¿ Trambiqueiro,
Corruptor e Vagabundo ?
"O Brasil será, de fato, um país de trambiqueiros, condenado ao atraso e à pobreza, se perdoarmos a corrupção e deixarmos que intimidem as autoridades”. Procuradores da Lava Jato, em Folha.
"O Brasil será, de fato, um país de trambiqueiros, condenado ao atraso e à pobreza, se perdoarmos a corrupção e deixarmos que intimidem as autoridades”. Procuradores da Lava Jato, em Folha.
"O Brasil é um exemplo de corrupção
e vagabundagem."
Assinado por procuradores da Lava
Jato, foi publicado na Folha de São Paulo, em 30/03/2017, com o título “Abusando
das mentiras”, o artigo a seguir, transcrito de O Antagonista:
"Um país de
trambiqueiros"
Carlos Fernando dos Santos Lima,
Júlio Noronha e Roberson Pozzobon.
“Até
quando interesses escusos abusarão da paciência do povo brasileiro? Por quanto
tempo haverá tentativas de reduzir as relações espúrias entre políticos e
empresários, colocadas a nu pela Lava Jato, a um compromisso sem consequências
nefastas para nosso país?
Até
quando zombarão de nós aqueles que afirmam que congressistas são apenas
‘despachantes de luxo’, intermediários de inofensivos interesses das empresas?
Nunca
antes ficaram tão evidentes as causas e as consequências da corrupção endêmica
que nos afeta. Mas já intuíamos isso. Como entender que um país tão rico tenha
uma população tão pobre?
Sabíamos
que a corrupção desviava recursos públicos apenas para aumentar lucros de
empresas e pagar propina.
E
que esse ‘acarajé’, esse suborno, chegava aos agentes públicos de diversas
formas, desde o benefício indireto do uso de aviões, empregos para filhos e
residências na praia até depósitos em contas no exterior, pagamentos em espécie
e financiamento de caras campanhas eleitorais.
O
câncer da corrupção corrói a própria democracia ao subverter as eleições.
Dinheiro de corrupção irriga as campanhas políticas por meio de caixa um ou
dois. Importa aqui a sua origem escusa. Proveniente de corrupção, esse valor
não muda sua natureza pela aplicação posterior que lhe é dada. Mais que isso,
tentar esconder sua gênese configura também o crime de lavagem de dinheiro.
E
agora nem o temor da população impede mais as manobras. Políticos envolvidos no
escândalo apresentam propostas para anistiar a prática ilícita e punir quem os
investiga, processa e julga. Acham-se acima da lei só porque foram escolhidos
para legislar. Não percebem que essa conspiração já é do conhecimento de todos.
Assim,
apócrifos projetos de lei passeiam no Congresso com o objetivo de anistiar a
corrupção, disfarçados como apenas uma anistia ao caixa dois. Afinal, por qual
motivo os políticos deveriam temer ser acusados por esse tipo de crime?
Reportagem
da rádio CBN de 2016 apontou que o TSE possui apenas uma única condenação
criminal por caixa dois em sua história. Então, ainda que não anistiado de
direito, há muito foi anistiado de fato.
Além
desses projetos, outro tão nocivo já se encontra em tramitação acelerada no
Senado. De autoria do senador Renan Calheiros, visa, sob a fachada de tratar do
abuso de autoridade, apenas ameaçar aqueles que investigam, processam e julgam
a corrupção.
Qual
outro motivo para tanto açodamento, sem um debate amplo perante a sociedade?
Por que não dão ouvidos à consulta pública feita pelo Senado em seu portal, em
que 98% das respostas são contra o projeto como proposto?
Quem
diz apoiar a anistia ao caixa dois deseja, na verdade, a anistia à corrupção, o
fim das investigações da Lava Jato e a soltura dos condenados.
Mente,
portanto, aquele que diz que o loteamento dos cargos públicos é o preço para
governar o país, quando se sabe que dele resultam corrupção e falta de serviços
públicos para a sociedade.
Torna-se
um simples despachante a mando de criminosos aquele que defende interesses
escusos na esperança de se manter na política. Por fim, abusa da autoridade
aquele que a usa para criar leis com o objetivo tão somente de ameaçar
procuradores e juízes.
Advogar
essas ideias é desprezar a sociedade. Sabemos quem são e onde se encontram
essas pessoas. Não ignoramos o que fizeram em noites passadas e que decisão
tomaram.
São
tempos difíceis, mas devemos, como povo, tomar os caminhos certos. O Brasil
será, de fato, um país de trambiqueiros, condenado ao atraso e à pobreza, se
perdoarmos a corrupção e deixarmos que intimidem as autoridades”.
"Deputado entrega toda a quadrilha a
Sérgio Moro em depoimento 21/03/2017"
Cena do folhetim Que Rei Sou Eu?,
exibido pela Rede Globo em 1989:
"O Brasil é um exemplo de corrupção
e vagabundagem."
Depoimento de Arlindo Chinaglia como testemunha na Lava Jato
Depoimento de Arlindo Chinaglia como testemunha na Lava Jato
"Depoimento de Lindbergh Farias a
Sérgio Moro como testemunha de Palocci 29/03/201"
"Depoimento de Paulo Pimenta a
Sérgio Moro como testemunha de Palocci 29/03/2017"
"Sérgio Moro e advogado de Antonio
Palocci discutiram nesta segunda"
¿ Que Rei Sou Eu ?
¿ Que Rei Sou Eu ? - capítulo 1 -
parte I
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