Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 6 de setembro de 2022
55 anos de Travessia:
Naquele momento,
“liberdade” ainda não significava “libertação”.
UMBERTO EC O - FASCISMO ETERNO
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"...o mundo era apresentado à voz sublime de Bituca."
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Avesso a festivais, Milton Nascimento não sabia da inscrição de Travessia antes da classificação
https://www.uai.com.br/app/noticia/musica/2017/10/01/noticias-musica,214295/milton-nascimento-nao-sabia-da-inscricao-de-travessia-no-fic-de-1967.shtml
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Diploma concedido a Milton e Brant pelo segundo lugar no FIC (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
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https://www.uai.com.br/app/noticia/musica/2017/10/01/noticias-musica,214295/milton-nascimento-nao-sabia-da-inscricao-de-travessia-no-fic-de-1967.shtml
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"No mês de outubro, Milton Nascimento completa 74 anos de vida - Arquivo pessoal"
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A música Travessia é parte do primeiro álbum de Bituca, lançado em 1967. Cinco décadas depois, a canção ainda carrega a mesma vivacidade que só Milton Nascimento poderia criar.
Confira a letra:
Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto
Muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto
Vou querer me matar
Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver
Edição: Camila Salmazio
https://www.brasildefato.com.br/2017/10/10/50-anos-de-travessia-a-cancao-que-mudou-os-rumos-da-musica-popular-brasileira
https://youtu.be/gjn0xsKIUiM
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Incêndio da Catedral de Notre-Dame de Paris
15 de abril de 2019
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25 anos da publicação de O fascismo eterno
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Publicado pela primeira vez em 1997, O fascismo eterno apresenta uma reflexão importante e necessária sobre o sentido da história e a importância da memória.
Uni convite ― um alerta ― para "" esquecer""; para não não dar esse mal como superado ― é o que faz Umberto Eco neste O fascismo eterno. Para nos lembrar que o ""Ur-Fascismo"", como o autor nomeia, ""ainda está ao nosso redor, às vezes em trajes civis"".
O termo ""fascismo"" é facilmente adap-tável porque é possível eliminar de um regime-fascista um ou mais aspectos, e ele continuará a ser reconhecido como tal. Entre as possíveis características do Ur-Fascismo, o ""fascismo eterno"" do tí-tulo, estão o medo do diferente, a opo-sição à análise crítica, o machismo, a _ repressão e o controle da sexualidade, a exaltação de um ""líder"" e um constante estádo de ameaça. Tais características não podem ser reunidas em um único sistema; muitas se contradizem entre si e são típicas de outras formas de despo-tismo ou fanatismo. Mas é suficiente que uma delas se apresente para fazer com que se forme uma nebulosa fascista.
Publicado pela primeira vez em 1997, no livro Cinco escritos morais, esta nova edição chega aos leitores em um mo-mento de ascensão mundial do flerte com o fascismo ― que, como denuncia Eco, longe de ser apenas um momento histórico vivo na Itália, na Europa (e no Brasil) do século XX, é uma ameaça cons-tante à nossa sociedade. Esta reflexão, importante e necessária, ensina a pensar sobre o sentido da história e a importância da memória.
"
https://www.amazon.com.br/fascismo-eterno-Umberto-Eco/dp/8501116157
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Sumário
Nota do autor
O fascismo eterno
Nota do autor
O fascismo eterno foi uma conferência pronunciada em inglês num
simpósio organizado pelos departamentos de italiano e de francês da
Columbia University em 25 de abril de 1995, para celebrar a
libertação da Europa. Foi publicada depois, em 22 de junho de 1995,
na The New York Review of Books e traduzida para a Rivista dei Libri de
ulho-agosto do mesmo ano, como “Totalitarismo fuzzy e UrFascismo” (versão que só difere desta que publico aqui por alguns
leves ajustes formais). Contudo, é importante lembrar que o texto foi
pensado para um público de estudantes americanos e que a
conferência ocorreu naqueles dias em que a América havia sido
sacudida pelo atentado de Oklahoma e pela descoberta do fato (nem
um pouco secreto, aliás) de que existiam organizações militares de
extrema direita nos Estados Unidos. Naquelas circunstâncias, o tema
do antifascismo assumia contornos particulares, e a reflexão histórica
pretendia estimular uma reflexão sobre problemas da atualidade de
diversos países – a conferência foi traduzida depois para vários jornais e revistas, em várias línguas. Além disso, o fato do discurso ser
dirigido a jovens americanos explica a presença de informações e
esclarecimentos quase didáticos sobre acontecimentos que um leitor
italiano conheceria, assim como citações de Roosevelt, alusões ao
antifascismo americano e repetidas referências ao encontro entre
europeus e americanos nos dias da libertação.
O
FAS
CIS
MO
ETER
NO
Em 1942, aos 10 anos de idade, ganhei o primeiro prêmio nos Ludi
Juveniles (um concurso com livre participação obrigatória para jovens
fascistas italianos — vale dizer, para todos os jovens italianos). Tinha
trabalhado com virtuosismo retórico sobre o tema: “Devemos morrer
pela glória de Mussolini e pelo destino imortal da Itália?” Minha
resposta foi afirmativa. Eu era um garoto esperto.
EM MAIO, OUVIMOS DIZER QUE A
GUERRA TINHA ACABADO. A PAZ ME
DEU UMA SENSAÇÃO CURIOSA.
TINHAM ME DITO QUE A GUERRA
PERMANENTE ERA A CONDIÇÃO
NORMAL DE UM JOVEM ITALIANO.
HOJE NA ITÁLIA EXISTEM ALGUMAS
PESSOAS QUE SE PERGUNTAM SE A
RESISTÊNCIA TEVE UM IMPACTO
MILITAR REAL NO CURSO DA
GUERRA.
PARA A MINHA GERAÇÃO, A
QUESTÃO É IRRELEVANTE:
COMPREENDO IMEDIATAMENTE O
SIGNIFICADO MORAL E
PSICOLÓGICO DA RESISTÊNCIA.
ESTAMOS AQUI PARA RECORDAR O
QUE ACONTECEU E PARA
DECLARAR SOLENEMENTE QUE
“ELES” NÃO PODEM REPETIR O
QUE FIZERAM. MAS QUEM SÃO
“ELES”?
ESTAMOS AQUI PARA RECORDAR O
QUE ACONTECEU E PARA
DECLARAR SOLENEMENTE QUE
“ELES” NÃO PODEM REPETIR O
QUE FIZERAM. MAS QUEM SÃO
“ELES”?
NEM TANTO POR SUA BRANDURA,
MAS ANTES PELA DEBILIDADE
FILOSÓFICA DE SUA IDEOLOGIA.
O FASCISMO ITALIANO CONVENCEU
MUITOS LÍDERES LIBERAIS
EUROPEUS DE QUE O NOVO REGIME
ESTAVA REALIZANDO
INTERESSANTES REFORMAS
SOCIAIS, CAPAZES DE FORNECER
UMA ALTERNATIVA
MODERADAMENTE
REVOLUCIONÁRIA À AMEAÇA
COMUNISTA.
É POSSÍVEL CONCEBER UM
MOVIMENTO TOTALITÁRIO QUE
CONSIGA REUNIR MONARQUIA E
REVOLUÇÃO, EXÉRCITO REAL E
MILÍCIA PESSOAL DE MUSSOLINI,
OS PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS À
IGREJA E UMA EDUCAÇÃO ESTATAL
QUE EXALTAVA A VIOLÊNCIA E O
LIVRE MERCADO?
1 2 3 4
abc bcd cde def
Suponhamos que exista uma série de grupos políticos. O grupo 1
é caracterizado pelos aspectos abc , o grupo 2 pelos aspectos bcd , e
assim por diante. O 2 é semelhante ao 1 na medida em que têm dois
aspectos em comum. O grupo 3 é semelhante ao 2, e o 4 é
semelhante ao 3 pela mesma razão. Note-se que o grupo 3 também é
semelhante ao 1 (têm em comum o aspecto c ). O caso mais curioso é
dado pelo 4, obviamente semelhante ao 3 e ao 2, mas sem nenhuma
característica em comum com o 1. Contudo, em virtude da
ininterrupta série de decrescentes similaridades entre os grupos 1 e 4,
permanece, por uma espécie de transitoriedade ilusória, um ar de
família entre o 4 e o 1.
O TERMO O TERMO “FASCISMO”
ADAPTA-SE A TUDO PORQUE É
POSSÍVEL ELIMINAR DE UM
REGIME FASCISTA UM OU MAIS
ASPECTOS,
E ELE CONTINUARÁ SEMPRE A SER
RECONHECIDO COMO FASCISTA.
PENSAR É UMA FORMA DE
CASTRAÇÃO. POR ISSO, A CULTURA
É SUSPEITA NA MEDIDA EM QUE É
IDENTIFICADA COM ATITUDES
CRÍTICAS.
EM NOSSO FUTURO, DESENHA-SE
UM POPULISMO QUALITATIVO DE TV
OU INTERNET ,
NO QUAL A RESPOSTA EMOCIONAL
DE UM GRUPO SELECIONADO DE
CIDADÃOS PODE SER
APRESENTADA E ACEITA COMO A
“VOZ DO POVO”.
Liberdade e
libertação são uma tarefa que não acaba nunca. Que seja este o nosso mote: “Não esqueçam.”
E permitam-me acabar com uma poesia de Franco Fortini:
Sulla spalletta del ponte
Le teste degli impiccati
Nell’acqua della fonte
La bava degli impiccati
Sul lastrico del mercato
Le unghie dei fucilati
Sull’erba secca del prato
I denti dei fucilati
Mordere l’aria mordere i sassi
La nostra carne non è più d’uomini
ordere l’aria mordere i sassi
Il nostro cuore non è più d’uomini.
Ma noi s’è letta negli occhi dei morti
E sulla terra faremo libertà
a l’hanno stretta i pugni dei morti
La giustizia che si farà.
Na amurada da ponte
A cabeça dos enforcados
Na água da fonte
A baba dos enforcados
No calçamento do mercado
As unhas dos fuzilados
Na grama seca do prado
Os dentes dos fuzilados
Morder o ar morder as pedras
Nossa carne não é mais de homens
Morder o ar morder as pedras
Nosso coração não é mais de homens
Mas nós lemos nos olhos dos mortos
E na terra a liberdade havemos de fazer
Mas estreitaram-na os punhos dos mortos
A justiça que havemos de fazer.
O fascismo eterno
Site do autor
http://www.umbertoeco.com/
Wikipédia do autor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco
Goodreads do autor
http://www.goodreads.com/author/show/1730.Umberto_Eco
Skoob do autor
https://www.skoob.com.br/autor/377-umberto-eco
Skoob do livro
https://www.skoob.com.br/pape-satan-aleppe-684240ed686689.html
Sobre o autor
http://www.record.com.br/autor_sobre.asp?id_autor=541
Livros do autor publicados pela Record
http://www.record.com.br/autor_livros.asp?id_autor=541
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O FASCISMO ETERNO - UMBERTO ECO (#226)
38.018 visualizações 16 de abr. de 2019 Ofertas do Aniversário Amazon (somente até 23h59 de 16/04):
https://www.youtube.com/watch?v=zIhi8r1iryo
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Jair Bolsonaro é sabatinado pela Jovem Pan; acompanhe na íntegra
40.515 visualizações 6 de set. de 2022 O presidente Jair Bolsonaro participa de sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta terça-feira (06), dando continuidade à série de entrevistas com os concorrentes à presidência da República. Assista ao Jornal da Manhã completo:
https://www.youtube.com/watch?v=4QgjWGyfrxk
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180 (part. MC Hariel, Alok, MC Marks, MC Davi e MC Leozinho ZS)
MC Dricka
Ouça 180 (part. MC Harie…
Ela não é objeto de ninguém
Ninguém manda no seu coração
Em mulher não se bate nem com flor
Eu dedico pra elas esse flow
Para de ser covarde
Bater não faz parte
Perdeu o respeito, sai fora acabou
O meu sogro já me avisou
Que a filha dele nunca apanhou
Então fica à vontade
Relou é xeque-mate
Aqui impera o respeito então faz o favor
Mulher não é saco de pancada
Então mano cê pega a visão
Tá com raiva sai fora de casa
Agredir nunca foi a solução
As mentiras atrapalham
Paciência e fica firmão
Essas brisa de tapa na cara
Começou com um simples palavrão
Deixa a gata viver
Você queria zoar
Vai ser feliz, sempre o que quis
Cê largou a gatona, vai ter que aturar
Ela não é objeto de ninguém, não
Ninguém manda no seu coração
Ontem à noite foi chute foi soco
E foi choro pela casa toda
Entre lesões e escoriações
Eu não vejo motivo pra tanta humilhação
Da minha posição, não desejo isso aqui pra nenhuma pessoa
Quanto rancor eu guardei por ter que acompanhar essa situação
Vi meu herói se tornando um vilão
Vi minha coroa jogada no chão
Cena de filme não traz a imagem
Daquela lembrança no meu coração
Que a 51 era uma boa ideia
Mas de recordação só me deixou a mágoa, né
De quantos vizinhos assistindo na plateia
A tradição dizia pra ninguém meter a colher
Se esquece que com isso que se salva uma mulher
Triste ver no seu rosto
Cicatrizes pelo corpo
Marcas que esse falso amor te trouxe
O tempo te trouxe o melhor
Mas nem sempre foi bem assim
Vida sofrida
Na mão
De alguém que dizia
Te fazer feliz
Vestígios
Cacos de vidros
Gritos
Sobre perigo
Cansou de ser submetida
O relacionamento abusivo
Traumas que ela carregou
Matou no peito e se empoderou
Mostrou que a vida
Pode ser bem melhor
Depois que ela se libertou
Foram 4 ou 5 meses que ela esteve feliz
Mas bastou 1 gole dele
Que ela se viu refém
Mudada
Dentro de casa
Se ele dá mancada
Ela eu sai como errada
Sempre invertendo as paradas
Se aparecer um roxo
Diz que caiu da escada
Sei que é difícil falar
Mas não pode se calar não
Não, não, não
Ela não é objeto de ninguém, não
Ninguém manda no seu coração
Bipolar, duas caras
Vê se para
Me tratava bem, agora me maltrata
Foi um dos maiores dos erros
Vê se para
A culpa não é minha se você é canalha
No começo era bombom, muitas flores
Se fazia de bom, agora me traz dores
Não quero mais sofrer, vou viver
De todas as formas me fortalecer
Triste ver no seu rosto
Cicatrizes pelo corpo
Marcas que esse falso amor te trouxe
É triste, é triste
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