Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
terça-feira, 4 de abril de 2023
DEUS LHE PAGUE
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A Música Brasileira no Teatro: "Deus lhe pague"
"Esta canção faz parte de um álbum lançado em 1976, em vinil, com 12 canções, todas de autoria de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, compostas para integrar uma super produção cênica-musical, da peça “Deus lhe pague”, de Joracy de Camargo, exibida no palco do Canecão, no Rio de Janeiro."
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LETRA
"Um novo dia" (Edu Lobo e Vinicius de Moraes)
Um novo dia vem nascendo
Um novo sol já vai raiar
Parece a vida, rompendo em luz
E que nos convida a amar
Oh, meu irmão, não desespera
Espera a luz acontecer
Para que a vida renasça em paz
Nesse novo amanhecer
Surgem as abelhas em zoeira a sugar o mel das flores gentis
Param as ovelhas pelo monte, a recordar os horizontes felizes
Vindo à distância cantam galos em longínquos intervalos de sons
Pombos revoando, vão uivando, vão passando nestes céus tão azuis
Ah, quanta cor e luz!
E o movimento vai crescendo
Vai aumentando em amplidão
Parece a vida pulsar no ar
O bater de um coração
Sobem pregões vindos da praça
Começa o povo a aparecer
Quem quer comprar neste novo dia
A alegria de viver?
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A peça teatral
"Deus lhe pague"
http://ozumbidodamosca.blogspot.com/2016/02/a-musica-brasileira-no-teatro-deus-lhe.html
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GRUPO DE TRABALHO SOBRE O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (PEC 45/19)
Audiência Pública Extraordinária (semipresencial) - 04/04/2023
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ÍNTEGRA DA REUNIÃO
Audiência Pública Extraordinária (semipresencial) - 04/04/2023
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Ponto de equilíbrio: que é, como calcular e sua importância na gestão
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Publicado dia 26 de abril de 2014
GILLES B. DE PAULA
Tempo médio de leitura
9 min
Nós já falamos aqui no blog sobre a margem de contribuição e até disponibilizamos uma planilha gratuita que ajuda a fazer esse cálculo (você pode baixá-la clicando aqui!). Agora, vamos passar para mais um passo dentro da gestão financeira: determinar o ponto de equilíbrio econômico de sua empresa.
Ponto de equilíbrio
Apesar do nome pomposo, esse é um índice muito simples e fácil de calcular, que informa ao empresário o faturamento mínimo necessário para cobrir todos os gastos do negócio em um determinado período. Neste artigo, vamos mostrar como chegar até esse número e também as diferenças entre ele e o ponto de equilíbrio contábil e ponto de equilíbrio financeiro. Siga com a gente!
O que você vai encontrar neste artigo:
O que é ponto de equilíbrio?
Ponto de equilíbrio contábil
Ponto de equilíbrio financeiro
Ponto de equilíbrio econômico
Como calcular o ponto de equilíbrio?
Ponto de equilíbrio pode ser uma meta na OMTM
Concluindo
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O que é ponto de equilíbrio?
No ponto de equilíbrio, também chamado de break-even point, ponto de ruptura, ou, ainda, ponto crítico, o lucro da empresa é zero, ou seja, é quando os produtos vendidos pagam todos os custos e despesas fixas e variáveis, mas ainda não sobra nada para o empresário e seus sócios.
É a partir deste ponto que os novos produtos vendidos (desde que com margem de contribuição positiva) passarão a gerar lucro para a empresa. Mesmo sendo um indicador muito simples e fácil de calcular, como dissemos, esta é uma informação vital para a análise de viabilidade de um empreendimento ou da adequação em relação ao mercado.
Existem três principais variações do ponto de equilíbrio: o contábil, o financeiro e o econômico. Eles são razoavelmente parecidos no conceito, mas apresentam perspectivas um pouco diferentes para o cálculo. Vamos entender melhor?
Ponto de equilíbrio contábil
Esse é o mais comum e utilizado pelas empresas. Com ele, dividem-se os custos e as despesas fixas pela margem de contribuição, tendo, assim, o valor necessário para igualar os gastos e começar a ter o tão sonhado lucro.
Ponto de equilíbrio financeiro
Esse é muito semelhante ao anterior. A diferença é que ele exclui da conta depreciações e outras despesas que a empresa não precisa necessariamente desembolsar, mas que são contabilizadas em um Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), por exemplo.
O que importa aqui são apenas os gastos realizados para tocar o negócio, como despesas administrativas e custos operacionais. É mais ou menos parecido com a ideia de EBITDA, que é o lucro das empresas antes de juros, amortizações, depreciações e impostos.
Ponto de equilíbrio econômico
Por fim, nós chegamos ao ponto de equilíbrio econômico. Nesse indicador, você precisa acrescentar o custo de oportunidade, que considera a margem de ganho que alguém poderia ter se tivesse investido em outro negócio ou em um fundo de investimento, por exemplo. Trata-se da escolha que alguém faz. Ao optar por um caminho, deixa outro de lado, que poderia ser mais lucrativo.
Sendo assim, o negócio escolhido precisa gerar um resultado igual ou superior ao que foi preterido pelo empresário ou investidor. E é aí que entra o ponto de equilíbrio econômico, que, além dos custos, considera o custo de oportunidade para indicar o quanto é necessário faturar para equilibrar esse fator e tornar a opção vantajosa.
Como calcular o ponto de equilíbrio?
https://www.treasy.com.br/blog/ponto-de-equilibrio-economico/
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Luiz Gonzaga Belluzzo* - Certo ou errado?
Valor Econômico
Destroçada por tecnocratas de turno, a economia entre seu destino às forças da apologética sem limites
Proclamado “mago das finanças” pela grande mídia global, George Soros escreve livros e artigos a respeito dos mercados financeiros. Entre outras considerações, cuida de avaliar o capitalismo e suas crises. Não vá o caro leitor perder-se em divagações sobre os propósitos subversivos do senhor Soros. O “megaespeculador” limita-se a ponderar razões contra os “fundamentalismos de mercado” e a enaltecer as virtudes do pensamento crítico.
Soros apresentou com clareza impressionante a fragilidade dos supostos que sustentam as teorias dos mercados competitivos, livres, “eficientes” e denunciou o seu caráter predominantemente apologético.
Na narrativa convencional, o intercâmbio de mercadorias e de ativos transcorre, com ligeiras flutuações, nos mercados “eficientes” informados pelos “fundamentos”. Nos modelos de equilíbrio geral com mercados completos para todas as datas, o dinheiro é supérfluo. Os agentes racionais logram maximizar sua função-utilidade, dentro das restrições impostas por sua dotação de recursos reais. No universo newtoniano da modelística, só um desatinado poderia desejar o dinheiro pelo dinheiro. Nessa economia sem dinheiro verdadeiro não há demanda de liquidez.
A crise financeira de 2008, como tantas outras, esgueirou-se silenciosa nos subterrâneos da economia globalizada, enquanto seus acólitos midiáticos e acadêmicos evangelizavam o público com as crendices sobre os mercados eficientes e “competitivos” no provimento de informações para os agentes racionais e otimizadores. É reconfortante acreditar em Papai Noel.
Quando irrompeu das profundezas, o terremoto financeiro exigiu os cuidados das políticas de socorro às instituições financeiras. Incapazes de revigorar as economias, socializaram prejuízos e acentuaram a concentração de renda e resgataram dos baixios do fracasso a subteologia dos mercados eficientes e competitivos.
Soros reconhece que o fundamentalismo do laissez-faire não é diferente, em essência, daquele que sustentou as experiências malogradas do socialismo real. Ambos têm em comum a certeza do conhecimento da verdade “última”, atingida a partir de procedimentos científicos. Uns e outros têm pretensões de praticar a engenharia social e almejam enfiar a sociedade nos escaninhos estreitos de suas certezas funestas. Vai sobrar sociedade.
Soros desdenhosamente acusa a teoria dos mercados eficientes - cujas forças fundamentais moveriam a economia continuamente para a senda do equilíbrio e da estabilidade - de pertencer à categoria de superstições científicas contaminadas irremediavelmente pelo determinismo. A partir de uma concepção ultrapassada do método científico, a teoria econômica pretende tirar conclusões práticas relevantes, recomendar políticas e impor reformas.
Seria uma ousadia convocar Theodor Adorno e sua Dialética Negativa para testemunhar que “palavras como problema e solução soam falsas na filosofia porque postulam a independência do pensado em relação ao pensamento precisamente lá onde pensamento e pensado são mediados reciprocamente”.
Vou assumir o risco de intrometer no texto leituras do livro “A Ordem do Tempo”, do físico Carlo Rovelli:
“Partículas elementares, fótons e quanta de gravidade, ou seja, “quanta de espaço”, esses grãos elementares não vivem imersos no espaço. Eles mesmos formam o espaço. Ou melhor, a espacialidade do mundo é a rede de suas interações. Não vivem no tempo; interagem incessantemente uns com os outros, aliás existem apenas enquanto elementos de contínuas interações; e esse interagir é o acontecer do mundo: é a forma mínima elementar do tempo, que não é nem orientada, nem linear... É um interagir recíproco em que os quanta se atualizam no próprio ato de interagir em relação àquilo com que interagem”.
Peço licença para ressaltar as frases: “interagem incessantemente uns com os outros, aliás existem apenas enquanto elementos de contínuas interações... É um interagir recíproco em que os quanta se atualizam no próprio ato de interagir em relação àquilo com que interagem”.
Retornamos a George Soros e seu conceito de reflexividade para investigar a natureza das relações entre os protagonistas dos mercados financeiros. “A característica distintiva da reflexividade é que ela introduz um elemento de incerteza no pensamento dos participantes e um elemento de indeterminação na situação em que participam”.
A ortodoxia neoclássica parte do indivíduo como unidade de análise e chega ao equilíbrio geral entre a soma de indivíduos que formam uma economia harmônica. Seja qual for a interpretação mais correta das crises financeiras, mais importante é a constatação do caráter reducionista do pensamento que se arroga foros de cientificidade. Sua função não é propriamente a de indagar ou investigar, se não a de simplificar: certo ou errado, bem ou mal. Trata-se de justificar e não de compreender ou explicar.
O exemplo mais conspícuo do fracasso ontológico e epistemológico foi sintetizado na resposta que o nobelizado Robert Lucas deu à indagação da Rainha Elisabeth II depois da crise. Em visita à London School of Economics a rainha perguntou por que os economistas não haviam previsto a crise. Lucas respondeu em um artigo na revista The Economist em 2009: “A crise não foi prevista porque a teoria econômica prevê que estes eventos não podem ser previstos”. Se os indivíduos são racionais, eles conhecem a estrutura da economia e são capazes de antecipar corretamente sua trajetória probabilística. Os mercados são, portanto, eficientes e a crise que aconteceu não poderia ter acontecido. Não poderia ser prevista.
A “ciência” aproxima-se assim do pensamento mítico. O retorno do mito é um dos fenômenos mais formidáveis de nossos tempos e atinge com maior intensidade as chamadas ciências humanas. Como sempre destroçada pelas exigências da política antidemocrática dos tecnocratas de turno, a economia entrega seu destino às forças do empobrecimento conceitual e da apologética sem limites. O esvaziamento teórico se faz em nome da despolitização e da “limpeza ideológica”, da aproximação da economia ao paradigma que atribuem às ciências da natureza.
*Luiz Gonzaga Belluzzo é professor titular do Instituto de Economia da Unicamp e professor emérito da Universidade Federal de Goiás.
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"Eu sou muito eficiente." Roseli de ChocoLate com Pimenta
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Chocolate com Pimenta O FIM DE ROSELI
Chocolate com pimenta é a adaptação da obra de. Walcyr Carrasco, inspirada na opereta "A viúva Alegre" ganha os palcos de Belém!
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César Felício - Espaço para candidato da terceira via em 2026 está vago
Valor Econômico
Especialistas não veem nomes viáveis para liderar oposição em 2026 fora do bolsonarismo
O espaço para uma terceira via que quebre a polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro existe, mas está vago, de acordo com pesquisas de opinião e analistas políticos.
Eleito governador do Rio Grande do Sul derrotando o bolsonarismo e o petismo, o tucano Eduardo Leite é visto como um nome frágil por falta de retaguarda partidária e eleitoral. As chances da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Geraldo Alckmin (PSB) e dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo) dependerão do declínio ou impedimento, por motivos políticos, judiciais ou de saúde, de Lula ou Bolsonaro.
O capital político de Simone Tebet é considerado insuficiente para suportar o desgaste de uma ruptura com o presidente, e Alckmin é um candidato natural à reeleição na posição de vice, caso Lula concorra novamente. Já os governadores, por mais que se distanciem de Bolsonaro na conduta e no estilo, não são apenas aliados, fazem parte de seu núcleo.
Mas há um grau de incerteza em relação a uma oitava candidatura presidencial de Lula em 2026, ocasião em que terá 81 anos. No caso de Bolsonaro, a dúvida maior é se continuará elegível com 16 processos que podem tirá-lo das próximas eleições presidenciais.
“É mais provável uma substituição do que uma quebra de polarização, uma vez que o sistema partidário no Brasil levou a uma dizimação do centro”, comentou o cientista político Antônio Lavareda, do Ipespe. Ele lembra que os partidos de centro caíram de 28% em 2002 para 7% no ano passado. “A partir deste centro esvaziado projetar uma candidatura é difícil”, afirmou.
A demanda no eleitorado por uma candidatura de centro ficou patente em um levantamento do Ipec, divulgado pelo jornal “O Globo” e finalizado em 6 de março. De acordo com este levantamento, 39% dos pesquisados concordavam totalmente com a frase “eu gostaria que o Brasil tivesse uma terceira via para evitar a polarização política do país”. Outros 18% sinalizaram que concordam em parte.
Mauricio Moura, economista que colabora com o Ideia, instituto de pesquisa, aponta que o pouco tempo transcorrido depois da eleição mais polarizada da história brasileira é um dos motivos para a ausência de opções para atender a demanda do eleitorado por uma terceira via. “Quem tem recall sai com uma grande vantagem e quebrar isso é um desafio. Acredito que um candidato com o sobrenome Bolsonaro, seja quem for, teria 20% das intenções de voto como ponto de partida”, exemplificou.
Segundo Moura, Bolsonaro tem um eleitorado consolidado que interdita caminhos para quem se pretende opção à polarização.
No caso de Lula, a aliança de centro-esquerda que sustentou sua vitória pode se desagregar com mais facilidade caso ele não possa concorrer.
“É mais fácil a terceira via crescer sobre o eleitorado do Lula do que o do Bolsonaro”, pontua o cientista político Carlos Melo, do Insper, que faz um juízo bastante severo sobre o centro: “A terceira via precisa dizer a que veio. O PSDB na Câmara está votando com o Bolsonaro e tem apenas 14 deputados e três senadores. Não tem um rosto que expresse uma linha política para o futuro”, diz.
O presidente nacional do PSDB é o governador gaúcho Eduardo Leite, que superou Edegar Pretto (PT) no primeiro turno por uma margem de 0,04% e ficou em segundo lugar, atrás do bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL). No segundo turno, conseguiu agregar a esquerda, manter o centro e bateu Lorenzoni por 57,1% a 42,9%.
Leite entre 2021 e 2022 tentou se viabilizar como candidato à Presidência, mas não teve apoio dentro do PSDB e nem quis sair do partido para concorrer. Embora tenha se desincompatibilizado do governo do Rio Grande do Sul, concorreu ao mesmo cargo. Para Melo, esse vai e vem de Leite o enfraqueceu. “A impressão que ficou é que no meio político se trata de uma pessoa que agrega pouco”.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), também se elegeu batendo opções bolsonaristas e lulistas, mas em circunstâncias excepcionais. A atual governadora passou por uma tragédia pessoal - a morte repentina de seu marido Fernando Lucena - no dia da eleição do primeiro turno, o que produziu uma comoção regional.
Os ataques recentes do presidente ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR) recolocaram o ex-juiz condutor da Operação Lava-Jato em evidência, mas há unanimidade entre os especialistas em considerar que seu tempo passou. “Moro era um grande nome para 2018, verdadeiramente imbatível. Aquela era uma eleição atípica, que pedia uma quebra da polarização tradicional. Em uma eleição normalizada, ele não consegue arregimentar o centro”, aposta Lavareda. “Ele poderia ser uma opção para o centro se não tivesse sido ministro da Justiça de Bolsonaro”, observa Melo.
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terça-feira, 4 de abril de 2023
Luiz Carlos Azedo - Arcabouço fiscal pressupõe a redução da taxa de juros
Correio Braziliense
Lula criticou as avaliações pessimistas sobre o crescimento da economia neste ano, fazendo previsões de não há haverá um quadro de estagnação ou recessão, com o Brasil crescendo mais de 1%.
A primeira batalha para aprovação do novo “arcabouço fiscal” é convencer o mercado e a opinião pública de que há sinceridade de parte do governo Lula em relação aos objetivos de estabelecer limites e metas de gastos públicos. Nesse aspecto, as primeira reações são mais positivas do que negativas. A segunda batalha ainda está em curso, trata-se do convencimento generalizado de que o governo precisa aumentar as receitas para que a política econômica dê certo, algo entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões.
Há duas condições para isso, ambas muito contingenciadas. O mais fácil é a redução da taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC), hoje em 13,75% (Selic), o que acirra o conflito entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que está convencido de que a proposta anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, causará aumento da inflação. O mais difícil é a reforma tributária, com ampliação da base de arrecadação federal sem aumento de impostos, cujo maior obstáculo é a aprovação pelo Congresso.
O governo Lula se comprometeu a melhorar, ano a ano, as suas contas, chegando a um superavit primário de 1% do PIB em 2026, seu último ano de mandato. As despesas subirão, no máximo, 2,5% ao ano, descontada a inflação. As críticas ao modelo se concentram no piso de 0,6% para o crescimento das despesas, que Haddad espera compensar com a taxa de crescimento da economia e a reforma tributária. A herança maldita do governo Bolsonaro é uma trajetória de endividamento explosiva: em 10 anos, pode saltar de 72,9% para 95,3%. Uma alta de 22,4 pontos até 2032.
Ontem, o presidente Lula criticou as avaliações pessimistas sobre o crescimento da economia neste ano, fazendo previsões de não há haverá um quadro de estagnação ou recessão, com o Brasil crescendo mais de 1%. Essa avaliação não é uma adivinhação, se baseia no cenário traçado pela equipe econômica, o pior cenário prevê a estabilização da dívida em 85% no mesmo período. Ou seja, 10 pontos a menos. Entretanto, se tudo der certo, segundo Haddad, a dívida se estabilizará em 77% do PIB a partir de 2025. Isso é exequível. Onde está o caminho crítico?
Com toda certeza, no Congresso Nacional. O lobby dos setores contrários à proposta é mais concentrado do que os interesses difusos da maioria da sociedade. É sempre assim. Organizado em frentes parlamentares muito atuantes, com poder de embargar propostas ou embarcar jabutis, o poder de fogo do agronegócio e da indústria tradicional para defender isenções e privilégios é muito mais eficaz do que o dos setores beneficiados por políticas públicas universalistas, mesmo na saúde e na educação.
Quanto pior, melhor
A crise entre o Senado e a Câmara em torno da instalação da comissão mista do Congresso para iniciar a tramitação das medidas provisórias é uma demonstração da complexidade das negociações no Parlamento. A narrativa de que o governo precisa cortar gastos sociais, porque não conseguirá aumentar as receitas, é apenas a ponta do iceberg dos interesses dos grandes grupos econômicos. E o fato de a sociedade não conseguir acompanhar a complexidade desse debate favorece a ação deletéria dos que apostam no fracasso do governo.
Às vésperas de completar 100 dias, o governo Lula enfrenta dois tipos de oposição. A principal é a de extrema direita, ideológica, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que quase ganhou as eleições e continua vivíssima (quem quiser que se iluda). A segunda, é a oposição precoce dos que apostam na fratura da coalizão de governo e na constituição, desde já, de uma “terceira via” para as eleições de 2026. Nesse aspecto, a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin no Ministério do Desenvolvimento Econômico, de Simone Tebet no Ministério do Planejamento e de Marina Silva no Meio Ambiente frustra esses setores.
Grosso modo, há duas vertentes no governo Lula sobre a política econômica, uma mais moderada, representada por Haddad, Alckmin, Simone e Marina, todos ex-candidatos a presidente da República, e outra mais à esquerda, que se expressa por meio da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que também têm suas ambições no governo. O presidente Lula claramente prestigiou a primeira, quando nada porque ocupa os ministérios.
Onde está o ponto de equilíbrio? Na popularidade de Lula e na base parlamentar do governo. A primeira está relativamente controlada, quando nada porque o presidente da República constrói uma narrativa que vem mantendo o apoio dos setores populares que o elegeram. Entretanto, toda vez que erra o tom favorece o surgimento de uma oposição moderada, que o apoiou no segundo turno, mas tem ojeriza ao PT, quando não ao próprio presidente. A segunda é o xis da questão. Os partidos de esquerda são minoritários, Lula depende do apoio do bloco de partidos de centro-direita: MDB, PSD, Podemos, Republicanos e PSC. A negociação com esses partidos será crucial para o sucesso do governo.
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Ministro Flávio Dino: "A democracia venceu, a Constituição venceu e a horda criminosa perdeu."
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Marco Antonio Villa
Estreou há 10 horas
Faça parte do meu grupo de WhatsApp acesse www.professorvilla.com.br
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terça-feira, 4 de abril de 2023
Dora Kramer - Ordem na caserna
Folha de S. Paulo
Enquanto o governo patina em outras áreas, relação com as Forças exibe avanços
Muita coisa ainda não funciona no governo prestes a completar cem dias, havendo quem prefira chamar de governo dos sem dias, tantos são os atritos sem resultados.
Pois nas Forças Armadas, onde o clima era mais acirrado e o problema parecia o mais grave, é onde a reconstrução de pontes vai indo bem. Aqui surgem dois Luizes Inácios.
No palanque, o presidente arruma confusão com o Banco Central, com o senador que o condenou quando juiz, faz profissão de fé à esquerda e dá um peteleco na frente ampla.
No chão da fábrica das necessidades cruciais, segue o roteiro montado no bastidor pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Nesse meio-tempo em que desagradou a muitos, Lula almoçou com os almirantes do Alto Comando; uma semana depois visitou obras no complexo naval de Itaguaí (RJ); cinco dias mais tarde esteve com a cúpula da Aeronáutica na inauguração da linha de produção de aviões de caça Gripen, da Embraer.
Com o Exército, o arranjo é conduzido pelo comandante da Força, general Tomás Paiva, que organiza um encontro provavelmente nesta quarta-feira (5) depois da cerimônia de cumprimentos aos novos generais comandantes de áreas.
Há os gestos e há os atos. Dentre os quais o "ok" de Lula para que José Múcio convença o PT a desistir de mudar o papel das Forças Armadas na Constituição e o aval dele à proposta que obriga a aposentadoria de militares candidatos em eleições.
Isso para evitar proselitismo nos quartéis. Já proibido, mas alimentado no governo passado. A reaproximação em curso não extingue o desagrado com a eleição de Lula entre a maioria dos militares.
Significa a retomada do preceito da obediência à hierarquia. O êxito do trabalho depende também da disposição do PT em abandonar gestos de retaliação.
Meio à brinca, meio à vera, ouvi o seguinte num alto gabinete da Defesa: "No início, agimos para proteger o governo dos militares; hoje, atuamos para proteger os militares do governo".
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Do Show Deus lhe pague - Eu agradeço/ Decididamente
Diogo Beatz
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A letra
"Eu agradeço" - Edu Lobo e Vinicius de Moraes
Eu agradeço
Eu agradeço a você
Muito obrigado por toda a beleza que você nos deu
Sua presença, eu reconheço
Foi a melhor recompensa
Que a vida nos ofereceu
Foi muito lindo
Você ter vindo
Sempre ajudando, sorrindo, dizendo
Que não tem de quê
Eu agradeço, eu agradeço
Você ter me virado do avesso
E ensinado a viver
Eu reconheço que não tem preço
Gente que gosta de gente assim feito você
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Procópio Ferreira interpretando o mendigo de Deus lhe pague
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Deus lhe pague, de Joracy de Camargo, é um clássico do nosso teatro e já foi levada ao público por diversos grupos cênicos. O certo é que esta versão ficou um pouco apagada e talvez por isso mesmo, o álbum nunca antes tenha sido relançado.
Em 1932, o jornalista, cronista, professor e dramaturgo carioca Joracy de Camargo escreveu a peça Deus lhe pague, representada pela primeira vez pelo ator Procópio Ferreira, no Teatro Boa Vista, em São Paulo, no dia 30 de dezembro do mesmo ano, pela Companhia Procópio Ferreira. Em 15 de junho de 1933 já era representada no Teatro Cassino Beira-Mar, no Rio de Janeiro. O sucesso foi instantâneo, e todas as companhias brasileiras passaram a ter Deus lhe pague em seus repertórios.
Vertida para o castelhano, por José Siciliano e Roberto Talice, foi representada em Buenos Aires, simultaneamente, em quatro teatros. Em 1936, foi incluída no repertório das companhias de todos os países latino-americanos. Na Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, a peça foi adotada como livro auxiliar para os estudantes de língua portuguesa, tendo sido então representada, pelos alunos, não só naquela instituição como na Academia Militar de West-Point. Em 1935, Procópio Ferreira alcançou grande sucesso com as representações da peça em Lisboa; em 1947 foi representada em Madri e em todo o interior da Espanha, em tradução do marquês Juán Inácio Luca de Tena.
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Deus lhe pague, na interpretação de Procópio Ferreira se tornou o maior sucesso do teatro brasileiro na primeira metade do século XX e, primeira peça teatral brasileira encenada no exterior, alcançou prestígio internacional, sendo adaptada para o cinema na Argentina. Deus lhe pague, foi representada mais de 14.000 vezes no Brasil.
Essa peça foi traduzida para muitos idiomas, inclusive o polonês, hebraico, iídiche e japonês, e constituiu, ainda, o maior sucesso de livraria da literatura teatral. Em vida do autor, alcançou, no Brasil, trinta edições, cinco em Portugal, três na Argentina, duas no Chile e nos Estados Unidos e uma em diversos outros países.
http://ozumbidodamosca.blogspot.com/2016/02/a-musica-brasileira-no-teatro-deus-lhe.html
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A Música Brasileira no Teatro: "Deus lhe pague"
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Elis Regina - Deus Lhe Pague (May God Reward You)
SophyaAgain
Clipe
107.423 visualizações 8 de jul. de 2010
Deus Lhe Pague by Chico Buarque de Holanda
From Show Transversal do Tempo (Crossroad of Time)
Recorded in Lisbon, Villaret Theater (1978)
Produced by RTP (Radio Televisão Portuguesa) 2002
https://www.youtube.com/watch?v=nZNDPgK5ZBo
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