVXQ&feature=youtu.be
Acessso em: 21.05.2019


REFERÊNCIAS

https://youtu.be/ojr0HdBH_T8
https://www.cifraclub.com.br/joao-gilberto/pra-que-discutir-com-madame/
https://www.youtube.com/watch?v=qERLd0glffs
https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/05/20/bolsonaro-proibe-imprensa-de-mudar-de-assunto/
https://www.globalframe.com.br/gf_base/empresas/MIGA/imagens/3FA64DB569FB9498326BED938FE529742248_vidigal.jpg 
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI235472,41046-Pra+que+discutir+com+Madame
http://www.revistamusicabrasileira.com.br/sites/default/files/especial/esp_115_home.jpg?1274284622
http://www.revistamusicabrasileira.com.br/especial/timbres-raros-na-musica-popular
https://youtu.be/ih42k01VVXQ
https://www.youtube.com/watch?v=ih42k01VVXQ&feature=youtu.be

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