O Oráculo
“Nada
é perfeito, e tudo pode ser aperfeiçoado.” Maria Sílvia Bastos Presidente do
BNDES
Apocalipse 6:2:
“Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada
uma coroa, e ele saiu vencendo, e para vencer.”
Legendas de Fotografias de
Reportagem de Revista Semanal
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A
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bilhões de reais RODRIGO RANGEL E HUGO MARQUES veja 14 de setembro de 2016
Por Redação Mundo Estranho
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abr 2011, 18h51 - Atualizado em 19 ago 2016, 17h29
Era
o mais importante centro religioso da Grécia antiga. Entre os séculos 8 a.C. e
2 a.C., ele foi muito procurado por pessoas que supostamente recebiam previsões
sobre o futuro, conselhos e orientações. A cidade de Delfos era a sede do
principal templo grego, dedicado ao deus Apolo, e em cujos subterrâneos
funcionava o famoso oráculo. Na mitologia, o local pertencia originariamente a
Gaia (divindade que representa a Terra) e era guardado por sua filha, a
serpente Píton. O deus Apolo, associado ao dom da profecia, teria assumido o
controle do lugar após matar a serpente, que caiu numa fenda do solo e teria
entrado em decomposição, passando a emitir vapores intoxicantes. Os gregos
acreditavam que quando uma sacerdotisa – uma mulher de vida irrepreensível
escolhida entre as camponesas – inalava tais gases, ela tinha seu espírito
possuído por Apolo, que fazia as profecias por meio dela. “A forma mais
conhecida de consulta consistia em fazer uma pergunta à sacerdotisa, conhecida
como pítia.
Numa
espécie de transe mediúnico, ela pronunciava as respostas em versos semelhantes
aos usados nos poemas Ilíada e Odisséia, de Homero”, diz Fernando Brandão dos
Santos, professor de literatura grega da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), em Araraquara (SP). O centro religioso era consultado por cidadãos
comuns e também por líderes políticos, que usavam as profecias para orientar
seus governos. Após o Império Romano tomar Delfos, no século 2 a.C., o local
sofreu diversas pilhagens e a posterior expansão do cristianismo também
contribuiu para a sua decadência. O templo pagão foi fechado definitivamente
por um decreto do imperador Teodósio no final do século 4. Algumas questões
sobre Delfos, porém, intrigariam cientistas muitos séculos depois. Na década
passada, geólogos, químicos e arqueólogos trabalharam na região e concluíram
que realmente gases estranhos podiam emanar do Templo de Apolo.
Mas
tais vapores não têm nada a ver com a mitológica decomposição da serpente
Píton, como você pode conferir neste infográfico.
Capital das previsões Embaladas
por gases alucinógenos, sacerdotisas adivinhavam o futuro dos gregos antigos
1.
Ao chegar à cidade grega de Delfos, o visitante se registrava e pagava uma
taxa. Quando se aproximava o momento da sua consulta, ele se purificava numa
fonte de água e seguia pelo caminho sagrado. Este o levava até o Templo de
Apolo, onde ficava o famoso oráculo. Ali uma sacerdotisa fazia previsões
auxiliada por vários sacerdotes
2.
Ao longo do caminho sagrado, que seguia por um terreno acidentado e íngreme,
havia estátuas, relicários com tesouros sagrados e outros edifícios dedicados a
Apolo. Tais monumentos eram construídos por cidades-estado, como Tebas e
Atenas, ou por cidadãos ricos, como agradecimento às previsões e conselhos do
oráculo
3.
Antes de entrar no Templo de Apolo, os peregrinos sacrificavam uma ovelha ou
uma cabra, que tinha suas entranhas examinadas por sacerdotes à procura de
sinais proféticos. Em seguida, os visitantes entravam um de cada vez no templo
que era rodeado por colunas e hoje está em ruínas. Lá, apresentavam as
consultas à sacerdotisa
4.
Antes de cada sessão, a profetisa descia até uma câmara subterrânea sob o
templo, onde inalava vapores “sagrados”, que induziam suas profecias. Alguns
historiadores acreditam que as respostas eram interpretadas e passadas aos
peregrinos pelos sacerdotes. Outros dizem que a própria profetisa falava com o
visitante, usando palavras enigmáticas
5.
Duas falhas geológicas atravessam Delfos. Estudos feitos em 1996 mostraram que
o subsolo do local é formado por pedra calcárea betuminosa, que pode emitir
etileno, um gás capaz de produzir alucinações. Isso explicaria os “vapores
sagrados”, que subiriam por fendas no terreno, pois as falhas geológicas se
cruzam bem abaixo do Templo de Apolo
6.
Uma das falhas geológicas está alinhada com uma série de fontes de água ,
algumas hoje secas, sendo que uma das nascentes fica diretamente abaixo do
templo. Quando a água quente, vinda das profundezas da Terra, passava pela
camada de pedra calcárea betuminosa, criava condições para a liberação dos
vapores de etileno
7.
Ao lado do Templo de Apolo havia um teatro, construído no século 4 a.C., que
podia acomodar cerca de 5 mil pessoas. Ali eram apresentados espetáculos
musicais, peças e sessões de leitura de poesia durante os festivais religiosos
realizados em Delfos. O teatro oferecia aos espectadores uma vista majestosa do
Templo de Apolo]
“(...)
General – Como não falhou. Eu fui
vencido.
Sacerdotisa
– O General não entendeu a profecia. A grande força era a lua de prata que
certamente cavalgou sobre seu exército ferido. O mal, general, é que as pessoas
ouvem o que querem ouvir. (...)”.
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