De Tararo a Bolsonaro
Múmia humana é exibida em exposição sobre
Egito no CCBB
Exposição é a mistura do Brasil com a
Itália e o Egito, já que as 140 peças que vêm pra cá são do italiano Museu
Egípcio de Turim
26/09/2019 - 12:09Atualizado:
30/01/2020 - 19:49
Por: Redação
A partir de
19 de fevereiro 2020
Segunda - Quarta - Quinta - Sexta -
Sábado - Domingo
9h às 21h
CCBB SP -
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 122 - Centro,
São Paulo - SP, Brasil
GRÁTIS
Imagina só poder ver de perto
uma múmia humana datada de 700 anos A.C? Isso vai ser possível na
exposição “Egito Antigo: Do Cotidiano À Eternidade“, planejada pelo CCBB,
que chega à São Paulo dia 19 de fevereiro, após ter sido vista por mais de 1
milhão de pessoas no Rio de Janeiro.
A múmia é o corpo de uma senhora que
se chamava Tararo. Ela pertencia a 25ª dinastia, que ficou conhecida
como Dinastia Núbia ou Faraós Negros. Eles eram oriundos
da Núbia, área que corresponde ao atual Sudão.
Crédito: Foto ilustrativa: iStock/@ttattyEssa
não é a múmia de Tararo, que vai ser exibida no CCBB SP! Mas já podemos ter uma
noção do que vem por aí!
Tararo vem acompanhada por seu
bau-caixão, onde se encontram hieróglifos e pinturas. A tradução deles mostra
como os egípcios usavam “fórmulas mágicas” para dar orientações para a alma
encontrar o corpo mumificado.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
- Folha de S. Paulo
Proponho que, ao morrer, Sarney, Collor, FHC,
Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro sejam embalsamados
A Universidade de Londres acaba de
realizar uma façanha: “devolveu” a fala a um sacerdote egípcio morto e
embalsamado há 3.000 anos. O religioso se chamava Nesyamun e, como se lê nas
inscrições em seu sarcófago, não queria que a morte interrompesse seu diálogo
com os deuses. A atual falta de deuses não impediu que os cientistas o fizessem
“falar”, usando técnicas nunca até então tentadas.
O trabalho consistiu em criar uma
versão em 3D do espaço entre a boca e a garganta de Nesyamun, aplicar-lhe uma
laringe eletrônica e gerar uma onda sonora que, passando pelo seu trato vocal,
criasse um som compatível com os que este emitia. Parece simples, mas a
operação levou três anos, envolveu tomógrafos, sintetizadores e 3Ds de última
geração e só foi possível porque o trato vocal de Nesyamun continuou intacto
através dos milênios.
E o que ele disse para os cientistas?
Nada de mais —apenas sons de “a” e “e”. Mas isto já é revolucionário. Os
britânicos confiam em que logo poderão extrair palavras inteiras de Nesyamun, talvez
frases, conceitos, narrativas complexas. Todo um passado perdido virá à tona.
Empolgado pela notícia, atrevo-me desde já a sugerir que nossos presidentes
vivos —Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma, Temer e, agora, Bolsonaro— também
sejam escrupulosamente mumificados ao morrer para que, um dia, possamos
arrancar deles a verdade sobre seus governos.
E que verdades! Licitações fraudadas,
compra de votos, privatizações viciadas, estelionato eleitoral, obstrução da
Justiça, mensalão, sítios, tríplexes, lavagem de dinheiro, peculato, formação
de quadrilha, petrolão, pedaladas fiscais, propinas, déficit público,
superfaturamentos, malas de dinheiro, compra de sentenças, rachadinhas,
laranjas, associação com milícias, prática da filhocracia, cultura da impunidade.
Suas múmias serão arquivos vivos
dessas especialidades, cultivadas por eles em nome do Brasil.
*Ruy Castro, jornalista e escritor,
autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues
Poesia | Carlos Drummond de Andrade - Obrigado
Aos que me dão lugar no bonde
e que conheço não sei de onde,
aos que me dizem terno adeus
sem que lhes saiba os nomes seus,
aos que me chamam de deputado
quando nem mesmo sou jurado,
aos que, de bons, se babam: mestre!
inda se escrevo o que não preste,
aos que me julgam primo-irmão
do rei da fava ou do Hindustão,
aos que me pensam milionário
se pego aumento de salário
- e aos que me negam cumprimento
sem o mais mínimo argumento,
aos que não sabem que eu existo,
até mesmo quando os assisto.
aos que me trancam sua cara
de carinho alérgica e avara,
aos que me tacham de ultrabeócia
a pretensão de vir da Escócia,
aos que vomitam (sic) meus poemas
nos mais simples vendo problemas,
aos que, sabendo-me mais pobre,
me negariam pano ou cobre
- eu agradeço humildemente
gesto assim vário e divergente,
graças ao qual, em dois minutos,
tal como o fumo dos charutos,
já subo aos céus, já volvo ao chão,
pois tudo e nada nada são.
e que conheço não sei de onde,
aos que me dizem terno adeus
sem que lhes saiba os nomes seus,
aos que me chamam de deputado
quando nem mesmo sou jurado,
aos que, de bons, se babam: mestre!
inda se escrevo o que não preste,
aos que me julgam primo-irmão
do rei da fava ou do Hindustão,
aos que me pensam milionário
se pego aumento de salário
- e aos que me negam cumprimento
sem o mais mínimo argumento,
aos que não sabem que eu existo,
até mesmo quando os assisto.
aos que me trancam sua cara
de carinho alérgica e avara,
aos que me tacham de ultrabeócia
a pretensão de vir da Escócia,
aos que vomitam (sic) meus poemas
nos mais simples vendo problemas,
aos que, sabendo-me mais pobre,
me negariam pano ou cobre
- eu agradeço humildemente
gesto assim vário e divergente,
graças ao qual, em dois minutos,
tal como o fumo dos charutos,
já subo aos céus, já volvo ao chão,
pois tudo e nada nada são.
Santos Cruz: Bolsonaro pagará preço político
muito alto se mexer com Moro
Eduardo Militão e Ricardo Della
Coletta*
Do UOL, em Brasília, e da Folha
02/02/2020 02h00
RESUMO DA NOTÍCIA
Na avaliação do general, tirar poder
do ex-juiz federal seria "erro" do presidente
Para ex-ministro, Bolsonaro e a ala
ideológico do governo mantêm o PT vivo na mídia
Militar afirma que foi fritado e que
quem "frita é a escória da política"
Diz ainda que atual governo não é nada
espetacular e o próprio INSS é mais qualificado que militares para resolver
fila
O ex-ministro da Secretaria de Governo
Carlos Alberto Santos Cruz vê com receio a tentativa frustrada do presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) de dividir o Ministério da Justiça e da Segurança,
chefiado hoje por Sergio Moro. Segundo ele, o eventual desmembramento da pasta
e a consequente perda de poder do ex-juiz seria um erro que faria o presidente
pagar um preço político alto.
"Ele [Moro] é uma pessoa com
prestígio fantástico na sociedade brasileira. Então, qualquer modificação nas
atribuições vai ter um custo político muito, muito alto", disse o general,
em entrevista ao UOL e à Folha de S.Paulo, em Brasília.
Santa Cruz também criticou o desgaste
sofrido por ele até ser demitido do governo e afirmou que "fritura é coisa
da escória da política".
O general caiu com o empurrão da ala
ideológica do governo, que tem forte influência do polemista Olavo de Carvalho
e de um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC). "Esse
grupo específico se comporta muito como uma seita, onde você tem a idolatria
das figuras mais importantes da seita", afirmou Santos Cruz.
Para o militar, é o próprio Bolsonaro
e esse grupo ideológico que mantêm o PT vivo no noticiário, criando um clima
eleitoral nocivo para a condução do governo. "Parece que você vai ter
eleição na semana que vem." Questionado se votaria em Bolsonaro em 2022,
disse: "Tem que ver qual vai ser o quadro da próxima eleição".
Na avaliação do ex-ministro, as expectativas
com o governo hoje são "bem maiores que a realidade". "Os
resultados não são fantásticos, são absolutamente normais. Não é nada
espetacular", disse.
O general diz contrário ao uso de
militares para reduzir filas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social),
pois entende que os servidores do órgão são mais preparados para isso.
Também afirmou que o alinhamento
automático do Brasil com os EUA não é positivo para o Brasil. "Sempre,
quem perde é quem que se alinha automaticamente em qualquer situação",
afirmou militar, que atuou em forças de paz da ONU (Organização das Nações
Unidas) no Congo e no Haiti.
O general defendeu ainda medida tomada
por ele no governo de Michel Temer (MDB), quando abandonou um plano de retirada
de 400 invasores de terras indígenas dos Apyterewa, no Pará. Hoje, são mais de
mil invasores no local.
"Muitos deles se tornaram
invasores depois que foi feita a ampliação [da terra indígena]. Vai tirar de lá
e colocar onde? Você tem que fazer outros assentamentos para esse pessoal que saia",
afirmou.
Leia a seguir a entrevista, concedida
no dia 28 de janeiro, no estúdio do UOL/Folha em Brasília. A íntegra da
conversa também está disponível em podcast e no Youtube
* Colaborou Constança Rezende, do UOL,
em Brasília
Referências
https://i.catracalivre.com.br/fa_QRARhmIT9rBssk79IW5Bdl9Q=/https%3A%2F%2Fcatracalivre.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2019%2F09%2Fmumia-ccbb-egito-910x580.jpg
https://catracalivre.com.br/agenda/mumia-exposicao-egito-ccbb-sp/
http://gilvanmelo.blogspot.com/2020/01/ruy-castro-fala-da-mumia.html#more
http://gilvanmelo.blogspot.com/2020/02/poesia-carlos-drummond-de-andrade.html
https://youtu.be/mN8nAnUEJt0
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/02/02/entrevista-santos-cruz-jair-bolsonaro-erro-preco-politico-alto-sergio-moro.htm
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