Fim do caminho, triunvirato,
transações e transições
setembro
3, 2015
Um estudante
de teologia caminha no campus da faculdade, rumo a um prédio onde
ministrará uma palestra sobre a parábola do “Bom Samaritano”. No caminho ele se
depara com uma pessoa que aparenta estar passando mal: ela está de cabeça
baixa, tossindo, com o semblante assustado. Esse estudante não hesita em ajudar
a pessoa em questão.
Outro
estudante, também de teologia, segue o mesmo caminho, em outro dia, com a mesma
missão do estudante anterior: ministrar a palestra “O Sermão do Bom
Samaritano”. No caminho, ele também se depara com uma pessoa passando mal, mas
ele não para. Ao contrário, segue em frente para ministrar sua palestra.
Será
que o primeiro estudante é o exemplo de uma pessoa boa e solidária? E o
segundo? Seria o exemplo de uma pessoa má e egoísta? Seria a disposição de cada
um de agir de uma determinada forma a principal explicação para a diferença de
comportamento dos estudantes?
*
Um CIO está
liderando um importante projeto de inovação em sua empresa. Ele está prestes a
conduzir uma reunião crítica, na qual irá apresentar algumas alternativas de
solução para os diretores. Uma delas envolve grande risco, mas pode trazer
enorme retorno à empresa e representa de fato uma inovação. O analista se
expõe, mostra as alternativas e a empresa decide seguir no caminho
verdadeiramente inovador.
Outro
CIO se encontra em situação similar. Ele está prestes a conduzir uma reunião
crítica, ele sabe que existe uma alternativa muito mais promissora do ponto de
vista de inovação, mas muito mais desafiadora. Ele segue o caminho comum,
apresenta a solução de mais fácil aceitação e a empresa segue em sua zona de
conforto.
Será
que o primeiro CIO é o perfeito exemplo de um líder virtuoso e arrojado? E o
segundo? Seria o exemplo de um líder fraco e incapaz? Seria essa a principal
explicação para diferença de comportamento dos CIOs: a disposição de cada um de
agir de uma determinada forma?
**
O erro
fundamental de atribuição é conhecido pela psicologia social há muito
tempo e refere-se à nossa tendência em explicar os comportamentos muito mais a
partir das disposições pessoais de cada um do que a partir da situação
específica em que o comportamento ocorreu.
Você
está passeando com seu filho em um bairro calmo, onde várias crianças também
passeiam. Um carro passa em alta velocidade, deixando todos assustados e irados
com o comportamento do motorista. Ele certamente deve ser mau-caráter e
irresponsável para ter uma atitude dessas, certo?
Mas,
na verdade, o motorista estava apressado porque ele estava levando seu filho,
que havia acabado de se acidentar e sangrava muito, para um posto de
atendimento de urgência.
O
principal motivo de ele estar correndo em um lugar onde não deveria fazer isso
não tem nenhuma relação com suas disposições pessoais, mas simplesmente com a
situação específica pela qual passava.
Cometemos
esse erro de atribuição rotineiramente sempre que julgamos as pessoas, em todo
tipo de tarefas.
***
Voltemos
então aos nossos estudantes de teologia. Essa história é real e trata-se, na
verdade, de um experimento realizado com vários estudantes, que foram divididos
em dois grupos com uma única diferença: os estudantes do grupo 1 não tinham
nenhuma objeção de tempo para chegar ao prédio onde ministrariam a palestra; os
estudantes do grupo 2 foram colocados em uma situação de pressão e tinham
poucos minutos para chegar ao devido local.
Ou
seja, a principal diferença entre o primeiro e o segundo grupo era simplesmente
a pressa: os estudantes do primeiro grupo não tinham pressa, os do segundo
tinham. E esse fator fez com que o comportamento dos grupos fosse completamente
diferente: 90% dos estudantes do grupo 1 prestaram ajuda, contra apenas 10% do
grupo 2!
A
situação foi, então, a principal responsável pelo comportamento diferente e não
o caráter de cada estudante, como a maioria das pessoas poderia supor.
****
E
os CIOs? Continuaremos acreditando que a principal diferença entre eles é de
caráter, de disposição?
E
se o primeiro CIO estivesse conduzindo a reunião em uma organização com uma
estrutura menos hierarquizada, com uma maior cultura de aceitação de erros e
exposição a riscos?
E
se o segundo CIO estivesse conduzindo a reunião em uma organização mais rígida,
onde falhas e ousadias são punidas e criticadas severamente?
A
principal explicação para diferença de comportamento estaria nas disposições
pessoais de cada CIO ou na situação específica que enfrentaram?
*****
O
poder da situação
Estamos
falando, portanto, de algo que podemos chamar de “o poder da situação“. A
situação tem influência muito maior do que costumamos pensar e temos uma enorme
tendência a subestimar isso em nosso dia a dia.
Não
se trata de dizer que as disposições pessoais não importam, e sim, de saber
avaliar essas disposições pessoais em diferentes situações, para que se tenha
certeza de quais são as principais causas de uma meta não atingida.
Um
CIO que deseja ter papel transformador em sua organização e que tenha como meta
real tornar a TI relevante para o negócio de sua empresa, não pode fugir da
responsabilidade de ser capaz de analisar as situações e, a partir dessa
análise, conseguir realizar as transformações estruturais necessárias para
se alcançar o caminho desejado.
Um
verdadeiro líder deve ser capaz de distinguir os problemas locais e pessoais
dos problemas sistêmicos e estruturais – e agir de forma adequada.
Para
isso, os CIOs devem incorporar ao seu arsenal de gestão “O poder da situação”.
******
Nota
do autor: esse post foi inspirado pelo livro “MINDWARE – Tools for Smart
Thinking”, de Richard E. Nisbett. O objetivo do livro é fornecer um ferramental
oriundo de diferentes escolas de pensamento – psicologia, estatística,
economia, lógica – que nos ajude a aprimorar nosso raciocínio. Minha intenção é
trazer alguns ferramentais para o dia a dia dos desafios que enfrentamos na
gestão de TI.
Por:
Marcelo Szuster
Revisão:
Jéssica Saliba.
O GOVERNO SUMIU
O BRASIL ASSISTE
ao reinado de dois presidentes. Com a viagem de Dilma Rousseff para os Estados
Unidos, Michel assumiu interinamente o governo, como determina a Constituição.
Mas, mesmo quando Dilma despachava em Brasília, a maior parte do tempo reclusa
no Planalto, Temer recebia uma romaria de próceres da República em sua
residência oficial, como conseqüência de um fato consumado. Com o avanço do
processo do impeachment, o poder e a força gravitacional que ele exerce estão
migrando da presidente para o vice. Essa transição, tudo leva a crer, será
efetivada em meados de maio, quando o plenário do Senado votará a abertura de
processo contra Dilma e o seu afastamento temporário do cargo. Até os petistas
admitem que essas duas medidas passarão com folga. Será a formalização da morte
precoce do governo.
São
cada vez mais evidentes os sinais de que o ciclo petista no poder está perto do
fim. Houve uma nova debandada de ministros, agora de peemedebistas leais a
Dilma. Estão sem comando, ou sob as ordens de interinos, pastas como Cidades,
Integração Nacional e Minas e Energia. A Casa Civil espera pela decisão do
Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade de posse de Lula no cargo. A
disputa da classe política agora é por espaços no ministério de Temer. Diante
do enfraquecimento de Dilma, a gestão está interditada. A agenda da presidente
se restringe à concessão de entrevistas, nas quais ela denuncia o que considera
um golpe contra o seu mandato, a democracia e o primeiro governo popular da
história. Na semana passada, Dilma desceu a rampa do Planalto para receber
abraços de mulheres solidárias a ela. A confraternização, que rendeu belas
fotos, foi usada nos esforços para convencer a opinião pública de que a
presidente é vítima de um complô, e não da corrupção e dos erros que ela e seu
partido cometeram.
Daniel
Pereira Veja
27 de abril, 2016
A
trajetória de Lula o levou da posição de “sindicalista combativo”, por meio da
qual se projetou no país, a lobista das grandes empreiteiras. Um fim
melancólico para quem, no passado, representou uma esperança de grande parte do
povo brasileiro
Por: Francisco Weffort*21/04/2016 às
22:07 - Atualizado em 21/04/2016 às 22:07
“O
cara”, de que falou Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...
(Ilustração Alphadog/VEJA)
Luiz
Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do caminho. Mesmo ele é capaz de
perceber que está acabando o terreno à sua frente. Antes do petista, tivemos
casos semelhantes desses meteoros da política que vêm não se sabe de onde,
passam por grandes êxitos, alcançam rapidamente o topo e depois caem
miseravelmente. Já nos esquecemos de Jânio Quadros? Lula é diferente de Jânio
em um ponto: veio de mais baixo na escala social e conseguiu uma influência
mais organizada e duradoura na política do país. Dilma Rousseff, embora pareça
um meteoro, não é propriamente um caso político. O fato de ela ter chegado à
Presidência da República foi apenas um enorme erro de Lula cometido em um dos
seus acessos de personalismo. Erro, aliás, que o empurra com mais rapidez para
o fim. "O cara", de que falou Barack Obama quando Lula tinha 85% de
aprovação, não é mais aquele...
Há
algum tempo, muitos gostavam de ver em Lula um "filho do Brasil". Era
o seu primeiro mandato, quando se pensava que surgia no país uma "nova
classe média". Com a crise dos dias atuais, essa "nova classe"
provavelmente desapareceu. Outra das veleidades grandiosas do petista, já no
fim do seu governo, foi um suposto plano para terminar com a fome no mundo.
Também naqueles tempos, alguns imaginavam que o Brasil avançava para uma
posição internacional de grande prestígio.
Muitos
desses sonhos deram em nada, mas, para o bem e para o mal, Lula foi um filho do
Brasil. Aliás, também o foram os milhares, milhões de jovens fruto do
"milagre econômico" dos anos Médici, assim como, antes deles, os
filhos da democracia e do crescimento dos anos JK, ou, se quiserem, algumas
décadas mais atrás, da expansão aluvional das cidades que assinala o nosso
desenvolvimento social desde os anos 1930. No Brasil, temos a obsessão
permanente do progresso, assim como uma certa vacilação, também permanente em
nosso imaginário, entre a ditadura e a democracia. Lula foi uma variante desse
estilo brasileiro de vida. Queria resolver as coisas, sempre que possível, com
"jeitinho", ao mesmo tempo que sonhava com as benesses do
"Primeiro Mundo" e da modernidade.
Na
política brasileira, porque vinha de baixo, o petista tinha traços peculiares
que se revelam em sua busca de reconhecimento como indivíduo. Nesse aspecto
está o seu compromisso com a democracia, aliás muito aplaudido no início de sua
vida como político. O sindicato foi seu primeiro degrau e, mais adiante, uma
das raízes de seus problemas. É que, a partir desse ponto, Lula passou a buscar
seu lugar como cidadão numa instituição aninhada nos amplos regaços do Estado.
Ele começou em uma estrutura às vezes repressiva e muitas vezes permissiva, que
dependia, sobretudo, como continua dependendo, dos recursos criados pelo Estado
por meio do "imposto sindical". A permissividade maior vinha do fato
de que tais recursos não passavam, e ainda não passam, pelo controle dos
tribunais de contas.
O
maior talento pessoal de Lula foi sair do anonimato, diferenciando-se dos
parceiros de sua geração. No sindicalismo, falou sempre contra o
"imposto". E talvez por isso mesmo tenha logrado tanto prestígio como
sindicalista combativo e independente que não precisou fazer nada de concreto a
respeito. Na época das lutas pelas eleições diretas e pelo fim do autoritarismo
reinante sob o Ato Institucional nº 5, dizia que "o AI-5 dos trabalhadores
é a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT". Mas em seu governo não só
manteve o imposto e as leis sindicais corporativistas como foi além,
generalizando para a CUT e demais centrais sindicais os benefícios do imposto.
O
que tem sido chamado, em certos meios, de "carisma" de Lula foi sua
habilidade de sentir o seu público. Chamar essa "empatia", uma
qualidade que qualquer político tem, em grau maior ou menor - e que, aliás,
sempre faltou a Dilma -, de "carisma" é uma impropriedade
terminológica. Em sociologia, o fenômeno do "carisma" pertence ao
universo das grandes religiões, raríssimo no mundo político, e, quando ocorre,
é sempre muito desastroso. Os fascistas de Mussolini diziam que "il Duce
non può errare" ("o Duce não pode errar"), para exaltar uma
suposta sabedoria intrínseca ao ditador. Não era muito diferente das fórmulas
típicas do "culto da personalidade" de raiz stalinista. Embora tais
fórmulas estejam superadas na esquerda há tempos, os mais ingênuos entre os
militantes do PT ainda se deixam levar por coisas parecidas. Consta que, no
mundo de desilusões e confusões do "mensalão", um intelectual petista
teria dito: "Quando Lula fala, tudo se esclarece". Não ajudou
muito...
Luiz
Inácio Lula da Silva foi uma das expressões da complexa integração das massas
populares à democracia moderna no Brasil. É da natureza da democracia moderna
que incorpore, integre a classe trabalhadora. No Brasil, como em muitos países,
isso sempre se fez por meio de caminhos acidentados, entre os quais o
corporativismo criado em 1943, no fim da ditadura getuliana, e mantido pela
democracia de 1946, como por todos os interregnos democráticos que tivemos
desde então. O corporativismo se estende também às camadas empresariais, assim
como a diversos órgãos de atividade administrativa do Estado brasileiro.
Favoreceu a promiscuidade entre interesses privados e interesses públicos e
certa medida de corrupção que, de origem muito antiga, mudou de escala nos
tempos mais recentes com o crescimento industrial e a internacionalização da
economia brasileira. Nessa mudança dos tempos, Lula passou de
"sindicalista combativo" a lobista das grandes empreiteiras. Um fim
melancólico para quem foi no passado uma esperança de grande parte do povo
brasileiro.
*
Professor emérito do Departamento de Ciência Política da Universidade de São
Paulo e ex-ministro da Cultura (de 1995 a 2002, no governo Fernando Henrique
Cardoso). Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT)
Os
Triunviratos de Roma
O
Triunvirato, em suma, é um governo formado por 3 representantes. Existe o termo
Troika, usado também para simbolizar uma aliança de três países, como foi a
Rússia – União Européia – EUA.
Neste artigo, iremos tratar do 1º Triunvirato romano, e em um artigo separado, o 2º Triunvirato, ambos muito famosos na história.
Neste artigo, iremos tratar do 1º Triunvirato romano, e em um artigo separado, o 2º Triunvirato, ambos muito famosos na história.
O
Primeiro Triunvirato
No
ano de 59 a.C, Roma se via governada por Gaius Julius César, Pompeu e Marco
Lucínio Crasso, que se juntaram para formar uma aliança forte.
Julio
César era um cônsul que fora eleito por volta de 50 a.C, Pompeu foi um grande
general, aclamado por suas conquistas e Crasso era reconhecido como o homem
mais rico de Roma. Os motivos dessa junção era de puro interesse, onde Pompeu
precisava de terras para distribuir à suas Legiões veteranas
de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Julio César
apoio para combater os Gauleses ao norte. De fato isto aconteceu, onde Julio
César conseguiu terras para as legiões veteranas, Pompeu incentivou a batalha
de César contra os Gauleses e Crasso fora beneficiado judicialmente a partir de
tudo isso.
Gaius
Julius César parte para o combate contra os Gauleses e nisso, Pompeu e Crasso
são eleitos Cônsules, o que proporciona um apoio e prolongamento do comando de
César no norte da Gália e fundos para a guerra “médica” de Crasso.
Em 53a.C , a filha de Gaius Julius César que se encontrava como esposa de Pompeu morre, enfraquecendo a aliança entre os dois. Nessa mesma época, Crasso é morto em uma batalha contra os Persas, na Síria, batalha de Carrae, um total desastre militar para Roma, assim enfraquecendo ainda mais as relações entre os líderes do Triunvirato, sendo que até hoje, o termo “erro Crasso” se deve ao desastre militar de Marco Lucinio Crasso.
Em 53a.C , a filha de Gaius Julius César que se encontrava como esposa de Pompeu morre, enfraquecendo a aliança entre os dois. Nessa mesma época, Crasso é morto em uma batalha contra os Persas, na Síria, batalha de Carrae, um total desastre militar para Roma, assim enfraquecendo ainda mais as relações entre os líderes do Triunvirato, sendo que até hoje, o termo “erro Crasso” se deve ao desastre militar de Marco Lucinio Crasso.
Na
Gália, César havia derrotado os Gauleses, subjugado Vercingetorix (o líder
gaulês) e combatido nas escuras florestas negras da região Germânica, até mesmo
navegando ás ilhas Britânicas, expandindo consideravelmente as fronteiras de
Roma.
Pompeu,
nesse tempo, aliara-se aos conservadores que temiam a ambição de César e, mesmo
tendo sido-lhe proposto um casamento com a sobrinha de César, Pompeu recusou e
casou-se com Cornélia Metélia (filha de Scipião Metellus, inimigo de César), o
que preparou um cenário propício pra uma futura Guerra Civil. E isso ocorreu de
fato, onde Pompeu ordena César à retornar à Roma, desformando suas legiões e
conseqüentemente ser julgado em Roma por querer se re-candidatar a Cônsul.
Desobedecendo as ordens de Pompeu, César que possuía apoio de suas fiéis
legiões (por diversos motivos, como por exemplo, saber o nome de todos os
Centuriões que formavam seu exército) cruzou o rio Rubicão e disse a famosa
frase : Alea Jacta Est! (Que os dados estejam lançados), rumo á Roma.
Scipião
Metelus e Cato fugiram para o sul da Itália, e após algumas batalhas e
reorganização de Roma, César segue á Grécia em busca de Pompeu que havia fugido
e, acompanhado de sua décima legião, César derrota Pompeu na batalha de
Dyrrhachium e depois termina de vencer na batalha de Farsalo.
O primeiro Triunvirato, que já havia se dissolvido com a morte de Crasso, agora se tornava uma Ditadura (diferente dos conceitos atuais) comandada por Gaius Julius César, e com Marco Antônio como Magister equestris, que faria um papel importante depois no Segundo Triunvirato.
O primeiro Triunvirato, que já havia se dissolvido com a morte de Crasso, agora se tornava uma Ditadura (diferente dos conceitos atuais) comandada por Gaius Julius César, e com Marco Antônio como Magister equestris, que faria um papel importante depois no Segundo Triunvirato.
Gaius
Julius César
Os
Triunviratos de Roma
O
Triunvirato, em suma, é um governo formado por 3 representantes. Existe o termo
Troika, usado também para simbolizar uma aliança de três países, como foi a
Rússia – União Européia – EUA.
Neste
artigo, iremos tratar do 2º Triunvirato romano, e em um artigo separado, o 1º Triunvirato, ambos muito famosos na
história.
Gostaria
de ressaltar, que os nomes estão em sua forma completa para um aprofundamento
maior no assunto, sendo que os nomes citados, são mais conhecidos pelo ultimo
nome. Exemplo : Marcus Junius Brutus = Brutus
O
Segundo Triunvirato
Diferentemente
do primeiro Triunvirato Romano (Gaius Julius César, Gnaeus Pompeus Magnus e
Marco Licínio Crasso), o segundo Triunvirato foi oficialmente reconhecido,
recebendo o nome em latim: Triumviri Rei Publicae Constituendae Consulari
Potestate ( Triunviros para a Organização do Povo ), sendo este formado em 43
a.C , aprovado pela Assembléia do Povo (Órgão equivalente ao Senado, podendo
vetar leis, mas não podendo ter 2 Cônsules; não podendo apresentar leis) e
constituído por Octavianus Augustus (Otávio Augusto), Emílio Lépido e Marco
António, tendo estes o poder supremo por 5 Anos.
Fazia
pouco tempo que Gaius Julius César, o pai adotivo de Octavius, fora assassinado
e, a primeira atitude tomada pelos Triunviros (os 3 líderes) foi a de caçar
todos os participantes da trama contra Gaius Julius César, principalmente
Marcus Brutus, sobrinho de catão (Brutus que César se referiu quando disse :
“Tu quoque, Bruti, fili mi” – “Até tu Brutus, filho meu”- Ressalto que Brutus
não era seu filho) e Gaius Longinus Cassius, ambos os maiores conspiradores.
Como
a maioria das vezes na história, três pessoas eram pessoas demais para dividir
o poder e a relação entre os Triunviros não era boa. Após os cinco anos de
poder, os três foram re-eleitos e Emílio Lépido, numa tentativa falha de tomar
o poder, fora exilado e jogado pra fora do cenário político. Restavam Marco
Antonio e Octavius, mas antes, podemos ressaltar dois amigos de Octavius, sendo
eles Marcos Agripa e Caius Mecenas, sendo o primeiro um formidável militar que
atingiu o cargo de General Máximo de Roma e o segundo um grande político e
estudioso, financiador da arte de Virgílio e Horácio, tanto que até hoje nos
referimos á Mecenas quando falamos de pessoas que financiam mentes brilhantes.
Marco
Antonio, que se encontrava no Egito com seu exército, atacava Otávio com
freqüência, até que o combate aberto aconteceu, retratado pela Batalha de
Actium (Ácio) no mar da Grécia, onde a frota de Octavius (comandada pelo
general Agripa) derrotou a frota de Marco Antonio (apoiada pelos Egípcios e Cleópatra).
Era o fim do Triunvirato, com Marco Antonio e Cleópatra fugindo para o Egito e
com a perseguição de Octavius, resultando no suicídio de Cleópatra e Marco
Antonio.
Após
esses eventos, Octavius, no mês de Agosto, foi consagrado com o título de Augustus
(Divino) e o mês de Agosto foi justamente nomeado assim por esse motivo. Eis
que Octavius se tornou o primeiro Imperator (imperador) Romano da história
(Gaius Julius César não foi Imperador), um grande marco na história que trouxe
mudanças decisivas em Roma, que agora se tornara Império Romano.
OBS:
Augusto é um título recebido por Octavius, adquirido com o tempo sendo seu nome
completo: Gaius Julius Caesar Octavianus Augustus e seu nome original de
nascença Caio Octávio Turino (Gaius Octavius Thurinus).
Antonio Carlos Jobim – Sabiá
Elis Regina – Sabia
Sabiá
Tom
Jobim
Vou
voltar!
Sei
que ainda vou voltar
Para
o meu lugar
Foi
lá e é ainda lá
Que
eu hei de ouvir
Cantar
uma Sabiá...
Vou
voltar!
Sei
que ainda vou voltar
Vou
deitar à sombra
De
uma palmeira que já não há
Colher
a flor que já não dá
E
algum amor
Talvez
possa espantar
As
noites que eu não queria
E
anunciar o dia...
Vou
voltar!
Sei
que ainda vou voltar
Não
vai ser em vão
Que
fiz tantos planos
De
me enganar
Como
fiz enganos
De
me encontrar
Como
fiz estradas
De
me perder
Fiz
de tudo e nada
De
te esquecer...
Elis Regina & Tom Jobim -
"Aguas de Março" – 1974
Elis
Regina O Bebado e A Equilibrista
Maria
Rita - O Bêbado E A Equilibrista
Elis Regina, Águas de Março
Águas de Março
Elis
Regina
É
pau, é pedra
É
o fim do caminho
É
um resto de toco
É
um pouco sozinho...
É
um caco de vidro
É
a vida, é o sol
É
a noite, é a morte
É
um laço, é o anzol...
É
peroba do campo
O
nó da madeira
Caingá,
Candeia
É
o matita-pereira...
É
madeira de vento
Tombo
da ribanceira
É
um mistério profundo
É
o queira ou não queira...
É
o vento ventando
É
o fim da ladeira
É
a viga, é o vão
Festa
da Cumieira...
É
a chuva chovendo
É
conversa ribeira
Das
águas de março
É
o fim da canseira...
É
o pé é o chão
É
a marcha estradeira
Passarinho
na mão
Pedra
de atiradeira...
Uma
ave no céu
Uma
ave no chão
É
um regato, é uma fonte
É
um pedaço de pão...
É
o fundo do poço
É
o fim do caminho
No
rosto o desgosto
É
um pouco sozinho...
É
um estrepe, é um prego
É
uma ponta, é um ponto
É
um pingo pingando
É
uma conta, é um conto...
É
um peixe, é um gesto
É
uma prata brilhando
É
a luz da manhã
É
o tijolo chegando...
É
a lenha, é o dia
É
o fim da picada
É
a garrafa de cana
Estilhaço
na estrada...
É
o projeto da casa
É
o corpo na cama
É
o carro enguiçado
É
a lama, é a lama...
É
um passo é uma ponte
É
um sapo, é uma rã
É
um resto de mato
Na
luz da manhã...
São
as águas de março
Fechando
o verão
É
a promessa de vida
No
teu coração...
É
pau, é pedra
É
o fim do caminho
É
um resto de toco
É
um pouco sozinho...
É
uma cobra, é um pau
É
João, é José
É
um espinho na mão
É
um corte no pé...
São
as águas de março
Fechando
o verão
É
a promessa de vida
No
teu coração...
É
pau, é pedra
É
o fim do caminho
É
um resto de toco
É
um pouco sozinho...
É
um passo, é uma ponte
É
um sapo, é uma rã
É
um belo horizonte
É
uma febre terçã...
São
as águas de março
Fechando
o verão
É
a promessa de vida
No
teu coração...
É
pau, é pedra
É
o fim do caminho
É
um resto de toco
É
um pouco sozinho...
É
pau, é pedra
É
o fim do caminho
É
um resto de toco
É
um pouco sozinho...
Pau,
Pedra...
Fim
do caminho...
Resto
de toco...
Pouco
sozinho...
Pau,
Pedra...
Fim
do caminho...
Resto
de toco...
Pouco
sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Pedra...
Caminho...
É um Pouco.
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