sábado, 18 de março de 2017

Lava Jato Especial 3 anos...

...Ter ou Haver


Tanto o verbo ter quanto o verbo haver são tidos como impessoais. Este usado na linguagem formal e aquele na coloquial


Deus lhe pague...

...Pelos guris e gente humilde


LAVA-JATO 3 ANOS (melhores momentos)

Como dizia Guimarães Rosa “… o diabo mora nos detalhes, e quase sempre está no meio do reDEMOinho de nossas confusões! ”




“Law ferve em pouca água e só quer acção, enquanto Sara é uma investigadora objectiva e meticulosa que sabe que o diabo se esconde nos detalhes.” nintendo.pt
“Law is a firecracker who's all about action whereas Sara is a focused, meticulous investigator who knows that the devil is in the details.” nintendo.co.uk



No centro da turbulência.
"Im Zentrum der Turbulenzen."
"In the center of the turmoil."
"Al centro delle turbolenze."




VÍDEO DA PF SOBRE TRÊS ANOS DA LAVA JATO

Assassinatos marcaram Operação Mãos Limpas, a Lava Jato da Itália
DO BANCO DE DADOS

Henrique Kawaminami, com Folha de S. Paulo




Deflagrada em 1992, a Operação Mãos Limpas (em italiano, Mani Pulite) revelou um grande esquema de corrupção envolvendo vários partidos na Itália.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Mãos Limpas, seria a fonte de inspiração de muitos policiais e procuradores que atuam na Lava Jato. E ao menos o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, tem escrito publicamente sobre a operação italiana.
Considerada uma das maiores operações anticorrupção já realizadas na Europa, a investigação levou cerca de 3 mil pessoas às cadeia e investigou diversos empresários, seis ministros e 500 parlamentares.
Entre só efeitos colaterais da operação, estão uma série de suicídios de empresários e assassinatos dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, pela máfia, que tinha ligações com políticos envolvidos no escândalo.
Em 1992 o carro onde estava Falcone e sua mulher explodiu. Dois meses depois, o corpo de Borsellino foi encontrado carbonizado após outra explosão.



Mãos Limpas x Lava Jato
A História se repete, mas o final será idêntico?

Publicado por J. Haroldo dos Anjos




A Constituição brasileira, de 1988, teve muita influência da Constituição Italiana, de 1948. Um sistema complexo de partilha de poder, com pesos e contrapesos, que cria imunidades, privilégios e legitima a corrupção. Apesar de adotarmos um sistema democrático diferente do italiano (a Itália é Parlamentarista), os reflexos desta influência constitucional ficam mais claros no decorrer da nossa história política.
Tal como os italianos de 1958 a 1968, vivendo seu “milagre econômico” com os democratas-cristãos no poder até chegar num momento de instabilidade e denúncias de corrupção; o Brasil viveu experiência semelhante com o tucano Fernando Henrique Cardoso e a guinada do Plano Real, iniciado no governo Itamar. Após uma turbulenta crise econômica que se arrastava e crescia, desde o final do regime militar, vimos o Brasil, enfim se estabilizar política e economicamente por quase 6 anos, até surgirem notícias da desvalorização do Real e acusações feitas pelo PT de compra de votos de deputados. FHC chegou a sofrer 17 pedidos de impeachment, todos arquivados por falta de provas. A instabilidade piora em 2002, com a eleição presidencial e a vitória de Lula da Silva.
Na Itália de 68, os moderados do Partido Socialista Italiano (PSI) se aliam a um governo de centro-esquerda, o Partido Democrata Cristão (PDC), formando um governo de coalizão com a participação de outros partidos. Entre 1968 e 1972, há uma grande instabilidade política e os políticos, vistos como corruptos, ficam cada vez mais isolados do povo. A derrocada da esquerda italiana se dá com a introdução do terrorismo político, apoiado pela Máfia, criando grande insegurança e culminando no assassinato do ex-primeiro ministro, Aldo Moro, pelas Brigadas Vermelhas, em 78, provocando uma profunda reformulação política na Itália. Governos da República formados, desde 1946, por alianças lideradas por democratas cristãos, se mostram incompetentes além de criminosas. Numa tentativa de “consertar o erro”, os partidos políticos buscaram realizar uma aliança mais ampla, obtida com o chamado "compromisso histórico”, em 76, que se tratou da união no poder dos comunistas e democratas-cristãos, até 79. Até o apogeu da Operação Mãos Limpas, no início dos anos 90 (cujas investigações começaram em 1980), os governos se sucederam em ritmo acelerado, entre renúncias e trocas de partidos no poder.
No Brasil, os fatos não foram tão acelerados e nem se viu uma alternância tão grande de poder quanto na Itália, e isto se deve justamente à diferença nos sistemas políticos entre os países. No Presidencialismo as coisas são mais lentas e não funcionam como no Parlamentarismo que são mais rápidas. No entanto, a construção política da era PT, feita com base nas coalizões partidárias e fechada num pacto com o PMDB, uma das mais influentes, conservadoras e ricas legendas do Brasil, culminaram no ápice e na queda do petismo no Brasil. Some-se a isso, nossa vulnerável Constituição Federal, que cria gargalos que legitimam a corrupção.
O PT nasceu como uma opção de disputa reverencial entre patrões e empregados, na qual a classe trabalhadora foi usada como massa de manobra. Sua proposta de governar para os pobres com um representante legítimo, vindo do meio do povo e das lutas sindicais, alçou Lula ao posto de “salvador da Pátria” para muitos brasileiros e, principalmente, para a militância. Mas aquele que parecia a “novidade” no meio da “mesmice”, uma vez no poder, mostrou-se apenas mais um. Tudo acabou em “pizza” e em um cenário de corrupção sem precedentes na História da República. Para quem conhece a história e a ideologia do PT, com sua origem sindicalista, e a história da máfia italiana, não poderia esperar algo diferente pela mesma ideologia.
A Máfia nasceu entre os trabalhadores, mais precisamente entre lavradores arrendatários de terras pertencentes a poderosos senhores feudais, com o objetivo de dividir essas terras. Para isso, começaram a depredar o gado e as plantações. Quem quisesse evitar esse vandalismo deveria fazer um acordo com a Máfia. Esta organização criminosa tem suas atividades submetidas à direção de um colegiado, cuja estratégia é se infiltrar na sociedade civil e nas instituições.
Se nosso povo tivesse cultura e conhecesse um pouco da História, logo teria concluído que a coalizão do PT, na luta pelo poder com outras legendas ou partidos de aluguel, já sinalizava o início da criação de uma organização criminosa dentro do governo, com divisão de tarefas e poder, pelo loteamento de cargos, salários e aparelhamento do Estado, através do loteamento de campanhas eleitoras.
Não foi à toa que o juiz Sérgio Moro estudou a fundo a operação italiana “Mani Pulite” (Mãos Limpas), que desvendou casos de corrupção, na década de 90, que implicava a Máfia, o Banco do Vaticano e a loja maçônica P2. Tendo à frente o juiz Giovanni Falcone, a operação atingiu importantes autoridades federais, fez desaparecer diversos partidos políticos durante a Primeira República e levou políticos e industriais ao suicídio. O Juiz Sergio Moro, certamente, viu as semelhanças dos casos e tomou como referência o modelo italiano de combate à corrupção. O que esperamos, agora, é que o estudo de caso feito pelo juiz federal de Curitiba tenha ido além, para que não se repita na Lava Jato o que aconteceu na Itália no pós-operação Mãos Limpas. Lá, uma vez condenados os políticos corruptos, Silvio Berlusconi, aproveitou brechas na Constituição do país para chegar ao poder e embarreirar a operação, criando leis e se beneficiando de outras já existentes para salvar a própria pele e de seus correligionários. A última estratégia foi desqualificar os Juízes, membros do Ministério Público e policiais cabeças da operação diante da opinião pública, com intuito de desmoralização, criticando os métodos de delações premiadas e outros procedimentos adotados.
Torçamos para que a Lava Jato tenha mais sucesso que a Operação “Mani Pulite” que, apesar de ter cumprido seu papel inicialmente, não conseguiu concluir sua missão: varrer a corrupção política na Itália nessa última década de 1990.

J. Haroldo dos Anjos
advogado e sócio dos escritórios J. Haroldo & Advogados.
Bacharel em Ciências Náuticas (EFOMM), pós-graduado e Mestre em Direito pela UERJ; ex-professor de Direito Comercial Marítimo da Faculdade de Direito da UFRJ, com reconhecimento de notório saber de doutor honoris causa e da Escola de Oficiais da Marinha Mercante (CIAGA). É membro do IAB e autor de Curso de Direito Marítimo (Renovar, 1992); As Raízes do Crime Organizado (IBRADD, 2003); e vários artigos em revistas especializadas em Direito Marítimo.




Lava Jato completa três anos de investigações com 260 acusados criminalmente
Danyele Soares - Repórter do Radiojornalismo





Polícia Federal chega à sede da Construtora Odebrecht, na 23ª fase da Operação Lava Jato Rovena Rosa/Arquivo Agência Brasil
Nesta sexta-feira (17), a maior operação de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro do país completa três anos. Tudo começou com quatro investigações da Polícia Federal: Dolce Vita, Bidone, Casablanca e Lava Jato. As três primeiras são nomes de filmes clássicos, escolhidos de acordo com o perfil de cada doleiro investigado. A última fazia referência a uma  lavanderia e a um posto de combustíveis em Brasília, que eram usados pelas organizações criminosas. Desde então, já se foram 38 fases da Operação Lava Jato. Nesse período, os investigadores apuraram fatos relacionados a empreiteiras, doleiros, funcionários da Petrobras e políticos.
De acordo com dados do Ministério Público Federal no Paraná atualizados em fevereiro, foram 57 acusações criminais contra 260 pessoas, sendo que em 25 já houve sentença por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e tráfico transnacional de drogas. Até agora, a Lava Jato conseguiu recuperar R$ 10 bilhões aos cofres públicos, entre valores que já foram devolvidos ou estão em processo de recuperação.
Para o procurador da República Diogo Castor, que faz parte da força-tarefa, a operação começou a mudar a ideia de que crimes do colarinho branco ficam impunes. “A Lava Jato democratizou a Justiça Criminal, demonstrou como deve ser uma Justiça Criminal eficiente, uma coisa que o brasileiro não está acostumado. O povo está acostumado ao setor público ineficiente em todas as esferas, desde o Judiciário, Legislativo, Ministério Público. A Lava Jato é a única coisa que deu certo no sistema de Justiça Criminal no Brasil”, avalia.






Prisões em Curitiba 
Nesse período, importantes políticos e empresários foram condenados pelos crimes apurados na operação. No Complexo Médico Penal de Pinhais (CMP), na região metropolitana de Curitiba, estão presos nove réus da Lava Jato, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o deputado cassado Eduardo Cunha, o ex-senador Gim Argello, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
O diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, Luiz Alberto Cartaxo, garante que não há nenhuma regalia para esses presos. Ele explica que o CMP foi criado como uma unidade de saúde para abrigar presos com problemas mentais, mas hoje reúne também servidores públicos e policiais condenados por diversos crimes, além dos internos da Lava Jato. O local abriga cerca de 670 presos que ficam em celas de 12 metros quadrados.
Cartaxo diz que há apenas algumas diferenças no CMP em relação às outras unidades prisionais. O uniforme, por exemplo, é formado por calça cinza e camiseta branca - nas outras unidades a roupa é alaranjada. No complexo, os internos têm acesso à água quente, mas as visitas íntimas são proibidas, já que se trata de uma unidade de saúde.
“A rotina deles é o seguinte: às 6h, alvorada e café-da-manhã. São dois pães, café com leite ou só café. Após isso, eles saem das celas, têm banho e banho de sol. Às 11h30 é o almoço, quando é servida uma alimentação composta por carboidrato e proteína, que varia entre 850 e 900 gramas, que envolve uma carne, arroz e feijão ou macarrão, verduras e legumes”, diz.
O diretor também diz que cada preso, inclusive os da Lava Jato, tem direito a uma sacola com peças íntimas e produtos de higiene pessoal. “Não há nenhuma diferenciação. Uma vez por semana, todos os presos do Sistema Penitenciário do Paraná podem receber uma sacola que envolve comidas não- perecíveis, produtos de higiene pessoal e algumas roupas íntimas, que o sistema não fornece. Mas é evidente que existe uma diferença entre a sacola do então preso, que já saiu da lá, Marcelo Odebrecht, para a sacola do 'João Antônio das Neves', que é um ladrão de varal”, compara.
Além do CMP, também há presos da Lava Jato na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e até em outras cidades, como o Rio de Janeiro. Na carceragem estão, por exemplo, o empresário Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antônio Palocci, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.





Perfil diferente
Alguns presos da Lava Jato estão remindo a pena por meio do trabalho ou da leitura. José Dirceu, por exemplo, trabalha na distribuição de livros. A cada três dias exercendo a função, reduz a sentença em um dia. Outros fazem a remissão a partir da leitura: a cada exemplar lido – que é escolhido pelo professor de acordo com o perfil do preso – o detento faz uma resenha e uma apresentação oral e, se aprovado, consegue diminuir a pena em quatro dias.
O juiz Eduardo Lino, da Vara de Execuções Penais do Paraná, explica que recebe com frequência atestados de trabalho ou leitura de presos da Lava Jato para reduzir a pena. E diz que o perfil dos detentos de crimes do colarinho branco destoa do restante da população carcerária.
“É uma coisa nova esse perfil de sentenciados. Geralmente o espectro econômico é muito ruim, são pessoas pobres. E agora tem essa situação nova com pessoas de melhor condição econômica, mas estão condenadas e têm que se submeter a penas privativas de liberdade. E estão encontrando uma forma de que isso possa ser feito sem riscos para ninguém. Que eles possam cumprir essa pena, com dignidade como todos devem e, passado esse período, ganharão a liberdade e que parem de praticar novas atividades criminosas de todo o tipo.”
Edição: Amanda Cieglinski



Operação Lava Jato completa 3 anos se expandindo para outros países
Investigações atingem lugares como Estados Unidos, Mônaco e Suíça.
Operação já teve 38 fases, com 198 prisões e R$ 594 milhões repatriados.

JORNAL NACIONAL
G1

Nesta sexta-feira (17), a Operação Lava Jato completou três anos. Começou investigando lavagem de dinheiro em Curitiba e se transformou num marco da justiça brasileira, atingindo o mundo político e empresarial.
No dia do aniversário, os resultados. Os procuradores que vivem a rotina da Operação Lava Jato fizeram um balanço do que conseguiram na troca de informações com outros países.
A Lava Jato cruzou fronteiras e levou à colaboração do Brasil com 42 países. As investigações atingem lugares como Estados Unidos, Mônaco e Suíça.
“Muitas destas provas surgiram de contatos feitos pelo Ministério Público Federal, por autoridades brasileiras com autoridades estrangeiras, ou seja, boa parte das evidências colhidas no caso Lava Jato surgiram através da cooperação jurídica internacional”, afirma o procurador Paulo Galvão.
Para os procuradores, os acordos de cooperação internacional foram tão importantes quanto as delações premiadas.
As cooperações internacionais também ajudaram a trazer de volta foragidos e parte do dinheiro que foi desviado com as fraudes. De acordo com os procuradores, de um total de R$ 756 milhões em processo de repatriação, R$ 594 milhões já foram repatriados em três anos de Lava Jato.
Até agora foram 38 fases, com 198 prisões. Já são 200 réus na primeira instância. Em Curitiba, o juiz Sérgio Moro já condenou 127 pessoas. O que começou em Curitiba acabou tendo braços no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.
Na entrevista desta sexta-feira (17), a força-tarefa da Lava Jato também comentou a discussão sobre uma possível anistia do caixa dois.
“Só interessa a quem promoveu os atos de corrupção e os atos de lavagem. Eu acho isto inconstitucional e imoral. Nós temos que chegar ao fim desse processo com uma mudança de paradigmas na legislação brasileira e também na política brasileira”, diz o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.



ASSISTA AO VÍDEO DA REPORTAGEM:

http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2017/03/17.html#!v/5733748


JOSÉ FERNANDES - TRECHO DE PROGRAMA DE RÁDIO 1973


José Fernandes, jurado de TV que concedeu nota 10 para os cantores Clara Nunes, Cláudia, Elis Regina, Maysa, Orlando Silva, Carlos José, Tito Madi e Dick Farney

O EXPLORADOR

José Fernandes (Minas Gerais, 1925 - Rio de Janeiro, 5 de setembro de 1979), radialista e jurado de televisão, foi discotecário, produtor, redator e apresentador de programas de rádio durante quase duas décadas, mas só se tornou famoso quando começou a aparecer, eternamente mal-humorado, nos júris de programas de televisão.
Participou do Programa Flávio Cavalcanti e também foi jurado no “Show de Calouros” do Programa Sílvio Santos.
Crítico feroz, costumava distribuir notas zero aos calouros e, em treze anos, só concedeu nota 10 para os cantores Clara Nunes (1943-1983), Cláudia, Elis Regina (1945-1982), Maysa (1936-1977), Orlando Silva (1915-1978), Carlos José, Tito Madi e Dick Farney (1921-1987). Mesmo assim, recentemente acabaria confessando a um amigo seu arrependimento por três dessas notas.
Em 1976, Guilherme Arantes se apresentou no programa “Show de Calouros”, com o seu primeiro sucesso “Meu Mundo e Nada Mais”, que era tema da novela “Anjo Mau”. O cantor recebeu nota máxima de todos os jurados, menos de José Fernandes, que deu 4.5 (a nota máxima era 5), alegando que o trecho da letra “Só Sobraram Restos”, formava o cacófato “Sóçobraram Restos”. Guilherme Arantes discutiu com o jurado, e Sílvio Santos pôs panos quentes, dizendo que os candidatos não deveriam comentar as opiniões do júri.
José Fernandes faleceu em 5 de setembro de 1979, aos 53 anos, de uma afecção renal, no Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 12 de setembro de 1979 – Edição 575 – DATAS – Pág: 114)



Ter ou Haver?

por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

Analisemos o seguinte enunciado, no sentido de obtermos respostas a questionamentos relevantes, como este que se faz presente, ou seja, devemos mesmo usar o verbo ter? Ou o ideal é optarmos pelo uso do verbo haver? 
Tinham alunos no pátio.
Um termo nos chama a atenção acerca de sua real função em meio ao contexto linguístico: alunos, por excelência.

Retomemos, pois, àquela velha e boa dica no sentido de descobrirmos o sujeito da oração: fazer a pergunta ao verbo. O que tinham? Provavelmente que uma boa parte diria que a resposta correta seria “alunos”.

Nesse caso devemos ter o máximo de cuidado, haja vista que se trata de um verbo impessoal, portanto, sem sujeito. Dessa forma, a função do termo em pauta (alunos) é a de objeto direto, ou seja: Tinha o quê? Alunos.
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1489843693036


Mas por que “tinha” e não “tinham”?
Ora, pelo simples fato de que se se trata de uma oração sem sujeito, o verbo, necessariamente, deverá permanecer na terceira pessoa do singular.

Nesse sentido, mesmo que o objeto esteja no plural, ele, o verbo, ficará sempre no singular. Vejamos outros casos:

Tem homens e mulheres concorrendo à vaga.
Tem momentos em que nos sentimos desanimados.
Na cidade tem pessoas de vários lugares.

Em todos os enunciados constatamos que o termo em destaque ocupa a função sintática já mencionada. Outro detalhe a que devemos nos atentar é que o verbo, conjugado na terceira pessoa do singular, não é grafado com o acento circunflexo (pois se assim fosse pertenceria à terceira pessoa do plural - têm).

Agora, situemo-nos mediante o padrão formal da linguagem, e façamos a seguinte pergunta: será que tais colocações a ele se encontram adequadas?

Saiba que em se tratando de situações comunicativas, tidas como formais, tais como a escrita ou até mesmo aquelas manifestadas pela oralidade, como uma entrevista, uma palestra, uma conferência, faz-se necessário o uso do verbo haver. Assim, reformulando, temos:

Há homens e mulheres concorrendo à vaga.
Há momentos em que nos sentimos desanimados.
Na cidade há pessoas de vários lugares.
Perceba que o verbo permanece nas mesmas condições de impessoalidade, ou seja, conjugado na terceira pessoa do singular.



Gente Humilde

O maestro e jurado de calouros José Fernandes, antigo morador do primeiro Condomínio de Flats de quitinetes bem humildes no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.
Naquele bairro também moraram Assis Valente, Pedro Nava e Getúlio Vargas.
Pois José Fernandes ridicularizou a música Gente Humilde em um programa de auditórios pelo fato de o intérprete da música ter usado “Tem certos dias” no lugar de “Há certos dias”.
Foram agredidos pela ira santa de Zé os três compositores: Garoto, músico; Vinícius, poeta; e Chico Buarque, cantor e escritor.

A música ''GENTE HUMILDE'' foi composta por 3 compositores. Quais são?

Melhor resposta:  Gente Humilde

( Choro) 1969

Música : Garoto (Aníbal Augusto Sardinha)

Letra : Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Holanda


Que beleza de música!!!! Foi muito bom que tenha postado essa pergunta. No site abaixo, essa música pode ser ouvida!

Seja Feliz!
Fonte(s):www.paixaoeromance.com/60decada/gentehum... -
Classificação do autor da pergunta 5 de 5

Olha, os compositores da música GENTE HUMILDE são Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Holanda.
Aí ela foi gravada por Ângela Maria, por Ana Carolina, por Milton Nascimento, e outros cantores.


Gente Humilde (Garoto) - Baden Powell

"Gente Humilde" teria surgido durante uma visita de Garoto a um subúrbio carioca. De repente, ao observar aquelas pessoas e suas casas modestas, ele resolveu homenageá-las numa canção. Tempos depois, a gravaria num acetato para o professor mineiro Valter Souto, registro que asseguraria a sobrevivência da composição, mantida inédita em disco comercial.
Finalmente, quase quinze anos após a morte de Garoto, Baden Powell mostrou-a a Vinícius de Moraes que, apaixonando-se pelo tema, deu-lhe uma letra em parceria com Chico Buarque. Aliás, uma letra primorosa que, segundo o próprio Chico, é quase toda de Vinicius: "São casas simples, com cadeiras na calçada / e na fachada escrito em cima que é um lar / pela varanda, flores tristes e baldias / como a alegria que não tem onde encostar..."
Muito antes, porém, houve uma outra letra ("Em um subúrbio afastado da cidade / Vive João e a mulher com quem casou / tem um casebre onde a felicidade / bateu à porta, foi entrando e lá ficou...") de um poeta mineiro, que preferiu se manter no anonimato. Com esta letra, "Gente Humilde" foi cantada em programas da Rádio Nacional por Zezé Gonzaga e o coral Os Cantores do Céu, em arranjo de Badeco, do conjunto Os Cariocas (A Canção no Tempo -- Vol. 2 -- Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello -- Editora 34).



Uma breve história do surgimento dessa música:

não faz muito tempo, foi lançada uma caixa com CDs do Baden em sua melhor fase, até 1970. Um ano depois foi lançado o LP "Carinhoso", Paris, Barclay, em que Baden toca músicas de Pixinguinha e Garoto. Deste ele toca "Gente humilde", "Pausa para meditação","Bom de dedo"(Jorge do fusa) e "Filho do Furinha"(Gracioso). Estas melodias, isto ele me disse pessoalmente, foram à ele passadas por Zé Menezes, grande amigo e parceiro musical do Garoto. Baden dizia: "tudo que sei do Garoto foi o Zé que me ensinou. Eu não cheguei a conhecer o Garoto.
O zé chegava pra ele e dizia: Garoto, tem um garoto (era eu..) que toca suas músicas que é uma beleza... Mas o encontro não aconteceu". A história de Gente humilde tem em Baden um intermediário. Zé Menezes passou a música para o Baden e este, muito tempo depois, mostrou ao Vinícius que se apaixonou pela melodia e colocou a letra ou melhor, quase toda! O final deve-se ao Chico Buarque que foi chamado às pressas para a conclusão. Acontece que esta melodia, ligeiramente diferente no original, já possuía uma letra que foi gravada em 16/11/51 no programa "Ondas musicais" da Rádio Nacional pelos "Cantores do céu" e com arranjo vocal de Badeco, integrante, na época, do conjunto" OS CARIOCAS". O autor da letra preferiu o anonimato.

Aí vai a letra da música para a galera apreciar: 

GENTE HUMILDE
Há certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim,
Todo o meu peito se apertar
Porque parece,
Que acontece de repente,
Como um desejo,
De eu viver sem me notar...
Igual a como,
Quando eu passo no subúrbio,
E muito bem,
Vindo de trem, de algum lugar,
E aí me dá,
Uma inveja dessa gente,
Que vai em frente,
Sem nem ter com quem contar.
São casas simples,
Com cadeiras na calçada,
E na fachada,
Escrito em cima, que é um lar!
Pela varanda,
Flores simples e baldias,
Como a alegria
De não ter como lutar.
E eu que não creio,
Peço a Deus, por minha gente,
É gente humilde,
Que vontade de chorar...

Chico Buarque de Holanda
Vinícius de Moraes
Paz e Bem





Gente Humilde (Garoto) - Baden Powell


Gente Humilde - Chico Buarque


ANGELA MARIA - GENTE HUMILDE


Gente Humilde
Maria Bethânia


O meu guri


Chico Buarque - O Meu Guri

Deus lhe pague


Deus Lhe Pague
Chico Buarque

Epílogo Provisório

“Um chefão da Máfia descobriu que seu contador havia desviado dez milhões de dólares do caixa. 
O contador era surdo-mudo, por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha. 
Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os US$10 milhões, levou junto sua advogada, que sabia a linguagem de sinais dos surdos-mudos.
O chefão perguntou ao contador: 
- Onde estão os U$10 milhões que você levou?
A advogada, usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao
contador que logo respondeu (em sinais): 
- Eu não sei do que vocês estão falando.
A advogada traduziu para o chefão: 
- Ele disse não saber do que se trata.
O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando: 
- Pergunte a ele de novo!
A advogada, sinalizando, disse ao infeliz: 
- Ele vai te matar se você não contar onde está o dinheiro!
O contador sinalizou em resposta: 
- OK, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Enzo, no nº 400, da Rua 26, quadra 8, no bairro Santa Marta!
O mafioso perguntou para advogada: 
- O que ele disse?
A advogada respondeu: 
- Ele disse que não tem medo de Viado e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho!!!

Advogado é foda!!! “


Referências


http://portugues.uol.com.br/gramatica/ter-ou-haver.html
http://www.linguee.com.br/portugues-ingles/traducao/o+diabo+mora+nos+detalhes.html
http://humanoplus.com/persistencia/
http://www.midiamax.com.br/mundo/assassinatos-marcaram-operacao-maos-limpas-lava-jato-italia-328888
https://jharoldodosanjos.jusbrasil.com.br/artigos/338389476/maos-limpas-x-lava-jato
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-03/lava-jato-completa-tres-anos-de-investigacoes-com-260-acusados
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/03/operacao-lava-jato-completa-3-anos-se-expandindo-para-outros-paises.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2017/03/17.html#!v/5733748
http://www.oexplorador.com.br/jose-fernandes/
http://portugues.uol.com.br/gramatica/ter-ou-haver.html
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070804130022AABgG0N

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