domingo, 24 de maio de 2020

“Consequências imprevisíveis”








"Façamos a revolução antes que o povo a faça".
Antonio Carlos Ribeiro Andrada (1870-1946)



«Só acreditar no que se vê ou está irrefutavelmente provado».





Ver para crer




'Ver para crer

"Ele não cria, como S.Tomé."’









Novas e Velhas Reportagens




‘Guerra Civil’











Veja a íntegra da nota e os seus subscritores:
SOLIDARIEDADE AO GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA

Nós, oficiais da reserva do Exército Brasileiro, integrantes da Turma Marechal Castello Branco, formados pela “SAGRADA CASA” da Academia Militar das Agulhas Negras em 1971, e companheiros dos bancos escolares das escolas militares que, embora tenham seguido outros caminhos, compartilham os mesmos ideais, viemos a público externar a mais completa, total e irrestrita solidariedade ao GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, não só em relação à Nota à Nação Brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como militar, como cidadão e como ministro de Estado.

Alto lá, “ministros” do stf!

Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf, a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância.
Assistimos, calados e em respeito à preservação da paz no país, à violenta arbitrariedade de busca e apreensão, por determinação de conluio de dois “ministros”, cometida contra o General Paulo Chagas, colega de turma. Mas o silêncio dos bons vem incentivando a ação descabida dos maus, que confundem respeito e tentativa de não contribuir para conturbar o ambiente nacional com obediência cega a “autoridades” ou conformismo a seus desmandos. Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas.
Desnecessário enumerar as interferências descabidas, ilegais, injustas, arbitrárias, violentas contra o Exmº Sr. Presidente da República, seus ministros e cidadãos de bem, enquanto condenados são soltos, computador e celular do agressor do então candidato Jair Bolsonaro são protegidos em razão de uma canetada, sem fundamentação jurídica, mas apenas pelo bel-prazer de um ministro qualquer.

Chega!

Juiz que um dia delinquiu – e/ou delinque todos os dias com decisões arbitrárias e com sentenças e decisões ao arrepio da lei – facilmente perdoa.
Perdoa, apoia, põe em liberdade e defende criminosos, mas quer mostrar poder e arrogância à custa de pessoas de bem e autoridades legitimamente constituídas. Vemos, por esta razão, ladrão, corrupto e condenado passeando pela Europa a falar mal do Brasil. Menos mal ao país fizeram os corruptos do mensalão e do petrolão, os corruptos petistas e seus asseclas que os maus juízes que, hoje, fazem ao solapar a justiça do país e se posicionar politicamente, como lacaios de seus nomeadores, sequazes vermelhos e vendilhões impatrióticos.
O cunho indelével da nobreza da alma humana é a justiça e o sentimento de justiça. Faltam a ministros, não todos, do stf, nobreza, decência, dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça. Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil. Mas os que se julgam deuses do Olimpo se acham incólumes e superiores a tudo e todos, a saborear lagosta e a bebericar vinhos nobres; a vaidade e o poder lhes cegam bom senso e grandeza.
Estamos na reserva das fileiras de nosso Exército. Nem todos os reflexos são os mesmos da juventude. Não mais temos a jovialidade de cadetes de então, mas mantemos, na maturidade e na consciência, incólumes o patriotismo, o sentimento do dever, o entusiasmo e o compromisso maior, assumido diante da Bandeira, de defender as Instituições, a honra, a lei e a ordem do Brasil com o sacrifício da própria vida. Este compromisso não tem prazo de validade; ad eternum.

Brasília, 23 de maio de 2020.

Assinam (o nome aparece em ordem alfabética):
Adonai de Ávila Camargo Coronel de Infantaria
Alvarim Pires do Couto Filho Coronel de Infantaria
Álvaro Vieira Coronel Engenheiro Militar
Alzelino Ferreira da Silva.  Coronel Comunicações
Amaury Faia Coronel de Infantaria
Anquises Paulo Stori Paquete Coronel de Infantaria
Antônio Carlos Gay Thomé Coronel Engenheiro Militar

[...]

Túlio Cherem  General de Exército
Vanildo Braga Vilela  Coronel de Engenharia
Vicente Wilson Moura Gaeta  Coronel de Intendência
Waldir Roberto Gomes Mattos  Coronel de Infantaria
Walter Paulo  General de Brigada
Willard Faria Familiar  Coronel de Infantaria
Zenilson Ferreira Alves  Coronel de Artilharia











'Ver para crer

"Ele não cria, como S.Tomé."

"Cria" é um tempo do verbo crer.

Qual o tempo?

Que diferença entre crer e criar?

J. A.  Portugal  
Cria, do verbo crer, é a 1.ª e a 3.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo. Cria, do verbo criar, é a 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo. Distinguem-se pelo contexto, ou seja, quando estão inseridos numa frase. Exemplos:

Ele cria galinhas (verbo criar).

Ele apenas cria no que via (verbo crer).

A expressão que cita é um pouco diferente: Ver para crer (como S. Tomé). Significa, segundo o Dicionário de Expressões Correntes de Orlando Neves, «Só acreditar no que se vê ou está irrefutavelmente provado».


Carlos Marinheiro  5 de junho de 2000'

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/ver-para-crer/5640 [consultado em 24-05-2020]











Quando a extrema-direita brasileira fugiu…
Em 7 de outubro de 1934 a esquerda expulsava os integralistas da Praça da Sé naquilo que ficaria conhecido como a Revoada dos Galinhas Verdes.
CHARLES ROSA7 OUT 2017, 13:51
  
7 de outubro de 1934. Esta data, pouco rememorada nos livros de História tradicionais, constitui um dos feitos mais importantes já produzidos pela unidade de ação entre as esquerdas. E ocorreu no Brasil. Mais precisamente na Praça da Sé, em São Paulo. No auge de Hitler e Mussolini na Europa, a extrema-direita ficou desmoralizada. A ‘Revoada dos Galinhas Verdes’ é o nome com que ficou conhecida a fracassada marcha dos extrema-direita na capital paulistana por conta da resistência antifascista de sindicalistas, anarquistas, trotskistas, stalinistas, tenentistas e nacionalistas. Ao menos seis pessoas morreram – dentre elas o jovem comunista Decio Pinto de Oliveira – e dezenas de outras ficaram feridas. Mas nunca mais, os integralistas puderam sair às ruas com tamanha ousadia.
No segundo aniversário de fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB) – movimento brasileiro que mais se aproximou da ideologia de Hitler e Mussolini -, seu líder máximo Plínio Salgado, inspirado na Marcha de Roma dos fascistas em 1922, convocara seus adeptos a fazer um desfile multitudinário em São Paulo, com vistas a mostrar para o regime getulista que constituíam uma força política respeitável. O objetivo não só foi frustrado por causa do comparecimento aquém do esperado (estimativas apontam no máximo 4 mil integralistas presentes na marcha), como os verde-oliva ainda passaram vexame fugindo do confronto com a Frente Única Antifascista (FUA).
A contramanifestação – forjada por cima dos sectarismos e em resposta a uma série de violências cometidas contra militantes de esquerda nos meses anteriores – foi bem retratada pelo ‘Jornal do Povo’, dirigido pelo Barão de Itararé, em 10 de outubro de 1934: ‘Um Integralista não corre, voa…”









Charles Rosa é historiador (USP) e militante do Movimento Esquerda Socialista (MES).










Diretrizes do Estado Novo(1937 - 1945) > Levante Integralista
Levante Integralista
Movimento armado contra o governo federal deflagrado em maio de 1938 por membros da Ação Integralista Brasileira.
No segundo semestre de 1937,enquanto a campanha para as eleições presidenciais marcadas para janeiro do ano seguinte se desenrolava nas ruas, o presidente Getúlio Vargas articulava com a alta cúpula das Forças Armadas o golpe do Estado Novo. Plínio Salgado, principal dirigente e candidato da AIB à presidência, mantinha-se a par das intenções de Vargas e dava-lhes, inclusive, apoio. Por isso mesmo, logo no início do mês de novembro retirou sua candidatura e manifestou solidariedade à luta que Vargas dizia travar contra a ameaça do comunismo e os efeitos desagregadores da democracia liberal. A expectativa que Plínio Salgado então cultivava, alimentada pelos contatos que mantinha com o presidente, era de que o integralismo se tornasse a base política do regime a ser implantado com o golpe e que o Ministério da Educação do novo governo fosse entregue a um dirigente da AIB.
Ao ser decretado o Estado Novo em 10 de novembro, porém, Vargas não fez qualquer referência ao integralismo em sua mensagem à nação. Mesmo assim, Plínio Salgado declarou apoio à nova ordem e afirmou que a AIB deixava de ter um caráter político e passava a limitar sua atuação ao âmbito cívico e cultural. Apesar disso, a AIB acabou sendo incluída no decreto em que Vargas determinava o fechamento de todos os partidos políticos. Percebendo que suas expectativas de participação no poder não se concretizariam, lideranças integralistas como Olbiano de Melo, Belmiro Valverde e Gustavo Barroso, ao lado de oficiais da Marinha, começaram a articular, no início de 1938, um golpe contra o governo. Plínio Salgado trabalhava em duas frentes: ao mesmo tempo em que dava seu consentimeto aos preparativos insurrecionais, buscava uma reaproximação com Vargas. Aceitaria, inclusive, rebatizar a AIB, que oficialmente passou a denominar-se Associação Brasileira de Cultura. A disposição repressiva demonstrada pelo governo contra os integralistas deixava claro, porém, que a reaproximação era inviável.
No dia 11 de março de 1938, os integralistas deflagraram pequenas agitações na Marinha e uma tentativa de ocupação da Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, que foram rapidamente debeladas. Seguiu-se uma violenta onda repressiva contra os conspiradores que, além dos integralistas, incluíam alguns políticos de oposição como Otávio MangabeiraFlores da Cunha e o coronel Euclides Figueiredo. Com a prisão deste último, a chefia militar do movimento passou às mãos do general João Cândido Pereira de Castro Júnior. Enquanto isso, Plínio Salgado mantinha-se refugiado em São Paulo, evitando dar declarações públicas.
No dia 11 de maio, uma nova tentativa insurrecional foi promovida pelos integralistas. Dessa vez, sob o comando do tenente Severo Fournier, um grupo atacou o Palácio Guanabara, residência presidencial, com a finalidade de depor Vargas. A precariedade do ataque, porém, permitiu que a própria guarda do palácio, auxiliada pelos familiares do presidente, repelisse os invasores. A chegada, horas depois, das tropas comandadas pelo general Dutra, ministro da Guerra, acabou definitivamente com o levante. Os ataques previstos a outros pontos da cidade também fracassaram devido à total desorganização dos revoltosos.
Os integralistas sofreram forte perseguição em todo o país, e muitos de seus principais líderes foram presos. Plínio Salgado, entretanto, negou-se a admitir qualquer participação nos episódios e a princípio foi poupado. Somente em janeiro de 1939 seria preso, mesmo assim por poucos dias. Em maio, foi novamente encarcerado, e só saiu da prisão no mês seguinte para se dirigir a um exílio de seis anos em Portugal.










JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Quinta-feira, 13 de outubro de 1977 Ano LXXXVII — N.o 188

Geisel demite Frota e nomeia
Bethlem Ministro do Exército




2 – POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL Quinta-feira, 13/10/77 1º Caderno

Coluna do Castello Governo exonera Sylvio
                                   Frota do Ministério

Sai o candidato
e fica o sistema




1º Caderno  EUROPA - 13
Berlinguer nega que  PCI imponha materialismo ateu
Araújo Netto
Correspondente
Roma









segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
13.10.1977 - Geisel demite Frota; Bethlem, é o ministro







link

Geisel demite Frota; Bethlem, é o ministro 

O presidente Ernesto Geisel exonerou ontem das funções de ministro do Exército o general Sylvio Frota, nomeando para o cargo o general Fernando Belfort Bethlem, que vinha comandando o III Exército, sediado em Porto Alegre. A medida de Geisel foi anunciada às 12 e 30 pelo chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, general Hugo de Abreu, que leu aos jornalistas credenciados no Palácio do Planalto uma nota oficial de cerca de 100 palavras, na qual o governo procura caracterizar a demissão de Frota como "uma decisão de caráter pessoal, sem qualquer vinculação como problema político da sucessão presidencial". A nota diz: "No sentido de evitar explorações e malentendidos, o presidente da República manda reafirmar a informação já fornecida, mais de uma vez, de que nunca autorizou qualquer gestão focalizando nomes de futuros candidatos. Considera as especulações que, se fazem sobre o assunto prejudiciais aos interesses do País, pretendendo tratar do problema somente a partir de janeiro de 1978".
O general Fernando Belfort Bethlem tomou posse no cargo de ministro do Exército às 16 horas, em solenidade no Palácio do Planalto, e às 19 e 30, no Quartel-General do Exército, recebeu o cargo de Sylvio Frota. Todos os generais-comandantes de Exército estiveram durante o dia de ontem em Brasília.

A nota de despedida, longa e contundente

Uma hora antes que o Palácio do Planalto anunciasse oficialmente a exoneração do general Sylvio Frota, o Ministério do Exército divulgava uma longa (3.700 palavras) e contundente "nota à imprensa"; na qual o ex-ministro faz graves acusações ao governo federal, afirmando, entre outras coisas, que o regime está hoje "muito debilitado pela acomodada tolerância com os grupos reacionários e subversivos". O ex-ministro vai além, dizendo que "a deformação e o abandono dos objetivos da revolução tornaram-se patentes" e cita posições diplomáticas e políticas que interpreta como "desajustadas da conduta revolucionária". Sylvio Frota acusou ainda o governo de manter 97 comunistas militantes "nos escalões de assessoramento e de direção" e fez um relato do diálogo que manteve pela manhã com o presidente Ernesto Geisel.

Gen. Bethlem defende a vigilância constante

O novo ministro do Exército, general Fernando Belfort Bethlem, tem 63 anos de idade e, antes de assumir o comando do III Exército em Porto Alegre, foi comandante do Comando Militar da Amazônia e da 12ª Região Militar. Suas posições políticas podem ser definidas por algumas afirmações feitas por ele, como em janeiro deste ano, em Curitiba, quando disse que "a situação no Sul é muito calma, o que não significa que o Exército tenha deixado de ser vigilante, pois os partidos comunistas estão agindo em todo o mundo e não posso afirmar que não estejam no Brasil".

Surpresa e silêncio marcam as reações

Surpresos e em silêncio: foi assim que reagiram praticamente todos os setores nacionais à notícia da demissão, ontem, do general Sylvio Preta. Tanto os parlamentares arenistas como os emedebistas insistiam em interpretar a substituição ministerial como um ato de competência exclusiva do presidente da República, embora alguns oposicionistas definissem o lato como "um dado novo a demonstrar que o presidente Geisel tem força", segundo declarou o presidente do MDB no Rio Grande do Sul, deputado Pedro Simon. O deputado Marcelo Linhares renunciou ontem ao posto de vice-líder do governo: na última sexta-feira, Linhares acusou a cúpula da Arena de tentar minimizar a influência do Alto Comando das Forças Armadas no processo sucessório. 
Páginas 3 a 14 

Mata-se em. Cuba filha de Allende 

HAVANA — Beatriz Allende, filha do ex-presidente chileno Salvador Allende, matou-se na madrugada de terça-feira, em sua residência na capital cubana, informou ontem um comunicado do governo de Havana. A nota oficial diz que Beatriz "se privou da vida com arma de fogo".

Segundo o comunicado, Beatriz foi levada ao suicídio "pelas feridas psicológicas que recebeu no dia II de setembro de 1973", quando foi derrubado o regime de Allende. "Desde a morte do presidente constitucional chileno — acrescenta —, Beatriz achava-se em estado de depressão e mostrou profundo pesar por não ter caído em Combate no Palácio de la Moneda, onde morreu Allende."

Carter faz elogio a israelenses 

WASHINGTON — O presidente Jimmy Carter elogiou ontem a decisão do governo israelense de aprovar a proposta norte-americana para a reconvocação da Conferência de Genebra sobre o Oriente Médio, mas salientou que não se trata de "uma decisão final". E explicou: "Não é uma decisão final, porque ainda não conhecemos as preocupações particulares dos israelenses e também porque devemos manter consultas constantes com os árabes". Carter disse ainda que o Líbano será convidado a participar das negociações de Paz. O porta-voz do Departamento de Estado, Hodding Carter, declarou que "muitos pormenores continuam pendentes no plano de paz, inclusive a questão da representação dos palestinos" em Genebra.
Página 20

A Nigéria apóia luta na África


WASHINGTON — No encontro que manteve ontem com o presidente Jimmy Carter, o general Olusegun Obasanjo, chefe de Estado da Nigéria, justificou a luta armada por parte da maioria negra da Africa Meridional, afirmando que os regimes minoritários brancos jamais entregaram o poder voluntariamente. Segundo Obasanjo, "em nenhum lugar do mundo a justiça e os direitos humanos fundamentais são pisoteados impudica e sistematicamente como nesta parte do continente".

O líder africano deixou claro também que negociações pacificas só podem ser realizadas em uma atmosfera de lealdade e de Confiança e que, por não inspirarem confiança, nem Vorster nem Smith podem negociar de maneira realista a liquidação do apartheid. Carter não fez nenhuma referência direta à Rodésia ou à Africa do Sul, embora não tenha poupado elogios ao visitante, chegando a chamá-lo de "conselheiro" de seu governo para alguns assuntos africanos.

Enquanto isso, em Uganda, o presidente vitalício Idi Arbin Dada lançava sua "última advertência" ao governo do Quênia: ou Jomo Kenyatta silencia os dois principais jornais de Nairóbi que fazem "propaganda maliciosa" contra Kampala ou ele, Amin, ordenará que seu Esquadrão Suicida — provido de Migs soviéticos — bombardeie e destrua as sedes de ambos os jornais. Na ameaça, o ditador ugandense incluiu também, porto queniano de Mombasa, no Oceano indico. As Forças Armadas de Uganda são integradas por 20 mil homens e dotadas de sofisticado material bélico fornecido pela União Soviética e pela Líbia. As Forças Armadas do Quênia não chegam a ter oito mil homem e seu material bélico, além de escasso, é bastante antiquado.
Página 16

Déficit com o exterior será menor este ano 
Das sucursais 

O déficit em conta corrente do Brasil (saldo do comércio exterior mais serviços) este ano foi estimado em US$ 4 bilhões por técnicos da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, resultado tido como satisfatório, se comparado com o de 1976, quando o déficit chegou a US$ 6 bilhões. Os técnicos esperam um superávit na balança comercial, mesmo que nos três últimos meses do ano venham a ocorrer pequenos déficits. Se a previsão for confirmada, será a primeira vez, em sete anos, que a balança comercial apresenta resultado positivo, porque o saldo de US$ 7 milhões obtido em 1973 não é levado em conta, por ser Inexpressivo.

Os técnicos da Secretaria de Planejamento também prevêem que a partir deste ano o comportamento da balança comercial voltará aos padrões da década de 60, com pequenos superávits e menor entrada de empréstimos em moeda para saldar compromissos da dívida externa.

O economiata Affonso Celso Pastore, coordenador de pesquisas da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior, disse em São Paulo que o governo brasileiro terá de buscar alternativas para reduzir o custo das importações e mudar seu esquema de incentivo às exportações. "Isso — disse — se quiser ficar no modelo exportador. Caso contrário, fica como está." Defendeu ainda o apoio à exportação de serviços, como engenharia, porque propiciará a exportação de equipamentos.
Página 32

Contas de 75 da Vasp aprovadas por um voto

O Tribunal de Contas do Estado aprovou ontem, por três votos contra dois, as contas da Vasp relativas ao exercício de 1975. Em sessão plenária pública, que se prolongou por três horas e foi presidida pelo conselheiro Nélson Marcondes do Amaral, votaram pela aprovação os conselheiros George Nogueira, relator do processo, e Oswaldo. Muller da Silva, além do substituto do conselheiro Júlio Arantes. Os dois votos contrários foram dados por Orlando Zancaner, que funcionou como revisor, e Nicolau Tuma.

Aécio Mennucci declarou-se impedido de votar por se ter manifestado no processo como secretário diretor-geral, antes de sua nomeação para o cargo de conselheiro que hoje exerce. Nicolau Tuma propôs, como preliminar, que se encaminhassem os autos ao governador do Estado, para que este providenciasse informações destinadas a complementar a instrução do processo — que na sua opinião tem lacunas e é inconclusivo — e, se fosse o caso, a apurar responsabilidades. Por unanimidade, a proposta foi rejeitada. Se aceita, o julgamento seria adiado. Em seus votos, Zancaner e Tuma declararam-se contrários às tentativas de privatização da Vasp, defendendo sua preservação como sociedade de economia mista. O conselheiro George Nogueira implicitamente manifestou também essa posição, ao fazer o elogio da Vasp como empresa. Ainda ontem, o advogado Paulo Cardoso de Siqueira propôs ação popular contra cinco diretores da Vasp, alegando que eles lesaram o patrimônio estadual em Cr$ 24,2 milhões. 
Página 22 

Coríntians e Ponte, a decisão 

O campeão paulista de 1977 será conhecido hoje, no Morumbi, em 90 ou 120 minutos de futebol, qualquer que seja o resultado da terceira partida entre o Coríntians e a Ponte Preta e da eventual prorrogação. Desta vez, caiu o interesse de outros Estados e a vitória da Ponte Preta, no último jogo, também fez com que a torcida do Coríntians passasse a limitar a sua euforia nas ruas de São Paulo, embora a cidade volte a ter um dia todo voltado ao futebol. O Coríntians, que luta há 22 anos para conquistar um título, poderá contar com o seu jogador mais caro, Palhinha, apesar dos mistérios do técnico Osvaldo Brandão, e a Ponte Preta mostra esperança de ser campeã paulista pela primeira vez em sua história.

Nos bastidores, a luta continua bastante intensa: enquanto o presidente da Ponte Preta, Lauro Moraes Filho, visitava ontem o secretário da Segurança Pública, coronel Antônio Erasmo Dias, a fim de solicitar à polícia uma proteção especial para a torcida do seu clube, o presidente do Coríntians, Vicente Mateus, novamente pedia entusiasmo aos seus torcedores. E os dois dirigente fazem acusações mútuas, afirmando que o clube adversário possui um plano para invadir o campo ou apagar os refletores se estiver em desvantagem na partida. Entretanto, está previsto um esquema bastante rígido para o policiamento do estádio.

O time que vencer no tempo regulamentar já será campeão, mas, se houver empate nos 90 minutos, o juiz Dulcídio Vanderlei Boschilia dirigirá uma prorrogação de 30 minutos. Persistindo o empate, o Coríntians será declarado campeão, por ter obtido maior número de vitórias — 26, contra 23 da Ponte — em todo o campeonato. A Ponte, porém, alega que o regulamento é falho e que não disputará a prorrogação, apesar das ameaças da Federação Paulista de Futebol.
Páginas 28, 29 e última

O Estado de São Paulo, São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 1977










Referências




https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias/antonio_carlos_ribeiro_de_andrada
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/05/24/grupo-de-militares-manifesta-apoio-a-heleno-e-fala-em-guerra-civil
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/ver-para-crer/5640
https://cdn.movimentorevista.com.br/wp-content/uploads/2017/10/integralistavoa.jpg
https://cdn.movimentorevista.com.br/wp-content/uploads/2017/10/integralistavoa.jpg
https://movimentorevista.com.br/2017/10/revoada-dos-galinhas-verdes/
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/PoliticaAdministracao/LevanteIntegralista
http://velhasreportagens.blogspot.com/2015/12/geisel-demite-frota-bethlem-e-o-ministro.html
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinutWZXELbFZ9vQng405YRKpI7ylCfQiM0eTri_-X-aWi6G6YcAkCrQmo7rEo7G6d7hjWSyQBDMg2C5aXM4jt3kciUroOZ0AYRnckdvZRort3259y4DiP-8Eo2zenikWywWKUyGRJGU-mq/s400/19771013-31464-nac-0001-999-1-not-hahkhae%255B1%255D.jpg
http://velhasreportagens.blogspot.com/2015/12/geisel-demite-frota-bethlem-e-o-ministro.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário