Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
NÃO SEI DANÇAR
Eu tomo alegria!
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O IMPODERÁVEL ACONTECEU
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sexta-feira, 23 de setembro de 2022
FH pede voto a eleitores em favor da democracia
Ex-presidente tucano enumerou pautas do candidato em quem defende votar, como compromisso com o combate à pobreza e desigualdade e direitos iguais para todos; Lula agradeceu a declaração
Por Guilherme Caetano e Sérgio Roxo / O Globo
"Como é do conhecimento público, tenho idade avançada e, embora não apresente nenhum problema grave de saúde, já não tenho mais energia para participar ativamente do debate político pré-eleitoral. Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional", diz a íntegra da nota.
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Gabriel Boric e a agenda dos direitos humanos
14 visualizações 23 de set. de 2022 GABRIEL BORIC E A AGENDA DOS DIREITOS HUMANOS
Uma diferenciação muito importante tem se instalado na esquerda latino-americana. É aquela que separa nitidamente governantes e partidos que assumem a agenda dos direitos humanos e os que não a assumem, quando não chegam — lamentavelmente! — a figurar como acusados de crimes nesta área crucial.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, é uma luz e uma esperança de renovação. Independentemente de resultados conjunturais ou mesmo de crises na direção do seu País, Boric tem sido firme na condenação de todos os autoritarismos.
Por ocasião da sua participação na Assembleia Geral da ONU, neste setembro de 2022, Boric falou para uma atenta plateia na Universidade de Colúmbia. Segundo ele, “para ter futuro, os partidos da esquerda temos de ter um só padrão moral, especialmente — porque é muito sensível [não só] para o mundo, mas [também] para a América Latina — nos direitos humanos".
São palavras contundentes e verdadeiras. Um só padrão moral, um só código de conduta, uma firme adesão à democracia política — eis a estrada real para as profundas mudanças sociais que nosso continente exige.
https://www.gramsci.org
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https://www.youtube.com/watch?v=50LKwxXG-us
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Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria...
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Ao Acaso
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Um Representante (tom de lente ou diretor de faculdade: — Não, não há dúvida: a destruição é a antítese da conservação!
Ao Acaso
(Crônicas da Semana)
Texto-fonte:
Obra Completa, Machado de Assis,
Rio de Janeiro: Edições W. M. Jackson,1937.
Publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, de 12/06/1864 a 16/05/1865.
https://www.machadodeassis.ufsc.br/obras/cronicas/CRONICA,%20Ao%20Acaso,%201864.htm
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sexta-feira, 23 de setembro de 2022
Vinicius Torres Freire - O risco de golpe baixo na eleição
Folha de S. Paulo
Possível vitória apertada do petista pode incentivar artimanhas até eleição e depois dela
Quem está ansioso com o resultado da eleição deve continuar assim até a noite do domingo 2 de outubro. A indefinição ou um resultado apertado aumentam o risco de tumulto político ou de golpes baixos. Tomar cuidado com a segurança do eleitor e da apuração é tarefa ainda mais séria.
A quantidade de abstenções e de votos válidos pode pesar mais do que as inconstâncias do eleitorado na última hora. A julgar pelos dados do Datafolha desta quinta-feira, ondas de abstenção ali ou aqui, entre os mais pobres em particular, podem ter peso terminal. É o que indica o histórico do número de votos válidos/inválidos e de abstenção. Mais sobre estes números mais adiante, neste texto.
Sim, se pode especular que muita decisão relevante é tomada nessa última hora, embora esta seja uma eleição de decisões mais precoces, a julgar pelas declarações do eleitorado. Mais de 18% dos eleitores dizem que ainda podem mudar o voto. De resto, haverá ainda 8 dias de campanha e 1 de "reflexão", o sábado. Mas, se todos os eleitores ainda não totalmente decididos mudassem o voto para sua segunda escolha, ainda assim a eleição continuaria indefinida (sempre pelos números do Datafolha desta quinta-feira).
Lula da Silva (PT) tem agora perto de 50% dos votos válidos. Uma vitória no primeiro turno está, pois, no campo da pilhéria do cálculo das probabilidades, como diria Manuel Bandeira (o poeta, sim). Isso na pesquisa. Quando se considera a realidade das votações, o Imponderável da Silva e até o Sobrenatural de Almeida podem ter influência maior.
Tome-se, por exemplo, o possível número de votos válidos (aqueles que contam para o resultado da eleição: descontados brancos e nulos).
Desde a eleição de 2006, a média de votos inválidos tem flutuado em torno de 8,9% do total dos eleitores que foram votar (máximo de 9,6%, mínimo de 8,4%). Como uma decisão precoce da eleição está sobre a linha do gol, é fácil perceber que até uma flutuação habitual do número de votos inválidos pode decidir a parada, assim como a votação dos candidatos mais nanicos
Por que desde 2006? É uma escolha arbitrária. Desde essa eleição, a porcentagem de votos inválidos diminuiu e passou a flutuar muito menos.
Quanto à fatia de abstenções, não se pode dizer grande coisa. A série de número de eleitores aptos a votar não permite comparações, pois os registros eram falhos por motivos vários e as correções foram um tanto inconstantes.
Considerado apenas o número de eleitores em IDADE de votar (maiores de 16 anos, mas não necessariamente legalmente aptos a votar), parece que a abstenção aumenta um tico a cada ano, pelo menos desde 2006.
Além do mais, pode haver taxas de abstenção variável por categoria do eleitorado. Especula-se que mais pobres, que são mais lulistas, podem sair menos de casa para votar. Mas é especulação.
Os demais resultados da pesquisa não ajudam a pensar de modo mais decisivo sobre resultados. Em um segundo turno, Lula bateria Jair Bolsonaro (PL) por 54% a 38%, sem mudança relevante desde meados de agosto, assim como não mudaram os índices de rejeição aos líderes da pesquisa.
Como é óbvio, a tensão grande não será apenas pré-eleitoral. Um resultado apertado está mais sujeito à avacalhação bolsonarista ou coisa pior. O aperto previsível pode incentivar comportamentos bárbaros, que talvez não influenciem o resultado final, mas que envenenem ainda mais a democracia ou causem tumulto. Alguém aí já imaginou que se pode deixar eleitor sem transporte? Em campanhas atrozes de desinformação de última hora? Em qualquer golpe baixo?
É claro que já imaginou. A isto chegamos.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2022
William Waack – O fosso é mais profundo
O Estado de S. Paulo
Eleições têm poucas chances de resolver ou pacificar profundas divergências políticas
O quadro geral da eleição presidencial mudou apenas em centímetros desde que o STF tirou Lula da cadeia e o tornou elegível. Não houve qualquer abalo sísmico, e cabe se perguntar qual teria de ser o tamanho de um terremoto político para alterar um confronto que, a rigor, é bastante profundo e já escancarado na corrida para a eleição de 2018.
Lamentava-se então (e desde sempre) que o fenômeno da “vassourada bolsonarista” sobre o lulopetismo significava o esfacelamento de qualquer “centrismo” entendido como posturas antagônicas a populismos de “esquerda” ou “direita”.
Como assinala o sociólogo Bolívar Lamounier, não estamos diante de polarização de período eleitoral. Mas, sim, diante de uma “terceira onda de desavenças” só comparável a eventos históricos como o getulismo/antigetulismo ou o período 1961-1964, que levou ao golpe militar.
E muito perigosa: a atual “desavença” inclui religião, redes sociais que agravam o tribalismo, e o descrédito geral de instituições como a imprensa ou o Judiciário – numa economia de crescimento médio medíocre nos últimos 30 anos.
Bem antes da Lava Jato o lulopetismo havia regredido para o cinismo político, clientelismo e corrupção como ferramentas para permanecer no poder em nome de um projeto nacional-desenvolvimentista que implodiu ao fim de 13 anos. O descontentamento social amplo deu força, em parte, a uma vertente política profunda, o bolsonarismo, que desacreditou plataformas conservadoras e liberais e trouxe à tona mistura asquerosa de boçalidade e mediocridade (que sempre existiram).
Há, sim, elementos culturais (em sentido amplo) muito relevantes nessa clivagem – como o fato de regiões inteiras nas quais prosperou a produção de grãos e proteínas enxergarem em Lula e no que ele representa a antítese do empreendedorismo, dos valores da família e do esforço do indivíduo. E temerem pela sua propriedade e atividade.
Ou o fato de significativas camadas urbanas enxergarem em Bolsonaro a antítese de valores como solidariedade, compaixão, tolerância, defesa de direitos de minorias e do ambiente. E temerem pelo futuro do estado de direito e pela sobrevivência de regras básicas de convívio social.
Por enquanto, as eleições não parecem que resolverão essa “desavença” e conseguirão levar, qualquer que seja o resultado, a uma “pacificação”. Como em toda “guerra cultural”, não há termos de um armistício que se possa acordar (e fazer respeitar) entre inimigos dedicados ao combate ao “horror”.
Por necessidade ou por frio cálculo político, Lula está manobrando para parecer que é capaz de juntar forças para superar esse fosso. Bolsonaro parece ver vantagens em aprofundá-lo.
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Os postes telegráficos
Post author:admin
Post published:10 de junho de 2013
Por G. K. Chesterton
Tradução de Gabriele Greggersen
Capítulo 4 do livro Alarms and Discursions, título original The Telegraphy Poles, publicado em Londres, 1910.
Certo dia, um amigo e eu estávamos passeando numa daquelas florestas típicas de toda a Europa ocidental, que podem tornar-se tão traiçoeiras, quanto um verdadeiro deserto, de tão uniforme que é a paisagem, a ponto de qualquer um ser capaz de perder-se nelas. Fortes, altos e todos iguais, lá estavam os troncos de madeira dos pinheiros, rodeando-nos de todos os lados, apontando-nos as suas afiadas agulhas, numa silenciosa insurreição. Sempre que falamos em “biodiversidade”, estamos nos referindo, sem dúvida, a uma verdade, no entanto, penso que muitas vezes a natureza manifesta a sua diversidade precisamente na sua mesmice. Pode-se observar uma cadência extremamente diversificada nesta unidade; é como se o mundo todo decidisse seguir o mesmo itinerário, sempre de novo, até que este preciso itinerário comece a nos parecer até estranho.
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Esta foto fascinante, pertencente ao Fermilab (laboratório de física de partículas do Departamento de Energia dos Estados Unidos), mostra um encontro entre o jovem Werner Heisenberg e o já maduro Niels Bohr, ocorrido em 1934. Esse diálogo, em meio a xícaras de chá e garrafas de cerveja Carlsberg, é bem um retrato do estilo de trabalho favorito de Bohr, que consistia em conversar interminavelmente sobre seus temas de interesse. Grande parte da chamada “interpretação de Copenhague” da teoria quântica foi produzida nessas conversas entre Bohr e Heisenberg. Fonte: Wikimedia Commons.
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Amazon
Uma pedrada certeira | Amazon.com.br
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"Vi um poste telegráfico a uma distância bastante considerável, quase longe demais para ser atingido por uma pedrada. Quando, no entanto, o improvável aconteceu e eu o acertei na primeira tentativa, Bohr ficou pensativo.
- Se o senhor houvesse pensado primeiro em sua pontaria, ou no ângulo correto no braço e do pulso, não teria a menor chance de acertar. Como foi irracional. O bastante para imaginar que poderia atingir o alvo sem nenhum esforço especial, o senhor conseguiu.
CONTRAPONTO
A PARTE E O TODO
HEISENBERG
P. 71
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NÃO SEI DANÇAR
Manuel Bandeira
Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.
Sim, já perdi pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band.
Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira gorda.
Mistura muito excelente de chás...
Esta foi açafata...
– Não, foi arrumadeira.
E está dançando com o ex-prefeito municipal.
Tão Brasil!
De fato este salão de sangues misturados parece o Brasil...
Há até a fração incipiente amarela
Na figura de um japonês.
O japonês também dança maxixe:
Acugêlê banzai!
A filha do usineiro de Campos
Olha com repugnância
Para a crioula imoral.
No entanto o que faz a indecência da outra
É dengue nos olhos maravilhosos da moça.
E aquele cair de ombros...
Mas ela não sabe...
Tão Brasil!
Ninguém se lembra da política...
Nem dos oito mil quilômetros de costa...
O algodão de Seridó é o melhor do mundo?... Que me importa?
Não há malária nem moléstia de Chagas nem ancilóstomos.
A sereia sibila e o ganzá do jazz-band batuca.
Eu tomo alegria!
No poema de Libertinagem intitulado “Não sei dançar”, Manuel Bandeira aborda o(a) ___________, recorrendo à(ao) _________________ e explorando __________________.
Assinale a alternativa cujas informações preenchem corretamente as lacunas do enunciado.
a)
temática existencial / regularidade formal / cenas e imagens brasileiras.
b)
fazer poético / regularidade formal / cenas e imagens brasileiras.
c)
fazer poético / verso livre / cenas e imagens do carnaval.
d)
temática existencial / verso livre / cenas e imagens brasileiras.
e)
fazer poético / regularidade formal / cenas e imagens do carnaval.
Resolução comentada em vídeo
Gabarito oficial: Letra D
https://enem.estuda.com/questoes/?id=299576
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