Por isso, meus amados irmãos, fujam da
idolatria.
1 Coríntios 10:14
1 Coríntios 10:14
Antônio Abujamra: 80 anos idolatrando a dúvida
TV Cultura Digital
Publicado em 13 de set de 2012
O cmais+ preparou um vídeo especial em
comemoração aos 80 anos do ator, diretor e provocador Antonio Abujamra! Confira
a página especial no portal da TV Cultura: http://cmais.com.br/abujamra
1 Coríntios 10:14-33 Almeida Revista e
Corrigida 2009 (ARC)
A idolatria e o culto de demônios
14 Portanto, meus amados, fugi da
idolatria. 15 Falo como a sábios; julgai vós mesmos o que digo. 16 Porventura,
o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão
que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque
nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque
todos participamos do mesmo pão. 18 Vede a Israel segundo a carne; os
que comem os sacrifícios não são, porventura, participantes do altar? 19 Mas
que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é
alguma coisa? 20 Antes, digo que as coisas que
os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que
sejais participantes com os demônios. 21 Não podeis beber o cálice do
Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor
e da mesa dos demônios.
Filhinhos, guardem-se dos
ídolos.
1 João 5:21
1 João 5:21
Os ídolos deles, de prata e ouro,
são feitos por mãos humanas. Têm boca, mas não podem falar;
olhos, mas não podem ver; têm ouvidos, mas não podem ouvir;
nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada podem apalpar;
pés, mas não podem andar;
e não emitem som algum com a garganta. Tornem-se como eles aqueles que os fazem
e todos os que neles confiam.
Salmos 115:4-8
são feitos por mãos humanas. Têm boca, mas não podem falar;
olhos, mas não podem ver; têm ouvidos, mas não podem ouvir;
nariz, mas não podem sentir cheiro; têm mãos, mas nada podem apalpar;
pés, mas não podem andar;
e não emitem som algum com a garganta. Tornem-se como eles aqueles que os fazem
e todos os que neles confiam.
Salmos 115:4-8
JORNALISMO
DANILO GENTILI | #PROVOCAÇÕES
Em nova fase, o programa #Provocações,
agora comandado por Marcelo Tas, recebe o apresentador e comediante Danilo
Gentili. É hora de provocar Gentili – envolvido em muitas polêmicas nos últimos
anos – sobre questões que vão da esfera política à sua vida pessoal e
profissional. Reconhecido como um dos idealizadores do movimento do stand-up
comedy, ele é autor de livros como Droodles e A Vida e Outros Detalhes
Insignificantes. O programa #Provocações revisita o formato de entrevistas que
estreou em 2000 e se consagrou nas mãos do eterno Antônio Abujamra, firmando um
compromisso com a dúvida e, é claro, com a provocação. Agora com os pés no
mundo atual e vestido com toda a tecnologia e interatividade inerente a Marcelo
Tas. Participe com a #Provoca! Siga a TV Cultura: Facebook:
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Plebiscito
A cena passa-se em 1890.
A família está toda reunida na sala de
jantar.
O senhor Rodrigues palita os dentes,
repimpado numa cadeira de balanço. Acabou de comer como um abade.
Dona Bernardina, sua esposa, está
muito entretida a limpar a gaiola de um canário belga.
Os pequenos são dous, um menino e uma
menina. Ela distrai-se a olhar para o canário. Ele, encostado à mesa, os pés
cruzados, lê com muita atenção uma das nossas folhas diárias.
Silêncio.
De repente, o menino levanta a cabeça
e pergunta:
- Papai, que é plebiscito?
O senhor Rodrigues fecha os olhos
imediatamente para fingir que dorme.
O pequeno insiste:
- Papai?
Pausa:
- Papai?
Dona Bernardina intervém:
- Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe
chamando. Não durma depois do jantar, que lhe faz mal.
O senhor Rodrigues não tem remédio
senão abrir os olhos.
- Que é? que desejam vocês?
- Eu queria que papai me dissesse o
que é plebiscito.
- Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer
doze anos e não sabes ainda o que é plebiscito?
- Se soubesse, não perguntava.
O senhor Rodrigues volta-se para dona
Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola:
- Ó senhora, o pequeno não sabe o que
é plebiscito!
- Não admira que ele não saiba, porque
eu também não sei.
- Que me diz?! Pois a senhora não sabe
o que é plebiscito?
- Nem eu, nem você; aqui em casa
ninguém sabe o que é plebiscito.
- Ninguém, alto lá! Creio que tenho
dado provas de não ser nenhum ignorante!
- A sua cara não me engana. Você é
muito prosa. Vamos: se sabe, diga o que é plebiscito! Então? A gente está
esperando! Diga!...
- A senhora o que quer é enfezar-me!
- Mas, homem de Deus, para que você
não há de confessar que não sabe? Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer
palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que era
proletário. Você falou, falou, falou, e o menino ficou sem saber!
- Proletário - acudiu o senhor
Rodrigues - é o cidadão pobre que vive do trabalho mal remunerado.
- Sim, agora sabe porque foi ao
dicionário; mas dou-lhe um doce, se me disser o que é plebiscito sem se arredar
dessa cadeira!
- Que gostinho tem a senhora em
tornar-me ridículo na presença destas crianças!
- Oh! ridículo é você mesmo quem se
faz. Seria tão simples dizer: - Não sei, Manduca, não sei o que é plebiscito;
vai buscar o dicionário, meu filho.
O senhor Rodrigues ergue-se de um
ímpeto e brada:
- Mas se eu sei!
- Pois se sabe, diga!
- Não digo para me não humilhar diante
de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que
devo ter nesta casa! Vá para o diabo!
E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo,
nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendo violentamente
a porta.
No quarto havia o que ele mais
precisava naquela ocasião: algumas gotas de água de flor de laranja e um
dicionário...
A menina toma a palavra:
- Coitado de papai! Zangou-se logo
depois do jantar! Dizem que é tão perigoso!
- Não fosse tolo - observa dona
Bernardina - e confessasse francamente que não sabia o que é plebiscito!
- Pois sim - acode Manduca, muito
pesaroso por ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão - pois
sim, mamãe; chame papai e façam as pazes.
- Sim! Sim! façam as pazes! - diz a
menina em tom meigo e suplicante. - Que tolice! Duas pessoas que se estimam
tanto zangaram-se por causa do plebiscito!
Dona Bernardina dá um beijo na filha,
e vai bater à porta do quarto:
- Seu Rodrigues, venha sentar-se; não
vale a pena zangar-se por tão pouco.
O negociante esperava a deixa. A porta
abre-se imediatamente. Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira
de balanço.
- É boa! - brada o senhor Rodrigues
depois de largo silêncio - é muito boa! Eu! eu ignorar a significação da
palavra plebiscito! Eu!... A mulher e os filhos aproximam-se dele.
O homem continua num tom profundamente
dogmático:
- Plebiscito...
E olha para todos os lados a ver se há
ali mais alguém que possa aproveitar a lição.
- Plebiscito é uma lei decretada pelo
povo romano, estabelecido em comícios.
- Ah! - suspiram todos, aliviados.
- Uma lei romana, percebem? E querem
introduzi-la no Brasil! É mais um estrangeirismo!..
(Contos fora de moda, 1894.)
Artur Azevedo
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/a/artura02.htm
Referências
https://www.bibliaon.com/idolatria/
https://youtu.be/T8qcrAfnz3s
https://www.youtube.com/watch?v=T8qcrAfnz3s
https://www.biblegateway.com/passage/?search=1+Cor%C3%ADntios+10%3A14-33&version=ARC
https://youtu.be/f1idmxlscoE
https://tvcultura.com.br/videos/69298_danilo-gentili-provocacoes.html
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/a/artura02.htm
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