sábado, 25 de março de 2017

A senha era “Angorá”

Doleiro do Rio Grande do Sul foi encarregado de entregar 1 milhão de reais em dinheiro vivo ao ministro-chefe da Casa Civil
Por Thiago Bronzatto


INQUÉRITO - Padilha: licenciado do governo para tratamento de saúde, o ministro nega as acusações (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na edição desta semana, VEJA revela detalhes de como a construtora Odebrecht destinou 1 milhão de reais em espécie ao ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha em Porto Alegre. De acordo com delatores da empreiteira, esses recursos foram operados pelo doleiro gaúcho Antônio Cláudio Albernaz Cordeiro, conhecido como “Tonico”.

Em depoimento sigiloso prestado na Operação Lava-Jato, Tonico  confirmou que fazia transações escusas com a construtora. O doleiro também contou aos investigadores que, em meio às eleições de 2014, recebeu em seu escritório, em Porto Alegre, um “senhor alto, com idade aproximada de 55/60 anos e totalmente grisalho”.  Essa pessoa não se identificou. Disse apenas a senha “Angorá” para retirar 1 milhão de reais.



“Eu sou eu e a minha circunstância e se não a salvo, não salvo a mim mesmo”.Ortega y Gasset

De Tonico a Antonico

Gato: Bebedeira, porre, embriaguez.


Histórias Políticas

PADILHA, Eliseu
*dep. fed. RS 1995, 1995-1997; min. Transp. 1997-2001; dep.fed. RS 2003-
 Eliseu Lemos Padilha nasceu em Canela (RS) no dia 23 de dezembro de 1945, filho de Solon Padilha e de Olinda Padilha.



MDB desde sua fundação em 1966

"Para entender um homem basta conhecer a sua história. Eliseu Padilha sempre teve coerência em suas posições. Em 1966 ingressou no MDB onde começou a construir a sua trajetória política e trabalhar pelo crescimento do partido no Rio Grande do Sul e no Brasil. De lá para cá, construiu uma respeitável história:"

"1966 – Filiação para a Fundação do MDB, Canela/RS;

1966 – Secretário-Geral da Executiva Municipal do MDB, Canela/RS;

1966-1967 - Vice-Presidente da Executiva Municipal do MDB, Canela/RS;

1986-1994 – Secretário-Geral da Executiva Municipal do PMDB, Tramandaí/RS;

1982/1986/1990/1994/1998 e 2002 - Coordenação de campanhas eleitorais para Governador de Estado do Rio Grande do Sul pelo PMDB;

1989-1992 – Eleito Prefeito da cidade de Tramandaí;

1990-1996 - Membro do Diretório Estadual do PMDB/RS;

1992-1994 - Membro da Executiva Estadual do PMDB/RS;

1992 – Eleito presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS);

1994 – Eleito para seu 1º mandato na Câmara dos Deputados (1995-1999)

1995 – Secretário dos Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Governo do Estado do Rio Grande do Sul;

1996 - 1997 - Vice-Líder na Câmara dos Deputados do Bloco PMDB/PSD/PSL/PSC/PMN;

1996 – Membro do Diretório Nacional do PMDB;

1997 - 1º Vice-Líder do Bloco PMDB/PSD/PSL na Câmara dos Deputados;

1997 - 2001 – Ministro de Estado dos Transportes;

2004 – 2° Vice-Presidente da Executiva Nacional do PMDB;

2004 – Tesoureiro da Fundação Ulysses Guimarães – Nacional;

2005 - Vice-Líder do PMDB na Câmara dos Deputados;

2006 - Coordenação de campanhas eleitorais para Presidência da República e Governador de Estado do Rio Grande do Sul;

2006 – Secretário-Geral do PMDB-RS;

2007 – Presidente da Fundação Ulysses Guimarães – Nacional;

2007 – Presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados;

2008 – Coordenador do Comitê de Admissibilidade da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização;

2009 – Vice-Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados;

2010 – Reeleito Presidente da Fundação Ulysses Guimarães – Nacional;

2010 – Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

2011 – Reeleito Presidente da Fundação Ulysses Guimarães – Nacional;

2011 - Vice-Líder do PMDB na Câmara dos Deputados;

2012 - Relator-geral adjunto da Comissão Especial do Código Comercial, na Câmara dos Deputados"



TEMER, Michel
*const. 1987-1988; dep. fed. SP 1987-1991, 1993 e 1994-
Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em Tietê (SP) no dia 23 de setembro de 1940, filho de Miguel Elias Temer Lulia e de March Barbar Lulia.



Pegaram o bonde do MDB/PMDB de Ulysses Guimarães e nunca o trocaram.

O homem e suas circunstâncias

“Nivaldo Cordeiro revela que a frase mais famosa de José Ortega y Gasset, 1883-1955, filósofo espanhol, é “Eu sou eu e a minha circunstância e se não a salvo, não salvo a mim mesmo”. Segundo Cordeiro, depois da expressão “Penso, logo existo”, de Descartes, a frase de Gasset é a mais sensacional síntese filosófica que um pensador tenha conseguido.”




Com eles, Ulysses Guimarães chega ao poder indiretamente. Em 1989 esse poder se lhe escapou, diretamente, pelos projetos individuais de 22 postulantes ao mesmo cargo, entre outras circunstâncias.


Eleições 1989 - Candidatos a Presidente


Candidato
Partido
Situação
14
AFFONSO CAMARGO
PTB
Não eleito
22
AFIF
PL
Não eleito
25
AURELIANO CHAVE
PFL
Não eleito
12
BRIZOLA
PDT
Não eleito
33
CELSO BRANT
PMN
Não eleito
20
COLLOR
PRN
Eleito
26
CORREA
PMB
Não eleito
56
ENEAS
PRONA
Não eleito
55
EUDES MATTAR
PLP
Não eleito
43
GABEIRA
PV
Não eleito
27
LIVIA MARIA
PN
Não eleito
13
LULA
PT
Não eleito
11
MALUF
PDS
Não eleito
57
MANOEL HORTA
PDC DO B
Não eleito
45
MARIO COVAS
PSDB
Não eleito
42
MARRONZINHO
PSP
Não eleito
54
P. G.
PP
Não eleito
16
PEDREIRA
PPB
Não eleito
23
ROBERTO FREIRE
PCB
Não eleito
41
RONALDO CAIADO
PSD
Não eleito
15
ULYSSES GUIMARA
PMDB
Não eleito
31
ZAMIR
PCN
Não eleito


Curiosidades e Resultado Oficial das Eleições Presidenciais de 1989: É triste acordar...

PRIMEIRO TURNO:
1º lugar - Fernando Collor de Mello (PRN / PSC) - 20.607.936 votos
2º lugar - Luiz Inácio Lula da Silva (PT / PSB / PC do B) - 11.619.816 votos
3º lugar - Leonel de Moura Brizola (PDT) - 11.166.016 votos
4º lugar - Mário Covas Junior (PSDB) - 7.786.939 votos
5º lugar - Paulo Salim Maluf (PDS) - 5.986.012 votos
6º lugar - Guilherme Afif Domingos (PL /PDC) - 3.271.986 votos
7º lugar - Ulysses Guimarães (PMDB) - 3.204.853 votos
9º lugar - Roberto Freire (PCB) - 768.803 votos
10º lugar - Aureliano Chaves (PFL) - 600.730 votos
11º lugar - Ronaldo Caiado (PSD) - 488.872 votos
12º lugar - Affonso Camargo (PTB) - 379.262 votos
13º lugar - Enéas Carneiro (Prona) - 360.574 votos
14º lugar - José Alcides Marronzinho de Oliveira (PSP) - 238.379 votos
15º lugar - Paulo Gontijo (PP) - 198.708 votos
16º lugar - Zamir José Teixeira (PCN) - 187.160 votos
17º lugar - Lívia Maria (PN) - 179.896 votos
18º lugar - Eudes Mattar (PLP) - 162.336 votos
19º lugar - Fernando Gabeira (PV) - 125.785 votos
20º lugar - Celso Brant (PMN) - 109.894 votos
21º lugar - Antônio Pedreira (PPB) - 86.100 votos 22º lugar - Manuel Horta (PDC do B) - 83.280 votos
SEGUNDO TURNO:
1º lugar - Fernando Collor de Mello (PRN / PSC) - 35.089.998 votos
2º lugar - Luiz Inácio Lula da Silva (PT / PSB / PC do B) - 31.076.364 votos
É... 1989 definitivamente entrou para a história, por diversos aspectos. Algumas coisas, aliás, tornaram-se inesquecíveis na memória de milhões de brasileiros: algumas pela polêmica envolvida, outras pela boa estratégia de marketing e comunicação política, outras, ainda, por beirarem ao ridículo.

De volta para o futuro

Padilha, citado na Lava Jato, reassume a Casa Civil após licença médica
Eliseu Padilha disse que é zero a chance de ele comentar as denúncias.

Ministro foi citado por pelo menos dois delatores da Odebrecht.

JN de 13/03/2017

Depois de 21 dias afastado por licença médica, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, voltou ao trabalho nesta segunda (13). Ele foi citado em delações da Odebrecht e evitou falar sobre as denúncias.
Eliseu Padilha voltou com agenda cheia, mas adotou uma postura discreta. Participou da reunião para discutir o Plano Nacional de Segurança. Só entrou na sala depois que as equipes de televisão saíram.
Eliseu Padilha foi citado por pelo menos dois delatores da Odebrecht: Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho. Os dois disseram que Padilha participou da negociação e da distribuição de parte do dinheiro que a empresa acertou pagar para o PMDB em um jantar no Palácio do Jaburu, em Brasília. Ainda segundo os delatores, um dos endereços de entrega do dinheiro foi o escritório de José Yunes, ex-assessor do presidente Michel Temer.
Em depoimento espontâneo, Yunes disse que foi apenas uma “mula de Padilha”, que na época era deputado federal e pediu que ele recebesse um pacote em seu escritório.
Eliseu Padilha disse que é zero a chance de ele comentar as denúncias. Em uma rápida conversa com jornalistas, afirmou que vai ficar quietinho, porque qualquer coisa que disser agora pode prejudicar a ele e à investigação.
Padilha adota uma posição combinada no Palácio do Planalto. A orientação é esperar os próximos passos do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, antes de agir.
Padilha, que foi citado nas delações, mas não é investigado na Lava Jato, lembrou da declaração do presidente Michel Temer que disse que só afastaria do governo ministro que fosse denunciado pelo procurador. E demissão, só se pra quem virar réu.
Na semana passada, em entrevista, Temer acrescentou que um ministro pode pedir para deixar o cargo para evitar o desgaste de eventuais pressões políticas.
No fim da tarde, Eliseu Padilha participou de uma reunião com líderes políticos para discutir a reforma da Previdência. Padilha é visto como peça fundamental na negociação do governo com o Congresso. Ele e sua equipe coordenam o processo desde o início.

Assista ao vídeo da Reportagem no link nas Referências





Ismael Silva - Antonico – 1973

Esta é a música que abre o álbum gravado por Ismael Silva em 1973, Se você jurar. Dizem que essa música se trata dele mesmo, que ele é o Nestor e que teria escrito uma carta a Pixinguinha na década de 50 pedindo ajuda. Depois disso teria voltado a cantar nas rádios. Ta aí, Antonico.
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Comédia
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Música
"Antonico" por Ismael Silva



Antonico
Gal Costa
Compositor: ISMAEL SILVA


O Antonico vou lhe pedir um favor
Que só depende da sua boa vontade
É necessário uma viração pra o Nestor
Que está vivendo em grande dificuldade
Ele está mesmo dançando na corda a bamba
Ele é aquele que na escola de samba
Toca cuíca, toca surdo e tamborim
Faça por ele como se fosse por mim
Até muamba já fizeram pra o rapaz
Por que no samba ninguém faz o que ele faz
Mais ei de vê-lo bem feliz, se Deus quiser
E agradeço pelo que você fizer, meu senhor





MILTON nascimento - nada será como antes

Milton Nascimento canta "nada será com antes", show acústico na Suíça, 1980, acompanhado de wagner Tiso
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Música
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Nada Será Como Antes

from clube da esquina (1972), milton nascimento & lo borges.
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Música

"Nada Será Como Antes (feat. Beto Guedes)" por Milton Nascimento

Referências

http://veja.abril.com.br/brasil/a-senha-era-angora/
http://gilenobass.no.comunidades.net/girias-gaucha
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/eliseu-lemos-padilha
http://www.eliseupadilha.com.br/politico/01072013102010-biografia-de-eliseu-padilha-no-pmdb/index.php
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/michel-miguel-elias-temer-lulia
http://www.tomsimoes.com/2013/06/eu-sou-eu-e-minha-circunstancia-ortega.html
http://www.tre-pe.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-1899/candidatos-1989
http://simplificandopolitica.blogspot.com.br/2008/05/resultado-oficial-das-eleies.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2017/03/13.html#!v/5721817
https://www.vagalume.com.br/gal-costa/antonico.html

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