Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 25 de setembro de 2022
A Raposa de Botas e as Urnas
"A PRIMAVERA” DE BOTTICELLI SEGUNDO A METODOLOGIA DE ANÁLISE DE IMAGEM DE PANOFSKY
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A figura é uma reprodução d’A Primavera, uma das mais famosas obras de Sandro Botticelli (1445-1510), pintor da Alta Renascença Italiana.
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“Assim como uma mulher que se maquia antes de sair apressada para o primeiro encontro, o mundo, quando corre em nossa direção, no momento que nascemos, já está maquiado, mascarado, pré-interpretado. E os conformistas não serão os únicos a ser enganados; os seres rebeldes, ávidos de se opor a tudo e a todos, não se dão conta do quanto também estão sendo obedientes, não se revoltarão a não ser contra o que interpretado (pré-interpretado) como digno de revolta.”
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600 antes de cristo
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Memorabilia - poster gigante relógios Vacheron Constantin
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'A filósofa judia alemã Hanna Arendt dizia que a disposição de pensar, agir e falar politicamente pode mudar o curso na história. O herói pode ser um indivíduo comum que se insere e se destaca no mundo por meio do discurso, se move quando os outros estão paralisados. Precisa fazer aquilo que outro poderia ter feito, mas não fez; ou melhor, o que deixaram de fazer.'
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domingo, 25 de setembro de 2022
Dorrit Harazim - Após um longo inverno, a eleição
O Globo
Será um privilégio duplo estarmos vivos no próximo domingo, 2 de outubro: poderemos saudar a primavera de 2022
Primeiro domingo de primavera no Brasil. Corpo, alma e mente da nação estão com a sensibilidade a mil. E nossas variadas peles e poros cívicos não escondem a ebulição. Hora de acolher a estação imortalizada por Botticelli na Renascença, em tela magnífica. Na Calota Norte, onde os rigores do inverno são inclementes, dá-se valor máximo ao fim da escuridão invernal. Lá, bem antes de a temperatura se mostrar amena, o povo já vai se libertando das muitas camadas de roupa em que ficou aprisionado. Vai logo saindo às ruas — alegrão, de boa, com braços e pernas expostos. Aqui, onde o inverno é relativamente manso, e a temperatura negativa registrada anteontem em Santa Catarina deveria ser mera doideira climática, tivemos um longo inverno de quatro anos. Será, portanto, um privilégio duplo estarmos vivos no próximo domingo, 2 de outubro: poderemos saudar a primavera de 2022 depositando nosso voto na urna eletrônica — aquela que faz um estribilho gostoso de ouvir e é invejada mundo afora.
Nenhuma democracia se sustenta no mero ato de votar. A História ensina que mesmo privilégios consolidados em direito são reversíveis, e o mundo está coalhado de autoritarismos oriundos das urnas. Mas, neste domingo 2 de outubro (e no dia 30, caso haja um segundo turno), a democracia brasileira está na agenda, e a nação tem encontro marcado com seu futuro. Mais quatro anos de Bolsonaros surfando e surtando no poder são, simplesmente, inimagináveis. Convém então lembrar que, dependendo da escolha que fizermos, o votar de peito aberto não deve ser mera memorabilia de um Brasil que esperançou em 2022.
Segundo o compilado das pesquisas eleitorais mais recentes e confiáveis, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, parece firme e solto na liderança das intenções de voto —tanto para a hipótese de vitória no primeiro turno sobre Jair Bolsonaro (47% a 33%, pelo Datafolha da semana), como em caso de eventual segundo turno (54% a 38%). São números que explicam o alvoroço nos escaninhos da campanha pela reeleição do presidente. O cacique da Câmara de Deputados, Arthur Lira, fez hora extra tentando desacreditar o trabalho das empresas mais conceituadas em medir intenções de voto no país. Sua postagem no Twitter desta semana:
— Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura.
Levou peteleco instantâneo do colunista de humor e diretor de cinema Renato Terra:
—Nada justifica o orçamento secreto. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que tragam transparência no uso de recursos públicos — rebateu o autor de “O canto livre de Nara Leão”, referindo-se aos indecentes R$ 20 bilhões em “emendas do relator”, aprovados sem transparência ou finalidade social pelo (e para) o Congresso.
Perder a bússola diante de resultados que desapontam às vésperas da eleição não é incomum — candidatos mundo afora costumam desmerecer os números da realidade do momento, quando incômoda, e focar alhures. Incomum e alarmante é quando seguidores de um candidato que gosta de atiçá-los acreditam defendê-lo hostilizando a apuração da temperatura eleitoral. Nesta semana, dez pesquisadores do Datafolha sofreram agressões num só dia, um deles com socos e chutes de cidadãos que se diziam bolsonaristas. Violência, linguagem das armas, mentalidade de bunker, medo da cultura, incompreensão da arte, pavor da diversidade humana são alguns dos ingredientes que alimentam a frágil autoconfiança desses seguidores. Encontraram no capitão um líder à sua semelhança.
Passaram quatro anos desde que 57,8 milhões de brasileiros aptos a votar (39,2%) o elegeram para conduzir o Brasil. Outros 89 milhões dentre os 147,3 milhões de eleitores da época (ou 60,8%) haviam feito outras escolhas. Tinha tudo para dar horrivelmente errado, e deu. Ainda assim, capengando em 200 anos de exclusão racial, desigualdade social, cleptocracia na política e desandar ambiental, o país conseguiu chegar a 2022.
Talvez seja o momento certo para lembrar que 686 mil brasileiros não poderão votar, nem opinar, muito menos desfrutar essa nova primavera. Morreram de Covid-19.
— Não sou coveiro — desconversou o chefe da nação com asco de mortandade tão inoportuna.
Por entender pouco da vida, não entendeu o horror da pandemia. Fiquemos então com palavras da recém-partida rainha Elizabeth II, em citação de sua biógrafa Sally Bedell Smith:
— Por longos períodos de tempo, a vida pode parecer uma atividade pequena, enfadonha e sem muito sentido. Mas de repente nos vemos envoltos num acontecimento de grande porte, que aponta para os fundamentos sólidos, duráveis de nossa existência.
A rainha sabia das coisas.
A eleição brasileira, qualquer que seja seu resultado, é um desses marcos.
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Nas entrelinhas: Confronto Lula versus Bolsonaro protagoniza semana épica
Publicado em 25/09/2022 - 09:45 Luiz Carlos Azedo
Comunicação, Economia, Eleições, Ética, Governo, Justiça, Memória, Militares, Política, Política, Saúde, Trabalho, Violência
O herói pode ser um indivíduo comum que se insere e se destaca no mundo por meio do discurso, se move quando os outros estão paralisados. Precisa fazer aquilo que outro poderia ter feito, mas não fez
Os poemas épicos surgiram na Antiguidade, porém, entraram em decadência no século XVII, quando surgiram as narrativas em prosa, o romance. Dom Quixote, por exemplo, de Miguel de Cervantes, foi uma obra revolucionária porque representou a invenção do romance e, ao mesmo tempo, desnudou a realidade. Quando Miguel de Cervantes mandou Dom Quixote viajar, rasgou a cortina mágica, tecida de lendas, que estava suspensa diante do mundo.
A vida se abriu com a nudez cômica de sua prosa, destaca o escritor tcheco Milan Kundera (A Cortina, Companhia das Letras): “Assim como uma mulher que se maquia antes de sair apressada para o primeiro encontro, o mundo, quando corre em nossa direção, no momento que nascemos, já está maquiado, mascarado, pré-interpretado. E os conformistas não serão os únicos a ser enganados; os seres rebeldes, ávidos de se opor a tudo e a todos, não se dão conta do quanto também estão sendo obedientes, não se revoltarão a não ser contra o que interpretado (pré-interpretado) como digno de revolta.”
Ilíada e Odisseia, de Homero; Eneida, de Virgílio (70 a. C.-19 a. C.); e Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões (1524-1580), são exemplos de poemas épicos. Toda epopeia clássica começa com a revelação do herói e sua temática, invocando uma divindade inspiradora do autor, que narra os feitos heroicos do protagonista. Ou seja, a inspiração é o passado, mas este serve de reverência atemporal para a História, representa o processo civilizatório. Não à toa Virgílio buscou inspiração em Homero. Roma resgatava a cultura e os padrões estéticos da Grécia Antiga, numa narrativa plena de aventuras e heroísmo.
No poema épico, o herói reproduz as qualidades do seu povo, não apenas suas características individuais. Tem uma missão quase impossível a cumprir, o que destaca suas qualidades ao longo de uma narrativa, na qual suas dificuldades são extraordinárias. No modernismo, o poema Mensagem, de 1934, o poeta português Fernando Pessoa, com métrica e rima, resgata o heroísmo e a grandeza de Portugal no período dos Descobrimentos, numa crítica à decadência da elite de sua época.
Publicado oficialmente no México em 1950, e clandestinamente no Chile, no mesmo ano, “Canto Geral”, de Pablo Neruda, é outro poema épico. Escrito quando o poeta fugia do Chile para Argentina, pela cordilheira dos Andes, os versos denunciam as injustiças históricas que os países da América Latina sofreram ao longo dos séculos. Vilões e heróis são reclassificados a partir da sua perspectiva.
Escrito em Buenos Aires, em 1976, o Poema Sujo, de Ferreira Gullar, é outro exemplo de poema épico. Seus dois mil versos são uma espécie de ode à liberdade. O poeta já havia estado exilado em Moscou, em Santiago e em Lima. No Brasil, o regime militar implantado após o golpe de 1964 tinha autorização para enviar agentes dos serviços de segurança à Buenos Aires e capturar políticos oposicionistas. Temendo pela própria vida, Gullar trancou-se no apartamento onde morava, na Avenida Honório Pueryredon, em Buenos Aires, e escreveu o poema como se fosse um testamento, uma síntese do que pensava sobre a cultura e a vida.
Mitos e heróis
Teremos uma semana épica aqui no Brasil, na qual está se decidindo o nosso futuro, num embate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, que pode se decidir no primeiro turno em favor do primeiro ou nos levar a um segundo turno imprevisível, não do ponto de vista eleitoral, mas institucional. Será uma semana tensa, de muitas agressões e estresse emocional.
O mito de que o brasileiro é um “homem cordial” vem de um senso comum, desconstruído por Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil. A expressão cordial é um “tipo ideal” que não indica apenas bons modos e gentileza, vem da palavra latina “cordis”, que significa coração. Segundo Buarque, o brasileiro precisa viver nos outros. A cordialidade muitas vezes é mera aparência, “detém-se na parte exterior, epidérmica, do indivíduo, podendo mesmo servir, quando necessário, de peça de resistência.” A nossa história mostra o quanto a luta política pode ser cruel.
Lula e Bolsonaro são figuras mitológicas da política brasileira, Lula é o líder metalúrgico que chegou lá, passou o pão que o diabo amassou após deixar o poder e renasceu das cinzas, como fênix. Bolsonaro é o “mito” que desafiou o sistema, construiu uma carreira política na contramão, lançou-se à disputa pela Presidência com a cara e a coragem, sobreviveu ao atentado que o deixou entre a vida e a morte na reta final da campanha de 2018. Um tenta voltar ao poder, com o passivo dos escândalos de seu governo e um legado de realizações sociais; o outro, tenta a reeleição, com uma agenda conservadora e o fardo de um governo desastrado, da falta de empatia e das suas grosserias misóginas. Encarnam o papel de herói e anti-herói, simultaneamente, para uma sociedade dividida entre “nós” e “eles”.
Ulysses, o semideus grego da Ilíada de Homero tinha uma existência verdadeira, voltava para casa, tinha uma vida normal, até que a situação exigisse um gesto glorioso e individual. A filósofa judia alemã Hanna Arendt dizia que a disposição de pensar, agir e falar politicamente pode mudar o curso na história. O herói pode ser um indivíduo comum que se insere e se destaca no mundo por meio do discurso, se move quando os outros estão paralisados. Precisa fazer aquilo que outro poderia ter feito, mas não fez; ou melhor, o que deixaram de fazer. Lula e Bolsonaro estão ancorados no passado, têm projetos antagônicos, populistas, um é democrata, o outro é autoritário, mas vão decidir o futuro de todos nós.
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EUA confiam nas eleições brasileiras, diz embaixada
Reconhecimento do candidato eleito será consequência de confiança no TSE, “não de uma negociação com qualquer candidato”
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Ministério da Economia - 19.out.2020
O Brasil e os Estados Unidos firmaram na 6ª feira (16.set.2022) um acordo para facilitar o comércio entre as empresas
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PODER360
24.set.2022 (sábado) - 23h04
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil usou as redes sociais na tarde deste sábado (24.set.2022) para reforçar a credibilidade das urnas e garantir que reconhecerá o vencedor nas eleições de 2022.
Na mesma publicação, o órgão afirmou que o reconhecimento do candidato eleito será uma consequência da confiança na integridade do TSE e não de uma “negociação com qualquer candidato ou partido político
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O ex-presidente e candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria sido informado por diplomatas dos EUA que o resultado das eleições de outubro serão respeitados e reconhecidos “rapidamente” pelos norte-americanos, segundo a Reuters.
A agência de notícias disse que o petista pediu a Douglas Koneff, encarregado da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, uma resposta rápida ao resultado das urnas em outubro. Ouviu dos EUA um retorno positivo.
O Poder360 apurou que as autoridades norte-americanas reconhecerão o resultado das eleições, seja no 1º ou no 2º turno, no “momento certo” assim que tiverem informações suficientes, sem especificar quais seriam. Estão atentos à possibilidade de possíveis incidentes e consideram prioritário reforçar a confiança dos EUA na democracia brasileira.
Haverá plantão presencial e remoto na embaixada dos EUA no domingo. O encontro de Lula com Koneff foi realizado na última 4ª feira (21.set) a pedido do próprio diplomata. Koneff já se reuniu com os também candidatos ao Palácio do Planalto Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
autores
Poder360
https://www.poder360.com.br/eleicoes/eua-confiam-nas-eleicoes-brasileiras-diz-embaixada/
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Elio Gaspari - O fantasma que ronda Ciro Gomes
FHC
Fernando Henrique Cardoso divulgou uma nota declarando seu voto em termos programáticos. Não citou nomes, nem deveria citá-los, pois a senadora tucana Mara Gabrilli é candidata a vice na chapa de Simone Tebet.
É preciso beber uma chaleira de água fervendo para supor que ele possa pedir voto para Bolsonaro. Mesmo assim, teve gente que não gostou.
Nada se compara à intolerância bolsonarista, mas ela não é a única.
https://gilvanmelo.blogspot.com/2022/09/elio-gaspari-o-fantasma-que-ronda-ciro.html#more
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Ronald Reagan
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40.º Presidente dos Estados Unidos
Período 20 de janeiro de 1981
a 20 de janeiro de 1989
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Acervo O GLOBO
Carter, o presidente dos EUA que luta por direitos humanos e ganha o Nobel da Paz | Acervo
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“Carter mostrou quem é depois de deixar a Presidência.”
'Mas jamais se conformou. “Ter permitido a Ronald Reagan chegar à Presidência foi o meu maior fracasso como chefe da nação”, diz sempre. Para o maranhense José Sarney, apegado à liturgia de um cargo que venera mas ao qual chegou por puro acidente em 1985 – sem faixa e sem voto, como figurante circunstancial de Tancredo Neves – os cinco anos no poder foram um pesadelo. Moratória, denúncias de corrupção, fracasso de dois Planos Cruzados, inflação que chegou a 2 751%. “Melhor do que ser é já ter sido”, constatou ao final. Passados vinte anos desde que entregou a faixa de seda verde e amarela a seu maior algoz, o jovem governador Fernando Collor, Sarney diz sentir saudade somente da coleção de passarinhos que criou no Palácio da Alvorada. E desafoga mágoa por não ver reconhecida a sua iniciativa pioneira de preservar a memória presidencial da República. “Minha primeira preocupação foi me legitimar, porque senão eu seria deposto”, rememorou no início de junho em seu gabinete de senador. “Feito isso, me concentrei nas duas áreas que permaneceram em minhas mãos: a política externa, que sempre foi do meu interesse, e a preservação da memória da Presidência.'
https://mundovelhomundonovo.blogspot.com/2022/09/ex-presidente-nao-ha.html
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O Gato de Botas - Historia completa - Desenho animado infantil com Os Amiguinhos
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Fábula A Raposa e as Uvas (com moral e interpretação
Numa manhã de outono, enquanto uma raposa descansava debaixo de uma plantação de uvas, viu alguns ramos de uva bonitas e maduras, diante dos seus olhos. Com desejo de comer algo refrescante e diferente do que estava acostumada, a raposa se levantou, ergueu as patas para pegar e comer as uvas.
O que a raposa não sabia era que os ramos das uvas estavam muito mais altos do que ela imaginava. Então, buscou um meio de alcançá-los. Pulou, pulou, mas seus dedos não conseguiam nem tocá-los.
Havia muitas uvas, mas a raposa não podia alcançá-las. Voltou a correr e a saltar outra vez, mas o salto foi curto. Ainda assim, a raposa não se deu por vencida. Novamente correu e saltou, e nada. As uvas pareciam estar cada vez mais distantes e mais altas.
Cansada pelo esforço e se sentindo impossibilitada de conseguir alcançar as uvas, a raposa se convenceu de que era inútil repetir a tentativa. As uvas estavam muito altas e a raposa sentiu-se muito frustrada. Esgotada e resignada, a raposa decidiu desistir das uvas.
Quando a raposa estava quase retornando para o bosque se deu conta que um pássaro que voava por ali, tinha observado toda a cena e se sentiu envergonhada. Acreditando ter feito um papel ridículo para conseguir alcançar as uvas, a raposa se dirigiu ao pássaro e disse:
— Eu teria conseguido alcançar as uvas se elas estivessem maduras. Eu me enganei no começo, pensando que estavam maduras, mas quando me dei conta que ainda estavam verdes, desisti de alcançá-las. As uvas verdes não são um bom alimento para um paladar tão refinado como o meu.
E foi assim que a raposa seguiu o seu caminho, tentando se convencer de que não foi por falta de esforço que ela não tinha conseguido comer aquelas uvas deliciosas. E sim porque estavam verdes.
https://www.pensador.com/fabula_a_raposa_e_as_uvas/
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