Mozart - Requiem
ASCENDEM AS VOZES
Ave Maria
Ave Maria
David
Archuleta
Ave
Maria gratia plena Dominus tecum
Et
Benedicta tu in mulieribus
Et
Benedictus frutus ventris
Ventris
tuis Jesus
Santa
Maria, Santa Maria, Maria
Ora,
pro nobis, nobris pecatoribus
Nunc
et in hora in hora mortis nostra
Amem
Ave
Maria gratia plena Dominus tecum
Et
Benedicta tu in mulieribus
Et
Benedictus frutus ventris
Ventris
tuis Jesus
Santa
Maria, Santa Maria, Maria
Ora,
pro nobis, nobris pecatoribus
Nunc
et in hora in hora mortis nostra
Amem,
amen
Composição:
Jörgen Elofsson
No confronto direto, as
responsabilidades atuam
As vaidades intelectuais afloram
As convicções embotadas capitulam
Tudo flutua e desvanece
E um único sentimento prevalece:
Eu não estou aqui...
Os gestos, os tons, as posturas
agem
Mas não se controlam os sentimentos
As barreiras foram rompidas
A tromba de lágrimas não calará
minha voz
Ouvi as preces murmúrios de luz
Que aos céus ascendem e o vento
conduz
Conduz a Voz...
quarta-feira,
31 de agosto de 2016
- O Estado de S. Paulo
Da
ainda presidente Dilma Rousseff diga-se tudo, menos que seja dissimulada. Conta
uma mentira como ninguém, mas não tem duas caras. Antipática no cotidiano,
assim se apresentou ao Senado na última oportunidade para defender o seu
mandato. Sem maquiagem na personalidade, falou aos julgadores como quem não
teme o resultado por saber de antemão o desfecho do julgamento.
Não
estava ali para conquistar votos, estamos cansados de saber. A ideia era marcar
posição e receber elogios pela “coragem”. Não foi ali munida da esperança de
alterar um desfecho previamente anunciado. Desenlace antecipado por ela quando
providenciou mudança de seus pertences para Porto Alegre e na segunda-feira
confirmado pela ousadia de denunciar repetidas e inúmeras vezes a existência de
um golpe de Estado na presença do presidente do Supremo Tribunal Federal, no
ambiente do Parlamento, no exercício do direito de defesa e à vista de todos os
que acompanharam pela televisão.
Houvesse
alguma expectativa de mudar o curso dessa história, Dilma não teria chamado os
julgadores de golpistas nem conferido a Ricardo Lewandowski o posto de
comandante do golpe, muito menos falado no tom que foi se tornando cada vez
mais arrogante à medida que a sessão avançava.
Em
relação ao conteúdo da parte não escrita deu-se o desacerto de sempre entre
palavras e ideias. Notadamente no trecho em que, questionada pelo senador
Aloysio Nunes, Dilma anunciou que recorrerá ao Supremo caso seja condenada porque,
segundo ela, só então estará consumado o golpe. Deu para entender? Então até
agora não houve processo golpista algum. Bem como nunca existiram os vários
recursos ao STF apresentados pela defesa quando o processo transcorria na
Câmara, recusados na quase totalidade pelo tribunal, até mesmo um pedindo a
suspensão da decisão dos deputados.
Ela
só deu essa resposta sem nexo porque não tinha como explicar o que de fato
perguntara o senador: se estamos sob o império da ilegalidade há meses, por que
a autoridade máxima do País não tomou providências para restabelecer o Estado
de Direito? A verdade é que não tomou porque o rito esteve o tempo todo dentro
de absoluta legalidade. Conforme ela própria atestou ao aceitar a deferência
dos senadores em ouvi-la, oportunidade negada a Fernando Collor em 1992.
Fez
um apelo protocolar à OEA que, de acordo com o diretor da Human Rights Watch
para as Américas, José Miguel Vivanco, não deve prosperar dada a inexistência
de substância. Palavras dele na edição de ontem do Estado: “O Brasil enfrenta
uma crise política muito profunda e lida com ela dentro do quadro
institucional”. Razão pela qual o recurso ao Supremo servirá apenas para marcar
posição.
Pelo
seguinte: a Constituição diz em seus artigos 51 e 52 que compete privativamente
à Câmara autorizar a instauração do processo e atribui competência privativa ao
Senado para processar ou julgar presidente e vice-presidente nos crimes de
responsabilidade. Haverá a alegação de que não houve tal crime, mas ninguém
espera que a Corte brigue com os fatos.
Bate
e volta. O cancelamento da viagem de Michel Temer à China chegou a ser
cogitado ontem. Não só pela questão do tempo, mas também pelo receio de
críticas ao fato de Temer se ausentar do País logo após a posse. Concluiu-se
depois que pior seria a ausência na reunião do G-20.
Mantida
a agenda, haverá muita correria: sessão solene para a posse no Congresso,
reunião ministerial (talvez, a depender da hora do fim da votação) no Planalto,
embarque no fim do dia, viagem de cerca de 30 horas para ir e outras 30 para
voltar (com fuso horário contra) a tempo de Temer chegar para o desfile de 7 de
setembro.
quarta-feira,
31 de agosto de 2016
- O Globo
•
Como no de 1840, o impedimento de Dilma Rousseff irá para a história coberto
pela névoa das paixões do momento
Na
manhã de ontem o senador Aloysio Nunes Ferreira reagiu a uma provocação de um
deputado que ofendia a advogada que acusava a presidente Dilma Rousseff e
ameaçou chamar a Polícia Legislativa para retirá-lo do plenário. Na véspera,
como Nunes Ferreira, o senador José Anibal, também da bancada tucana de São
Paulo, lembrou seus 50 anos de amizade com a presidente e, em seguida, defendeu
seu impedimento.
Hoje,
Dilma Rousseff perderá seu mandato. Assim, dos quatro brasileiros eleitos para
a Presidência desde a redemocratização, dois terão sido defenestrados. Essa é
uma taxa de mortalidade superior à do vírus ebola, um sinal de que algo vai mal
em Pindorama. Afinal, Dilma será deposta, e o deputado Eduardo Cunha, espoleta
do seu processo de impedimento, continua no exercício do mandato.
As
sessões do julgamento de Dilma mostraram a beleza do ritual da Justiça. Ouvidos
a ré, os advogados e os senadores, restarão uma sentença e a impressão de que
houve muita corda para pouca forca. As pedaladas — o único elemento levado ao
juízo — foram crime de responsabilidade, num caso de pouco crime para muita
responsabilidade. Como não existe a figura de “pouco crime”, o resultado estará
aí, irrecorrível, legal e legítimo.
Dilma
será deposta pelo conjunto da obra, uma obra que foi dela, e não dos chineses.
Seu longo depoimento, confirmou sua capacidade de viver numa realidade própria.
Em 14 horas de depoimento e respostas aos senadores, a presidente, ao seu
estilo, manteve-se numa atitude professoral, com um único momento que se
poderia chamar de pessoal. Cansada, informou que estava prestes a perder a voz:
“É inexorável”. Não era, aguentou até ao fim.
A
palavra “golpe” tem uma essência pejorativa. O primeiro grande golpe da
história nacional é costumeiramente conhecido como “Golpe da Maioridade” e
entregou o trono do Brasil a Dom Pedro II, um garoto de 14 anos. Antecipando a
conduta de Michel Temer, quando lhe perguntaram se ele queria a Coroa, teria
respondido: “Quero já”. O tempo cobriu a violência do episódio. Argumente-se
que quase dois séculos de distância fazem qualquer serviço.
Contudo,
a posição dos senadores Aloysio Nunes Ferreira e José Anibal mostra como as
paixões alteram condutas e que não são necessários 200 anos. Em 1965, o jovem
José Anibal, como Dilma Rousseff, era um militante da organização Política
Operária, a Polop. Do grupo de 20 estudantes mineiros, sete foram presos, seis
foram banidos, um foi assassinado, outro matouse para não ser preso e quatro
exilaram-se, inclusive José Aníbal, que a polícia procurava como “Clemente” ou
“Manuel”. Aloysio Nunes Ferreira, o “Mateus” da Ação Libertadora Nacional de
Carlos Marighella, participou de um assalto a um trem pagador e exilou-se em
Paris. Em 1975, de seis participantes, só ele estava vivo.
Numa
trapaça da história, Dilma Rousseff, a “Estela”, teve dois companheiros de
armas dos anos 60 na bancada do seu impedimento. Na defesa de seu mandato,
ficou só o protoguerrilheiro amazônico João Capiberibe, senador pelo PSB do
Amapá.
Esses
cacos de memória parecem não querer dizer nada, mas daqui a 50 anos dirão tudo
ou, no mínimo, dirão mais. Hoje começará a avaliação de Michel Temer.
PRELIMINARES ACIRRADAS
Senador Aloysio Nunes Enquadra
Deputado Petista José Guimarães
Assista
Aloísio Nunes humilha deputado
"dólar na cueca", José Guimarães
OPOSIÇÃO DILMA
Aloysio Nunes Vs Dilma Rousseff -
Interrogatório da Presidente - Senado Federal 29/08/2016
Publicado
em 30 de ago de 2016
Aloysio Nunes Vs Dilma Rousseff - Interrogatório da Presidente - Senado Federal 29/08/2016
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Congresso Nacional - Senado Federal - Fase final Julgamento Presidente Dilma Roussef
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Congresso Nacional - Senado Federal - Fase final Julgamento Presidente Dilma Roussef
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IMPEACHMENT DE DILMA - JOSÉ ANIBAL
ATACA DILMA
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APOIO DILMA
IMPEACHMENT DE DILMA - LINDBERGH
FARIAS ESCRACHA O GOLPE
Publicado
em 29 de ago de 2016
IMPEACHMENT DE DILMA - LINDBERGH
FARIAS ESCRACHA O GOLPE
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IMPEACHMENTE DE DILMA - GLEISI
HOFFMANN PERGUNTA A DILMA
Publicado
em 29 de ago de 2016
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PROTO OPOSIÇÃO APOIO
Dilma x Joao Capiberibe Impeachment
29 08 16
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Dilma x Cristovam Buarque
Impeachment 29 08 16
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RETÓRICA PROTO AMIGA
Julgamento do Impeachment de Dilma
- Senador Paulo Paim PT RS discursa na sessão do impeachment
Publicado
em 31 de ago de 2016
Julgamento do Impeachment de Dilma- Senador Paulo Paim PT RS discursa na sessão do impeachment
Sessão desta terça terá debate entre advogados e discursos de senadores
Debate deve durar cinco horas; cada senador terá 10 minutos na tribuna.
Julgamento da presidente afastada deve ser decidido somente na quarta.
Presidente Dilma Rousseff se defende nesta segunda (29) no julgamento do impeachment.
Ela afirmou que não cometeu os crimes pelos quais é acusada.
Processo de Impeachment de Dilma Rousseff
Sessão desta terça terá debate entre advogados e discursos de senadores
Debate deve durar cinco horas; cada senador terá 10 minutos na tribuna.
Julgamento da presidente afastada deve ser decidido somente na quarta.
Presidente Dilma Rousseff se defende nesta segunda (29) no julgamento do impeachment.
Ela afirmou que não cometeu os crimes pelos quais é acusada.
Processo de Impeachment de Dilma Rousseff
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quarta-feira,
31 de agosto de 2016
- O Globo
O
processo de impeachment chega a seu final hoje com o resultado da votação já
definido, ficando a dúvida apenas sobre o voto do presidente do Senado, Renan
Calheiros — que está entre explicitar seu apoio ao novo governo, ou jogar para
a plateia —, exibindo uma pretensa neutralidade que poderá ser-lhe menos útil
na formação de uma biografia futura do que o resultado dos processos a que
responde no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os
discursos dos juízes não guardaram muitas surpresas, e os embates políticos de
ambas as partes prosseguiram a todo vapor. Os aliados de Dilma, minoritários
mas aguerridos, querem sair bem na fita e se esmeram em marcar posições, mesmo
as mais esdrúxulas, como a da senadora Gleisi Hoffmann, que reclamou do tom
excessivamente politizado para seu gosto dos advogados de acusação, Miguel
Reale Júnior e Janaina Paschoal.
Mas
não achou estranho, e até mesmo se emocionou, quando o advogado José Eduardo
Cardozo, a pretexto de defender a biografia da presidente afastada, comparou,
de maneira absurda, o julgamento nos tribunais militares a que Dilma foi
submetida com o de impeachment no Senado.
A
comparação irresponsável foi repetida à noite pelo senador Lindbergh Farias,
que voltou a dizer que o Senado não tem moral para julgar a presidente
afastada. Finda a possibilidade de mudar os votos, partiu para o ataque mais
violento, colocando a luta de classes como o motivo para a derrubada de Dilma
Rousseff.
E
Cardozo debulhou-se em lágrimas, atitude que já foi ridicularizada quando a
advogada Janaina também emocionouse aos prantos em outras ocasiões.
Uma
curiosidade foi ver Dilma Rousseff chamando-se de presidente por diversas
vezes, enquanto o próprio presidente do STF a chamava sempre de “presidenta”,
revelando uma cortesia que pode ser confundida com uma simpatia partidária.
O
novo governo começa hoje mesmo, depois do resultado oficial ser anunciado, e
Michel Temer poderá viajar para a China com plenos poderes para representar o
Brasil na reunião do G-20.
Toda
essa narrativa de golpe estará, então, começando a se desfazer, seja pelo
reconhecimento internacional à mudança constitucional no país, como por
declarações como a de José Miguel Vivanco, presidente da Human Rights Watch,
uma das maiores ONGs sobre o assunto no mundo — que disse ontem que os
brasileiros devem ficar orgulhosos de terem levado adiante um processo de
impeachment dentro de processos legais indiscutíveis e com o país na
normalidade democrática.
Vivanco,
que já foi advogado para a Comissão de Direitos Humanos da OEA, a mesma a que
os petistas recorreram para contestar o processo de impeachment, ainda informou
que, pelo que conhece dos procedimentos daquele organismos internacional, não
haverá repercussão dessa ação, pois não cabe uma intromissão nos assuntos
internos do país.
Ave
Maria
Gratia
plena
Maria
Gratia plena
Maria
Gratia plena
Ave,
ave Dominus tecum
Benedicta
tu in mulieribus
Et
benedictus, benedictus fructos ventri tui, tui Jesus
Ave
Maria
Ave
Maria
Gratia
plena
Maria
Gratia plena
Ave,
ave dominus tecum
Benedictus
tu entre mulieribus
Et
bebedictus, benedictus fructos ventri tui, tui jesus
Ave
Maria
Ora
pro nobis
Nobis
pecatoribus
Nunc
et in ora
In
ora mortis nostrae
(Santa
Maria, Santa Maria)
Maria
Ora
pro nobis
Nobis
pecatoribus
Nunc
et in ora
In
ora mortis nostrae
Amen
Amen
Ave
Maria (tradução)
Ave
Maria
Cheia
de graça
Maria
cheia de graça
Maria
cheia de graça
Ave,
ave, O Senhor esteja convosco
Bendita
tu entre as Mulheres
És
bendita, bendito o fruto do vosso ventre, vosso Jesus
Ave
Maria
Ave
Maria
Cheia
de graça
Maria
Cheia de Graça
Ave,
Ave, O Senhor esteja convosco
Bendita
tu esntre as mulheres
És
bendita, bendito o fruto do vosso ventre, vosso Jesus
Ave
Maria
Ore
por nós
Nós
pecadores
Agora
e sempre
Na
hora de nossa morte
Maria
Santa, Maria Santa
Maria
Ore
por nós
Nós
pecadores
Agora
e sempre
Na
hora de nossa morte
Amém
Amém
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