Inspirados já nos ensinamentos de Sófocles, aqui, procurar-se-á a conexão, pelo conhecimento, entre o velho e o novo, com seus conflitos. As pistas perseguidas, de modos específicos, continuarão a ser aquelas pavimentadas pelo grego do período clássico (séculos VI e V a.C).
domingo, 26 de fevereiro de 2023
PULGA ATRÁS DA ORELHA
Já podeis, da Pátria filhos,
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Beethoven: String Trio in G major, Op. 9 No.1
https://www.youtube.com/watch?v=NxPBvrijuMQ
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Marco Aurélio Nogueira* - Uma montanha a escalar
O Estado de S. Paulo
O novo governo está forçado a escalá-la. Nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio
Já era para estar soprando um vento de otimismo e esperança, depois do inferno que foram os anos Bolsonaro. A vitória de Lula nas eleições do ano passado mostrou que parte importante da sociedade deseja experimentar outros caminhos. A expectativa de que se abriria uma nova era governamental impulsionou os votos recebidos por Lula, obtidos tanto por seu carisma quanto pela força do PT e pelo apoio de inúmeros democratas, cientes de que o País se arrastava numa inaceitável aventura reacionária.
Porém, em vez da bonança que se segue aos tempos ruins, uma onda de preocupação e decepção ameaça crescer, misturada com as calamidades deste início de 2023. O 8 de janeiro, a tragédia Yanomami e as chuvas catastróficas no litoral norte de São Paulo consumiram muitos esforços governamentais. O governo Lula mal se distanciou do tiro de largada, caminha em busca de um eixo que o estruture e lhe permita produzir resultados. Necessita de tempo, foco e determinação. O problema é que os cidadãos e o País estão com pressa, querem ingressar em outra etapa.
Não podemos perder o que tem havido de positivo. O aumento do salário mínimo, a correção do Imposto de Renda, o relançamento do programa habitacional, o ajuste das bolsas de estudo e pesquisa, a proteção aos Yanomamis, a nova atitude nas relações internacionais e na política ambiental, a valorização do pacto federativo são iniciativas que merecem elogios e fazem a diferença. Ocorre que não estão sendo assimiladas pela opinião pública.
A discrepância se vincula ao hiato que existe entre as instituições e os cidadãos. Há muita descrença na política, no governo, na gestão pública. Parte disso deriva do ambiente tóxico criado pelo bolsonarismo, outra parte decorre da reprodução de uma cultura antipolítica, que não é exclusividade nossa. A democracia se reafirma como valor no mundo todo, mas não há país que esteja a aplaudir o funcionamento do sistema democrático real. No Brasil em particular, a impressão é de que o Congresso, o Poder Executivo e o Judiciário estão desconectados da sociedade, distantes das pessoas e surdos às suas expectativas. A opinião social refratária à política se derrama por toda parte.
O governo, por sua vez, ainda não ajustou seus ponteiros. Não mostrou seus planos e diretrizes. Tem-se sustentado pela reiteração de uma nova narrativa, que não está sendo oferecida com um mínimo de conteúdo programático. Em vez de dizer o que pretende, o governo se consome em apontar os culpados pelas mazelas sociais do País. É uma manobra que tem limitações. Perdese tempo precioso em descobrir os infiltrados bolsonaristas, por exemplo, sem que se possa garantir que seus substitutos serão indicados por critérios técnicos razoáveis.
É preciso mesmo combater as toxinas bolsonaristas e os golpistas de plantão, mas é ainda mais indispensável que a voz governamental faça a devida distinção entre seus opositores. Reunir em um único bloco todos os adversários – os bolsonaristas-raiz, os democratas moderados, passando pelo mercado, pelas “elites” e pelos “ricos” – termina por reproduzir uma polarização que só provoca turbulência e agitação, empatando a ação político-administrativa.
O novo governo está forçado a escalar uma montanha. Ele nasceu minoritário nas instituições, com estreita maioria eleitoral e pouca folga para compor uma forte base de apoio. Para poder atuar no Congresso, por exemplo, precisa se entregar à política miúda, às negociações, aos cálculos eleitorais e ao apetite voraz dos agentes políticos, quer dizer, precisamente àquilo que mais horroriza a opinião pública. A política miúda, embora seja indispensável, não costuma formar consensos consistentes, destes que oxigenam qualquer governo que pretenda inaugurar uma nova política. Não funciona como ferramenta de convencimento público.
A narrativa de combate – que aparece em falas do presidente e em manifestações formais do PT – é boa para vitaminar militantes partidários e apoiadores de primeira hora. Não promove, porém, o diálogo com os democratas e a pacificação do País, especialmente quando ecoa desconectada da apresentação do rumo buscado pelo governo. Funciona, sobretudo, como um expediente escapista, que cria obstáculos magnificados para explicar a deficiência de formulação programática.
Confrontar o Banco Central e os juros altos em nada contribuiu, por exemplo, nas últimas semanas, para dar densidade à discussão sobre a realidade econômica e fiscal do País. Ao contrário, criou atritos desnecessários, que só serviram para passar a sensação de que todo o problema nacional estaria na economia, o que é, evidentemente, uma bobagem.
Retóricas combativas fazem parte da política. Soltas no ar, porém, não ajudam a que se formem apoios que deem estabilidade e propulsão a governos reformadores. Palavras ardentes não substituem ações concretas, do mesmo modo que uma retórica de confrontação não dispensa a capitalização inteligente dos feitos e das possibilidades governamentais.
*Professor titular de Teoria Política da Unesp
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Thomas Mann mostrou como se deve tratar um fascista
https://www.revistabula.com/59164-thomas-mann-mostrou-como-se-deve-tratar-um-fascista/
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Josias de Souza - Caso Pazuello mostra que bordão 'sem anistia' precisa chegar aos militares
23.mai.2021
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Sabia-se que o Exército mentia quando enfiou o processo administrativo contra Eduardo Pazuello embaixo de um sigilo centenário sob a alegação de que precisava proteger informações de caráter pessoal do general.Está registrado nos noticiário da época.penitenciária brasileira ganhou contornos de um Fla-Flu.rras são as evitadas.
A quebra do segredo confirmou a suspeita de que a bolsonarização de Pazuello era apenas parte do detrito.O que se desejava esconder era o lixão da anarquização das"minhas Forças Armadas".Foi"bloqueado" pelos moradores de média e alta renda.Por uma emboscada da sorte, o plano de reeleição de Bolsonaro deu com os burros n'água.O que está em jogo não é apenas o futuro de Robinho.Ao optar por burros mais secos, o eleitor autorizou Lula a levantar os tapetes do antecessor.Alega-se até hoje que não haveria saneamento básico para recepcionar os moradores.Verificou-se que anarquia da participação de um general da ativa em manifestação política teve aval superior." A posição brasileira é certa e inócua.
Avisado sobre a indisciplina de Pazuello, o então comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, consentiu.O número de mortos da penúltima tragédia sobe em ritmo de conta gotas.O crime é gravíssimo.Foi promovido por Bolsonaro ao posto de ministro da Defesa.Colunistas do UOL A exposição da lambança com cem a nos de antecedência tem duas serventias: 1) A provável prole de Laurinha, a filha de Bolsonaro com Michelle, livrou-se do vexame de descobrir, num futuro remoto, que vovô reincorporou os militares brasileiros à idade da Pedra Lascada.Há carne e osso nessa estatística.2) O Brasil ganhou de presente a oportunidade transformar o futuro, esse espaço gasoso e impreciso do calendário, em algo mais concreto.A Constituição proíbe que brasileiros natos sejam extraditados.Isso só ocorrerá se o bordão"sem anistia" for estendido às fardas que flertaram com a fraude hermenêutica segundo a qual as Forças Armadas seriam instituições com poderes para moderar quase tudo na República, exceto o próprio tacape.Essas pessoas passaram a existir justamente quando não existem mais.Colunistas do UOL A Rússia se apoia na China, que prega a paz ao mesmo tempo que enxerga no conflito uma oportunidade para tentar separar governos europeus dos Estados Unidos, com quem Pequim trava uma guerra comercial.
Costuma-se dizer que Bolsonaro comprou generais no varejo, mas não conseguiu instrumentalizar as Forças Armadas no atacado.Admitindo-se essa hipótese como verdadeira, o pedaço isento das forças faria um favor a si mesmo se percebesse algo simples: ninguém fica bem passado apenas por ser empurrado para dentro do óleo quente, mas por permanecer na frigideira.O litoral norte de São Paulo é apenas mais um capítulo da tragédia que se repete a cada verão.Alheio à polêmica, Robinho exibe sua impunidade na Baixada Santista como se nada tivesse sido comprovado contra ele na Itália.Bolsonaro acedeu o fósforo.Mas os militares entraram em processo de autocombustão voluntariamente.Não vão se mudar do sopé dos morros para a praia.Acumularam-se evidências de que oficiais da ativa e da reserva tornaram-se cúmplices das delinquências de Bolsonaro.Nele, um jogador de futebol brasileiro que participou de três Copas do Mundo é retratado como um predador sexual, acusado de estupro.Visitará o líder chinês Xi Jinping no final de março.
Aconteceu na gestão cloroquínica da pandemia, na terceirização da soberania da Amazônia ao crime organizado, na deformação do feriado de 7 de Setembro, nas moticiatas, nos comícios, no questionamento ao sistema eleitoral e num inesgotável etcétera.A abundância garante a reposição.Foi nesse caldeirão de perversões institucionais que fervilharam as ideias gosmentas que levaram multidões às portas dos quarteis para pedir uma intervenção militar contra o resultados das urnas.A gosma escorreu até os prédios dos Três Poderes.Um país inteiro teria que fechar os olhos para salvar um estuprador da cadeia.No 8 de janeiro, militares negligenciaram a proteção da sede da Presidência.No dizer de Lula,"abriram as portas" do Planalto para o vandalismo.** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL As mais lidas agora.
Depois, acionaram blindados para impedir que a polícia prendesse em flagrante os responsáveis pelo quebra-quebra, que buscaram refúgio no portão do quartel-general.As detenções foram postergadas para o dia seguinte, quando parte da falange bolsonarista já havia escapado.Nesse contexto, o levantamento do sigilo que mantinha o caso Pazuello atrás de um véu diáfano de proteção é a parte mais fácil do trabalho.Para que o serviço seja completo, será necessário responder a duas perguntas singelas: 1) Quando e como serão punidos os militares que se acumpliciaram com Bolsonaro? 2) Que Forças Armadas a democracia brasileira deseja ter? Está claro que Bolsonaro não conseguiu virar a mesa.Mas ainda não está suficientemente esclarecido o que se pretende obter com os militares que Lula escolheu, junto com o ministro José Mucio (Defesa), para se sentar ao redor da nova mesa.
Pior: falta disposição parea retirar as fardas antidemocráticas que continuam embaixo da mesa.Desbolsonarizou-se o Planalto.Foram afastados dos arredores do novo presidente mais de uma centena de militares.Os suspeitos de negligência no 8 de janeiro saíram de fininho.Os civis da intentona estão submetidos aos rigores da caneta de Alexandre de Moraes.
Os fardados frequentam"investigações preliminares" do Ministério Público Militar.Para os paisanos, a cadeia preventiva.Sem anistia.Para as fardas, a transferência da vitrine para o fundo da loja.Sem esculacho.
- Receba os novos posts desta coluna O presidente Jair Bolsonaro discursa em um comício no Rio de Janeiro, Brasil, em 23 de maio de 2021, ao lado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Manifestação foi marcada pelo descumprimento do isolamento social e outras medidas de combate à covid-19. Imagem: ANDRE BORGES / AFP SÓ PARA ASSINANTES Josias de Souza Colunista do UOL 25/02/2023 10h44 no seu e-mail CADASTRAR Sabia-se que o Exército mentia quando enfiou o processo administrativo contra Eduardo Pazuello embaixo de um sigilo centenário sob a alegação de que precisava proteger informações de ca... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/02/25/caso-pazuello-mostra-que-bordao-sem-anistia-precisa-chegar-aos-militares.htm?cmpid=copiaecola
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“Pulga atrás da orelha “… burros n’água, burros mais secos, ‘trocando em miúdos’ “É simples assim: um manda o outro obedece.”
https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/02/25/caso-pazuello-mostra-que-bordao-sem-anistia-precisa-chegar-aos-militares.htm
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Trocando Em Miúdos
Francis Hime
Cifra: Principal (violão e guitarra) Favoritar Cifra
Ouça "Trocando Em Miúdos"
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Tom: A
[Intro] A7M A7 A7/6 D7M Dm7
A7M A7 A7/6 D6 Dm6
A7M A7 A7/6 D7M
Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Dm7
Não me valeu
A7M A7 A7/6 D6
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim?
Dm6
O resto é seu
Am9 Am/G F#m7(5-)
Trocando em miúdos, pode guardar
F7M Am
As sobras de tudo que chamam lar
Am/G F#m7
As sombras de tudo que fomos nós
B7 E7M
As marcas de amor nos nossos lençóis
E7(9-) A7M
As nossas melhores lembranças
A7 D7M
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Dm7
Pode esquecer
A7M A7 A7/6 D6
Aquela aliança, você pode empenhar
Dm6
Ou derreter
Am9 Am/G F#m7(5-)
Mas devo dizer que não vou lhe dar
F7M Am
O enorme prazer de me ver chorar
Am/G F#m7 B7
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
F#m7 B7 Bm7 E7 Bm7 E7
Meu pei__to tão dilacerado
A7M
Aliás
A7 A7/6 D7M
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Dm7
Pro aluguel
A7M A7 A7/6 D6
Devolva o Neruda que você me tomou
Dm6
E nunca leu
Am9 Am/G F#m7(5-)
Eu bato o portão sem fazer alarde
F7M Am
Eu levo a carteira de identidade
Am/G F#m7(5-)
Uma saideira, muita saudade
F7M Am9 Am
E a leve impressão de que já vou tarde
Composição de Chico Buarque / Francis Hime
https://www.cifraclub.com.br/francis-hime/trocando-em-miudos/
https://www.youtube.com/watch?v=LH1Q8gWMTnM
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Como se diz “Ficar com uma Pulga Atrás da Orelha” em inglês?
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A expressão que estudaremos hoje, aparece no primeiro livro sobre o personagem Sherlock Holmes, intitulado A Study in Scarlet. No trecho, o detetive Tobias Gregson diz o seguinte:
I began to smell a rat. You know the feeling, Mr. Sherlock Holmes, when you come upon the right scent — a kind of thrill in your nerves.
Eu comecei a ficar com uma pulga atrás da orelha. Você conhece a sensação, Sr. Sherlock Holmes, quando você encontra a pista certa — um tipo de adrenalina nos seus nervos.
A expressão é smell a rat (literalmente, “farejar um rato”), e quer dizer “suspeitar de alguma trapaça ou engano”. Smell a rat é, portanto, equivalente a “ficar com a pulga atrás da orelha”. Agora, para manter esse vocabulário, você deve ter contato regular com ele. Como fazer isso de maneira simples e fácil? Através das frases de exemplo abaixo, junto ao Anki. Veja o tutorial completo do Anki para saber em detalhes.
Abaixo seguem os exemplos da expressão smell a rat.
https://www.mairovergara.com/como-se-diz-ficar-com-uma-pulga-atras-da-orelha-em-ingles/
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Alunos colam cartazes informando a ocupação do prédio da Reitoria na Ilha do Fundão (Foto: Lívia Torres / G1)
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Gm A7 Dm
Depois que eu me chamar saudade
Dm7/C E7/B
Não preciso de vaidade
A7 Dm
Quero preces e nada mais
Composição de Guilherme de Brito / Nelson Cavaquinho
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Esse texto de 1998 pode ajudar Procuradores, Presidente da República e Ministros nas suas futuras escolhas. Poderão, quem saberá, ter em Fernando Henrique Cardoso, Roberto Freire, César Maia e Cristovam Buarque, Consultores contemporâneos e ainda vivos. Da parte de Paulo Renato, Aloísio Teixeira e Horácio Macedo só poderão esperar luzes, nada mais, com Nelson Cavaquinho. Sub-reitores na UFRJ passaram a se chamar Pro-reitores. Aviso aos navegantes. E que o chiste “com a pulga atrás da orelha” 👇 seja adotado por todos, se possível, com a ‘ética da responsabilidade’. Ab. 👇
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff18079825.htm
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EDUCAÇÃO
Movimento que quer renúncia do reitor da UFRJ diz ter 6.000 assinaturas incluindo a de 3 candidatos ao governo do Rio
Reitor não pode continuar, dizem diretores
da Sucursal do Rio
Decanos de cinco dos seis centros de ensino da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) disseram ontem no Rio que o novo reitor da universidade, José Henrique Vilhena, não tem condições políticas de ficar no cargo.
"Ele até pode não renunciar, mas não conseguirá governar. Está claro que a comunidade universitária não o apóia. Não entendemos a obstinação dele em insistir em ser reitor", disse Carlos Lessa, decano (diretor geral) do CCJE (Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas).
Apesar de o nome de Vilhena figurar em terceiro lugar na lista tríplice enviada pela universidade ao presidente Fernando Henrique Cardoso, ele foi nomeado como o novo reitor da UFRJ.
A decisão provocou uma crise na universidade, já que é tradição ser escolhido o candidato mais votado pelo colégio eleitoral -nesta eleição, o professor Aloísio Teixeira.
Nomeado há 11 dias, Vilhena ainda não conseguiu trabalhar na reitoria porque o prédio está ocupado por estudantes.
Dos seis decanos da UFRJ, apenas Carlos Alberto Messeder, decano do CFCH (Centro de Filosofia e Ciências Humanas), não aderiu ao movimento que pede a renúncia de Vilhena. Segundo os decanos, das 47 unidades da UFRJ, 39 apóiam o movimento.
Para endossar o pedido de renúncia de Vilhena, os organizadores do movimento têm um documento com 6.000 assinaturas, entre elas a de três candidatos ao governo do Estado do Rio: Anthony Garotinho, do PDT, Lúcia Souto, do PPS, e Cyro Garcia, do PSTU.
Cesar Maia, candidato pelo PFL, também apóia o movimento.
Eles esperam ser convidados pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza, para levar o documento e discutir a solução da crise na universidade.
Anteontem, Vilhena foi recebido pelo ministro e, no encontro, conseguiu a liberação de R$ 4,8 milhões para a UFRJ. "Esse dinheiro não resolve o problema orçamentário da universidade. É um recurso ingênuo parecido com a cesta de alimentos oferecida aos flagelados", disse Lessa.
Vilhena anunciou que pretende usar o dinheiro liberado por Paulo Renato para pagar a conta de luz, atrasada há quase dois anos, e para obras nos hospitais universitários.
A dívida com a Light é de R$ 6 milhões, dos quais serão pagos R$ 2,7 milhões, o suficiente para tirar a UFRJ do Cadastro de Inadimplentes (Cadin) do governo.
"A possibilidade de pagar a conta de luz da universidade, que é uma das mais importantes do país, não pode depender de uma relação de confiança, que parece existir entre o ministro e Vilhena", disse Lessa.
Os decanos informaram que a forma de resistir à nomeação de Vilhena será manter as unidades funcionando, já que cada uma tem sua própria estrutura administrativa. Mas admitem que, "quando seus recursos orçamentários acabarem, haverá uma situação limite, que só poderá ser resolvida pelo ministro da Educação".
São Paulo, sábado, 18 de julho de 1998
FOLHA DE S.PAULO cotidiano
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Guilherme Amado
Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari
Lula mantém estratégia da “pulga atrás da orelha” em disputa pela PGR
Candidatos correm por fora, sem saber se Lula irá considerar lista tríplice
Natália Portinari
25/02/2023 6:00, atualizado 24/02/2023 20:27
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prédio da PGR/MPF em BrasíliaAntonio Augusto / Secom / PGR
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O presidente Lula tem mantido a estratégia de, como ele próprio afirmou, deixar uma “pulga atrás da orelha” sobre se irá respeitar a lista tríplice na sucessão na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Durante as gestões petistas, a lista tríplice de indicações elaborada por integrantes do Ministério Público Federal (MPF) foi respeitada na escolha do PGR. Lula, porém, não garante que vá fazer o mesmo agora.
Em conversas recentes com procuradores, integrantes do Executivo têm garantido que os nomes da lista serão levados em consideração pelo presidente. Eles dão a entender, porém, que se nenhum dos três indicados agradar, Lula deve optar por outra pessoa.
A estratégia é de não se comprometer a seguir as indicações, mas prometer que irá levá-las em conta como opções.
Na disputa pela lista, provavelmente estarão os subprocuradores Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e José Adonis Callou de Araújo. Há uma eleição interna entre procuradores do MPF para fechar os nomes.
Enquanto isso, outros procuram se tornar o candidato de Lula “por fora”. O subprocurador Antônio Carlos Bigonha, crítico da atuação do MPF na Lava Jato, tem procurado membros do Executivo para viabilizar seu nome.
O subprocurador Paulo Gonet, próximo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, também faz campanha.
Para escolher o atual PGR, Augusto Aras, Jair Bolsonaro quebrou a tradição da lista tríplice. Naquele ano, 2019, os escolhidos na lista foram Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.
https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/lula-mantem-pulga-atras-da-orelha-em-disputa-pela-pgr
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👆Deputado Chico Alencar, professor de História da UFRJ e Revisor Técnico Ildeu de Castro, professor do Instituto de Física, também da UFRJ, estão próximos ao poder e, igualmente, eram do movimento em 1998. Dos saudosos professores Luiz Pinguelli Rosa, e nosso Joel Teodósio, apenas luzes, da mesma forma!
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'A expressão popular «estar/ficar/andar com a pulga atrás da orelha» (ou na orelha) significa «estar/ficar/andar com grande desconfiança ou preocupação; ter suspeitas de algo ou de alguém». Se o que entende por «ficar com dúvida» equivaler a «duvidar/desconfiar» de algo ou de alguém, o sentido é adequado.'
'Sandra Antunes Professora de Português Brasil '
in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa,
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I Think I Smell a Rat
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Oh I think I smell a rat
Oh I think I smell a rat
All you little kids
Seem to think you know
Just where it's at
Oh I think I smell a rat
Walking down the street
Carrying a baseball bat
Oh I think I smell a rat
Oh I think I smell a rat
Oh I think I smell a rat
All you little kids
Seem to think you know
Just where is at
Oh I think I smell a rat
Using your mother and father
For a welcome mat
Oh I think I smell a rat
https://www.youtube.com/watch?v=vZiJ1sXp0yc
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O palhaço e o psicanalista: Como escutar os outros pode transformar vidas Capa comum – 30 maio 2019
Edição Português por Christian Dunker (Autor), Cláudio Thebas (Autor)
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Se de médico e louco todo mundo tem um pouco, de psicanalista e palhaço todo mundo tem um pedaço. Christian Dunker e Cláudio Thebas abordam neste livro, com bom humor e profundidade, um tema comum para ambos os ofícios: como escutar os outros? Como escutar a si mesmo? E como a escuta pode transformar pessoas? Mesclando experiências, testemunhos, casos e reflexões filosóficas, os autores compartilham o que aprenderam sobre A ARTE DA ESCUTA, um tema tão urgente no mundo atual, onde ninguém mais se escuta. Alguns temas abordados: Sete regras para ser melhor escutado / Os quatro agás da escuta / A potência do silêncio / Simpatia não é empatia / Como construir para si um órgão de escuta / Cuidado ou controle / A arte cavalheiresca de escutar uma reunião / Educados para a solidão silenciosa / Competir ou cooperar? / Três perguntas mágicas A arte de perguntar / Fala que eu não te escuto / Maneiras práticas de domesticar o abominável que existe em você / Escutando classes, gêneros, raças e outras diversidades / A escuta em ambiente digital / Escutando chatos, fascistas e outros fanáticos / O líder escutador / A coragem e o desejo de escutar /
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Regulação das redes sociais deve ter três níveis, diz Barroso à CNN | CNN 360º
CNN Brasil
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23 de fev. de 2023 #CNNBrasil
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (23), em Paris, onde participa do fórum da Unesco, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que a discussão sobre regulação das redes sociais é “o oposto da censura” e tem como objetivo proteger a liberdade de expressão.
https://www.youtube.com/watch?v=8sjBmq22I4M
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Fala
Secos & Molhados
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O começo:
versão do palhaço
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Eu não sei dizer nada por dizer, então eu escuto…
SECOS E MOLHADOS, “Fala”, 1973.
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“Mário e o Mágico”.
Thomas Mann
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Pequena obra de arte do autor de A montanha mágica, a novela Mário e o mágico retrata – a partir das atitudes cruéis de um obscuro ilusionista – o gérmen do fascismo na Europa do século XX.
Apresentação
Mário e o mágico: Uma experiência trágica de viagem Capa dura – 16 fevereiro 2023
por Thomas Mann (Autor), José Marcos Macedo (Tradutor), & 2 mais
Pequena obra de arte do autor de A montanha mágica, a novela Mário e o mágico retrata ― a partir das atitudes cruéis de um obscuro ilusionista ― o gérmen do fascismo na Europa do século XX.
Irritabilidade, raiva e um humor peculiarmente malicioso caracterizam as férias em família do narrador de Mário e o mágico em Torre di Venere, na Itália. A inquietação dos personagens aumentará pela presença do infausto Cipolla, um ilusionista cuja performance é aterrorizar e humilhar seu público, subjugando-o à sua própria revelia. Em um ataque direto à dignidade humana, a apresentação encontra sua vítima perfeita no garçom Mário, que deve se submeter às vontades do mágico sem restrições ― até que uma tragédia se instaura.
Esta novela de Thomas Mann pode ser considerada como uma das primeiras obras da literatura mundial a captar com precisão aspectos fundamentais da mentalidade que propiciou o alastramento do fascismo no século XX, ecoando sua vigorosa advertência toda vez que se delineia, ainda hoje, a ameaça de um novo Cipolla.
https://www.amazon.com.br/M%C3%A1rio-m%C3%A1gico-experi%C3%AAncia-tr%C3%A1gica-viagem/dp/6559213994
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Cavaliere: ‘genopio’ ou ‘laracida’?
Com a pandemia se misturando ao pandemônio, com quase 700 mil mortes, a palavra genocida voltou à tona, somando-se ao sentimento popular de que a política é o espaço preferencial do larápio. Mesmo quando travestido de mágico e de palhaço.
Publicado em 27/09/2022 // 1 comentário
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Por Ricardo Antunes
Thomas Mann escreveu duas novelas italianas: a primeira, Morte em Veneza, e a segunda, Mario e o Mágico, ambas tendo como cenário a magnífica cidade italiana.
Ao discorrer sobre Mario e o Mágico, Mann afirmou que não lhe agradava ver sua “história ser considerada uma sátira política”, deixando de lado seu “plano artístico”. Foi perseguido, exilado e sua obra se tornou um libelo contra o nazifascismo (Círculo do Livro, de 1973).
Seu principal personagem, Cavaliere Cipolla, era uma “impressionante e nefasta figura”, um “virtuose ambulante”, misto de “artista cômico” e “bobo da corte” dotado de “alguma coisa de anormal em sua conformação”. Nessa criatura – “nem na atitude, nem nos gestos, nem na maneira de se comportar” – via-se a “menor tendência pessoal à brincadeira ou mesmo à palhaçada”. Ao contrário, “exprimia-se com uma gravidade severa, uma recusa de qualquer humor”. Algo estranho a um pretenso cômico, mas bem plausível para um protótipo fascista.
Além da “careta arrogante” e dos “lábios alongados”, o dito-cujo tinha um gestual nada usual que, entretanto, impactava a plateia. Quando fumava, devolvia as tragadas “em turbilhões cinzentos por entre seus dentes pontudos e estragados”. O que não o impedia de ter acolhida em tantos admiradores: “Parla benissimo… O homem ainda não havia feito nada, e seu discurso já era apreciado como um talento”. Um mito!
E em meio aos movimentos tensos que se sucediam em sua ação, ao ser interpelado por um “jovem de cabeleira africana”, vociferou: “Chega de brincadeiras… Não vamos admitir que se zombe da cidade diante de estrangeiros”.
Comandar e obedecer era seu lema: “um só princípio, uma unidade indissolúvel” entre a “ideia de povo e a de chefe”, sendo que a esse cabia “o papel supremo, a tarefa mais árdua e extenuante” de transformar a “vontade em obediência e a obediência em vontade”.
Quando Thomas Mann publicou sua novela (1930), o fascismo de Benito Mussolini já estava no poder, e o nazismo de Adolf Hitler seguia pelo mesmo caminho. Dois experimentos abjetos que estão entre as maiores atrocidades vividas pelo Ocidente. Quase cem anos depois de Mario e o Mágico, ameaça se esparramar como praga em diversas partes do mundo.
No Brasil, os saudosos da ditadura militar saíram dos seus armários putrefatos, difundindo diuturnamente o vírus do ódio. Vale recordar que Mussolini também cultuava as motocicletas. Mais um rude decalque, no qual os ricos brancos saem em debandada, cavalgando no lombo das moto(mili)ciatas, sob os olhares ressabiados de assalariados pobres a exarar uma sábia desconfiança de classe, que deverá decidir as eleições presidenciais.
Com a pandemia se misturando ao pandemônio, com quase 700 mil mortes, a palavra genocida voltou à tona, somando-se ao sentimento popular de que a política é o espaço preferencial do larápio. Mesmo quando travestido de mágico e de palhaço.
Aflora um dilema quase hamletiano: Cavaliere se forjou inicialmente como genocida ou larápio? Ao modo de Frankenstein, uma aglutinação esdrúxula nos ajuda a responder: trata-se de um “genopio” (misto de genocida com larápio) ou de seu inverso, um típico “laracida”?
Neste vídeo para o especial Brasil em disputa, Ricardo Antunes analisa a sucessão de devastações do mundo do trabalho nos últimos anos: a contrarreforma trabalhista, a liberação da terceirização total, a PEC do fim do mundo, a legalização do trabalho intermitente, a carteira verde e amarela e a contrarreforma da previdência. Antunes comenta os desafios para superar essa situação e qual o papel de uma candidatura e de um governo de esquerda.
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Ricardo Antunes é professor titular de sociologia do trabalho na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador da coleção Mundo do Trabalho, da Boitempo. Organizou os livros Riqueza e miséria do trabalho no Brasil (2007), Infoproletários: a degradação real do trabalho virtual (2009) e Uberização, trabalho digital e indústria 4.0 (2020), todos publicados pela Boitempo. É autor, entre outros, de Os sentidos do trabalho (1999, também publicado nos EUA, Inglaterra/Holanda, Itália, Portugal, Índia e Argentina), O caracol e sua concha (2005), O continente do labor, (2011), O privilégio da servidão (2020, edição revista e ampliada), Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado (2020, publicado também na Itália) e Capitalismo pandêmico (2022).
https://blogdaboitempo.com.br/2022/09/27/cavaliere-genopio-ou-laracida/
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