quinta-feira, 23 de março de 2017

"Disenteria verbal" contra Lava Jato

Janot nega vazamento e acusa Gilmar Mendes de “disenteria verbal”
Por Maíra Magro | Valor

BRASÍLIA  -  O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha feito uma “coletiva de imprensa em off” para vazar nomes de políticos que viraram alvos de pedidos de investigação após as delações da Odebrecht. Ele também acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de “disenteria verbal” e “decrepitude moral” ao fazer acusações à PGR.

“É uma mentira, que beira a irresponsabilidade, afirmar que realizamos, na Procuradoria-Geral da República, coletiva de imprensa para ‘vazar’ nomes da Odebrecht”, afirmou Janot. As declarações foram dadas em resposta à ombudsman do jornal “Folha de S. Paulo”, Paula Cesarino Costa, que afirmou em sua coluna que teria havido uma suposta coletiva em off da PGR com o propósito de vazar nomes para a imprensa sobre a tão aguardada “Lista de Janot”. "Não posso deixar de repudiar com toda veemência a aleivosia que tem sido disseminada para o público nos últimos dias", acrescentou.

Sem citar o nome de Gilmar Mendes, Janot acusou o ministro de cometer “disenteria verbal” ao usar a afirmação da ombudsman para criticar a PGR. O procurador mencionou que, na mesma coluna, a ombudsman atribuiu a prática de realizar supostas “coletivas em off com vistas a cometer crime” ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e até ao STF, mas, segundo ele, as pessoas que usaram o texto para criticar a PGR teriam preferido ocultar essa parte.

“Apesar da imputação expressa [incluindo até o STF], não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre esta imputação ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao STF. Só posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios, mas, infelizmente com meios para distorcer fatos e desvirtuar instrumentos legítimos de comunicação institucional.”

Mais uma vez sem citar o nome de Gilmar Mendes, Janot acusou o ministro de “decrepitude moral” ao acusar a PGR. “Ainda assim, meus amigos, em projeção mental, alguns tentam nivelar a todos a sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes da aparente intangibilidade proporcionada pela pela posição que ocupam no Estado."

Janot disse ainda repudiar a relação promíscua com a imprensa, seja ela nacional ou internacional. O procurador também aproveitou o discurso para defender a Operação Lava-Jato e uma reforma política.

"Nosso sistema político-partidário foi conspurcado e precisa urgentemente de reformas. A política não pode continuar a ser uma custosa atividade de risco propícia a aventureiros sem escrúpulos. Certamente essa crise política há de encontrar o devido equacionamento no âmbito do sistema democrático."

O procurador fez as declarações em discurso durante uma reunião de avaliação das eleições de 2016, realizada na Escola Superior do Ministério Público da União.





Rodrigo Janot declara guerra a Gilmar Mendes e o acusa de Decrepitude Moral

Janot e Gilmar brigam! Tire as crianças da sala.

Antes de qualquer coisa, um aviso: esse comentário contém linguagem rasteira. Convém tirar as crianças da sala. Duas das mais altas autoridades de Brasília —o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o procurador-geral da República Rodrigo Janot— decidiram se angalfinhar em público. Gilmar usou uma notícia de jornal para acusar procuradores de vazar deliberadamente para a imprensa nomes de encrencados na lista da Odebrecht. O vazamento, disse ele, é crime previsto no Código Penal. Janot negou a notícia. E atribuiu as declarações de Gilmar à “decrepitude moral” do ministro, que sofre, segundo ele, de “desinteria verbal”







Referência


http://www.valor.com.br/politica/4909802/janot-nega-vazamento-e-acusa-gilmar-mendes-de-disenteria-verbal
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2017/03/22/janot-e-gilmar-brigam-tire-as-criancas-da-sala/

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