Mocinho bonito
Feiúra não é nada
Feiúra não é nada
Ordem e Progresso
“E tu pisavas nos astros distraída” Orestes Barbosa
“E tu pisavas nos astros distraída” Orestes Barbosa
Gallo e Seu Conjunto - Mocinho
Bonito
ISAURA GARCIA - MOCINHO BONITO - SÉRIE
RELÍQUIAS - acervo de PEDRO LECUONA
DORIS MONTEIRO MOCINHO BONITO
Bonito - Anaí Rosa - Sr Brasil
06/10/2011
Mocinho Bonito Dolores Marques (Billy Blanco)
DOLORES DURAN Feiura não é nada Cópia
DOLORES DURAN Feiura não é nada Cópia
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Positivismo
Noel
Rosa
A
verdade, meu amor, mora num poço
É
Pilatos lá na Bíblia quem nos diz
Que
também faleceu por ter pescoço
O
autor da guilhotina de Paris
A
verdade, meu amor, mora num poço
É
Pilatos lá na Bíblia quem nos diz
Que
também faleceu por ter pescoço
O
infeliz autor da guilhotina de Paris
Vai,
orgulhosa, querida
Mas
aceita esta lição:
No
câmbio incerto da vida
A
libra sempre é o coração
O
amor vem por princípio, a ordem por base
O
progresso é que deve vir por fim
Desprezaste
esta lei de Augusto Comte
E
foste ser feliz longe de mim
O
amor vem por princípio, a ordem por base
O
progresso é que deve vir por fim
Desprezaste
esta lei de Augusto Comte
E
foste ser feliz longe de mim
Vai,
coração que não vibra
Com
teu juro exorbitante
Transformar
mais outra libra
Em
dívida flutuante
A
intriga nasce num café pequeno
Que
se toma pra ver quem vai pagar
Para
não sentir mais o teu veneno
Foi
que eu já resolvi me envenenar
Composição:
Noel Rosa / Orestes Barbosa ·
terça-feira,
20 de março de 2007
(Noel Rosa/Orestes Barbosa)
A verdade, meu amor, mora num poço
É Pilatos, lá na Bíblia, quem nos diz
E também faleceu por ter pescoço
O (infeliz) autor da guilhotina de Paris
Vai, orgulhosa, querida
Mas aceita esta lição:
No câmbio incerto da vida
A libra sempre é o coração
O amor vem por princípio, a ordem por base,
O progresso é que deve vir por fim.
Desprezaste esta lei de Augusto Comte
E foste ser feliz longe de mim
Vai, coração que não vibra
Com teu juro exorbitante
Transformar mais outra libra
Em dívida flutuante
A intriga nasce num café pequeno
Que se toma para ver quem vai pagar.
Para não sentir mais o teu veneno
Foi que eu já resolvi me envenenar!
Trata-se de uma parceria de dois dos maiores letristas da música brasileira. Noel era o aclamado Poeta da Vila, Filósofo do Samba. Orestes, autor do mais belo verso da língua portuguesa, segundo ninguém menos que Manoel Bandeira: “E tu pisavas nos astros distraída”, da canção “Chão de Estrelas”
Eram amigos, boêmios e colegas de mesa no Café Nice, num tempo em que o Brasil abandonara – pelo menos na política – o café com leite e vivia os primeiros anos da Nova República Getulista.
O Positivismo é uma corrente filosófica, que teve no francês Augusto Comte (1798 – 1857) seu principal idealizador e serviu de base para fundamentar a Proclamação da República.
Seu lema: O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim.
No lábaro estrelado que ostenta a Mãe Gentil, porém, o amor, primeira estrela do lema Comtiano, ficou de fora. Está lá, manca, a bandeira, a bradar insensível: “Ordem e Progresso”.
A ausência do amor tocou fundo o coração de nossos poetas, que resolveram desfraldar o progresso enaltecido pelo positivismo, expondo nossa crescente dívida externa e seus juros exorbitantes.
Mas se o amor ficou fora da bandeira, não poderia ser excluído da canção, também.
Daí que, em Positivismo, as agruras da economia brasileira são comparadas às de uma mulher que, também se esquecendo do amor, desprezou a tal lei de Augusto Comte e foi curtir sua felicidade em outros ares, talvez com alguma ordem e, certamente, com muito progresso.
Como disse acima, Noel e Orestes Barbosa eram colegas de mesa no Café Nice, boêmios e amigos, mas este samba quase pôs fim a esta amizade.
Contam João Máximo e Carlos Didier, autores de “Noel Rosa, uma biografia”, que o autor de “Chão de Estrelas” entregou ao Poeta da Vila quatro estrofes para que este musicasse. Noel anotou a letra, caiu no mundo e não deu notícias. Continuou compondo seus sambas, aparecendo em programas de rádios e tomando todas no Café Nice, até que um dia chegou aos seus ouvidos que Orestes Barbosa estaria receoso que ele tivesse se “apossado” da letra.
Se havia alguém que não precisava disso era Noel, que ficou magoado com as suspeitas do amigo e resolveu acrescentar mais uma estrofe: “A intriga nasce num café pequeno/Que se toma para ver quem vai pagar/Para não sentir mais o teu veneno/Foi que eu já resolvi me envenenar”.
Fonte: Noel Rosa, uma biografia. Brasília: UnB, 1990.
Resumo
Biografia
Dados
Artísticos
Obra
Discografia
Shows
Bibliografia
Crítica
Biografia
Compositor.
Cantor. Instrumentista. Arquiteto.
Dedicou-se à música e à poesia desde os tempos do ginásio, participando de programas de rádio como "Hora juvenil", da Rádio Clube de Belém (PA), PRC-5. Mais tarde, começou a atuar em clubes.
Fez parte, em sua cidade natal, do conjunto Os Gaviões do Samba, que se (...)
Dedicou-se à música e à poesia desde os tempos do ginásio, participando de programas de rádio como "Hora juvenil", da Rádio Clube de Belém (PA), PRC-5. Mais tarde, começou a atuar em clubes.
Fez parte, em sua cidade natal, do conjunto Os Gaviões do Samba, que se (...)
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Dados
Artísticos
Iniciou
sua carreira artística nos anos 1950, apresentando-se em festa e clubes com o
Sexteto Billy Blanco, formado por Luís Reis (piano), Maurício Monte (bateria),
Ante Danemann e Milton Evaldo (acordeom) e Carlos José (voz).
Freqentando a noite carioca, conheceu Dolores Duran, que viria a gravar sua música "Outono" e se tornaria intérprete (...)
Freqentando a noite carioca, conheceu Dolores Duran, que viria a gravar sua música "Outono" e se tornaria intérprete (...)
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Obras
A
banca do distinto
A
montanha (c/ Tom Jobim)
A
pororoca
Acho
que sim (c/ Tom Jobim)
Aeromoça
Amanhecendo
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Discografia
(2002)
A bossa de Billy Blanco • Biscoito Fino • CD
(2000)
A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes • Sesc-SP • CD
(1996)
Billy Blanco informal • CID • CD
(1996)
O autor e sua música • CID • CD
(1996)
Doutores em samba • Kuarup • CD
(1993)
Guajará-suíte do arco-íris • Warner Music • CD
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Shows
Sérgio
Pôrto, Billy Blanco, Aracy de Almeida e Conjunto Roberto Menescal. Zum Zum e
Teatro Santa Rosa, RJ.
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Bibliografia
Crítica
ALBIN,
Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação
e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro:
Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu,
2006.
AMARAL,
Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 3ª ed.
EAS Editora, 2014.
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