Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
sábado, 3 de setembro de 2022
Linguagem da destruição:
A democracia brasileira em crise
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Uma análise do bolsonarismo sob o prisma da história, da filosofia e da ciência política.
Partilhando a ideia de que o plano de poder de Bolsonaro é pautado pela destruição, Heloisa Starling, Miguel Lago e Newton Bignotto investigam, cada qual sob uma perspectiva, mas em constante diálogo, a atuação do bolsonarismo e seus efeitos para a democracia. O ensaio de Starling aborda o agudo reacionarismo do grupo político no poder, procurando compreender sua constituição histórica e antecedentes. Lago trata da resiliência de Bolsonaro a partir das armadilhas de seu discurso, considerando a dificuldade de se estabelecer uma oposição eficaz e os impactos da hiperconectividade e do neopentecostalismo para sua ação política. Já o capítulo de Bignotto é uma reflexão sobre os conceitos da teoria política empregados para definir o bolsonarismo e seus matizes ideológicos.
Ao escrutinar os elementos que constituem a visão de mundo comungada pelos apoiadores de Bolsonaro, os autores combatem a cegueira analítica e descortinam os movimentos do ex-capitão e seu projeto de poder: a destruição da ordem democrática.
https://www.amazon.com.br/Linguagem-destrui%C3%A7%C3%A3o-democracia-brasileira-crise/dp/6559212173
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Terceira via mergulha na autofagia
6 de abril de 2022Manuela DoreaTodos os posts, Últimas notícias
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Foto: Arquivo/O Globo
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Ammut ou Amem-me era um demônio egípcio, conhecida como “A Devoradora” e a “Grande Morte”, com cabeça de crocodilo, corpo metade leão, metade leopardo e traseiro de hipopótamo, todos animais ferozes da África. Na mitologia egípcia, segundo o Livro dos Mortos, era um demônio de punição, devoradora de homens, dos mortos indignos. Mais ou menos como a terceira via, que está deglutindo seus candidatos como o ser mitológico que habitava a margem oeste do Nilo, o lugar dos funerais e dos cemitérios. Senão, vejamos.
O ex-juiz Sergio Moro (SP) entrou na cena eleitoral como caudatário da bandeira da ética, na franja dos eleitores que votaram no presidente Jair Bolsonaro e estavam descontentes com seu desempenho. Na medida em que a pandemia foi sendo controlada pela vacinação em massa da população, perdeu substância. Não conseguiu avançar em direção às bases conservadoras de Bolsonaro, que se mostrou mais resiliente, porque se beneficia do fato de estar no poder. Moro nunca foi levado a sério pelos principais partidos da chamada terceira via.
Não conseguiu ampliar suas alianças políticas. É um neófito no jogo eleitoral, mas o que pesa mesmo é o estigma de algoz dos políticos investigados pela Operação Lava-Jato. Com a perda de densidade eleitoral, chegou perto dos 9% de intenções de voto, viu minguar o apoio da bancada de senadores do Podemos, ao qual estava filiado, e o risco de ficar sem legenda, mesmo no Paraná, onde o senador Álvaro Dias, seu padrinho político, concorrerá à reeleição. Correu para o União Brasil, pelas mãos do seu presidente, deputado Luciano Bivar, mas enfrentou resistência para ser candidato à Presidência, liderada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, o secretário-geral do partido, que resultou da fusão entre o PSL e o DEM. Por ora, Moro só tem garantida a vaga de candidato a deputado federal por São Paulo.
Ciro Gomes (CE) está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos, com um percentual que oscila em torno dos 8%. Apesar dos ataques de piranha, manteve o apoio do PDT e mostra resiliência sertaneja, mas não consegue sair do isolamento. Carlos Lupi, o presidente da legenda, não é chamado para os encontros da terceira via. Há razões políticas: a legenda tem uma tradição de esquerda, nacional-desenvolvimentista; o trabalhismo e Brizola são nomes feios para os líderes dos partidos que tentam articular a terceira via.
Mesmo sendo o candidato mais competitivo, Ciro também não ajuda: rejeita concessões programáticas e tem a língua solta. Sua candidatura é vista por alguns líderes da terceira via como à esquerda do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas. Aparentemente, Ciro aposta no “voto útil” dos que não querem manter Bolsonaro nem a volta do PT ao poder. Com essa estratégia, bastaria manter sua candidatura e esperar os eleitores migrarem dos demais candidatos da terceira via. O risco é de que isso ocorra muito mais em direção a Bolsonaro, o que acabaria funcionando como um fator de sucção dos seus próprios votos por Lula.
O ex-governador João Doria (SP) venceu as prévias do PSDB, mas sua candidatura não decola. Às vésperas de renunciar ao cargo de gestor paulista, ameaçou permanecer no Palácio dos Bandeirantes e desistir da candidatura, o que agastou sua relação com o vice que assumiu o cargo, Rodrigo Garcia. A conspiração para que Doria desista existe e até entre os tucanos paulistas. Os seis deputados federais que abandonaram a legenda haviam apoiado Doria nas prévias, o que complica sua situação nos demais estados. A federação com o Cidadania, que deveria fortalecer sua candidatura, aumentou a instabilidade, porque a sigla prioriza uma candidatura que unifique a terceira via e não, necessariamente, do PSDB.
O estatuto tucano diz que as prévias são soberanas, as regras do jogo da federação garantem primazia para o candidato do PSDB. Mesmo assim, a situação de Doria é muito vulnerável internamente. O ex-governador gaúcho Eduardo Leite faz campanha aberta contra Doria. Permaneceu na legenda para ser candidato, mesmo correndo risco de não conseguir. Poderia ter migrado para o PSD, em que tinha legenda garantida por Gilberto Kassab (SP), mas optou pela luta interna fratricida na terceira via. Caso consiga êxito, terá vencido uma batalha sangrenta, na qual gastará energias, recursos financeiros e tempo.
É o destino, não existe caminho fácil para quem quer ser presidente da República. A senadora Simone Tebet (MS), candidata do MDB, é a noiva desejada por todos, mas quer ser cabeça de chapa. Conversa com todo mundo e, de certa forma, se beneficia da disputa no PSDB, porque tanto Doria quanto Leite prefeririam apoiá-la a ter que fazer um acerto entre si. O problema de Tebet é que o MDB não é um partido homogêneo, as suas principais lideranças do Norte e Nordeste já estão embarcadas na candidatura do ex-presidente Lula. A tradição do MDB é cristianizar seus candidatos, como fez com Ulysses Guimarães, Orestes Quércia e Paes de Andrade.
Correio Braziliense
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“…Amem-me quando setembro chegar…”
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sol de primavera catedral
87.826 visualizações 11 de set. de 2012 música de beto guedes com mensagem positiva e que nos faz pensar sobre o que estamos fazendo no planeta terra, interpretação do grupo catedral
https://www.youtube.com/watch?v=1-j5eYjWqKc
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“…Um ponto só e a questão da mulher na política…”
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William Waack analisa entrevista com Soraya Thronicke | AGORA CNN
2.450 visualizações 2 de set. de 2022 O candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, participou de entrevista à CNN nesta sexta-feira (2). O âncora da CNN William Waack analisou a conversa.
https://www.youtube.com/watch?v=cwpe6NJMn7c
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CNN: Waack entrevista Soraya Thronicke (União) | WW Especial Presidenciáveis - 02/09/2022
50.593 visualizações Transmitido ao vivo em 2 de set. de 2022 Assista à entrevista com a candidata à Presidência Soraya Thronicke (União Brasil) no programa WW Especial desta sexta-feira, 2 de setembro de 2022.
https://www.youtube.com/watch?v=Oput6xTvH_w
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Reinaldo: Bolsonaro faz apologia da arma um dia depois de ataque a Cristina
162.133 visualizações 2 de set. de 2022
https://www.youtube.com/watch?v=VZFcNJLfRbo
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Desespero de Bolsonaro aumenta a tensão da manifestação golpista de 7 de Setembro
57.909 visualizações Transmitido ao vivo em 2 de set. de 2022 Vote 2300.
Prof. Marco Antonio Villa Deputado Federal por São Paulo.
www.professorvilla.com.br
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sábado, 3 de setembro de 2022
Eduardo Affonso -No grito, não
O Globo
Terceira via deu sinal de vida depois que ficou claro não existir contorcionismo retórico que disfarce a corrupção
Há um movimento nas redes sociais para que a escolha do novo presidente seja decidida já em 2 de outubro. Desde que a eleição em dois turnos foi instituída, em 1988, quem ganhou no primeiro acabou repetindo o feito no segundo. Liquidar a fatura daqui a um mês abortaria pretensões golpistas e daria à luz a narrativa da “vitória de lavada”, um 7 x 1 no fascismo etc. Com uma vantagem adicional: sem ter de fazer acordos ou concessões. Como ensina a Doutrina ABBA, na base do “The winner takes it all”. Então, segundo turno, pra quê? Seria um desperdício de tempo, dinheiro e cortisol, o hormônio do estresse.
Mas, para isso, é preciso combinar com os russos — convencer os eleitores dos candidatos hoje em terceiro e quarto lugares de que eles (eleitores) sejam uns idiotas, irresponsáveis, linha auxiliar de um genocida, cúmplices de tudo o que vier a acontecer de ruim caso (toc, toc, toc) o Mal (“eles”) vença o Bem (“nós”).
Nunca foi uma estratégia das mais sensatas, mas era o que tinha pra hoje.
Não é mais. Depois que ficou claro não existir contorcionismo retórico que disfarce a corrupção em escala industrial dos governos petistas, a finada terceira via deu sinal de vida. Na última pesquisa, Lula (na dianteira) caiu 4%, Bolsonaro seguiu inerte na vice-liderança, o eterno Ciro (que, no ritmo em que vem crescendo desde a primeira candidatura, chegará ao poder em 148 anos) subiu 29% e Simone 250%. Ok, os 250% de Simone correspondem a meros 3 pontos — mas bastou ganhar visibilidade para mais que duplicar seu eleitorado. E mostrar que há espaço para sensatez em meio à competição por quem é menos pior.
Se antes os adeptos do “Lula já” tinham de cooptar (com xingamentos) 9% dos votantes, esse índice subiu para 14% (sem contar os “isentões” do voto nulo ou em branco). Talvez seja hora de trocar o tacape pelo chamego, a imposição pela busca de convergência.
O mérito da eleição em dois turnos é este: garantir representatividade, legitimidade. Formar alianças que deem sustentação ao futuro governo. Evitar que candidatos radicais, ou com alta rejeição, vençam por maioria simples.
Historicamente, quem está à frente nas pesquisas a um mês da eleição acaba eleito. Para não correr o risco de quebrar a escrita, os partidários do voto útil podiam propor a aposentadoria das urnas eletrônicas (ou dos votos impressos) e a privatização do pleito. O TSE seria desativado e tudo ficaria a cargo dos Ipecs e Datafolhas. A custo zero para o contribuinte.
Outra sugestão é que enxerguemos o óbvio: em todas as disputas desde a redemocratização, quem ganha em Minas ganha no Brasil. Por que, então, não passar a consultar apenas os mineiros? Deixemos o resto do país às voltas com seus afazeres e ouçamos o que dizem os oráculos das Gerais.
O que Minas resolver, estará resolvido. Isso, sim, seria uma enorme economia de tempo, aporrinhação e recursos. E, por se tratar de conterrâneos de Tancredo e JK, tudo teria de ser com diálogo, persuasão, negociação — táticas que, antigamente, faziam parte da boa política.
Até lá, é melhor haver dois turnos, sim.
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gritos não educam!!!
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