Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 11 de abril de 2023
"MUERTES CRUZADAS"
***
Poesia | Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades - Luís de Camões
***
***
terça-feira, 11 de abril de 2023
Luiz Carlos Azedo - “O mais importante é defender a democracia”
***
***
Correio Braziliense
Bolsonaro é um surfista da onda conservadora liderada pela extrema direita, que se formou no mundo a partir das frustrações sociais engendradas pela globalização
Na avaliação dos 100 dias do governo Lula 3, uma simples pergunta justifica a afirmação que intitula esta coluna: como seriam esses 100 dias se o ex-presidente Jair Bolsonaro tivesse sido reeleito? Não é preciso muita imaginação para responder: teria sido a consolidação do seu projeto de governo “iliberal”, cuja principal tarefa seria subjugar o Supremo Tribunal Federal (STF). É o que está acontecendo em Israel, que vive uma crise política sem precedentes.
Aliado de primeira hora de Bolsonaro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou ao poder e pretende fazer uma polêmica reforma judicial, que dará mais poder ao Executivo em detrimento do Judiciário. Além da oposição de grandes manifestações populares em defesa da democracia, o premier não tem o apoio dos militares ao golpe iliberal que pretende realizar. Ontem, Netanyahu anunciou que o ministro da Defesa, Yoav Gallant, que havia demitido, permanecerá no cargo. No mês passado, o militar havia afirmado que a reforma do Judiciário estava colocando em risco a segurança de Israel.
Bolsonaro é um surfista da onda conservadora liderada pela extrema direita, que se formou no mundo a partir das frustrações sociais engendradas pela globalização. Em alguns lugares, o “iliberalismo” se apresentou como política de governo, como nos Estados Unidos, com Donald Trump, e na Itália, pelo vice-primeiro-ministro Matteo Salvini. Em outros, se institucionalizou como regime político, como na Rússia, de Vladimir Putin; na Turquia, de Tayyip Erdogan; e na Hungria, de Viktor Urban, que cunhou a expressão “democracia iliberal”, como se as duas coisas fossem compatíveis.
A onda foi contida pelas vitórias de Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos e de Emmanuel Macron na França, que influenciaram a eleição de Lula, mas isso não significa que a democracia ocidental não esteja mais sob ataque. Muito pelo contrário, Trump continua sendo a principal liderança do partido Republicano, e Macron está derretendo, devido à reforma da previdência que eleva de 62 para 64 anos a data mínima para a aposentadoria, independentemente do tempo de contribuição.
Segundo o cientista político Alberto Aggio: “A agenda iliberal é basicamente reacionária frente às instituições da democracia representativa, com questionamentos aos institutos de controle do Estado democrático, desqualificação dos partidos políticos e deslegitimação dos atores políticos, sociais e culturais, em confrontação com o pluralismo político. Na disputa política, busca se sustentar a partir da construção mítica de um líder, carismático ou não, como o ‘verdadeiro’ representante da Nação enquanto os outros atores políticos são tratados como ‘inimigos do povo'”.
Nova guerra fria
Uma interpretação traiçoeira do “iliberalismo” é classificá-lo como uma forma de populismo de direita. Segundo Aggio, seria a admissão de que, diante do seu sucesso, a resposta mais efetiva seria apoiar um “populismo de esquerda”, o que acabaria jogando o tema democrático para uma posição subalterna na política. “Por esse caminho, o resultado seria embarcar na previsão de Steve Bannon, segundo o qual o “populismo é o futuro da política”.
A irrupção do “iliberalismo” tem a ver com as mudanças econômicas e sociais protagonizadas pela revolução tecnológica e a globalização, nas quais as democracias representativas do Ocidente enfrentam o desafio de modernizar a economia sem sacrificar os valores democráticos e suas conquistas sociais. Ao obter resultados econômicos mais rápidos, regimes autoritários do Oriente acabam se tornando uma tentação política para os países em desenvolvimento.
Não se pode ignorar nosso cenário. De um lado, a ameaça autoritária representada pelo ex-presidente Bolsonaro não foi de todo dissipada; de outro, a tentação de um “populismo de esquerda” como antídoto ao “iliberalismo” seduz setores de esquerda. Nesse aspecto, o velho nacionalismo pode se tornar uma armadilha econômica e/ou política.
No primeiro caso, o adensamento das cadeias produtivas do país à margem das cadeias de produção globais se esgotou como modelo de industrialização. No segundo, nos deslocaria do campo do Ocidente, liderado pelos Estados Unidos e a União Europeia, para a esfera do eixo Rússia-China.
A diplomacia brasileira sabe andar na corda bamba da geopolítica internacional, mas as circunstâncias são novas, diante da guerra comercial entre os EUA e a China e a escalada de tensões provocadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Com certeza, o encontro do presidente Lula com Xi Jinping será observado com lupa por todas as chancelarias.
Em Tempo: Alberto Aggio lança hoje, em São Paulo, seu novo livro, Ainda respira, a democracia sob ameaça (Appris), na Livraria Martins Fontes (Paulista), a partir das 18h.
****************
— Fomos separados por leis, pelo bloqueio, pelo mar. Não temos que continuar nos separando como família — declarou na época.
***
À CNN em 2017
***
***
Elián González em Miami, no ano 2000. Foto: AFP
Ver Descrição / Ver Descrição
***
***
***
How The Battle Over Elián González Helped Change U.S. Cuba ...
Visitar
Criador: Alan Diaz
*******************************
PARTIDO COMUNISTA/NOTÍCIA
Alvo de disputa com os EUA em 1999, Elián González se candidata ao parlamento de Cuba
Quando criança, o engenheiro industrial foi resgatado por pescadores quando a família tentava fugir para a Flórida
07/02/2023 - 18h58min
Atualizada em 07/02/2023 - 21h41min
***
***
Elián González, hoje com 29 anos
AFP / Divulgação
***
Aos 29 anos, o engenheiro industrial Elián González, conhecido por ter simbolizado na infância a polarização das relações entre Estados Unidos e Cuba, candidatou-se nesta semana ao parlamento cubano.
O jornal oficial Granma divulgou na segunda-feira (6) a lista dos 470 candidatos para ocupar um assento na próxima legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba. González, atual diretor-adjunto comercial de uma empresa pública, é natural do município de Cárdenas, cidade a 135 quilômetros da capital Havana, e é considerado um representante da juventude comunista do país.
Os candidatos foram propostos no último fim de semana pelos delegados de cada município e os eleitores poderão ratificá-los ou rejeitá-los em um dia de votação no final de março.
Disputa judicial
Em 1999, no Dia de Ação de Graças, González, então com cinco anos, foi resgatado por pescadores de uma frágil embarcação na qual sobreviveu depois que sua mãe e outras dez pessoas morreram afogadas na tentativa de chegar à costa da Flórida, nos Estados Unidos.
Ver Descrição / Ver Descrição
***
***
Elián González em Miami, no ano 2000. Foto: AFP
Ver Descrição
***
Assim começou uma disputa judicial por sua custódia, entre sua prima Marisleysis González, em Miami, e seu pai Juan Miguel González, em Havana.
O conflito se tornou um assunto nacional em Cuba. Fidel Castro, o histórico líder cubano falecido em 2016, venceu a queda de braço com o governo norte-americano e o menino foi devolvido à ilha.
As grandes mobilizações para exigir seu retorno levaram à construção, em 2000, da "tribuna anti-imperialista", uma esplanada em frente à embaixada dos Estados Unidos na capital cubana.
Após a decisão judicial favorável ao pai, o Departamento de Justiça cubano realizou uma operação relâmpago para resgatar a criança e entregá-la ao progenitor. Pai e filho voltaram a Cuba em 28 de junho de 2000.
Desde seu retorno, González costuma estar presente nos grandes eventos do governo cubano, mas em 2017 disse à CNN que queria se reconciliar com sua família em Miami.
— Fomos separados por leis, pelo bloqueio, pelo mar. Não temos que continuar nos separando como família — declarou na época.
Um ano depois, Elián González recebeu os parabéns por seu aniversário do presidente Miguel Díaz-Canel, que também consta na lista de candidatos a deputado à próxima legislatura. Na lista, também aparecem Raúl Castro, líder aposentado da Revolução e irmão de Fidel, e outros dirigentes históricos e integrantes do atual escritório político do Partido Comunista de Cuba.
GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
Mais sobre:estados unidoscuba
https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2023/02/alvo-de-disputa-com-os-eua-em-1999-elian-gonzalez-se-candidata-ao-parlamento-de-cuba-cldusabo0002x01ejhji2ueq0.html
*******************************************
***
Elecciones en Cuba: Raúl Castro y Elián González se postulan | Noticias Telemundo
Noticias Telemundo
27 de mar. de 2023 #NoticiasTelemundo #Cuba #Elecciones
Short oficial de Noticias Telemundo. El expresidente de 91 años y el joven cuya custodia estuvo en disputa hace 24 años tras ser rescatado en el estrecho de Florida se presentaron entre los 470 candidatos para renovar la Asamblea Nacional. Disfruta del formato YouTube Shorts, videos verticales de 60 segundos para enterarte de lo más destacado en Noticias del mundo.
***
El destino de Ecuador - ¿Cuál es el plan de Donald Trump? - Elián González ¿El nuevo líder cubano?
Américas
Notícias
Ouvir no Apple Podcasts
Ecuador es un polvorín. La suerte del presidente Guillermo Lasso se decide entre el decreto autorizando la portación de armas y su amenaza de aplicar la "muerte cruzada". ¿Pronto habrá nuevas elecciones? Desde Bélgica, Rafael Correa mueve sus piezas.
Estados Unidos vive días históricos con Donald Trump en serios problemas con la Justicia. Trump quiere ser presidente otra vez, y sus abogados tienen una estrategia para ayudarlo en ese camino.
Elián González, aquel niño cubano que se salvó del naufragio en la que su madre lo llevaba a EE UU es hoy diputado en la Asamblea Nacional.
¿Será el líder de una nueva generación del régimen?
Site do episódio
Mais episódios
Sylvia Colombo y Sebastián Fest
https://podcasts.apple.com/br/podcast/am%C3%A9ricas/id1647022878?i=1000607586485
*********************************************************************************
***
Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar y Palacios Ponte-Andrade y Blanco (Caracas, 24 de julho de 1783[1] — Santa Marta, 17 de dezembro de 1830), comumente conhecido como Simón Bolívar
***
"Quanto ao futuro do Equador, cabe a reflexão de Bolívar (2009, p. 81, tradução nossa)
em sua “Carta da Jamaica” feita à América: “Vou arriscar o resultado de minhas reflexões sobre
a sorte futura da América: não a melhor, mas a que seja a mais acessível”69. Ao Equador talvez
não esteja reservada a melhor fortuna nos próximos anos, e, caso a acessível seja a mais
tangível, ela também não parece apontar para o retorno do correísmo. Os desgastes causados
por Correa na democracia equatoriana parecem sentenciá-lo ao distanciamento da vida política,
sem que Simón Bolívar e seu legado tenham qualquer espécie de responsabilidade."
69 Traduzido do original: “Voy a arriesgar el resultado de mis cavilaciones sobre la suerte futura de la américa:
no la mejor sino la que sea más asequible”.
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/232473/001134304.pdf?sequence=1&isAllowed=y
*************************
***
Equador – Wikipédia, a enciclopédia livre
***
"O Equador é um dos menores países da América do Sul e, assim como o Chile, não partilha fronteira com o Brasil. A paisagem é dominada pelos Andes, que atravessam o centro do país no sentido norte-sul, com altitudes que chegam aos 6 310 m no Chimborazo (praticamente no centro do país). A leste dos Andes, cerca de um quarto do território está integrado na bacia amazônica, e a oeste estende-se uma das mais extensas planícies costeiras da costa sul-americana do Pacífico.[18]"
***
***
Equador (pronunciado em português europeu: [ekwɐˈdoɾ, ikwɐˈdoɾ]; pronunciado em português brasileiro: [ekwaˈdoʁ]; em castelhano: Ecuador, pronunciado: [ekwaˈðor]), oficialmente República do Equador (em castelhano: República del Ecuador), é uma república democrática representativa localizada na América do Sul limitada a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo oceano Pacífico. É um dos dois países da região que não têm fronteiras comuns com o Brasil, além do Chile. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 1 000 km do território continental, sendo o país mais próximo daquelas ilhas. Seu território de 256 370 km² é cortado ao meio pela imaginária linha do Equador.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equador
******************************************
***
PPG Estudos Estratégicos Internacionais - UFRGS | Porto Alegre RS
***
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS ESTRATÉGICOS
INTERNACIONAIS
MATEUS WEBBER MATOS
A apropriação do legado de Simón Bolívar por Rafael Correa no
Equador (2007-2017): um bolivarianismo no século XXI?
Dissertação submetida ao Programa de PósGraduação em Estudos Estratégicos Internacionais da
Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, como
requisito parcial para obtenção do título de Mestre em
Estudos Estratégicos Internacionais.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Ernesto Filippi
Porto Alegre
2021
RESUMO
No começo do século XXI, o surgimento de líderes latino-americanos que reivindicavam o
legado de Simón Bolívar teve adesão popular. Um deles foi Rafael Correa, ex-presidente do
Equador (2007-2017) que fez dos ideais de Bolívar símbolos dos novos modelos de
desenvolvimento do país. Dessa maneira, a pergunta que este trabalho pretende responder é:
qual a extensão dos legados político e econômico de Simón Bolívar para o bolivarianismo de
Rafael Correa no Equador? A hipótese é de que, ao adotar o bolivarianismo como referencial,
Correa incorporou e implementou ideais, perfil e valores de Bolívar à frente da presidência do
Equador. O objetivo geral é analisar o legado de Simón Bolívar nos governos de Rafael Correa
nas esferas política e econômica do Equador. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa.
Quanto aos procedimentos, caracteriza-se como pesquisa documental e bibliográfica. A
pesquisa bibliográfica buscou estudos sobre o tema em bases científicas conhecidas, que foram
avaliados, selecionados e obedeceram à organização temática. Os idiomas foram: Inglês,
Espanhol e Português. Os resultados deste estudo indicam que os ideais, o perfil e os valores de
Correa e sua administração a frente da presidência do Equador não se assemelham àqueles de
Simón Bolívar nas primeiras décadas do século XIX, colocando em dúvida a legitimidade de
sua apropriação do legado de Bolívar e influenciando a atuação de seus sucessores na
presidência.
Palavras-chave: Independências hispano-americanas. Simón Bolívar. Equador.
Bolivarianismo. Rafael Correa.
***************************************
***
Roda Viva | Celso Rocha de Barros | 10/04/2023
***
Roda Viva
22.639 visualizações Transmissão ao vivo realizada há 14 horas #RodaViva
O #RodaViva desta segunda-feira (10) entrevista Celso Rocha de Barros, cientista político e doutor em sociologia pela Universidade de Oxford.
Barros falará sobre os primeiros 100 dias do novo governo Lula. O que o presidente fez nesse período? Quais as principais dificuldades enfrentadas para cumprir as promessas de campanha? O que deve acontecer a partir de agora? A data também marca os 100 dias dos governos estaduais. O que os governadores fizeram nesse período?
A bancada de entrevistadores é formada por Pedro Doria, editor da startup de jornalismo Meio; Cris Bartis, co-fundadora da plataforma Mamilos de Diálogo; Rodrigo Piscitelli, repórter da TV Cultura; Denilde Holzhacker, cientista política – ESPM; e Joel Pinheiro da Fonseca, filósofo.
A edição conta com desenhos do cartunista João Montanaro.
A apresentação do programa é de Vera Magalhães.
https://www.youtube.com/watch?v=TTU8EoQYK00
***********************************************
***
terça-feira, 11 de abril de 2023
Dora Kramer - 100 dias sem foco
***
***
Folha de S. Paulo
Sobram confusões, desacertos e retrocessos neste início do governo Luiz Inácio
Nada contra o "roadshow" internacional do presidente Luiz Inácio da Silva nem aos conselhos que dá ao mundo sobre como solucionar a guerra no Leste Europeu e nos palpites a respeito das relações entre países, notadamente ditaduras. Benfazejo o empenho em tirar o Brasil da condição de pária em que nos colocou o antecessor.
Bem-vinda também a revisão de atos nefastos, de decisões retrógradas, de comportamentos inaceitáveis e socialmente insensíveis. Fala-se em alívio civilizatório; de fato, uma vantagem. O desafogo, porém, traz o risco do repouso. E, pelo que temos visto nestes três meses e pouco, a trégua não se dá no conforto de um berço esplêndido.
Longe disso estamos. Falta foco nos problemas a serem enfrentados com urgência, sobram confusões, desacertos e retrocessos. Minorias são importantes, mas não menos o é a maioria. O presidente fala em olhar para frente, pede paciência. Mas o tempo de estio seria normal se ele fosse aprendiz no ofício. Em matéria de chegança, Luiz Inácio é catedrático. Comandou duas vezes os fatídicos 100 dias e outras duas foi espectador engajado de seu partido.
Tanto que fez campanha referido nas experiências anteriores. Daí a cobrança mais intensa e frágil à justificativa de que está "só no começo". Desmontar algo era preciso, mas destruir tudo em áreas essenciais ao bem-estar da população beira a irresponsabilidade.
Demolição do marco do saneamento, anulação da Lei das Estatais, volta das invasões de terras produtivas, gambiarra no orçamento secreto, sinal de repetição de velhos erros na política de preços dos combustíveis, contestação da ação autônoma do Banco Central e, pior, cancelamento de privatizações por apetite de poder e controle.
Tivéssemos ido por esse caminho, o Brasil ainda estaria nas garras da telefonia estatal, para citar só o caso mais emblemático, com farta distribuição de cargos nas teles para a infelicidade geral da nação.
****************************************************
***
Pascoal Meirelles | Programa Instrumental Sesc Brasil
***
Instrumental Sesc Brasil
261 mil inscritos
Clipe
1.193 visualizações 25 de abr. de 2018
Baterista, percussionista e compositor, Pascoal Meirelles graduou-se no Berklee College of Music, em Boston. Em 1966, formou o grupo “Tempo Trio”. No ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro, convidado para participar do grupo de Paulo Moura. Tocou por mais de 10 anos com Gonzaguinha e trabalhou com Hélio Delmiro, Wagner Tiso, Chico Buarque, Edu Lobo, Luís Bonfá, entre muitos outros. É um dos fundadores, junto com Mauro Senise, do grupo “Cama de Gato”. Ministrou workshops em diversas cidades brasileiras e países como Dinamarca, Suécia e EUA.
Ficha técnica:
PASCOAL MEIRELLES
bateria
NELSON FARIA
guitarra
ANDRÉ NEIVA
baixo elétrico
Repertório:
1:10 - CHOVENDO NA ROSEIRA (Tom Jobim)
12:13 - TOM (Pascoal Meirelles)
18:00 - TRISTE (Tom Jobim)
25:25 - PONTEIO (Edu Lobo / Capinan)
35:55 - PRO MOURA (Pascoal Meirelles)
45:35 - SÓ DANÇO SAMBA (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
Captação / Mixagem Show
LOUDNESS
Trilha Sonora Vinheta / Mixagem PGM
ESTÚDIO TRILHA ORIGINAL
Produção Canal Independente
Operador de vídeo
ANTÔNIO APARECIDO ÁLVES
Coordenador de Externa
RENATO VATEZECK
Supervisão de Operações
RICARDO VATEZECK
Operador de Áudio
LUIS ANTONIO DE SOUZA
Operador de VT
WANDERLAY ANTÔNIO DE BARROS
Assistente de Câmera
JOSÉ IRAN SOTERO
JOSÉ PEREIRA DA SILVA
ANTONIO CARLOS RABELO
DANIEL GOMES DOS REIS
Operador de Câmera
DIEGO KERMANN
RENE GUARILA
CARLOS TRAVAGLIA
LUIS CARLOS CURY
Teleprompter
CIA DO TP – CLAUDIO SCIENCIA
Cenotecnica
WAGNER JOSÉ DE ALMEIDA
Cenografia
PAOLA DE PAOLI
Assistente de iluminação
ALBERTO GONÇALVES DE SOUZA
Diretor de Fotografia
RINALDO MATINUCCI
Camareira
LIECI JESUS BISPO
Maquiagem
FÁBIO LUIZ DA CRUZ
Figurino
MARIANA FELICIANO
Edição de imagem / Videografia
FLÁVIO BRANT ALVIM
Produção
BRUNA BEGLIOMINI
Edição de texto
IGOR DELION
Apresentação
PATRICIA PALUMBO
Diretor de TV
MARCELO AMIKY
Direção Artística
MAX ALVIM
Direção Geral
CARLOS ZEN
Patrícia Palumbo veste
PILAR
SESC AVENIDA PAULISTA
Coordenador de manutenção
CARLOS HUMBERTI
Iluminação de Palco
TITO LIVIO
RENATO YOSHINAGA
Equipe Técnica
LÍGIA MOREIRA MORELI
Gerente Adjunta
CLÁUDIA DARAKJIAN TAVARES PRADO
Gerente Sesc Avenida Paulista
ELISA MARIA AMERICANO SAINTIVE
GERÊNCIA DE AÇÃO CULTURAL
Assistentes Área de Música
MÔNICA CARNIETO
SÉRGIO PINTO
Gerente Adjunto
PAULO CASALE
Gerente de Ação Cultural
ROSANA PAULO DA CUNHA
SESCTV
Produção
VALÉRIA MARIA GIANNOCCARO
Estagiária
THAÍS DOS REIS
Programação
TATIANA LOTIERZO
RENATA WAGNER
TAÍS BARATO
ADRIANA REIS
Assessoria de imprensa
JÔ SANTINA
Coordenador de Redação
JULIANO DE SOUZA
Direção de Programação
REGINA GAMBINI
Direção Executiva
VALTER VICENTE SALES FILHO
Superintendente Técnico-social
JOEL NAIMAYER PADULA
Superintendente de Comunicação Social
IVAN GIANNINI
Diretor Regional SESCSP
DANILO SANTOS DE MIRANDA
SescTV
http://www.sesctv.org.br
---
Show que ocorreu no Teatro do Sesc Paulista dia 20/05/2008
• site oficial: http://instrumentalsescbrasil.org.br
• assista aos shows ao vivo pelo http://facebook.com/sescsp
https://www.youtube.com/watch?v=lkP0zi8NlJk
************************************************
***
Ecuador History
***
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No transcurso desse estudo, buscou-se investigar a extensão do legado (político,
econômico e social) de Simón Bolívar para o bolivarianismo de Rafael Correa no Equador
contemporâneo. Para tanto, foram abordadas as revoluções que deram origem aos processos de
independência das colônias espanholas nas Américas nos primeiros 30 anos do século XIX. A
atuação de Bolívar nesses conflitos foi indissociável de seus desfechos, o que poderia apontar
para um possível prosseguimento de seu projeto após a formação das novas repúblicas hispanoamericanas. Em seguida a sua morte em 1830, todavia, o que se percebeu foram confrontos por
poder e a conservação de antigas estruturas sociais.
Muito desse projeto de Bolívar era composto por ideais de arranjos de integração latinoamericana, de emancipação dos povos coloniais e melhor equalização das riquezas entre as
classes sociais. Acima de tudo, a palavra que unia muitos dos hispano-americanos e era repetida
incansavelmente por Bolívar era liberdade. As repressões política, social e econômica durante
séculos haviam sido suportadas pelos povos colonizados que, quando muito, intentavam uma
revolta que logo era reprimida com violência. Sob a liderança de Bolívar o cenário fora
diferente, inclusive o internacional. As alternâncias no trono espanhol após a chegada de
Napoleão, em 1808, favoreceram o enfraquecimento da metrópole nas Américas.
Para lograr a libertação desses territórios, Bolívar dispunha de um perfil carismático,
centralizador e autoritário. A liderança fora outro fator que contribuíra para a consecução das
independências. A eloquência com a qual discursava foi, certamente, um elemento importante
para os levantes e a adesão da população ao seu exército patriota. Não se pode negar que as
guerras de independência, de uma maneira geral, resultaram em economias abatidas, setores
produtivos em decadência e disseminação da pobreza.
A infraestrutura desses territórios também foi danificada a ponto de inibir as trocas
comerciais e a mobilidade de pessoas. O contexto foi agravado quando se leva em consideração
as mortes durante as revoltas e as sequelas que isso provocou nas diversas áreas daquelas
sociedades. De fato, o panorama pós independências não foi aquele imaginado por Bolívar e
seus companheiros. O desafio agora seria reconstruir o que fora danificado e refundar as
estruturas políticas e econômicas construídas nos moldes coloniais. O que se viu após a
expulsão dos espanhóis foi a perpetuação de uma dependência comercial, agora não mais com
a respectiva metrópole, mas sim com a Inglaterra.
Os ingleses – que enviaram homens e equipamentos para a causa de Bolívar –
expandiram seus mercados consumidores de produtos manufaturados, recebendo, em
112
contrapartida, grandes quantidades de bens primários das Américas, como por exemplo o café
e o cacau. Os empréstimos ingleses às novas repúblicas sul-americanas também foram
ampliados na segunda metade do século XIX, permitindo a construção de ferrovias que
otimizavam a logística de transporte da região – o que, por sua vez, favorecia os fluxos de
exportação para a Inglaterra. Com isso, espera-se ter contemplado o primeiro objetivo
específico, qual seja, contextualizar o papel de Simón Bolívar nas independências hispanoamericanas no século XIX.
O segundo deles – analisar os desenvolvimentos econômico e político de Bolívia, Cuba,
Venezuela e Equador, em especial, no século XX e sob as influências de Bolívar – pode ser
enquadrado no capítulo “Bolívar vive? Reverberações regionais do legado de Bolívar no século
XX”. Nele, fez-se uma breve exploração dos ambientes pós-revolucionários e identificou-se
que, depois de algumas décadas de reconstrução e acomodação das forças sociais, os quatro
países estudados (Bolívia, Cuba, Equador e Venezuela) tiveram desempenhos expressivos do
ponto de vista dos intercâmbios comerciais. As oportunidades de participação social concedidas
às classes mais empobrecidas, contudo, continuaram escassas.
O alvorecer do século XX trouxe mais desafios para os povos hispano-americanos.
Nesse ponto, o legado de Bolívar já parecia distante e predestinado a permanecer somente no
imaginário popular. A América Latina – muito embora cumprisse papel importante de provedor
de alimentos – ocupava uma posição periférica no contexto internacional, tanto política quanto
economicamente. A transição hegemônica global da Inglaterra para os Estados Unidos se
desenrolava de maneira a deslocar os fluxos comerciais dos países latino-americanos da Europa
para a América do Norte nas décadas iniciais do século, com destaque para o caso de Cuba.
O Equador sofreu com a curva decrescente das exportações de cacau e café, o que fez
com que o arroz surgisse na década de 1930 como um vetor da economia nacional. Foi, todavia,
após o desfecho da Segunda Guerra Mundial, em 1945, que o ciclo da banana foi estabelecido
no país e suscitou melhorias da infraestrutura de transportes e viabilizou o aumento da oferta
de empregos. Assim como aconteceu com a cultura do cacau, as repercussões do boom
bananeiro foram sintomáticas de um novo paradigma produtivo e econômico no Equador. Este
fato contrastou com a manutenção da economia equatoriana em posição de passividade e
reatividade em relação à demanda internacional por itens primários.
Os anos de 1950 foram um marco tanto na Bolívia quanto em Cuba. Na primeira, a
revolução de 1952 contra os governos oligárquicos realizada por camponeses e operários foi
importante para pautas como reforma agrária, sufrágio universal e nacionalização de minas.
Quanto à segunda, a destituição do então presidente cubano Fulgencio Batista em 1959 por
113
Fidel Castro e seus companheiros foi outro símbolo da possibilidade de formas alternativas ao
desenvolvimento. Prova disso foram a implementação da reforma agrária no país, a melhoria
dos sistemas de saúde e de educação e o aumento dos salários médios dos trabalhadores
mediante programas de distribuição de renda e socialização dos meios produtivos.
O despertar da década de 1960 foi de transição produtiva para o Equador com a
decadência da cultura bananeira e a consolidação do petróleo como principal item da pauta de
exportações. A visibilidade internacional era diferente. Em termos de importância, o petróleo
se configurava como um dos produtos básicos das grandes potências, sendo tratado por muitos
como assunto de segurança nacional. Junto com a Venezuela, o Equador passou a ocupar um
espaço dentro da OPEP, o que era representativo para um país de seu porte. A inaptidão de
sucessivos governos de fortalecer a industrialização nacional e a consequente importação de
bens manufaturados, entretanto, foram efeitos desse período e que resultaram na ampliação da
dívida externa do país.
A análise das duas últimas décadas do século XX no Equador permitiu compreender o
contexto da emergência de movimentos sociais como a CONAIE e sua função de contestação
política, social e econômica. Sua atuação, em conjunto com outros atores sociais, foi no sentido
de confrontar medidas neoliberais de governos equatorianos que estavam alinhadas com o FMI
e eram nocivas aos povos indígenas. Essa instabilidade política irrompeu os primeiros anos do
século XXI até a vitória eleitoral de Rafael Correa em 2006. Dessa maneira, acredita-se ter
alcançado o segundo objetivo específico deste trabalho ao dar-se amparo material para as
reflexões subsequentes da última parte.
O último capítulo, designado “Resíduos dos anos 1990 e ascensão de Rafael Correa:
renúncia ao neoliberalismo e resgate do legado de Simón Bolívar”, retratou o Equador dos
últimos 20 anos considerando dimensões políticas, econômicas e sociais. Nele, o último
objetivo específico foi tratado, a saber: compreender os panoramas político e econômico do
Equador nos governos de Rafael Correa sob o prisma do bolivarianismo. Foi realizada uma
análise desde a ascensão de Correa até seu afastamento da vida política em 2017. Nesse ínterim,
foram identificadas algumas estratégias utilizadas por Correa para a conservação do status quo.
Debilitação do sistema partidário equatoriano, formação de elos entre o presidente e a
população, criação e perseguição de inimigos nacionais para fortalecer a imagem presidencial,
aumento na convocação de plebiscitos e estímulo à polarização política são alguns dos
movimentos presentes nos dez anos da era Correa. Muitos deles são associados às lideranças
populistas, como confirmou-se ser o perfil de Correa. O presidente equatoriano se juntou ao
venezuelano Hugo Chávez e ao boliviano Evo Morales para pôr em prática o conceito de
114
bolivarianismo na América Latina. Essa apropriação do legado de Bolívar, no entanto, pareceu
precipitada e indevida.
Os resquícios da era Correa apontam para realizações nos campos social e econômico,
sobretudo. As políticas propostas atenderam, de maneira geral, às demandas de boa parcela da
população e contribuíram para a melhoria dos índices de desenvolvimento do país. Além disso,
houve uma busca por equilibrar a distribuição de riquezas, diminuindo os contrastes em relação
à renda. No campo internacional, Correa selecionou o rol de parceiros do Equador. A China –
por questões geopolíticas, econômicas, ideológicas e de soft power – foi a principal investidora
e credora do país durante os governos de Correa. Não há como desvincular a exportação de
petróleo equatoriano para a China de todos esses avanços.
É nesse ponto que: 1) julga-se ter compreendido o modelo de governo de Correa, bem
como a identificação de seu perfil político, alcançando o último objetivo específico, isto é,
compreender os panoramas político e econômico do Equador nos governos de Rafael Correa
sob o prisma do bolivarianismo; 2) emerge a questão sobre a existência e a validade do
bolivarianismo no Equador contemporâneo. Todo o caminho percorrido até aqui sugere que o
bolivarianismo foi um fenômeno circunscrito a um espaço e a uma época específicos,
respectivamente, a América do Sul colonial e às guerras de independência hispano-americanas.
Não foi possível encontrar evidências que indicassem para a convergência entre as
reivindicações bolivarianas no século XXI e os ideais de Simón Bolívar.
A hipótese – ao adotar o bolivarianismo como referencial, Correa incorporou e
implementou os ideais, o perfil e os valores de Bolívar à frente da presidência do Equador –,
portanto, não pôde ser confirmada. Ao tentar dimensionar o legado de Bolívar para o Equador
contemporâneo observou-se que Rafael Correa utilizou o ideário bolivariano com o intuito de
conservar seu poder pessoal. Bolívar concebia uma América Latina una e forte, supranacional
e capaz de se inserir internacionalmente sem os antigos vínculos com a Espanha. Porém, antes
mesmo de sua morte, Bolívar já manifestava tanto sua frustração em relação aos possíveis
destinos do subcontinente quanto a tristeza pela falta de reconhecimento dessas populações.
Com isso, considera-se que a metodologia escolhida foi adequada. Os recortes temporais
deram conta de debater sobre as questões indispensáveis para o trabalho, do mesmo modo que
as palavras-chave conduziram à análise formal a partir de bibliografias clássicas e
contemporâneas que abarcaram diferentes pontos de vista de autoras e autores, cujos idiomas
foram o espanhol, o português e o inglês. A leitura atenta das produções se deu ordenando,
classificando e analisando criticamente artigos e livros que possibilitaram o reconhecimento de
concordâncias e contraposições de ideias. Esse fato colaborou com o desenvolvimento de uma
115
discussão analítica sobre o tema, principalmente nos assuntos ligados aos governos de Rafael
Correa e sua personalidade.
A bibliografia, dessa forma, respondeu às expectativas iniciais e se mostrou rica em
detalhes e eventos relevantes. Em especial, o livro de Acosta (2006) “Breve história econômica
do Equador” e os escritos de De la Torre (2010, 2013, 2018, 2020) aportaram para a
compreensão, respectivamente, da maneira como ocorreu a construção das instituições políticas
e das práticas econômicas do Equador desde o período das independências e da identificação
do comportamento e estratégias de Correa ao longo de seus anos à frente da presidência. Além
disso, o artigo de Lopes (2013) intitulado “A economia política da década bolivariana:
instituições, sociedade e desempenho dos governos em Bolívia, Equador e Venezuela (1999-
2008)” auxiliou na verificação das contrariedades entre os ideais de Simón Bolívar e a atuação
de Correa.
Algumas das limitações desse estudo foram as dificuldades encontradas para a obtenção
de informações de intercâmbios comerciais e financeiros das colônias/repúblicas em questão
no começo do século XIX. Não foi possível acessar, de forma satisfatória, bancos de dados
oficiais e confiáveis. No entanto, foram identificadas obras que trouxeram dados compilados,
como The economic history of Latin America since independence (2003) de Bulmer-Thomas.
Outro fator que limitou maior alcance de informações oficiais foi a impossibilidade de acesso
ao website do Banco Central del Ecuador em virtude de falhas no sistema do órgão em diversas
tentativas.
Esse trabalho não pretendeu esgotar as reflexões sobre as relações entre Simón Bolívar
e Rafael Correa. Ambos tiveram a oportunidade de vivenciar épocas com vários eventos
históricos e, por isso, abundantes em potenciais pesquisas. Por exemplo, a megamineração, que
aparenta ser um novo ciclo produtivo no Equador, merece um olhar atento nos próximos anos.
O redirecionamento político e ideológico do Equador na transição de Correa para Moreno, em
2017, talvez seja outro evento que deva receber maior interesse e contribuições de pesquisa,
levando em conta traços disruptivos com reverberações na atualidade.
116
REFERÊNCIAS
ACOSTA, Alberto. Breve história econômica do Equador. Brasília: Funag, 2006.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário