sexta-feira, 30 de setembro de 2022

“…Jogo Jogado…”

"É sempre uma travessia." ***
*** sexta-feira, 30 de setembro de 2022 José de Souza Martins* - Referendos ocultos nas eleições Valor Econômico / Eu & Fim de Semana Para alguns, serão a confirmação da ilusão autoritária do voto de 2018; para outros, estas são as escolhas de representantes do povo cidadão As várias anomalias da situação com que se defrontam o eleitorado e os candidatos nestas eleições sugerem que para muitos não serão elas apenas eleições. Para alguns, serão a confirmação da ilusão autoritária do voto de 2018, quando a população votou enganada pelas “fake news”. Bolsonaro elegeu-se no ingênuo pressuposto de que o eleitorado que o elegeu abdicara de seu direito cidadão de ser representado. Teria delegado sua cidadania ao eleito, à sua dinastia e aos seus cúmplices para fragilizar e até suprimir direitos sociais, facilitar as vantagens privadas do arbítrio e usurpar a competência participativa dos cidadãos em ações e protestos. Até Rasputin teve abrigo nos recintos do poder. O governante agiu, nestes quase quatro anos, como se tivesse sido eleito para um mandato de feição totalitária oculto numa democracia falsa e teatral. Esperneou o tempo todo porque entendeu que, no enquadramento da lei, as instituições lhe usurpavam o poder imaginário de comandante de quartel. Para outros, estas são eleições de representantes do povo cidadão na esfera federal e na estadual, nos Executivos e nos Legislativos. Serão, mesmo, um outro referendo para confirmar e legitimar a Constituição de 1988, os direitos sociais e políticos nela consagrados e o republicanismo correspondente. Definir se o brasileiro é apenas meio cidadão, subjugado pela tirania da imposição das crenças de alguns como crença de todos e pelo dever de bater continência o resto da vida. Ou se o governo é governo do povo pelo povo e para o povo ou latifúndio de um cacho de parentes sem mandato. Nestas eleições, votaremos diversas questões. Uma, a legitimação da concepção democrática própria dos regimes políticos da ordem com progresso, do direito à diferença e à laicidade, à liberdade de expressão com responsabilidade e à liberdade de criação. Ou se estamos renunciando ao nosso compromisso com a liberdade em favor de um regime de senzala dominado por um tosco e prepotente feitor, dotado apenas de um descabido e impróprio afã de poder. O poder de usurpar direitos sociais e políticos, de sobrepor-se à lei, de aliciar bajuladores, de armar os cúmplices, de intimidar os cidadãos e pô-los de joelhos. Provavelmente, mais do que nunca na história republicana do país, o Brasil se vê cara a cara com as grandes pendências, deformações e enganos de rumo de sua história. A história brasileira, neste momento decisivo do destino de todos, defronta-se com o alto e perigoso preço político de deixar para depois, ou tratar como irrelevante, o não resolvido, a falta de um projeto de nação, a consciência social e política mutilada e falsa da obra incompleta. Somos macunaímicos porque sem caráter, isto é, sem identidade, colagem de vários Brasis desencontrados. Tardamos na inquietação com as consequências das infiltrações do autoritarismo remanescente nas brechas das instituições e na fragilidade da ordem política da conciliação sem prudência. A ditadura de Deodoro e Floriano não foi vencida pela eleição direta de Prudente de Morais, a de Getúlio não foi vencida pela eleição de Dutra, a incerteza do golpe inconcluso de 1954 a 1956 não foi vencida pela eleição de JK, a da ditadura militar de 1964 a 1985 não foi vencida pela ascensão constitucional de José Sarney. O atual governante infiltrou-se na democracia para destruí-la. Nos artifícios antidemocráticos da campanha eleitoral de 2018, como os das “fake news” e os delírios anticomunistas, organizou um governo desgovernado, baseado na disseminação da insegurança, do medo e da incerteza. Reuniu o resíduo acumulado de todas as omissões políticas da história republicana para formar o ideário de uma nova ditadura e subjugar o Brasil às conveniências de uma guerra fria já extinta. Seu programa tem sido o da reunião a dedo do que é, propriamente, resto antagônico do nosso ideário democrático a duras penas gestado nos intervalos de grandeza da nação brasileira. No governo atual tudo de significativo e social, cultural e politicamente criativo, que o povo brasileiro foi capaz de imaginar e universalizar nos seus momentos democráticos, teve seu significado e seu objetivo virados do avesso para definir um modelo político de nulidades que reduzisse a sociedade e o povo a um ajuntamento carneiril, minimizado por uma mentalidade castrense, distante da atualidade da cultura, da política e da civilização. Não será estranho que o esperado retorno à democracia e à normalidade constitucional que decorra das eleições de 2022 coloque o novo governo diante da grande tarefa de desconstruir a estrutura política anômala, intolerante e autoritária infiltrada no Estado em 1º de janeiro de 2019. *José de Souza Martins é sociólogo. Professor Emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Professor da Cátedra Simón Bolivar, da Universidade de Cambridge, e fellow de Trinity Hall (1993-94). Pesquisador Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista de Letras. Entre outros livros, é autor de "As duas mortes de Francisca Júlia A Semana de Arte Moderna antes da semana" (Editora Unesp, 2022). ************************************************************************************** *** “Olha o padre, é mentira” l José Simão 58.355 visualizações 30 de set. de 2022 https://www.youtube.com/watch?v=QQ-AKaRKJ_0 ************************************************
*** Resposta Ao Tempo Aldir Blanc *** *** Batidas na porta da frente é o tempo Eu bebo um pouquinho pra ter argumento Mas fico sem jeito, calado ele ri Ele zomba de quanto eu chorei porque sabe passar e eu não sei Num dia azul de verão sinto vento há folhas no meu coração é o tempo recordo um amor que eu perdi ele ri Diz que somos iguais se eu notei pois não sabe ficar e eu também não sei E gira em volta de mim sussurra que apaga os caminhos que amores terminam no escuro sozinhos Respondo que ele aprisiona, eu liberto Que ele adormece as paixões e eu desperto E o tempo se vai com inveja de mim Me vigia querendo aprender Como eu morro de amor pra tentar reviver No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer Eu posso, ele não vai poder me esquecer compositores: Cristovao Bastos, Aldir Blanc ***
*** álbum Vida Noturna - Aldir Blanc Gravadora: Lua Music Ano: 2015 Faixa: 12 https://www.kboing.com.br/aldir-blanc/resposta-ao-tempo/ ************************************************************** Sequência Ver novos Tweets Conversa Felipe Nunes @felipnunes 1/ Quem venceu o debate da Globo? Ciro obteve o maior percentual de menções positivas (49,2%), Bolsonaro ficou em segundo lugar (49%) e Tebet em terceiro (45,4%). ***
*** 2:06 AM · 30 de set de 2022 ·Twitter Web App 386 Retweets 117 Tweets com comentário 1.856 Curtidas Felipe Nunes @felipnunes · 9 h Em resposta a @felipnunes 2/ Foi um debate com grande alcance! Foram 204 milhões de menções entre as 17h e as 1:30h. ***
*** Felipe Nunes @felipnunes 3/ Durante todo o debate Lula e Bolsonaro polarizaram as discussões na internet. ***
*** https://twitter.com/felipnunes/status/1575713619417108480 ***************************************************************
*** sexta-feira, 30 de setembro de 2022 Luiz Carlos Azedo - Há duas hipóteses (e não quatro) para Lula e Bolsonaro no primeiro turno Correio Braziliense Na simulação de segundo turno, Lula derrotaria Bolsonaro por 54% a 39% dos votos, sendo que o presidente da República cresceu um ponto e o ex-presidente parece que bateu no teto A pesquisa DataFolha divulgada ontem pôs fogo no debate entre presidenciáveis da TV Globo, como vocês verão nas páginas do Correio Braziliense e do Estado de Minas de hoje. Com 50% dos votos válidos, como no levantamento anterior, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está com a bola na marca do pênalti para voltar ao poder, porém, pode chutá-la na trave e ter que encarar um segundo turno. O presidente Jair Bolsonaro (PL), com 36% de intenções de votos, subiu um ponto nas pesquisas. Com 6%, Ciro Gomes (PDT) caiu um ponto por causa da campanha do voto útil, e Simone Tebet (MDB), com 5%, manteve-se na mesma posição que estava. Soraya Thronicke (União Brasil) também manteve-se no 1%. Esses resultados expurgam votos nulos, brancos e abstenções, como determina a lei eleitoral na hora de proclamar o vencedor. A pesquisa estimulada aponta Lula com 48%, um ponto a mais do que na semana passada; Bolsonaro com 34%, um a mais também. Ciro Gomes com 6%, um a menos; Simone, com os 5% da pesquisa anterior; e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%. Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU), Léo Péricles, Constituinte Eymael (DC) e Padre Kelmon (PTB) não pontuaram. Votos branco/nulo/nenhum somam 3%, um a menos em relação à pesquisa anterior. Não sabe manteve 2%. Na simulação de segundo turno, Lula derrotaria Bolsonaro por 54% a 39% dos votos, sendo que o presidente da República cresceu um ponto e o ex-presidente parece que bateu no teto. A aprovação do governo caiu 1%, estando em 31%; esse ponto se deslocou para os que consideram o governo regular, que são 24%. A reprovação do governo manteve-se em 44%. As duas hipóteses (e não, quatro) lembram a famosa teoria do humorista Barão de Itararé. Apparício Torelly era um otimista inveterado, para quem tudo acabaria bem quando a situação parecia a pior possível. O escritor Graciliano Ramos relata essa teoria em Memórias do Cárcere (Record). A tese fundamental era a seguinte: todo fato gera duas alternativas; excluía-se uma, desdobrava-se a segunda em outras duas; uma se eliminava, a outra se bipartia, e assim por diante, numa cadeia comprida. O relato do autor de Vidas Secas, que foi prefeito de Palmeira dos Índios, em Alagoas, serve como uma luva para os paranoicos que temem ser presos num golpe de Estado, caso Bolsonaro perca as eleições: “Que nos poderia acontecer? Seríamos postos em liberdade ou continuaríamos presos. Se nos soltassem, bem: era o que desejávamos. Se ficássemos na prisão, deixar-nos-iam sem processo ou com processo. Se não nos processassem, bem: à falta de provas, cedo ou tarde nos mandariam embora. Se nos processassem, seríamos julgados, absolvidos ou condenados. Se nos absolvessem, bem: nada melhor esperávamos. Se nos condenassem, dar-nos-iam pena leve ou pena grande. Se se contentassem com a pena leve, muito bem: descansaríamos algum tempo sustentados pelo governo, depois iríamos para a rua. Se nos arrumassem pena dura, seríamos anistiados, ou não seríamos. Se fôssemos anistiados, excelente: era como se não houvesse condenação. Se não nos anistiassem, cumpriríamos a sentença ou morreríamos. Se cumpríssemos a sentença, magnífico: voltaríamos para casa. Se morrêssemos, iríamos para o céu ou para o inferno. Se fôssemos para o céu, ótimo: era a suprema aspiração de cada um. E se fôssemos para o inferno? A cadeia findaria aí. Realmente. Realmente ignorávamos o que nos sucederia se fôssemos para o inferno. Mas ainda assim não convinha alarmar-nos, pois essa desgraça poderia chegar a qualquer pessoa, na Casa de Detenção ou fora dela”. Segundo turno Por que as duas hipóteses e não quatro? Porque as pesquisas estão mostrando que não há possibilidade de Bolsonaro passar Lula no primeiro turno, muito menos vencer as eleições já no domingo. Neném Prancha, Antonio Franco de Oliveira, falecido em 1976, que foi roupeiro, massagista, olheiro e técnico do Botafogo, era um filósofo do futebol, segundo o jornalista Armando Nogueira, um botafoguense doente. Dizia que o futebol era um jogo muito simples: “Quem tem a bola ataca; e quem não tem, defende”. Foi o que fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas duas últimas semanas, ao mobilizar apoios de intelectuais, economistas, artistas, empresários e juristas, com o objetivo de levar de roldão a eleição, já no primeiro turno. Com 50% dos votos válidos, essa seria a hipótese mais provável, não houvesse o imponderável nos três dias que antecedem o pleito. Não se pode descartar a hipótese do segundo turno. Por quê? Primeiro, porque o debate na TV Globo de ontem à noite terá impacto no cenário eleitoral, dependendo do desempenho de cada candidato. Segundo, em razão das abstenções, que podem ter causas espontâneas, como os insatisfeitos e desesperançosos com o fracasso da chamada terceira via viajarem no fim de semana, sem a preocupação de voltar a tempo de votar, ou induzidas, por medidas com o objetivo de dificultar o acesso dos eleitores aos locais de votação, reduzindo a circulação ou coibindo o acesso gratuito aos transportes coletivos. Terceiro, a resiliência eleitoral de Ciro, Tebet e Soraya. Quarto, a defasagem da base de dados do IBGE utilizada na montagem do modelo das pesquisas. E se houver segundo turno? Nesse caso, é melhor deixar acontecer para analisar. ************************************************************ Tweet Ver novos Tweets Conversa xico sá @xicosa A farsa foi escancarada nesse momento (...)
*** Tweet Ver novos Tweets Conversa Andréia Sadi @AndreiaSadi Bastidores do intervalo: 40 segundos antes de voltar para o último bloco, Kelman e Bolsonaro: #DebateNaGlobo #CentraldasEleições https://twitter.com/andreiasadi ********************************* (...) 1:40 AM · 30 de set de 2022 ·Twitter for iPhone 7.374 Retweets 2.053 Tweets com comentário 37,9 mil Curtidas https://twitter.com/AndreiaSadi/status/1575707141507534848 ************************************************************** “…Jogo Jogado…”Direito de Resposta ao Direito de Resposta ao Direito de Resposta, instantâneo, padrão globo rolando num jogo trancado, truncado e catimbado. Regras acordadas não valem. Só as que foram trocadas ao vivo e a cores. O espírito das pastas de ACM baixou no estúdio da emissora do amigo. Helio Fernandes revirou no túmulo e vomitou! https://twitter.com/xicosa/status/1575802919144022017?s=48&t=DEl2rkdVXFlpy__7WOcSSQ *********************************************************************************** Lamentável...... Acho que vou votar no ZE MARIA..... pelo menos nào falou besteira...e não me tirou do sério...... É um País de brincadeira.... ************************************************* *** 2022 Eleições Brasileiras Jingle de Eymael: "Ey, Ey, Eymael. Um democrata cristão" - campanha de 2018 303.764 visualizações 17 de ago. de 2018 Jingle do candidato a presidente Eymael (DC) para a campanha de 2018. "O nosso povo não suporta mais desemprego, recessão, corrupção", diz trecho de jingle. https://www.youtube.com/watch?v=U24md-QSHnc https://youtu.be/U24md-QSHnc ************************************************** Tweet Ver novos Tweets Conversa Eliane Cantanhêde @ECantanhede É pura coincidência um oficial fardado atrás de Bolsonaro diante de tantos fotógrafos? Ou foi combinado? ***
*** 11:09 PM · 29 de set de 2022 ·Twitter for iPhone 458 Retweets 323 Tweets com comentário 4.675 Curtidas https://twitter.com/ecantanhede/status/1575669168304701441?s=48&t=DEl2rkdVXFlpy__7WOcSSQ ***********************************
*** O roteiro pós-eleitoral (por Ricardo Guedes) Se Bolsonaro perde no 1º turno, o grito é imediato. Se perde no 2º turno, o grito será reforçado Guga Noblat 30/09/2022 11:00,atualizado 30/09/2022 1:40 Que Bolsonaro vai perder as eleições não há dúvidas. Será neste domingo 3 de outubro, 50% de chances, imprevisível, mas possível; ou ao final do 2º turno, em 30 de outubro. As reações de Bolsonaro se seguirão, na tentativa da quebra da ordem institucional. O roteiro será uma opereta em três atos. 1º ato: Se Bolsonaro perde no 1º turno, o grito é imediato. Se perde no 2º turno, o grito será reforçado. Serão três frentes. Primeiro, a nível jurídico serão inúmeras as representações para a invalidação dos resultados, com argumentos da não coincidência de resultados de algumas urnas, na comparação dos resultados com a imperfeita apuração paralela que se pretende fazer com erro de 5% e confiança de 95%, com laudos fake e acusações difusas contra as urnas eletrônicas. Estes argumentos serão judicialmente derrubados, já que os instrumentos das eleições brasileiras são técnica e juridicamente validados. Segundo, ao nível púbico Bolsonaro estimulará cada vez mais manifestações radicais como forma de intimidação da população e das instituições do país. Terceiro, a nível dos bastidores Bolsonaro tentará articular o golpe de estado, sob a alegação de que Lula não deveria assumir, através da desqualificação indébita de quem é candidato à Presidência da República, nos termos da lei e com a vitória no voto popular. 2º ato: 19 de dezembro de 2022. É o dia da Proclamação dos Resultados pelo TSE. Neste dia, Bolsonaro poderá promover a invasão de órgãos públicos, o que já poderá ter ocorrido anteriormente, mas agora de forma mais forte. 3º ato: 1º de janeiro de 2023. É o dia da posse. Pode-se antever relativo aglomerado desordeiro na porta do Palácio do Planalto, no movimento tipo “não sai nem entra”. Caos delicado para solução entre a mediação e a força, na sequência do que pode ocorrer. Tudo em muito depende do Exército, em sua maioria legalista. Não se vê por parte do Estado Maior do Exército qualquer manifestação em prol da ilegalidade; muito pelo contrário, as notas emitidas sempre foram em prol da legalidade constitucional. Alguns Ministros Militares podem até diferir, e mesmo setores do Exército, mas a legalidade tende a prevalecer. Das três principais elites brasileiras, a financeira, a industrial e a do agronegócio, as duas primeiras já se manifestaram formalmente a favor da democracia, e o agronegócio prefere a estabilidade econômica ao risco da aventura autoritária. Não há paralelo entre 2022 e 1964, quando a maioria da população tinha posição contrária ao governo então constituído. Hoje, o voto é em Lula, não em Bolsonaro. Caminhamos no rumo do capitalismo Keynesiano ou da Social-Democrata no Brasil, diferentemente de outras lideranças populistas da América Latina. Haverá desordem pública no pós-eleitoral. Teremos que ver se a opereta será trágica, ou tragicômica. Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago, CEO da Sensus, e Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/o-roteiro-pos-eleitoral-por-ricardo-guedes ********************* Nota do cantor João Bosco à operação “Esperança Equilibrista” O nome da operação é uma alusão à canção composta por João Bosco e Aldir Blanc em homenagem a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira Publicado em 07/12/2017 16h51 ***
*** PF invadiu a UFMG nesta quarta-feira (6) *** Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania. Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de “Esperança equilibrista”, em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental. Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública. Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos, e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática). Fica aqui portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar. Cantor e compositor João Bosco – 07/12/2017 https://pt.org.br/nota-do-cantor-joao-bosco-a-operacao-esperanca-equilibrista/ *******************************************************************************
*** João Bôsco tem a marca do som virtuoso e inequívoco no samba viladeutopiaBy VILADEUTOPIA2 de janeiro de 20182 Comentários WhatsApp Facebook Twitter LinkedIn Lenin Novaes* “O menino cresceu entre a ronda e a cana/Correndo nos becos que nem ratazana/Entre a punga e o afano, entre a carta e a ficha/Subindo em pedreira que nem lagartixa/Borel, Juramento, Urubu, Catacumba/Nas rodas de samba, no eró da macumba/Matriz, Querosene, Salgueiro, Turano, Mangueira, São Carlos, menino mandando/Ídolo de poeira, marafo e farelo/Um Deus de bermuda, pé-de-chinelo/Imperador dos morros, reizinho nagô/O corpo fechado por babalaô/Baixou oxolufã com as espadas de prata/Com sua coroa de escuro e de vício/Baixou cão-xangô com o machado de asa/Com seu fogo brabo nas mãos de Corisco/Ogunhê se plantou pelas encruzilhadas/Com todos seus ferros/Com lança e enxada/E Oxossi com seu arco e flecha e seus galos/E suas abelhas na beira da mata/E Oxum trouxe pedra e água da cachoeira/Em seu coração de espinhos dourados/Iemanjá, o alumínio, as sereias do mar e um batalhão de mil afogados/Iansã trouxe as almas e os vendavais/Adagas e ventos, trovões e punhais/Oxum-maré largou suas cobras no chão/Soltou sua trança, quebrou o arco-íris/Omulu trouxe o chumbo e o chocalho de guizos/Lançando a doença pra seus inimigos/E Nana-buruquê trouxe a chuva e a vassoura/Pra terra dos corpos, pro sangue dos mortos/Exus na capa da noite soltaram a gargalhada/E avisaram a cilada pros orixás/Exus, orixás, menino, lutaram como puderam/Mas era muita matraca pra pouco berro/E lá no Horto maldito, no chão do Pendura-saia, Zambi menino Lumumba tomba da raia/Mandando bala pra baixo contra as falanges do mal/Arcanjos velhos, coveiros do carnaval/Irmãos, irmãs, irmãozinhosPor que me abandonaram/Por que nos abandonamos em cada cruz/Irmãos, irmãs, irmãozinhos, nem tudo está consumado/A minha morte é só uma: Ganga, Lumumba, Lorca, Jesus/Grampearam o menino do corpo fechado/E barbarizaram com mais de cem tiros/Treze anos de vida sem misericórdia/E a misericórdia no último tiro/Morreu como um cachorro e gritou feito um porco/Depois de pular igual a macaco/Vou jogar nesses três que nem ele morreu/Num jogo cercado pelos sete lados”. ***
*** João Bosco com o parceiro Aldir Blanc: mais de 100 músicas gravadas (Fotos: acervo Lenin Novaes) *** “Tiro de misericórdia”, de João Bôsco e Aldir Blanc, não contém a estrutura do som tradicional do samba, considerando o conceito harmônico do gênero musical que é a maior manifestação cultural popular do Brasil. A música pode até não ser considerada samba tradicional, mas, no vasto e qualificado repertório de João Bôsco, tem vários sambas, com som virtuoso que é a sua marca. Interessante é ouvir as leituras diferenciadas daquela música na voz de Elza Soares, Chico Batera, Sandra de Sá, Thelmo Lins e Titane. E, com referência àquela música, prezados leitores e leitoras da Vila de Utopia, um estimado amigo pediu-me que abrisse a matéria sobre o nosso personagem com a letra de “Tiro de misericórdia”. E o atendi, pois, por via da dúvida, como diz o ditado: “Aos amigos tudo e, aos inimigos, amém”. O argumento dele, que me convenceu, foi o seguinte: – Sabe, Lenin, a música denuncia atrocidades contra crianças e adolescentes, praticadas, principalmente, pela Polícia Militar em todas as capitais e principais cidades do país. Em 2016, o Brasil registrou 61.619 mortes violentas, o maior número de homicídios da história, de acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em outubro passado. A estimativa é de que sete pessoas foram assassinadas por hora ano passado, com aumento de 3,8% em relação a 2015. A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes ficou em 29,9 no país. Para o diretor do FBSP, Renato Sérgio de Lima, os números registrados no país são “no mínimo, obscenos. A violência se espraiou para todos os estados. Não é exclusividade só de um, apesar de haver uma vítima preferencial”. O quantitativo de assassinatos é comparado ao número de pessoas mortas pela explosão da bomba nuclear que aniquilou Nagasaki, no Japão, em 1945, na Segunda Guerra Mundial. O Estado de Sergipe registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 64, seguido do Rio Grande do Norte, com 56,9, e Alagoas, com 55,9. E as capitais com maiores taxas de assassinatos por 100 mil habitantes foram Aracaju, com 66,7; Belém, com 64; e Porto Alegre, com 64,1. Na boca do povo ***
*** Com as gravações de suas músicas por Elis Regina, João Bosco caiu no gosto popular *** Muito além do som diferenciado e personalizado, João Bôsco tem várias de suas canções na boca do povo, como é o caso de “O bêbado e a equilibrista”. A cantora Elis Regina, que a popularizou, segundo contou Henfil à época, “ela ficou chorando o tempo todo. Talvez tenha antevisto a importância que teria essa música, coisa que não percebi”. Pouco tempo depois, a canção se tornaria o maior sucesso do disco Essa mulher, de 1979, e ganharia o apelido de “Hino da Anistia”. Também é singular a música “Mestre-sala dos mares”, que resgatou a história do marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibata, em 1910. As músicas ganharam projeção nacional e internacional com Elis Regina, que gravou um total de 28 músicas da dupla João Bôsco e Aldir Blanc, entre as quais “Dois prá lá, dois prá cá”, “Bala com bala”, “O cavaleiro e os moinhos”, “Cabaré”, “O caçador de esmeraldas”, “Violeta de Belfort Roxo”, “Caça à raposa” e “Agnus Sei”, entre outras. Quem não cantou ainda “O bêbado e a equilibrista”, com certeza, cantará, pois a música irá cruzar os tempos da vida brasileira. “Caía a tarde feito um viaduto/E um bêbado trajando luto/Me lembrou Carlitos/A lua tal qual a dona do bordel/Pedia a cada estrela fria/Um brilho de aluguel/E nuvens lá no mata-borrão do céu/Chupavam manchas torturadas/Que sufoco!/Louco!/O bêbado com chapéu-coco/Fazia irreverências mil/Pra noite do Brasil/Meu Brasil!/Que sonha com a volta do irmão do Henfil/Com tanta gente que partiu/Num rabo de foguete/Chora/A nossa Pátria mãe gentil/Choram Marias e Clarisses/No solo do Brasil/Mas sei que uma dor assim pungente/Não há de ser inutilmente/A esperança/Dança na corda bamba de sombrinha/E em cada passo dessa linha/Pode se machucar/Azar!/A esperança equilibrista/Sabe que o show de todo artista/Tem que continuar”. ***
*** Batida de violão é inconfundível: estilo próprio *** Em episódio recente, no qual a Polícia Federal deu nome a uma operação utilizando a expressão “Esperança Equilibrista”, o artista se manifestou através do Facebook da seguinte maneira: “Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania. Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de Esperança Equilibrista, em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental. Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública. Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos, e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática). Fica aqui portanto, também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar.” Mineiro de Ponte Nova João Bôsco de Freitas Mucci é de Ponte Nova, cidade mineira, onde nasceu em 13 de julho de 1946, e já aos quatro anos cantava na paróquia. Aos 12 anos ganhou violão e criou o grupo de rock and roll X_Gare. Em Ouro Preto concluiu o curso científico e ingressou na escola técnica de mineralogia, em 1962. Anos depois se formou em engenheiro civil, na UFOP. Em 1967 conheceu Vinicius de Moraes e foi honrado com sua parceria e, em 1970, tornou-se parceiro de Aldir Blanc, com quem compôs mais de 100 músicas. Em 1972 gravou “Agnus sei” no disco de bolso do jornal O Pasquim, tendo do outro lado “Águas de março”, com Tom Jobim. Ainda em 1972 conheceu Elis Regina, que gravou “Bala com bala”. No ano seguinte se mudou para o Rio de Janeiro e gravou o primeiro disco. E, a partir daí, a sua carreira foi alcançando o pico da pirâmide da música popular brasileira. No ano de 1974, Elis Regina gravou, no disco Elis, três novas músicas da dupla: “O mestre-sala dos mares”, “Dois prá lá e dois prá cá” e “Caça à raposa”, que daria título ao segundo disco de João Bosco. O samba-enredo “O mestre-sala dos mares” foi feito em homenagem ao marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibata, em 1910, mais conhecido como “Almirante Negro”. Mas, devido à censura da época da ditadura militar, aparece na letra da música como “navegante negro”. Em 1975 gravou o segundo disco, Caça à Raposa, com letras de Aldir Blanc, incluindo sucessos como “Dois prá lá e dois prá cá”, “De frente pro crime”, “kid Cavaquinho”, “O mestre-sala dos mares”. Ainda naquele ano, ele e outros artistas foram expulsos da Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (Sicam) por lutar em defesa legal de direitos autorais. Em 1976 lançou o disco Galos de Briga, com letras de Aldir Blanc. Entre outros sucessos, “O ronco da cuíca”, “Transversal do tempo”, que deu título ao disco Show de Elis Regina. No final de 1976, João Bosco e Aldir Blanc recusaram o prêmio “Golfinho de Ouro”, em favor do compositor Cartola. Mas, a dupla recebeu o troféu de “Compositores do Ano”, prêmio concedido pela Associação Brasileira dos Produtores de Disco. No ano seguinte gravou Tiro de Misericórdia, com destaque para a faixa título. Em 1979 lançou Linha de Passe, em parceria com Aldir Blanc e o saudoso poeta e compositor Paulo Emílio. Destaca-se “O bêbado e a equilibrista”, escolhida, entre as 14 canções brasileiras, o samba do século, com resultado divulgado pela ABL – Associação Brasileira de Letras. Os outros discos de João Bôsco são: Bandalhismo, Essa é sua vida, Comissão de frente, Gagabirô, Cabeça de nego, Ai, ai, ai de mim, Bôsco, Zona de fronteira, Na onda que balança, Dá licença meu senhor, As mil e uma aldeias, Benguelé, Na esquina, Malabaristas do sinal vermelho e Obrigado, gente. No livro de bolso, o início Prezados leitores e leitoras da Vila de Utopia, volto ao início do relato da carreira de João Bôsco para reproduzir comentário do compositor Sérgio Ricardo, sobre a música “Agnus sei”, no disco de bolso do projeto do jornal O Pasquim, do qual ele foi supervisor, junto com o cartunista Ziraldo. Disse ele: “Ouvi João Bôsco pela primeira vez em minha casa quando estava escolhendo artista novo, desconhecido, que viria gravar o outro lado do compacto simples. Achava que seria meio impossível encontrar alguém que tivesse fôlego para encarar o artista consagrado do outro lado do disco, Tom Jobim, com “Águas de Março”, temendo que viesse a jogar o desconhecido numa ‘gelada’. Foi um susto. Qualquer uma das músicas que ele apresentou naquele dia poderia entrar no disco. Depois de muita conversa resolvemos ficar com “Agnus sei”, considerando sua parceria com outro craque, Aldir Blanc. Depois do disco pronto, Tom Jobim pediu para ouvir o outro lado. Após longa pausa, ele me olhou e disse: ‘Ô Sergio, você está querendo me derrubar?’. E aí cobriu o João de elogios. Rimos muito, ainda sem saber que aquele seria um disco histórico, pois lançava “Águas de Março”, considerada, posteriormente, como a música do século e a descoberta de um tal de João Bosco”. E Sérgio Ricardo conclui: ***
*** Com Clementina de Jesus, a alegria de cantar juntos *** “Não vou me ater à nossa convivência cercada de ótimos momentos, pois seria assunto para um livro. Quero fazer uma análise do artista. E digo, simplesmente, que se trata de um fenômeno. Sua melodia, seu ritmo, sua harmonia e seu censo de arranjo ultrapassam os níveis aceitáveis pelos mestres. Seu violão é eletrizante e suas levadas antológicas, por descreverem o ritmo brasileiro ‘nunca dantes navegados’, comprovando a diversidade de nossa rítmica de maneira rica e surpreendente. Sua voz alinhava todo esse universo sonoro com modesta intervenção, dando chance para que os versos ecoem com a mensagem pretendida. Na forma final, ao juntar todos estes valores num palco, é a explosão de um verdadeiro gênio musical da raça. É o Brasil se mostrando forte, ancorado em suas verdadeiras origens, ostensiva e orgulhosamente assumido. Ao ouvi-lo, dá gosto de ser brasileiro”. Portanto, relembrem a letra de “Agnus sei”, preferencialmente, ao som de João Bôsco, no disco João Bôsco, de 1973. E, de quebra, mergulhe de cabeça no repertório dele, pois “vale a pena, quando a alma não é pequena”. “Faces sob o sol, os olhos na cruz/Os heróis do bem prosseguem na brisa da manhã/Vão levar ao reino dos minaretes/A paz na ponta dos aríetes/A conversão para os infiéis/Para trás ficou a marca da cruz/Na fumaça negra vinda na brisa da manhã/Ah! como é difícil tornar-se herói/Só quem tentou sabe como dói/Vencer Satã só com orações/E-anda pacatárandá que Deus tudo vê/Ê-anda pacatárandá que Deus tudo vê/E-anda, ê-ora ê-mandá, ê-matá responderei não/Dominus, domínio, juros além/Todos esses anos agnus sei que sou também/Mas, ovelha negra, me desgarrei/O meu pastor não sabe que eu sei da arma oculta na sua mão/Meu profano amor eu prefiro assim/A nudez sem véus diante da santa inquisição/Ah, o tribunal não recordará/ dos fugitivos de Shangri-lah/O tempo vence toda ilusão”. Novo disco O novo disco de João Bôsco tem o título de Mano que Zuera, lançado após oito anos sem músicas inéditas. Ele diz que “é reflexo de uma ação em família”. A alma do disco, claro, em toda sua essência, é ‘joãobosquiana’, mas a presença de seu filho está lá, em completa evidência ou nos pequenos detalhes. E João Bôsco se enche de orgulho ao falar da participação do filho, o escritor, compositor e filósofo Francisco Bosco. Ele é antigo parceiro do pai. Após 20 anos, essa parceria entre pai e filho se mostra ainda mais consolidada: além da concepção do novo disco, assinada em dupla, das 11 faixas, entre inéditas e algumas belas releituras, cinco são de João e Francisco Bosco. Como “Onde estiver”, que foi escolhida, não por acaso. João apresentou ao filho uma música que ele achava que contava uma história, ao estilo de Bob Dylan, que fugia de seu universo habitual, ligado às canções sincopadas, africanas ou sambas. Pediu para Francisco colocar letra. E, para surpresa dele, Francisco devolveu a música com a história da relação entre pai e filho. Confiram o repertório das músicas do novo disco: “Fim”, João Bôsco e Francisco Bôsco; “Duro na queda”, João Bôsco e Aldir Blanc; “Mano que zuera”, João Bôsco e Francisco Bôsco; “João do Pulo”, João Bôsco e Aldir Blanc; “Clube da esquina nº 2”,Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges; “Ultra leve”, João Bôsco e Arnaldo Antunes, participação especial Júlia Bôsco; “Onde estiver”, João Bôsco e Francisco Bôsco; “Sinhá”, João Bôsco e Chico Buarque; “Pé de vento”, João Bôsco e Roque Ferreira; “Coisa nº 2”, Moacir Santos; “Nenhum futuro”, João Bôsco e Francisco Bôsco; “Quantos rios”, João Bôsco e Francisco Bôsco. *Lenin Novaes, jornalista e produtor cultural. É co-autor do livro Cantando para não enlouquecer, biografia da cantora Elza Soares, com José Louzeiro. Criou e promoveu o Concurso Nacional de Poesia para jornalistas, em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade. É um dos coordenadores do Festival de Choro do Rio, realizado pelo Museu da Imagem e do Som – MIS. Atualmente é Assessor de Imprensa do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. https://viladeutopia.com.br/joao-bosco-tem-a-marca-do-som-virtuoso-e-inequivoco-no-samba/ ************ *** Jogador João Bosco *** E6 Joga o jogo, A7+ A#° Joga a vida roubada E6 Joga vinte-e-um... F#m7/9 Sinuca, bilhar, B7/6 Joga pra espetar Pra matar E6 B7/6 Pra defesa... (BIS) G#7 G#7/6 Olha a mesa Olha o quadro Olha firme no olhar C#m7/9 C#m6 Do parceiro... F#7 F#7/9 Olha o taco Olha o roubo B7/6 Confere o dinheiro E7 A7+ E não chia B7 Que um bom jogador E6 Joga o jogo https://www.cifraclub.com.br/joao-bosco/jogador/letra/ *********************************************************** *** O que fazer em SALZBURG, a terra natal de MOZART? | Áustria - 2021 | Ep. 8 ***
*** 45.677 visualizações 5 de set. de 2021 Depois de desbravarmos o interior da Áustria, neste episódio mostro a cidade de SALZBURG, a Fortaleza do Sal. Inicio meu passeio pela casa onde nasceu Wolfgang Amadeus Mozart, hoje um fascinante museu que expõe objetos muito importantes da história do músico e compositor austríaco. Na sequência, eu mostro a Catedral de Salzburg, onde Mozart foi batizado. Esta catedral de estilo barroco, além de ser uma linda construção, possui uma incrível história de se reerguer nas adversidades. Por fim, visito dois locais, um deles nada convencional e outro simplesmente fenomenal. Quer saber quais são eles? Então, venha comigo neste viagem por mais um destino surpreendente da Áustria! Porque, afinal de contas, dentro de nós, sempre vai existir um Louco por Viagens! O que achou da cidade natal de Mozart? Qual local achou mais interessante em Salzburg? https://www.youtube.com/watch?v=SV2YRvDZvYE **************************************************
*** Unicentro Werner Heisenberg (1901 – 1976) | GPET Física *** 'Em 1946, Heisenberg voltou para a Alemanha, onde assumiu o posto de diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física em Gottingen, que mais tarde passaria a ser conhecido como Instituto Max Planck.' https://www3.unicentro.br/petfisica/2015/12/22/werner-heisenberg-1901-1976/ **********************************************************************************
*** *** Amadeus - Trailer Oficial (Legendado) 10.631 visualizações 3 de jan. de 2020 Amadeus - Trailer Oficial (Legendado) *** Ano: 1984 Título Original: Amadeus Elenco: Tom Hulce, F. Murray Abraham, Simon Callow, Roy Dotrice, Christine Ebersole Direcção: Milos Forman Sinopse: Este filme conta a história da vida de Mozart aos olhos do seu grande rival Salieri. Salieri, trinta e poucos anos depois da morte de Mozart, é levado para um asilo depois de uma tentativa do suicídio. Um padre vem a seu encontro para ouvir a sua confissão acerca da morte de Mozart, mas no entanto é levado a ouvir a história de como Salieri, conduzido pela inveja, tudo faz para destruir Mozart. Um grande filme, vencedor de 9 Óscares, incluindo o Óscar de melhor filme, melhor realizador e melhor actor... Veja o Teaser Legendado do Filme http://www.youtube.com/watch?v=N_2CXD... https://www.youtube.com/watch?v=hn0GMZ_GtwA ************************************************** *** CONTROVÉRSIAS NA POLÍTICA E NA CIÊNCIA 1956-1957 "Dez anos após o fim da guerra, os piores danos haviam sido reparados. O trabalho de reconstrução, ao menos na Alemanha Ocidental, progredira tanto que se tornou possível pensar numa participação alemã nos projetos baseados na técnica atômica. No outono de 1954, por ordem do governo federal, fui a Washington e participei das conversasões preliminares sobre a retomada desse tipo de trabalho na República Federal. O fato de a Alemanha não haver feito nenhuma tentativa de construir bombas atômicas durante a guerra, embora não lhe faltassem a aptidão e os conhecimentos necessários, provavelmente teve um efeito favorável nessas negociações. Seja como for, recebemos permissão de construir um pequeno reator nuclear, e tudo indicava que as restrições ao desenvolvimento atômico na Alemanha, para fins pacíficos, logo seriam suspensas." CONTRAPONTO A PARTE E O TODO HEISENBERG ***
*** REVOLTA DOS INTELECTUAIS NA HUNGRIA, A - DOS DEBATES SOBRE LUKACS E TIBOR D MESZAROS *** Tipo: novo Editora: BOITEMPO Ano: 2018 Estante: Outros Assuntos Peso: 313g ISBN: 9788575596463 Idioma: Português Cadastrado em: 24 de setembro de 2022 Descrição: Um ano após a morte do filósofo marxista István Mészáros, a Boitempo publica A revolta dos intelectuais na Hungria, primeira obra do autor num exílio que se tornaria definitivo. Publicado originalmente na Itália, em 1958, menos de dois anos após a Revolução Húngara de 1956, esse testemunho de grande valor histórico completa sessenta anos sem perder sua atualidade. Um jovem Mészáros fornece ao leitor uma série de informações e análises em primeira mão sobre as atividades dos intelectuais e das instituições e a grande reviravolta que levaria à involução e à supressão de todas as liberdades democráticas. Esses eventos marcaram de forma profunda o desenvolvimento de seu pensamento e de sua vida. Para além de seu papel como representante da jovem geração intelectual que participou da revolta húngara, Mészáros se debruça sobre o conjunto dos acontecimentos, oferecendo uma perspectiva crítica inédita até então e ainda hoje rara. https://www.estantevirtual.com.br/italivros/meszaros-revolta-dos-intelectuais-na-hungria-a-dos-debates-sobre-lukacs-e-tibor-d-3373866696?gclid=CjwKCAjwp9qZBhBkEiwAsYFsb1iA9WToVAHYbTLX0fbV44OSpwuXLShIkxW_QMr8Ee4Jzpkw4MWhXRoCaM8QAvD_BwE ******************** *** Travessia Milton Nascimento Ouça Travessia Quando você foi embora Fez-se noite em meu viver Forte eu sou, mas não tem jeito Hoje eu tenho que chorar Minha casa não é minha E nem é meu este lugar Estou só e não resisto Muito tenho pra falar Solto a voz nas estradas Já não quero parar Meu caminho é de pedra Como posso sonhar? Sonho feito de brisa Vento, vem terminar Vou fechar o meu pranto Vou querer me matar Vou seguindo pela vida Me esquecendo de você Eu não quero mais a morte Tenho muito o que viver Vou querer amar de novo E se não der, não vou sofrer Já não sonho, hoje faço Com meu braço o meu viver Solto a voz nas estradas Já não quero parar Meu caminho é de pedra Como posso sonhar? Sonho feito de brisa Vento, vem terminar Vou fechar o meu pranto Vou querer me matar Vou seguindo pela vida Me esquecendo de você Eu não quero mais a morte Tenho muito o que viver Vou querer amar de novo E se não der, não vou sofrer Já não sonho, hoje faço Com meu braço o meu viver Ouça Travessia Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant. https://www.letras.mus.br/milton-nascimento/47456/

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