Sugestões de Reflexões
Do Velho para o já não tão Novo assim
"Monstro" para presidente em exercício
“Calma Sertaneja” para Ministro frito em grampo
Do Velho para o já não tão Novo assim
"Monstro" para presidente em exercício
“Calma Sertaneja” para Ministro frito em grampo
“Bom dia” para Presidente suspensa
Voltando a JK, HB, EG
Indo com MT, RJ, DR
Quem Seguirá?
Gravações indicam ação de Renan e Sarney para interferir na Lava Jato:
Assista a Reportagem do Bom dia Brasil de 26/05/2016 a seguir no link:
Áudios têm forte repercussão no Congresso:
Assista a Reportagem do Bom dia Brasil de 26/05/2016 a seguir no link:
Gravações indicam ação de Renan e Sarney para interferir na Lava Jato:
Assista a Reportagem do Bom dia Brasil de 26/05/2016 a seguir no link:
Áudios têm forte repercussão no Congresso:
Assista a Reportagem do Bom dia Brasil de 26/05/2016 a seguir no link:
Batuque de Dirceu (0:36– 1:06)
A fita vazou: José Dirceu em reunião secreta
Eles são de confiança absoluta...
Mas não existe confiança absoluta
porque a fita do Lula sobre Pelotas acabou na nossa...
Vai nessa.
Se você soubesse aonde eu tô.
Se você soubesse o que eu tenho das
outras campanhas, você não falaria isso.
É, Gilberto Carvalho.
Para com isso.
Tem gente dentro da nossa campanha.
“A
eleição do ano passado soltou o monstro. Tudo dependerá dele. Ele influenciará tudo.
Ele está em todos os lugares”. JK, 15/07/1975
No dia 15 de julho de 1975 o ex-presidente Juscelino
Kubitschek almoçava no restaurante da diretoria do Jornal do Brasil.
Pediram-lhe um prognóstico para a situação política, e ele respondeu: “A
eleição do ano passado soltou o monstro. Tudo dependerá dele. Ele influenciará tudo.
Ele está em todos os lugares”. Para
conferir a onipresença do “monstro”, curvou-se, olhando embaixo da mesa, como
se o procurasse. Quem é o monstro? “A opinião pública”, disse JK. O resultado da eleição de 1974 encurralou a
ditadura. O MDB vencera as disputas para senador em dezesseis dos 21 estados, indicando
que dentro de quatro anos conquistaria a maioria no Senado. Um ano depois do almoço de JK no Jornal do
Brasil, o “monstro” soltou- se no Rio de Janeiro e em Brasília. Cantando “Peixe
vivo”, o povo voltou à rua, enterrando o ex-presidente com afeto e
lamento. A ditadura militar estava
economicamente robusta. Num regime de pleno emprego, a economia crescia, na
média, a taxas de quase 7% ao ano. Também tinha prestígio internacional.
Faltava só a Argentina para que toda a América do Sul abaixo do Equador fosse
governada por generais. Em março de 1976 uma junta instalou-se na Casa Rosada,
e acabou-se a exceção. Entre as últimas
semanas de 1974 e a jornada de 12 de outubro
de 1977, quando Ernesto Geisel demitiu o ministro do Exército, general Sylvio
Frota, a anarquia militar e o poder republicano do presidente enfrentaram-se.
Era o confronto que o regime evitava desde 1964. À noite, quando Frota
transmitiu o cargo ao seu sucessor, Fernando Bethlem, a anarquia estava
enquadrada. Coube ao general Ernesto Geisel a defesa do poder constitucional.
Logo ele, que participara das desordens militares de 1922, 24, 30, 37, 45, 61,
64, 65, 68 e 69.2 De 12 de outubro de 1977 até o dia em que se escreveu esta Explicação,
passaram-se 26 anos. Nunca, na história da República, se viveu tanto tempo sem
desordem militar digna de registro. Quando o general Ernesto Geisel morreu, em
1996, sabia a extensão desse legado.
Orgulhava-se dele, mas não gostava de discutir o assunto. Temia fazer uma
das coisas que mais detestava: falar bem de si próprio.
“Eu
nunca deixei de dizer o que achava. A gente sabia que eles ouviam. Ia-se fazer
o quê? Parar de falar?”. HB
Tive
também a amizade e a ajuda de Humberto Barreto, o fiel amigo de Geisel, seu
secretário de Imprensa entre 1974 e 1977.
Humberto foi um personagem discreto e fundamental em quase todas as
grandes crises do governo de Geisel. Passeava pelas ansiedades alheias com uma calma
sertaneja que por vezes parecia temerária. Ela se amparava na fé que tinha no
amigo. Passados trinta anos, Humberto não manifesta emoção alguma quando lhe
contam que, em 1976, tentaram fritá-lo com uma transcrição de grampo de seu
telefone: “Eu nunca deixei de dizer o que achava. A gente sabia que eles
ouviam. Ia- se fazer o quê? Parar de falar?”.
“Bom-dia”.
EG, Agosto, 1976
Cheguei
ao canteiro de obras logo cedo, no início da manhã, docemente embalado pela
ilusão de que poderia, quem sabe, arrancar uma mísera frase de um presidente
que não queria conversa com jornalista.
Devidamente credenciado, desembarquei no canteiro como repórter da sucursal Nordeste do jornal O Estado de S. Paulo. O terreno estava quase livre de concorrentes. Se o general me concedesse a graça de uma declaração, eu sairia dali com uma manchete exclusiva no meu gravador. Tudo o que o homem dizia era notícia: cada palavra que o general pronunciava valia ouro no mercado jornalístico.
A chance de abordar o Grande Mudo da República estava ali, ao alcance da mão. Era só partir para o ataque e correr para o abraço. Ilusão. O general passa por nós com aquele porte imperial que o marcava. O estrabismo de Ernesto Geisel causava uma sensação incômoda a quem o encarava: não se sabia exatamente para quem ele estava olhando.
O general me encara ao passar pelo pequeno grupo de repórteres presentes. Tento dirigir-lhe a palavra. Em vão. O quarto dos generais- presidentes do regime militar pronuncia, então, a única frase dirigida a um jornalista naquela manhã. As seis letras fatais: “Bom-dia”. Sem dar tempo a qualquer réplica, segue em frente. Fracasso, fracasso, fracasso.
O Brasil vivia um tempo em que os repórteres tentavam decifrar, nas feições dos generais, uma pista sobre o que eles estavam pensando. A escassez de declarações era tanta que até aquele lacônico “bom-dia” do general aos repórteres acabou publicado nos jornais – foi o que O Globo fez, ao noticiar, na edição de 21 de agosto de 1976, a passagem do general Geisel pelo canteiro de obras da barragem.
Devidamente credenciado, desembarquei no canteiro como repórter da sucursal Nordeste do jornal O Estado de S. Paulo. O terreno estava quase livre de concorrentes. Se o general me concedesse a graça de uma declaração, eu sairia dali com uma manchete exclusiva no meu gravador. Tudo o que o homem dizia era notícia: cada palavra que o general pronunciava valia ouro no mercado jornalístico.
A chance de abordar o Grande Mudo da República estava ali, ao alcance da mão. Era só partir para o ataque e correr para o abraço. Ilusão. O general passa por nós com aquele porte imperial que o marcava. O estrabismo de Ernesto Geisel causava uma sensação incômoda a quem o encarava: não se sabia exatamente para quem ele estava olhando.
O general me encara ao passar pelo pequeno grupo de repórteres presentes. Tento dirigir-lhe a palavra. Em vão. O quarto dos generais- presidentes do regime militar pronuncia, então, a única frase dirigida a um jornalista naquela manhã. As seis letras fatais: “Bom-dia”. Sem dar tempo a qualquer réplica, segue em frente. Fracasso, fracasso, fracasso.
O Brasil vivia um tempo em que os repórteres tentavam decifrar, nas feições dos generais, uma pista sobre o que eles estavam pensando. A escassez de declarações era tanta que até aquele lacônico “bom-dia” do general aos repórteres acabou publicado nos jornais – foi o que O Globo fez, ao noticiar, na edição de 21 de agosto de 1976, a passagem do general Geisel pelo canteiro de obras da barragem.
Edição
do dia 26/05/2016
26/05/2016
07h42 - Atualizado em 26/05/2016 08h00
Conversas
indicam tentativa de livrar políticos das investigações.
Sarney diz que delação da Odebrecht seria letal como metralhadora.
Sarney diz que delação da Odebrecht seria letal como metralhadora.
Novas
gravações feitas por um político próximo à cúpula do PMDB: as conversas com
três líderes indicam a tentativa de livrar políticos das investigações. Sérgio
Machado tenta comprometer seus ex-aliados. Em Brasília, o nome de Sérgio
Machado anda dando vertigem em muito político.
Desta
vez o jornal ‘Folha de S.Paulo’ divulgou trechos de conversa entre Sérgio
Machado e o ex-presidente José Sarney. Na gravação, os dois mostram
insatisfação com as decisões do juiz Sérgio Moro e com uma possível delação da
empreiteira Odebrecht, que de acordo com Sarney, seria letal como uma
metralhadora.
Reportagem
do jornal ‘Folha de S.Paulo’ diz que na conversa com Sérgio Machado, Sarney
disse que uma delação premiada que a empreiteira Odebrecht estaria prestes a
fazer é uma metralhadora de calibre ponto 100. O ex-presidente teria feito o
comentário depois que Machado afirmou que número de delações na Lava Jato iria
aumentar "às pencas".
Sarney
também relacionou a Odebrecht a uma ação que a presidente afastada, Dilma
Rousseff, teria feito diretamente. Ele disse: "Nesse caso, ao que sei, o
único em que ela está envolvida diretamente é que falou com o pessoal da
Odebrecht para dar para a campanha do...”.
Na
conversa com Sérgio Machado, o ex-presidente mostrou preocupação com a prisão
do senador Delcídio do Amaral, decretada pelo Supremo Tribunal Federal. Os dois
falam sobre a prisão de Delcídio.
Sérgio
Machado critica o juiz Sérgio Moro: “O cara agora seguiu aquela estratégia de
‘deslegitimizar’ as coisas. Agora não tem ninguém mais legítimo para falar mais
nada. Pegou o Renan, pegou o Eduardo, desmoralizou o Lula. Agora a Dilma. E o
Supremo fez essa suprema..., rasgou a Constituição”, disse.
O
ex-presidente Sarney complementa: “Foi. Fez aquele negócio com o Delcídio. E
pior foi o Senado se acovardar de uma maneira”, em uma referência à autorização
dada pelo Senado para a prisão de Delcídio.
Sérgio
Machado afirma que o Senado não podia ter aceito aquilo não e Sarney diz: “Não
podia, a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado. Porque
não foi flagrante delito. Você tem que obedecer a lei”, afirma Sérgio Machado.
E
Sarney prossegue: “Não tinha nem inquérito!”.
Em
outro trecho, o ex-presidente comenta a decisão do Supremo de mandar soltar
Delcídio: “E agora o Teori acabou de desmoralizar o Senado porque mostrou que
tem mais coragem que o Senado, manda soltar”, disse Sarney.
Sérgio
Machado conclui: “Presidente, ficou muito mal. A classe política está acabada.
É um salve-se quem puder. Nessa coisa de navio que todo mundo quer fugir, morre
todo mundo”.
E
foi para tentar salvar o próprio navio, ou para não deixá-lo afundar de vez,
que o ex-presidente da Transpetro entregou aos investigadores da Lava Jato gravações
de conversas dele com integrantes da cúpula do PMDB.
O
ministro do Supremo Teori Zavascki homologou a delação de Sérgio Machado. Foi
um recado para todos os políticos de que não tem como parar a Lava Jato. O Bom
Dia Brasil teve acesso a novos trechos da delação.
Sérgio
Machado era considerado pelos investigadores o caixa da cúpula do PMDB, mas ele
afirmou em várias conversas que não havia provas que ligassem nenhum dos
líderes do partido ao esquema e pediu ajuda para evitar que novas delações
surgissem ou que o juiz Sérgio Moro o pressionasse a falar.
Em
uma conversa do dia 10 de março, o ex-presidente Sarney disse que ajudaria
Machado a não ser preso.
José
Sarney: Isso tem me preocupado muito porque eu sou o único que não tive
num negócio desse, sou o único que não tive envolvido em nada. Vou me envolver
num negócio desse.
Sérgio Machado: Claro que não, o que acontece é que a gente tem que encontrar, me ajudar a encontrar a solução.
José Sarney: Sem dúvida.
Sérgio Machado: No que depender de mim, nem se preocupe. Agora, eu preciso, se esse p... me botar preso um ano, dois anos, onde é que vai parar?
José Sarney: Isso não vai acontecer. Nós não vamos deixar isso.
Sérgio Machado: Claro que não, o que acontece é que a gente tem que encontrar, me ajudar a encontrar a solução.
José Sarney: Sem dúvida.
Sérgio Machado: No que depender de mim, nem se preocupe. Agora, eu preciso, se esse p... me botar preso um ano, dois anos, onde é que vai parar?
José Sarney: Isso não vai acontecer. Nós não vamos deixar isso.
Um
dia depois, em uma conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, Sérgio
Machado reclama do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Diz que ele
trabalha para que Machado seja julgado pelo juiz Sérgio Moro. Renan diz que
isso não pode acontecer.
Sérgio
Machado: O que eu quero conversar contigo... Ele não tem nada de você, nem
de mim. O Janot é um ... da maior, da maior.
Renan Calheiros: Eu sei. Janot e aquele cara da... Força tarefa...
Sérgio Machado: Mas o Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que ele quer fazer. Não encontrou nada e nem vai encontrar nada. Então quer me desvincular de você. Ele acha que no Moro, o Moro vai me prender, e ai quebra a resistência e aí ... Então, a gente precisa ver, andei conversando com o presidente Sarney, como a gente encontra uma... Porque se me jogar lá embaixo eu estou ...
Renan Calheiros: Isso não pode acontecer.
Renan Calheiros: Eu sei. Janot e aquele cara da... Força tarefa...
Sérgio Machado: Mas o Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que ele quer fazer. Não encontrou nada e nem vai encontrar nada. Então quer me desvincular de você. Ele acha que no Moro, o Moro vai me prender, e ai quebra a resistência e aí ... Então, a gente precisa ver, andei conversando com o presidente Sarney, como a gente encontra uma... Porque se me jogar lá embaixo eu estou ...
Renan Calheiros: Isso não pode acontecer.
Em
um outro trecho também no dia 10 de março, Sérgio Machado sugere que o grupo se
aproxime do relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki. Sarney
cita o nome do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha,
que teria - segundo Sarney - proximidade com Teori e diz que vai falar com ele
sobre isso.
Sérgio
Machado: Porque realmente se me jogarem para baixo ai... Teori,
ninguém consegue conversar.
José Sarney: Você se dá com o Cesar?
Sérgio Machado : Hum.
José Sarney: Cesar Rocha.
S érgio Machado: Dou, mas o Cesar não tem acesso ao Teori não. Tem?
José Sarney: Tem total acesso ao Teori. Muito, muito, muito, muito acesso, muito acesso. Eu preciso falar com Cesar. A única coisa com o Cesar, com o Teori é com o Cesar.
José Sarney: Você se dá com o Cesar?
Sérgio Machado : Hum.
José Sarney: Cesar Rocha.
S érgio Machado: Dou, mas o Cesar não tem acesso ao Teori não. Tem?
José Sarney: Tem total acesso ao Teori. Muito, muito, muito, muito acesso, muito acesso. Eu preciso falar com Cesar. A única coisa com o Cesar, com o Teori é com o Cesar.
Machado
também gravou uma conversa em que estavam presentes Sarney e Renan juntos. Foi
no dia 11 de março. O tema ainda é como ter acesso ao Teori. Desta vez, através
do advogado Eduardo Ferrão, que também seria amigo do ministro.
José
Sarney: O Renan me fez uma lembrança que pode substituir o Cesar. O Ferrão
é muito amigo do Teori.
Renan Calheiros: Tem que ser uma coisa confidencial.
Sérgio Machado: Só entre nós e o Ferrão.
Renan Calheiros: Tem que ser uma coisa confidencial.
Sérgio Machado: Só entre nós e o Ferrão.
O
fato de que Sérgio Machado se viu obrigado a fazer uma delação premiada para
escapar da cadeia é indicativo de que não surtiram efeito as tentativas de
influenciar Teori por meio de Cesar Asfor Rocha e Eduardo Ferrão.
As
conversas também mostram que houve negociações para alterar leis e tentar
prejudicar a Lava Jato como um todo. Com Sérgio Machado, Sarney fala de uma
medida provisória sobre acordo de leniência que o governo Dilma baixou para
facilitar que empresas admitam culpa e possam voltar a fazer negócios com o
setor público. Depois de protestos do Tribunal de Contas da União e do
Ministério Público, a medida provisória foi substituída por um projeto de lei
bem mais rígido.
Sérgio
Machado: Outro caminho que tem que ter. É a aprovação desse projeto de
leniência na Câmara o mais rápido possível, porque aí livra o criminal. Livra
tudo.
José Sarney: Tem que lembrar o Renan disso. Para ele aprovar o negócio da leniência.
José Sarney: Tem que lembrar o Renan disso. Para ele aprovar o negócio da leniência.
Renan
e Sarney conversaram também sobre proibir que pessoas presas façam delações
premiadas, uma ideia que prejudicaria a Operação Lava Jato, já que algumas
delações foram fechadas por suspeitos presos.
José
Sarney: O importante agora, se nós pudermos votar que só pode fazer
delação, é só solto.
Renan Calheiros: Que só pode solto, que não pode preso. Isso é uma maneira sutil que toda sociedade compreende que isso é uma tortura.
Renan Calheiros: Que só pode solto, que não pode preso. Isso é uma maneira sutil que toda sociedade compreende que isso é uma tortura.
Segundo
investigadores, as tentativas de mudança na lei das delações premiadas e a
medida provisória da leniência faziam parte de um plano para enfraquecer a Lava
Jato.
Em
outra conversa com Sérgio Machado, em que foi discutida a delação de executivos
da Odebrecht, o ex-presidente José Sarney cita uma tentativa de acordo geral
para barrar a operação.
José
Sarney: A Odebrecht... Ele vão abrir, vão contar tudo. Vão livrar a cara
do Lula. E vão pegar a Dilma. Porque foi com ele, quem tratou diretamente sobre
o pagamento do João Santana foi ela. Então eles vão fazer. Porque isso tudo foi
muito ruim pra eles. Com isso não tem jeito. Agora precisa se armar. Com vamos
fazer com essa situação? A oposição não vai aceitar. Vamos ter que fazer um
acordo geral com tudo isso.
Sérgio Machado: Inclusive com o Supremo. Disse com o Supremo, com os jornais, com todo mundo.
José Sarney: Supremo, não pode abandonar.
Sérgio Machado: Inclusive com o Supremo. Disse com o Supremo, com os jornais, com todo mundo.
José Sarney: Supremo, não pode abandonar.
Apesar
das conversas para tentar evitar que a Lava Jato chegasse até a cúpula do PMDB,
Sérgio Machado fechou um acordo de delação premiada em que fez justamente o
oposto: entregou várias gravações de conversas em que compromete ex-aliados. Ou
seja, a tentativa de interferir nas investigações não deu certo.
Além
de entregar as gravações de conversas, Sérgio Machado já fez depoimentos em que
fala sobre o envolvimento de políticos no esquema de corrupção na Petrobras. A
partir de agora, o procurador pode pedir abertura de investigações a partir das
declarações, mas isso não tem prazo para acontecer.
“Sem
dúvida há gravidade nesses fatos. Mais uma vez revela-se tentativa de
comprometer a ação de investigadores e julgadores da Operação Lava Jato. Mas o
que se revela também é que é uma tentativa que se frustra porque a Operação
Lava Jato prossegue de forma ininterrupta e irresistível e irá até o fim. Os
avanços devem ser consagrados e não devemos permitir retrocessos. Me refiro à
delação premiada e à prisão com condenação em segunda instância”, disse o
senador Álvaro Dias.
O
Instituto Lula declarou que o diálogo citado é fruto de mais um vazamento
ilegal que confirma o clima de perseguição contra o ex-presidente. Afirmou,
ainda, que a conversa não traz nada contra Lula e que ele sempre agiu dentro da
lei e que, por isso, não tem nada a temer.
A
defesa da presidente afastada Dilma Rousseff disse que ela jamais pediu
qualquer tipo de favor que afrontasse o princípio da moralidade pública.
A
defesa de Sérgio Machado voltou a dizer que os autos são sigilosos e que, por
isso, não pode se manifestar.
O
ministro Teori Zavascki não vai comentar o conteúdo dos áudios.
O
ministro aposentado Cesar Asfor Rocha disse que tem uma relação de respeito com
Sarney, mas afirmou que nunca foi procurado por ele para tratar de assuntos
relacionados à Lava Jato. Destacou que também nunca foi procurado por Renan e
nem por Sérgio Machado. Asfor Rocha ressaltou ainda que Teori é um juiz
seríssimo e extremamente reservado, com quem tem boa relação, mas passou a
vê-lo pouco após a Lava Jato.
O
Bom Dia Brasil não conseguiu contato com o advogado Eduardo Ferrão.
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