quinta-feira, 7 de maio de 2020

Quinta Coluna, Quatro Colunas e Coluna








“..e uma peça teatral semistalinista ambientada na Espanha: A Quinta-Coluna...” 
MARIO VARGAS LLOSA








Ernest Hemingway, vencedor do prêmio Nobel e autor de clássicos como O Velho e o Mar e O Sol Também se Levanta, viajou à Espanha durante a Guerra Civil, em 1937, e acabou envolvido naquele sangrento conflito. Hospedado em Madri enquanto assistia à destruição da cidade, escreveu sua única peça teatral, 'A Quinta-Coluna', que transporta o leitor aos horrores daquelas batalhas.






Hemingway e as guerras





DESCRIÇÃO
\"Quando me deslocava até a linha de frente, distante não mais do que mil e quinhentos metros de nosso hotel ao seu ponto mais próximo, eu sempre deixava os originais escondidos e protegidos nas dobras de meu colchão de campanha\", escreveu Hemingway. \"Ao regressar, era muito agradável encontrar intactos tanto o quarto quanto eles.\"



















Reconstruídas!
As quatro colunas localizam-se na Praça de Carles Buigas, em Montjuic.Elas simbolizam as quatro listras da Bandeira da Catalunha.As colunas originais de 1919 foram demolidas .Em 2010 foram reconstruídas , a poucos metros de distância das originais.







COLUNA
REINALDO AZEVEDO
Toffoli defende a liberdade de expressão de canhões, mas não a dos teclados






Dias Toffoli, já como presidente do Supremo, em companhia de Jair Bolsonaro. No destaque, ouve o discurso de Lula no dia em que tomou posse como advogado-geral da União, em 2007, depois de ter atuado como advogado do PT. Em 2009, o mesmo Lula o indicou para uma vaga no SupremoImagem: Fotos: G.Dettmar/Ag.CNJ e Alan Marques - 12.mar.07/Folhapress






Reinaldo Azevedo
Colunista do UOL
06/05/2020 08h55
O que dizer de um presidente do Supremo que se cala quando profissionais de imprensa são espancados, no exercício de sua função, num ato político em defesa de um golpe militar, mas se dá a perorações em defesa da liberdade de expressão ao defender o direito que teriam ministro e chefes militares de exaltar um golpe de estado em uma página oficial?
É fácil saber quando uma pessoa está perdida ou, quem sabe?, se deu por achada. É o caso do ministro Dias Toffoli.
Indicado para o cargo em razão de sua proximidade com o PT, errou e acertou ao longo de quase 11 anos de tribunal. Mas, vá lá, assim acontece com todos. Já critiquei e elogiei votos seus — e, por óbvio, críticas e elogios dependem, é evidente, dos valores do crítico. Procuro fazê-lo sempre tendo a Constituição e as leis como referência. O que me move são palavras e atos, não afinidades pessoais. Já o defendi quase em absoluta solidão na imprensa. Fiz porque quis. Porque achei certo. Se voltar a acertar, elogio outra vez.
Toffoli vive, sem dúvida, um mau momento. Ou, então, vive seu "momentum" — aquele em que o indivíduo finalmente se encontra com a sua verdade. Ou em que esta lhe surge à frente, revelada. E a sua verdade, à diferença do que sua história pregressa sugere, parece estar não com o PT e com as esquerdas, mas com Jair Bolsonaro e suas milícias digitais, que o atacam dia sim, dia também. Por mim, estaria apenas com a Constituição, com a democracia, com o estado de direito.
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Ou, então, sente especial prazer intelectual em evidenciar que nada deve àqueles que tiveram influência definitiva em fazer dele quem é. O ministro sabe que, sem o amparo político com que contou, ou não teria ido tão longe ou teria de ter empregado muito mais tempo e energia para chegar aonde chegou.
A guinada não é um acontecimento assim tão raro. Trata-se de uma espécie de "Síndrome de Lacombe Lucien", em que a vítima se deixa convencer inteira e irremediavelmente pelas verdades opostas àquelas que o fizeram ser quem é — ou quem era, já que um novo indivíduo vem à luz, e o que havia antes se torna uma casca descartável. Tudo indica ser esse o caso de Toffoli. Jovem ainda, talvez corrija o rumo. Nada indica.
No domingo, mais uma vez, Jair Bolsonaro estimulou um ato, e o prestigiou pessoalmente, às portas do Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, em que se pregou abertamente o fechamento do Congresso e do Supremo. Se, com certa largueza de juízo, pode-se livrar da imputação de crime aqueles que simplesmente compareceram à manifestação, o mesmo não se aplica a seus organizadores.
São criminosos. Atacam os fundamentos da Constituição e incidem em crimes tipificados, por exemplo, pela Lei de Segurança Nacional. Não é diferente com o presidente da República, que estimulou e prestigiou a manifestação. Falando a seus seguidores em "live" transmitida na rampa do Palácio do Planalto, Bolsonaro exaltou os manifestantes que defendiam golpe de Estado e ameaçou ele próprio o país, e o Supremo em particular, presidido por Toffoli, com os canhões. Lá se via o chefe do Executivo a anunciar que as Forças Armadas estavam com ele. Além dos crimes comuns, incidia também em crime de responsabilidade.
Tão acintosa foi a atuação do presidente e tão evidente a ameaça, falando em nome das Forças Armadas, que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, teve de emitir mais uma nota. Defendeu, claro!, a independência entre os Poderes, mas também rechaçou qualquer possibilidade de as Forças Armadas se desbordarem de sua função constitucional.
Na ocasião, dois profissionais do Estadão — o fotógrafo Dida Sampaio e o motorista Marcos Pereira — foram agredidos a socos e pontapés. Dida chegou a cair. No chão, não cessaram as agressões. Ministros do Supremo se manifestaram, acusando a agressão covarde: Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Luiz Fux. Até Hamilton Mourão, vice-presidente e general reformado, expressou seu inconformismo.
De Dias Toffoli, ouviu-se apenas um eloquente silêncio. As razões por que se cala são insondáveis. Ou nem tanto. É sabido ser ele o principal interlocutor de Jair Bolsonaro no tribunal. É preciso saber até onde essa interlocução mais confunde do que elucida as ideias do próprio presidente. Digamos, para efeitos de pensamento, que o doutor não queira banalizar o recurso da nota oficial, reservando-a para situações mais graves. Quais?
Contra eventual golpe de estado, é certo, uma nota seria de suprema inutilidade, não é mesmo?
A DEFESA DA DITADURA
Na segunda, quando seu silêncio ecoava ou como concordância com o que se viu ou como covardia ou alienação, ele, no entanto, preparava um pronunciamento. Redigia, na verdade, uma espécie de repto contra a decisão de Alexandre de Moraes, que havia suspendido a posse de Alexandre Ramagem no comando da Polícia Federal. E escolhia como instrumento para contraditar o colega de tribunal o pior meio, a pior causa, a pior tese. A que me refiro?
A juíza Moniky Mayara Costa Fonseca, da 5ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, havia determinado que o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que foi assessor de Toffoli, retirasse da página do ministério uma manifestação assinada pelo próprio ministro e pelos três chefes militares exaltando o golpe de 1964, chamado, pateticamente, de "marco da democracia". Houve recurso, e a decisão da magistrada foi ratificada pelo TRF-5.
A questão foi parar, então, nas mãos de Toffoli. Ele não hesitou: cassou a liminar (íntegra de sua decisão aqui). Será que, numa democracia, deve-se permitir que um ministro de Estado e três chefes militares façam a defesa aberta de um regime que fechou o Congresso, pôs fim às liberdades públicas e individuais, suspendeu eleições, torturou e matou? Vocês sabem a resposta: é claro que não! Em que outra democracia do mundo se assistiria a exotismo assim?
Mas nem vou lhes tomar o tempo com isso. É evidente que uma democracia não pode ser democrática a ponto de abrigar sabotadores de seu próprio ordenamento. O único regime em que tudo pode — e, pois, nada do que diga respeito às liberdades é admitido — é a tirania.
A DECISÃO DE TOFFOLI
Se o mérito da decisão é lamentável, os termos em que ela veio a público pela pena do presidente do Supremo são uma agressão ao bom senso.
Toffoli foi incapaz de censurar um ato em defesa do golpe militar, que contou com a participação entusiasmada do presidente e em que profissionais da imprensa foram espancados. Mas, em defesa do direito que teria o ministro e os chefes militares de defender um regime ditatorial, escreveu o presidente do Supremo:
"Não parece assim adequado exercer juízo censório acerca do quanto contido na referida ordem, sob pena de indevida invasão, por parte do Poder Judiciário, de seara privativa do Poder Executivo e de seus Ministros de Estado.
(...)
As decisões judiciais ora atacadas, destarte, representam grave risco de violação à ordem público-administrativa do Estado brasileiro, por implicar em verdadeiro ato de censura à livre expressão do Ministro de Estado da Defesa e dos Chefes das Forças Militares, no exercício de ato discricionário e de rotina, inerente às elevadas funções que exercem no Poder Executivo e sobre o qual não parece adequada a valoração efetuada por membros do Poder Judiciário."
É realmente comovente ver o cuidado e o zelo com que Toffoli trata do direito à livre expressão dos que dispõem de canhões, lastimando que sejam alvos de "censura", mesmo quando usam uma página do Estado brasileiro para defender a ditadura. Não obstante — ou por isso mesmo? — silencia quando profissionais desarmados, no exercício de sua função, são espancados por outros defensores da... ditadura!
É evidente que o ministro está fazendo uma escolha.
RECADO E VOTO FORA DO LUGAR
Alheio à defesa da ditadura contido na tal nota, alheio ao ato do dia anterior em defesa do golpe militar, alheio à presença do presidente em tal ato, alheio à agressão sofrida pelos jornalistas, o "professor" Dias Toffoli resolveu dar uma lição aos contemporâneos sobre as esferas de competência dos Poderes, num claro recado a Moraes, seu colega de tribunal:
"Como tenho reiteradamente falado, sempre que me deparo com situações como esta, descrita nesta contracautela, nosso país vive um momento de excessiva judicialização, decorrente, em grande medida, da alta conflitualidade presente em nossa sociedade, a qual se torna cada vez mais complexa e massificada.
Apesar disso, não se pode pretender que o Poder Judiciário interfira e delibere sobre todas as possíveis querelas surgidas da vida em sociedade. E o caso ora retratado me parece um exemplo clássico dessa excessiva judicialização. Reitero, ainda uma vez, meu entendimento, agora aplicado ao caso concreto ora em análise, de que não cabe ao Poder Judiciário decidir o que pode ou não constar em uma ordem do dia, ou mesmo qual a qualificação histórica sobre determinado período do passado, substituindo-se aos historiadores nesse mister e, no presente caso, aos legítimos gestores do Ministério da Defesa, para redigir, segundo a compreensão que esposam, os termos de uma simples ordem do dia, incidindo em verdadeira censura acerca de um texto editado por Ministro de Estado e Chefes Militares.
Apenas eventuais ilegalidades ou flagrantes violações à ordem constitucional vigente devem merecer sanção judicial, para a necessária correção de rumos. Mas não se mostra admissível que uma decisão judicial, por melhor que seja a intenção de seu prolator ao editá-la, venha a substituir o critério de conveniência e oportunidade que rege a edição dos atos da Administração Pública, parecendo não ser admitido impedir a edição de uma ordem do dia, por suposta ilegalidade de seu conteúdo, a qual inclusive é muito semelhante à mesma efeméride publicada no dia 31 de março de 2019."
CAMINHANDO PARA A CONCLUSÃO
Eis aí. Se eu tinha alguma dúvida sobre o acerto da decisão de Moraes -- e conheço bons juristas que a contestam --, Toffoli as eliminou com seu despacho destrambelhado e sua omissão diante dos crimes cometidos no domingo.
Levasse a sério o que diz, defenderia que os historiadores, então, se encarregassem de definir, cada um a seu gosto, o caráter do golpe de 1964, não cabendo a ministros e chefes militares, regidos por uma Constituição democrática, fazer a apologia da ditadura. O veto não procurava impor aos gestores de bens públicos uma visão determinada de história, mas impedir que impusessem a sua, em clara agressão ao fundamento do documento que nos rege.
A "simples ordem do dia" poderia, ora vejam, ter exaltado os valores democráticos. Em vez disso, chamou um golpe de "marco da democracia".
Para o ministro, "cuida-se, assim, de ato inserido na rotina militar e praticado por quem detém competência para tanto, escolhidos que foram pelo Chefe do Poder Executivo, para desempenhar as elevadas funções que ora ocupam."
Assim é nas questões que dizem respeito à rotina militar e às tarefas concernentes às Três Forças. Fernando Azevedo e Silva foi escolhido, claro!, para executar em sua área a política do presidente. A de Bolsonaro é promover proselitismo golpista em quarteis? Pergunto de novo: que democracia do mundo toleraria essa afronta?
Mas vejo que já me estendo sobre o mérito da nota, que nem é objeto deste texto. Parece que vou, definitivamente, me interessar, doravante, pelo entendimento perturbado que se tem no Brasil, à direita e à esquerda, do que sejam independência e harmonia entre os Poderes num regime presidencialista. É possível que parte dos nossos males derive do fato de que se supõe que a legitimidade das urnas confere ao mandatário de turno o direito de violar os valores consagrados pela Carta sob cujo signo ele se elegeu. Comigo, não, violão!
É um debate de longo prazo.
No momento, lastimo o presidente do Supremo que se preocupa com a liberdade de expressão de quem tem canhões, mas não se ocupa de defender a liberdade de trabalho de quem dispõe só de um teclado ou de uma câmera fotográfica; que avalia que a ordem para a retirada de uma nota em defesa da ditadura pode "acarretar grave lesão à ordem público-administrativa da União", mas não vê mal nenhum em que um presidente da República, num ato ilegal em defesa do golpe militar, ameace, com os tais canhões, a própria corte que ele integra.
Toffoli se perdeu?
Talvez tenha, finalmente, se encontrado.
Resta como alternativa a rota do estado DEMOCRÁTICO E DE DIREITO.







Poster da Segunda Guerra Mundial










Significado de Quinta Coluna
O que é Quinta Coluna:
Quinta coluna é uma expressão considerada sinônimo de traição, caracterizada pela reunião de um grupo de pessoas que atuam clandestinamente com a intenção de trair os seus companheiros, a sua pátria ou sua organização.
Originalmente, a “quinta coluna” se referia ao grupo de indivíduos que agiam em determinado país em favor de uma nação inimiga, principalmente em períodos de guerra.
Em casos de guerras internacionais, os membros da “quinta coluna” podiam atuar tanto como espiões, como sabotadores, auxiliando o país rival a conquistar os seus objetivos bélicos.
Atualmente, esta expressão também é usada para se referir a qualquer pessoa que auxilia no desenvolvimento de atividades clandestinas, relacionadas com espionagem e sabotagem, seja em empresas ou demais corporações, por exemplo.
Saiba mais sobre o significado da Guerra Civil.

Origem da expressão “Quinta Coluna”
A origem da expressão “quinta coluna” teria surgido durante a Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939), quando o general Queipo de Llano, utilizando uma formação militar conhecida como “quatro colunas”, marchava em direção à Madrid e declarou que lá estaria a “quinta coluna”, que o esperava na cidade para saudá-lo.
Neste caso, a “quinta coluna” se referia a uma facção de simpatizantes do general Francisco Franco que estava infiltrada na comunidade madrilena.
A expressão se popularizou internacionalmente com a Segunda Guerra Mundial, quando foi utilizada para se referir aos soldados que defendiam a invasão nazi e de seus aliados, mas que pertenciam aos países que eram inimigos da Alemanha Nazista.
Como dito, a “quinta coluna” não é usada apenas para se referir aos militares, mas também as pessoas que, no âmbito de uma guerra, agiam por meio de sabotagem e criação de boatos, com o intuito de “atacar de dentro para fora”.
Data de atualização: 30/08/2016.












Por que as lojas da Havan têm a Estátua da Liberdade e imitam a Casa Branca
Centro administrativo tem uma escada que Luciano Hang diz lembrar o filme E o Vento Levou
18/04/2019 Mateus Frazão / Agência RBS






Réplica da Estátua da Liberdade que a empresa instalou em Caxias do Sul
Mateus Frazão / Agência RBS

De onde a Havan tirou a ideia da Estátua da Liberdade? A coluna Acerto de Contas estava devendo há algum tempo aos leitores a resposta a esta pergunta. A réplica do símbolo de Nova York já virou marca da rede de varejo de Santa Catarina. As lojas geralmente são construídas em estradas de grande movimento e a direção destaca que os turistas param para tirar foto. 
Proprietário da Havan, Luciano Hang conta que recebeu a sugestão de um menino de sete anos em 1995. Na ocasião, Rafain Walendowsky questionou o motivo de não haver uma Estátua da Liberdade na frente se a loja imitava a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos. 
— A nossa Estátua da Liberdade faz o maior sucesso entre nossos clientes. Ela representa o liberalismo econômico e a liberdade do cidadão, fatores que eu sempre defendi. 
A escultura costuma custar R$ 1,5 milhão e ter 35 metros de altura, com a base. As duas lojas construídas no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo e Caxias do Sul, têm a Estátua da Liberdade. A unidade de Caxias do Sul será inaugurada no dia 27 de abril. 
A estátua já gerou polêmica. Chegou a ser barrada em vários municípios, mas Luciano Hang insiste no símbolo e já desistiu de abrir lojas onde ele não foi permitido. Inclusive, para comemorar a chegada da Havan no Rio Grande do Sul se vestiu de gaúcho e dançou com uma Estátua da Liberdade vestida de prenda. 






Divulgação Luciano Hang
Hang diz que é a escada do filme E o Vento Levou

Hang é fã também de outros símbolos dos Estados Unidos. A ideia de fazer as lojas inspiradas na Casa Branca surgiu de uma viagem, de onde trouxe um cartão postal. 
— Mostrei o cartão postal da minha viagem a dois arquitetos de Brusque (SC) e pedi que fizessem a loja baseada na fachada da Casa Branca que vi em Washington. 
A primeira loja da Havan construída em formato de Casa Branca fica em Santa Catarina e tem mais de 35 mil metros quadrados. Nela, trabalham 300 funcionários. 
E, para fechar, o centro administrativo tem uma grande escadaria que, segundo Hang, é a escada do tradicional filme E o Vento Levou. A sede fica em Brusque (SC), tem 500 funcionários trabalhando no local e foi construída em um antigo shopping center. 






Lojas da Havan imitam a Casa Branca
Havan / Divulgação











Caixa-Forte04/03/2020 | 20h54Atualizada em 04/03/2020 | 20h54
Dono da Havan visita Marcopolo, em Caxias do Sul, para buscar ônibus de amigo
Empresário Luciano Hang esteve na cidade nesta quarta-feira




Hang com o amigo Hermes Klann na MarcopoloFoto: Facebook / Reprodução

Juliana Bevilaqua
Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, esteve na manhã desta quarta-feira (4) em Caxias do Sul. Foi à fábrica da Marcopolo com o amigo Hermes Klann buscar o Patriota Bus. O veículo, um Paradiso 1800 Double Decker, foi adquirido por Klann, proprietário da Geneve Turismo, empresa de Brusque, Santa Catarina.
A personalização do ônibus foi como uma homenagem ao dono da Havan que tem veículos com a bandeira do Brasil.
— Ele se inspirou na nossa carreta e helicóptero patriota para cobrir seu novo ônibus de turismo com a nossa bandeira nacional. Ficou lindo — escreveu Hang em uma postagem em suas redes sociais. Ele estava vestido de Capitão Brasil e fez vídeos com Klann e o motorista da Geneve Turismo.
Conforme a Marcopolo, um único ônibus personalizado foi comprado por Klann, que já cliente há alguns anos da empresa.
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Quinta Coluna, O Inimigo Silencioso do Brasil
Postado em Curiosidades






Por João Claudio Platenik Pitillo¹
O processo em questão demonstra como a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi uma decisão difícil de ser tomada. Mais perigoso do que os submarinos do Eixo, eram os setores médios da sociedade brasileira que se identificavam com o fascismo. Esse agrupamento via o integralismo com bons olhos e sonhava com o Brasil aliado de Hitler.
Longe de ser um exceção, o processo em questão é parte de um vasto arquivo de investigações criminais que o Estado Novo instaurou para apurar a conduta de brasileiros, boa parte deles funcionários públicos civis e militares, que demonstravam de forma ostensiva sua preferência pelas forças do Eixo.
Era essa gente que causava temor nas forças armadas brasileiras, pois essas mesmas poderiam ser facilitadores de um ataque nazista no Saliente Nordestino, assim como, uma invasão argentina, apoiada pela Alemanha na fronteira Sul. Nesses dois lugares, os agentes de “quinta coluna” poderiam agir facilmente, já que praticamente não havia estradas ligando a capital Rio de Janeiro às Regiões Sul e Nordeste do país e as forças de defesa nessas regiões eram insipidas. Sendo o deslocamento aéreo bem precário, as rodovias inexistente e o transporte marítimo perigoso, comprometia a reação do governo em caso de ataque inimigo nessas áreas. Essa situação fez do fronte interno o desafio maior para Getúlio Vargas.






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Fonte: APERJ: DESPES – Setor 738.
¹ Licenciado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2012. Tornou-se Mestre em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2016 e é Doutorando em História Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) onde concluirá seu curso em 2020. Em toda a sua carreira acadêmica tem como objeto a Segunda Guerra Mundial.
É autor do livro “Aço Vermelho – Os Segredos da Vitória Soviética na Segunda Guerra Mundial”, Multifoco, 2014. Organizador dos livros “A Segunda Guerra Mundial 70 Anos Depois”, Multifoco 2016, “Josef Stálin – Sobre a Grande Guerra Patriótica”, Raízes da América 2016, “A Segunda Guerra Mundial e Seus Momentos Decisivos”, Raízes da América, 2017 e “A Grande Guerra Patriótica dos Soviéticos”, Multifoco, 2019.
Ao logo dos últimos 20 anos têm desenvolvido pesquisas sobre a Segunda Guerra Mundial com ênfase na Frente Leste e no Estado Novo dentro do conceito de Primado da Política Interna sobre a Política Externa. No ano de 2015 recebeu a Medalha dos 70 da Vitória”, concedida pelo Consulado Geral da Federação Russa no Rio de Janeiro e no ano de 2019 foi agraciado com a Medalha “Na Luta Contra o Nazi-Fascismo Estivemos Juntos”, concedida pelo Consulado da Federação Russa no Rio de Janeiro e pelo Conselho Superior da União Internacional de Organizações Públicas – Comitê de Veteranos de Guerra.











Hemingway e as guerras
Sua vida foi intensa, violenta, rondando sempre a morte. Alimentou seus contos, novelas e reportagens com essas experiências, de uma maneira tão direta que sua obra literária é, nem mais nem menos, uma autobiografia mal dissimulada
MARIO VARGAS LLOSA
18 OCT 2015 - 16:00 BRST





FERNANDO VICENTE



Eu sabia que Hemingway escrevia de pé, em um atril, como Victor Hugo, mas não que o fazia a lápis e em cadernos escolares pautados, com uma caligrafia tão tortuosa que até mesmo em uma tela que aumenta várias vezes seu tamanho fica difícil decifrar seus manuscritos.
A exposição da Biblioteca Morgan de Nova York dedicada a Hemingway e às duas guerras mundiais permite acompanhar detalhadamente boa parte de sua vida e do seu trabalho e descobrir, por exemplo, que esse homem de ação era também minucioso ao escrever, quase um flaubertiano, pois refez nada menos do que dezessete vezes o começo do seu melhor romance, O Sol Também se Levanta. A coleção de fotografias que documenta sua vida é tão completa que é possível, por assim dizer, ver sua transformação, desde o quase adolescente que era quando participou como voluntário, dirigindo uma ambulância, da frente italiana da Primeira Guerra Mundial, onde uma bomba quase o matou – retiraram mais de uma centena de estilhaços de suas pernas e costas –, até a ruína humana que era, já sem esperanças e memórias, quando se matou com um tiro de fuzil na cabeça em Idaho, aos 62 anos de idade.
OUTROS ARTIGOS DO AUTOR
Sua vida foi intensa, violenta, com a morte sempre rondando, não só nas guerras nas quais esteve como correspondente e combatente, mas também nos esportes que praticava – o boxe, a caça, a pesca em alto-mar –, nas viagens arriscadas, nos desarranjos conjugais, nos prazeres ventrais e nos rios de álcool. Viveu tudo isso e alimentou seus contos, romances e reportagens com essas experiências, de uma maneira tão direta que, pelo menos em seu caso, não há nenhuma dúvida de que sua obra literária é, entre outras coisas, nem mais nem menos do que uma autobiografia mal dissimulada.
Na exposição aparecem as famosas instruções dadas aos redatores pelo diretor do pequeno jornal local, o Kansas City Star, onde Hemingway, em plena adolescência, iniciou sua carreira jornalística e que, segundo os críticos, foram decisivas para forjar seu estilo e sua metodologia narrativa: eliminar tudo o que fosse supérfluo, ser preciso, transparente, claro, neutro, e preferir sempre a frase simples e direta à barroca e empolada. Tudo isso é provavelmente verdade, mas não é suficiente, já que o detalhe central e fundamental de sua técnica, a evasão, o dado escondido que da ausência e das trevas impregna poderosamente o relato e o satura de sugestões e mistério, talvez tenha sido inventado por ele mesmo, no dia em que decidiu suprimir o fato principal do conto que escrevia: que, no final da história, o personagem se matava. Nenhum dos escritores da sua geração – uma geração de gigantes, como Faulkner, Dos Passos, Scott Fitzgerald – usou como ele essa omissão loquaz, o dado escondido, obrigando o leitor a participar ativamente com sua imaginação para completar o relato, para arredondá-lo.
Era um consumado escritor de cartas, como a declaração de amor a Mary, sua última esposa
Li muito Hemingway na minha juventude, e foi um dos primeiros autores que pude ler em inglês, quando ainda aprendia essa língua, mas depois fui pouco a pouco me desinteressando e cheguei a acreditar que não era tão bom quanto me parecia quando jovem. Até que reli O Velho e o Mar para escrever sobre ele e me convenci de que era uma obra-prima absoluta, como Moby Dick e O Morro dos Ventos Uivantes. É emocionante ver na Biblioteca Morgan as fotos do pescador cubano que foi o modelo do herói dessa novela e o que a seu respeito diz Hemingway a seus amigos nas cartas que escrevia enquanto recriava – corrigindo sem trégua – a odisseia do velho pescador lutando a golpes de remo contra os tubarões que roubam o enorme peixe-espada que ele havia conseguido pescar.
Era um contumaz escritor de cartas, e algumas das exibidas na exposição, transcritas à máquina para torná-las legíveis, como a declaração de amor a Mary, a última de suas esposas, são comoventes. E é apaixonante seu intercâmbio epistolar com Scott Fitzgerald, que leu o manuscrito de O Sol Também Se Levanta e propôs cortes implacáveis no texto, aos quais Hemingway resistia com alegações ferozes.
O título da exposição foi muito bem escolhido, não só porque Hemingway, de fato, viveu de perto – de dentro – as duas grandes carnificinas do século XX, além das outras guerras mais localizadas, como a Guerra Civil espanhola, como também porque toda a vida do autor de Adeus às Armas e Por Quem os Sinos Dobram foi uma contínua contenda contra inimigos pessoais, como a decadência intelectual, a neurose, a impotência e o álcool, que acabaram por derrotá-lo.
Aqui é possível ler, na The New Yorker, o terrível artigo de Edmund Wilson, comentando As Verdes Colinas da África, que mais do que uma resenha parece um epitáfio (“A única coisa clara neste livro é que a África está cheia de animais e que o autor gostaria de matar todos eles com seu fuzil”) pelo qual Hemingway nunca lhe perdoaria, sobretudo porque sabia que esse rápido declínio do seu poder criativo apontado pelo grande crítico norte-americano era verdade.
Toda sua vida foi uma contínua guerra contra a neurose, a impotência e o álcool
A exposição dá um jeito de incitar o espectador a reler Hemingway (acabo de ler novamente com imenso prazer essa pequena joia que é The End Of Something) e também para retificar o mito que fazia dele quase a encarnação do aventureiro feliz, testando-se a si mesmo, enquanto pulava de paraquedas, trocava socos num ringue com um peso-pesado profissional, caçava leões, toureava novilhos, se casava e descasava (“Não me apaixono, me caso”, contou em uma entrevista) e, no tempo livre que essa vida agitada lhe deixava, transpirava contos e romances.
Na verdade, sempre foi um homem torturado, com manias curiosas, como guardar todas as entradas das touradas às quais assistiu e todas as passagens – de avião, trem e ônibus – das viagens que fez pelo mundo, com períodos de paralisante depressão que tentava esconjurar com bebedeiras. Estas só o afundavam ainda mais nessa melancolia cercada pelo estigma ancestral do suicídio. Foi um dos grandes escritores do seu tempo, sem dúvida, mas também um dos mais desiguais, já que, junto com magníficos romances como Adeus às Armas e Paris É Uma Festa e muitos de seus contos, escreveu também inexplicáveis disparates como Do Outro Lado do RioEntre as Árvores e uma peça teatral semistalinista ambientada na Espanha: A Quinta-Coluna.

Você sai da Biblioteca Morgan com um pouco de tristeza: preferia que o Hemingway da mitologia, o aventureiro paradigmático que contava as coisas que vivia, fosse o real, e não esse personagem contraditório que, depois de um esplendor brilhante e passageiro, se transformou em uma caricatura de si mesmo e se matou porque já não tinha forças para continuar se inventando nem para inventar histórias.











Referências


http://lojasaraiva.vteximg.com.br/arquivos/ids/6968421/764449.jpg?v=637075182746530000
https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/qh1riETu4po-wVcu2c1CqQVQKd4=/450x600/arc-anglerfish-eu-central-1-prod-prisa.s3.amazonaws.com/public/LO227XEFOY7U2QFV6SAZ347MS4.jpg
https://imagens.elivros.love/Ernest-Hemingway/Baixar-a-Quinta-Coluna-Ernest-Hemingway-Epub-Pdf-Mobi-Ou-Ler-Online_large.jpg
https://elivros.love/livro/baixar-a-quinta-coluna-ernest-hemingway-epub-pdf-mobi-ou-ler-online
https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/17/75/5c/11/magic-fountain-quatre.jpg
https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/fa/2020/05/06/dias-toffoli-com-o-presidente-jair-bolsonaro-e-em-companhia-de-lula-em-2007-1588765829264_v2_900x506.jpg
https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2020/05/06/toffoli-defende-a-liberdade-de-expressao-de-canhoes-mas-nao-a-dos-teclados.htm
https://www.significados.com.br/quinta-coluna/
https://www.donfanews.com.br/img-noticia/g/img_517_foto_1.jpg
https://www.donfanews.com.br/images/usuario/155562808697.jpeg
https://www.donfanews.com.br/images/usuario/1555628124111.jpeg
https://www.donfanews.com.br/noticias/517/por-que-as-lojas-da-havan-tem-a-estatua-da-liberdade-e-imitam-a-casa-branca.html
http://pioneiro.rbsdirect.com.br/imagesrc/25516510.jpg?w=620
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