Edição
do dia 13/05/2016
13/05/2016
21h18 - Atualizado em 13/05/2016 21h20
Em
entrevista exclusiva ao JN, ele também falou da importância da delação.
Alexandre de Moraes disse que não vai trocar comando da PF.
O
novo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, defendeu nesta
sexta-feira (13) a importância da Operação Lava Jato e das delações premiadas.
Numa entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, ele anunciou que não vai trocar o
comando da Polícia Federal.
Repórter:
Na última quinta-feira (12), o presidente em exercício, Michel Temer, falou da necessidade em
proteger a Lava Jato. Como o Sr. acha que isso pode ser feito na prática?
Ministro Alexandre e Moraes: Na prática, é deixar como vem ocorrendo, que a Polícia Federal trabalhe como vem trabalhando, Ministério Público continue trabalhando em conjunto com a Polícia Federal. Por parte do Ministério da Justiça apoio total aos delegados, a superintendente da Polícia Federal do Paraná, ao diretor geral da Polícia Federal, para que nós possamos inclusive com mais recursos, se houver necessidade, possamos acelerar as investigações para que nós consigamos rapidamente desvendar todas as ramificações da Lava Jato.
Repórter: O Sr. falou aí do diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. O Sr. vai mantê-lo no cargo?
Ministro: Sim. O Leandro, o Dr. Leandro, já é um amigo meu desde o tempo que ele era superintendente da Polícia Federal em São Paulo. Já conversamos hoje algumas diretrizes importantes e o trabalho continua sendo feito dessa forma, muito eficaz que vem sendo realizado por ele.
O ministro garantiu apoio às investigações da Lava Jato mesmo que elas atinjam ministros do novo governo.
Ministro: Não há a mínima possibilidade de qualquer tipo de interferência. Quem conhece a minha história desde promotor de justiça sabe que o combate a corrupção é a coisa mais importante, não só hoje, mas há muito tempo no país. E nós estamos avançando nisso. E a Lava Jato é um grande avanço. A Constituição e a Legislação, assim como processos, não tem cor, não tem caras, nem nomes. A lei, e o princípio da legalidade, é isso que o presidente Temer defende a sua vida toda, como procurador do estado, como homem público e agora como presidente interino, defende a aplicação da lei. E isso é o que vamos aplicar no Ministério da Justiça. A lei deve ser aplicada igual para todos, sem nome, sem filiação, sem partido. A lei é igual para todos.
Alexandre de Moraes defendeu a delação premiada.
Ministro: É um instrumento de efetividade para a Justiça Criminal. É um instrumento que deve ser aplicado como vem sendo aplicado, a Polícia Federal, no campo dos estados, as policias civis, Ministério Público, Poder Judiciário. Então é um instrumento de prova importantíssimo.
O novo ministro da Justiça também falou sobre vazamentos. Ele não concorda com seu antecessor no cargo, Eugenio Aragão, que defendia afastamento sumário ao menor sinal de vazamento.
Ministro: Você não pode afastar alguém se você não tiver indícios suficientes que foi aquela pessoa que vazou. É uma questão complexa a questão dos vazamentos. Quando o segredo não é de uma pessoa só, quando quem tem as informações são não só policiais, mas também cartório, membros do Ministério Público, do Poder Judiciário, você não pode responsabilizar sem ter indícios não pode responsabilizar policiais.
E falou sobre sua atuação como advogado, antes de ser secretário em São Paulo. Época que defendeu Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara e réu na Lava Jato.
Repórter: E essa atuação pode atrapalhar de alguma maneira?
Ministro: Não, da mesma forma que eu fui advogado durante quatro anos, eu fui promotor por mais de dez anos e processei muitos políticos que continuam sendo políticos. Isso não vai atrapalhar o fato de eu ter processado políticos ou ter atuado como advogado para outros políticos, não vai nem prejudicar nem beneficiar nenhum deles.
Ministro Alexandre e Moraes: Na prática, é deixar como vem ocorrendo, que a Polícia Federal trabalhe como vem trabalhando, Ministério Público continue trabalhando em conjunto com a Polícia Federal. Por parte do Ministério da Justiça apoio total aos delegados, a superintendente da Polícia Federal do Paraná, ao diretor geral da Polícia Federal, para que nós possamos inclusive com mais recursos, se houver necessidade, possamos acelerar as investigações para que nós consigamos rapidamente desvendar todas as ramificações da Lava Jato.
Repórter: O Sr. falou aí do diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. O Sr. vai mantê-lo no cargo?
Ministro: Sim. O Leandro, o Dr. Leandro, já é um amigo meu desde o tempo que ele era superintendente da Polícia Federal em São Paulo. Já conversamos hoje algumas diretrizes importantes e o trabalho continua sendo feito dessa forma, muito eficaz que vem sendo realizado por ele.
O ministro garantiu apoio às investigações da Lava Jato mesmo que elas atinjam ministros do novo governo.
Ministro: Não há a mínima possibilidade de qualquer tipo de interferência. Quem conhece a minha história desde promotor de justiça sabe que o combate a corrupção é a coisa mais importante, não só hoje, mas há muito tempo no país. E nós estamos avançando nisso. E a Lava Jato é um grande avanço. A Constituição e a Legislação, assim como processos, não tem cor, não tem caras, nem nomes. A lei, e o princípio da legalidade, é isso que o presidente Temer defende a sua vida toda, como procurador do estado, como homem público e agora como presidente interino, defende a aplicação da lei. E isso é o que vamos aplicar no Ministério da Justiça. A lei deve ser aplicada igual para todos, sem nome, sem filiação, sem partido. A lei é igual para todos.
Alexandre de Moraes defendeu a delação premiada.
Ministro: É um instrumento de efetividade para a Justiça Criminal. É um instrumento que deve ser aplicado como vem sendo aplicado, a Polícia Federal, no campo dos estados, as policias civis, Ministério Público, Poder Judiciário. Então é um instrumento de prova importantíssimo.
O novo ministro da Justiça também falou sobre vazamentos. Ele não concorda com seu antecessor no cargo, Eugenio Aragão, que defendia afastamento sumário ao menor sinal de vazamento.
Ministro: Você não pode afastar alguém se você não tiver indícios suficientes que foi aquela pessoa que vazou. É uma questão complexa a questão dos vazamentos. Quando o segredo não é de uma pessoa só, quando quem tem as informações são não só policiais, mas também cartório, membros do Ministério Público, do Poder Judiciário, você não pode responsabilizar sem ter indícios não pode responsabilizar policiais.
E falou sobre sua atuação como advogado, antes de ser secretário em São Paulo. Época que defendeu Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara e réu na Lava Jato.
Repórter: E essa atuação pode atrapalhar de alguma maneira?
Ministro: Não, da mesma forma que eu fui advogado durante quatro anos, eu fui promotor por mais de dez anos e processei muitos políticos que continuam sendo políticos. Isso não vai atrapalhar o fato de eu ter processado políticos ou ter atuado como advogado para outros políticos, não vai nem prejudicar nem beneficiar nenhum deles.
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